Se você quiser
escrever para o 1999 sobre QUALQUER coisa que tenha a ver com música (um show legal que
você viu, um carinha que você conseguiu entrevistar, um disco que você queria mostrar
pras outras pessoas, qualquer tipo de teoria, contar qualquer parte da história do rock),
basta escrever para a gente.
03.SET.1999
RESENHAS
Show: RELESPÚBLICA, MOSHA e WOYZECK
Soc. Vasco da Gama (Curitiba)
Por Adriane Perin
Casa cheia, fila na entrada e nos banheiros. Um
salão entulhado de gente assistiu na última sexta-feira às bandas curitibanas Woyzeck,
Mosha e Relespública fazendo cover.
Comprovou-se que um bom repertório pode
garantir casa cheia, mas não satisfação para uma determinada parcela do público que -
por mais estranho que possa parecer para alguns - não está interessada em shows
quadradamente bem executados e quer música que exercite os sentidos, promova o inusitado
e o inesperado. Quem foi ao Vasco da Gama sabia que veria músicos competentes com um
repertório que não se encontra em qualquer esquina. Mas se uma parte da platéia se
animou noite a dentro, outra tentava entender qual é o mérito de tantas concessões ao
cover.
E não adianta gritaria, não. A vontade de
homenagear bandas não justifica um show tão previsível e que se opõe de forma gritante
ao que propõem os "homenageados". Como conseguem fazer grupos de música free
soarem tão chatos e óbvios, como um mero cumprimento profissional da obrigação de
"tocar à noite"? Som mecânico por som mecânico, que se faça uma festa na
qual rolem os CDs do Beatles, Velvet, Spiritualized, David Bowie, Who, Sonic Youth. Seria
mais autêntico, inclusive.
A abertura ficou a cargo do Woyzeck e disse
muito do caminho pelo qual a banda vem optando. Vindo de uma série de shows cover no
litoral, o Woyzeck fez uma apresentação marcada pela obviedade, que estética e
musicalmente não acrescentou nada - alguns espasmos de vida na interpretação do
vocalista Luís Henrique surgiram em canções do Pulp, Jesus & Mary Chain e
Spiritualized.
Justiça seja feita. Neste cenário insosso, o
Mosha se destacou optanto por um repertório menos óbvio (que não dispensou, no entanto,
"Help", "Lucy And The Sky With Diamonds" e a totalmente batida
"Twist And Shout", um dos momentos mais animados do show levando ao palco a
galera da Relespública, Rodrigão "Maxixe Machine" Barros e público). Já de
cara o vocalista Fernando Fricks pediu ajustes no som, tentando resolver um problema
enfrentado pelo Woyzeck - apesar do puta equipamento, a galera que estava mais ao fundo
ouvia tudo embolado. Tocando Beatles com cavaquinho, o Mosha conseguiu levantar a
galera que finalmente utrapassou o "limite do azulejo".
A Relespública, como dizia o release da banda
para esta noite, dispensa apresentação, é verdade. Mas cada vez mais deixa a pergunta
no ar: até quando a banda vai continuar banhada em um repertório pop mediano? Quem
assistiu aos shows viscerais e alucinados da Reles quando ela não estava ainda
"estabelecida" no cenário da cidade, sabe do que estou falando - e sentindo.
O mérito do grupo nesta noite, além da animação para tocar Who, um grupo sempre
presente em seus shows, foi o set final com músicas próprias. Com som já ajustado, o
quinteto manteve o ritmo de sempre, sem dispensar "My Generation", tocada por
eles desde sempre. É, a Reles está mais profissional do que nunca - e este talvez seja o
grande problema. Quem conhece a história destes caras (o Woyzeck, nascido com uma aura
cult; a Reles sem dúvida a mais batalhadora por espaço e uma das mais veementes contra a
praga cover forte na cidade há alguns anos; e o Mosha, com seus integrantes que já
faziam música boa antes do rock curitibano ganhar destaque nacional nesta década) sabe
que todos são melhores do que o que vêm mostrando. Shows do Woyzeck, por exemplo, sempre
foram raros, mas agora é mais fácil ver o grupo fazendo cover do que tocando suas
canções.
