Image1.JPG (15354 bytes)

05.04.1999

INFORMAÇÃO
Fatboy Slim
Cassius
Paul Oakenfold
Silver Jews

P&R
Amon Tobin
Inocentes
Sepultura

COLUNISTAS
OUTROPOP
por G. Custódio Jr.
PENSAMENTOS FELINOS
por Tom Leão
LONIPLUR
por Sol
atenciosamente,
por rodrigo lariú

CORRESPONDENTES
INTERNACIONAIS

A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO NORTE-AMERICANO
por Cassiano Fagundes

BR-116
Comédias
Pequenas Capitanias
Por Fora do Eixo

Arroz com Pequi
Marreta?
Das Margens do Tietê
Distancity
Leite Quente
Londrina Chamando
Por Aí

HISTÓRIA
DO ROCK
T-Rex
Kurt Cobain
Bob Dylan
Nuggets

RESENHAS
Sebadoh
Los Hermanos
Kiss (show)
Mestre Ambrósio
Jesus Lizard
Maxixe Machine
Fish Lips
Silverchair
PJ Harvey e Jon Parish (show)
Cornelius
Post-punk chronicles
Blur (show)
Garage Fuzz
Pólux (show)
Marcos Valle
Astromato
French Fried Funk
Sublime

FICÇÃO
Leia no último volume
Na Lata!
Miniestórias

E-MAIL

CRÉDITOS

P&R
SEPULTURA

Por Abonico R. Smith e Alexandre Matias

Neste último final de semana o Sepultura deu o pontapé inicial para o seu grande sonho de anos. Depois de conquistar a fama a passos largos no exterior, o grupo de rock verde-e-amarelo que mais ousou alargar as fronteiras do nosso território começou a primeira turnê brasileira desde que seus integrantes se mudaram de mala e cuia para os Estados Unidos. Há ainda outros motivos a serem comemorados. A seqüência de dez shows unitários em nosso país servirão de apresentação oficial do novo vocalista, o americano Derrick Greene, que tem a enorme responsabilidade de substituir o carisma e o vozeirão de Max Cavalera. E o Sepultura ainda vai mais além e faz, pela primeira vez, uma série apresentações em dobradinha com o Metallica no mês seguinte (Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Santiago e duas noites em Buenos AIres). Por telefone, de São Paulo, Igor Cavalera e Andreas Kisser falaram com o 1999, em entrevista ao 1999.

1999 - Vocês estão enfim concretizando o sonho de rodar o país com uma turnê?
Igor Cavalera - Com certeza. Vínhamos tentando isso há muito tempo, mas um milhão de fatores nos impediam. O principal era a visão empresarial da Gloria (mulher de Max, antiga empresária da banda e pivô da grande briga que culminou com a saída do Cavalera mais velho), que não tinha tanto interesse em tocar em lugares que não fossem Rio, São Paulo ou Belo Horizonte. Agora estamos com uma equipe nova, que dá o valor certo ao Brasil.

1999 - Apesar do show de agosto passado no Sambódromo paulista, esta é a verdadeira apresentação do novo vocalista ao público brasileiro. No que a entrada do Derrick veio a acrescentar no grupo?
Igor - Ele é tem carisma uma ótima pessoa, se encaixa no nosso perfil. E ainda é bem diferente do Max. Na parte musical, ele trouxe muita coisa de percussão africana. Em termos gerais, é sempre bom ter sangue novo junto com a banda.
Andreas - A saída (do Max) deixou a gente com várias portas abertas, com um horizonte totalmente aberto desde o começo. A gente pegou um vocalista que não tem nada a ver com o Max e foi um desafio voltar. Mas vencemos este desafio e continuamos com a banda. Isso é que é importante.

1999 - E qual foi a primeira palavra em português que vocês ensinaram a ele?
Igor - Não me lembro direito, mas com certeza veio primeiro um palavrão. Depois, futebol.

1999 - Como está sendo a adaptação do novo Sepultura pros palcos?
Andreas - Tá indo bem, o saldo tem sido super positivo. Fizemos o show em São Paulo, em agosto, e por ali deu pra sentir que não ia ser tão difícil. Depois tocamos na Europa com o Slayer, nos EUA com o Biohazard, na Espanha com Anthrax... A gente tá satisfeito.

1999 - Essa é a primeira turnê pelo Brasil inteiro que vocês fazem em dez anos. Estão preparados?
Andreas - A gente tá consciente que vai ser difícil, porque em muitos lugares a produção local não está acostumada a receber um show grande como o nosso. Mas a gente já tocou na Indonésia e na Rússia, então... E vai ser lindo, sei que no Nordeste tem muito capeta (risos)!

1999 - Por que ainda não foi feito um clipe do disco Against?
Igor - Fizemos sim, da música "Choke", naquele show de agosto. Só que não sei porque a gravadora não demonstrou interesse em veiculá-lo. Talvez pelo fato de sua sede ser nos Estados Unidos, onde o videoclipe já não está mais funcionando tão bem. Mas vai começar a rolar na MTV daqui.

1999 - E a trilha sonora (Andreas e o baterista Igor Cavalera gravaram ao lado de André Moraes a trilha sonora pro filme No Coração dos Deuses, de Geraldo Moraes)? Como foi trabalhar num filme?
Andreas - Foi muito legal. Porque a gente não escreveu uma música só, a gente participou da produção inteira, assistiu o filme, acompanhou o processo de edição, encaixou as músicas... E gravamos com violoncelos, com cordas... Mas não é um trabalho do Sepultura, sou só eu e o Igor.

1999 - Como vocês reagiram à notícia de tocar junto com o Metallica?
Igor - É um sonho de moleque. Somos amigos do Jason (Newsted,baixista) mas nunca havíamos tocado juntos. Tocaremos antes deles e a responsabilidade será dos dois, um de abrir para uma grande banda, outro de tocar depois de uma grande banda em seu país. No final ainda deve rolar uma jam com todo mundo.
Andreas - E aí que é a única banda que a gente nunca tocou junto. A gente já tocou com quase todo mundo que influenciou a gente, Ozzy, Sabbath... Vai ser muito legal.

1999 - Você pára pra pensar que está tocando com uma banda que você comprava o disco quando estava no começo?
Andreas - Não dá. Se você pára pra pensar, você fica louco. O negócio é tenta curtir, afinal isso faz parte da nossa realidade. O legal é pensar que você também é respeitado por essas bandas. Isso é muito legal.

1999 - O que vocês tocarão nesta turnê?
Igor - Faixas do Against e muitas músicas mais antigas, desde os tempos do Morbid Visions. Tem fã que lincha a gente se certas músicas não foram tocadas.

1999 - Mas agora você é o único guitarrista.
Andreas - Sim, mas é uma transição natural. Antes de escolhermos o vocalista, a gente tocou muito como um trio, pra se adaptar. E ao vivo, não tem como confiar na guitarra do Max (risos)! Porque o Max tocava guitarra, mas o negócio dele sempre foram os vocais.

1999 - Pra encerrar: planos pro futuro.
Andreas - Vamos voltar agora pra e tocar nos festivais de verão. Depois pegamos Austrália e Japão. Estamos escrevendo algumas coisas, já temos umas idéias, mas não estamos nem pensando em disco ainda.

Os textos só poderão ser reproduzidos com a autorização dos autores
© 1999

Fale conosco

Hosted by www.Geocities.ws

1