Não sinto desapontar a maior parte dos que
lotaram o Vasco para ver cover. Falo de shows que não provocam nada, de músicos que não
conseguem ultrapassar o lugar-comum e de bandas que patinam em torno de si próprias.
Por enquanto, resta a nostalgia. A saudade das
belas noites embaladas pelo melhor do rock nacional, que era feito aqui, em Curitiba. E a
tristeza de ver os shows transformados em meros desfiles de "mudernos" com suas
roupas diferentes para mostrar o quão antenados são. Tudo não passou de um grande
engano, um desserviço à produção local.
Reading
99
O
maravilhoso mundo grátis
"Eu
vou enfiar um palavrão"
Jason
(entrevista)
Pôneifax,
Walverdes e Tom Bloch
Noel
& Liam Gallagher
Manu
Chao
Jason
pelo Nordeste
V99 (festival
com Manic Street Preachers, Orbital, DJ Shadow, Massive Attack, Mercury Rev, Gomez, Happy
Mondays, James Brown, Groove Armada e Mel C)
"Curitiba,
Capital do Rock"
Divine,
Six Degrees, Moonrise e Barbarella
Vermes
do Limbo
Sala
Especial
Al
Green
Bowery
Electric
Jamiroquai
Flaming
Lips
Gong -
Show de 30 anos
Megatério
(agosto) - A Noite do P* no C*
Marreta
(agosto) - O jazz morreu
Rolling
Stones
Mercenárias
"Paul's
Boutique"
"Tim Maia
Racional"
Kraftwerk
Sugar
Hill Records
Second Come
R.E.M.
Built to Spill
Eddie
Flaming
Lips
Ultraje a
Rigor
"Kurt
& Courtney"
Moby
clonedt
Mark Sandman
Suede
Plebe Rude
Rentals
Pavement
MEGATÉRIO - Omar
Godoy
WICKED, MATE - 90 (de
Londres)
REVOLUCIÓN
1,99 - Edu K
atenciosamente,
- Rodrigo Lariú
Red Hot
Chili Peppers
Underworld
Prodigy
Hojerizah
Raimundos
Plebe Rude
Wilco
Little Quail
Chemical Brothers
Atari Teenage
Riot
Grenade
Lulu
Santos
Liam
Howlett
4-Track
Valsa
Chemical
Brothers (show)
Yo La
Tengo + Jad Fair
"Select"
Dr.
John
Memê
"Drinking
from Puddles"
Capital
Inicial (show)
Jon
Spencer Blues Explosion (show)
Homelands
(festival com DJ Shadow, Underworld, Asian Dub Foudation, Chemical Brothers, Fatboy Slim,
Grooverider, Faithless e outros)
Divine
"The
Best of Sugar Hill Records"
Ambervisions
Amon
Tobin
Sepultura/Metallica
(show)
Mocket
Stereophonics
Headache
Fatboy Slim
Cassius
Paul Oakenfold
Silver Jews
Amon Tobin
Inocentes
Sepultura
Outropop
Pensamentos Felinos
Loniplur
atenciosamente,
Swervedriver e Mogwai
Comédias
Pequenas Capitanias
Por Fora do Eixo
Arroz com Pequi
Marreta?
Das Margens do Tietê
Distancity
Leite Quente
Londrina Chamando
Por Aí
T-Rex
Kurt Cobain
Bob Dylan
Nuggets
Sebadoh
Los Hermanos
Kiss (show)
Mestre Ambrósio
Jesus Lizard
Maxixe Machine
Fish Lips
Silverchair
PJ Harvey e Jon
Parish (show)
Cornelius
"Post-punk
chronicles"
Blur (show)
Garage Fuzz
Pólux (show)
Marcos Valle
Astromato
French Fried Funk
Sublime
Leia no último
volume
Na Lata!
Miniestórias
Blur
Ira!
Sleater-Kinney
Goldie
Henry
Rollins
Jon
Carter
Afrika
Bambaataa
O pai
do rock brasileiro
Nova
História do Pop
Grave
sua própria fita
C86
Medo
do novo
Digital
Delay
No
shopping com Status Quo
Fita
ou demo?
Solaris
A história do
indie baiano
Prot(o) e Rumbora
Monstro Discos
Carnaval e Los
Hermanos
Eletrônicos e
bicões
Kólica, Pupila e
Total Fun
As hortas musicais de
Curitiba
Ala Jovem
Brian Wilson
Limpando os remédios
Amor e Luna
Massive Attack
Blondie
"You've Got the
Fucking Power"
Relespública
(show)
Trap
Johnattan Richman
(show)
Little Quail & the
Mad Birds
High Llamas
Thurston Moore
Red Meat
Los Djangos
Bad Religion (show)
Vellocet
Jon Carter (show)
Raindrops
Jimi Hendrix
Experience
Fun Lovin' Criminals
Garbage
Tom Zé
Câmbio Negro
Catalépticos
Lobão
Cowboys Espirituais
Max Cavalera
Escrever "de
música"
O CD ou a vida
(quase)
A bossa nova
contra-ataca o Brasil
Um pouco de
educação não faz mal a ninguém
Fé em Deus e pé na
tábua
O Mercury Rev que não
foi
Um banquinho, um violão
e Dee Dee Ramone
Escalação pro
Abril Pro Rock 99
Dago Red
Festivais na Bahia
Chutando o futuro de
Brasília
Ê, Goiás
Pós-Rock,
Teletubbies e LTJ Buken
Você sabe o que é
Louphas?
Por dentro da
Holiday Records
Chacina no litoral
paranaense
PELVs e um blecaute
Bruce Springsteen
O último show dos
Beatles
Genesis -
"The Way of
Vaselines"
Vamos nos encontrar
no ano 2000
Tropicanalhce
A professora com pedal
fuzz
Portishead
Chico Buarque (show)
Deejay Punk-Roc
Ninja Cuts
Jon Spencer Blues
Explosion
Dazaranha
Snooze
U.N.K.L.E.
Pearl Jam
New Order (show)
Rock Grande do Sul
Spiritualized
Damned
NME Premier Festival
(shows)
Delgados
Punk Rock Stamp
Fellini (show)
Plastilina Mosh
Neutral Milk Hotel
Fury Psychobilly
Gastr Del Sol
Pólux
Afghan Whigs
Ritchie Valens
Marcelo D2/ Resist
Control (show)
Limbonautas
Cartels
Babybird
Elliot Smith
Jesus & Mary Chain
Nenhum de Nós
Otto
Relespública
DeFalla
Piveti
Isabel Monteiro
Man or Astroman?
Ricardo Alexandre
elocubra sobre Engenheiros do Hawaii
Camilo Rocha ri
do medo da imprensa especializada
Leonardo Panço
mete o pau em quem ele acha que deve meter o pau
G. Custódio Jr. fala
de Flin Flon e Va Va Voon
Tom Leão dá as
dicas de como se gravar "aquela" fita pra "aquela" gata
ROCK & RAP
CONFIDENTIAL defende o crédito à pirataria
Rodrigo Lariú lembra
de bons shows
Festivais no
Nordeste
O último show do
Brincando de Deus
Conheça
Belo Horizonte
98 em Brasília
Superdemo e Fellini
no Rio
Uma geral no ano
passado em Sampa
Cadê o público nos
shows?
As dez melhores bandas
de Curitiba
Pelo fim da
reclamação
Black Sabbath
Burt Bacharach
"Três Lugares
Diferentes" - Fellini
Beck
Mercury Rev
Jurassic 5
Sala Especial
Lou Reed (show)
Asian Dub Foundation
Belle and Sebastian
"Velvet
Goldmine"
Autoramas
(show)
Grenade
Chemical Brothers
(show)
Cardigans
Bauhaus
Stellar
1999 é feito por Alexandre Matias e Abonico Smith e quem quer que queira estar do
lado deles.
Os textos só
poderão ser reproduzidos com a autorização dos autores
© 1999
Fale conosco
----- ----- |