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P&R SEPULTURA Por Abonico R. Smith e Alexandre Matias Neste último final de semana o Sepultura deu o pontapé inicial para o seu grande sonho de anos. Depois de conquistar a fama a passos largos no exterior, o grupo de rock verde-e-amarelo que mais ousou alargar as fronteiras do nosso território começou a primeira turnê brasileira desde que seus integrantes se mudaram de mala e cuia para os Estados Unidos. Há ainda outros motivos a serem comemorados. A seqüência de dez shows unitários em nosso país servirão de apresentação oficial do novo vocalista, o americano Derrick Greene, que tem a enorme responsabilidade de substituir o carisma e o vozeirão de Max Cavalera. E o Sepultura ainda vai mais além e faz, pela primeira vez, uma série apresentações em dobradinha com o Metallica no mês seguinte (Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Santiago e duas noites em Buenos AIres). Por telefone, de São Paulo, Igor Cavalera e Andreas Kisser falaram com o 1999, em entrevista ao 1999. 1999 - Vocês estão enfim concretizando o sonho de rodar o país com uma turnê?Igor Cavalera - Com certeza. Vínhamos tentando isso há muito tempo, mas um milhão de fatores nos impediam. O principal era a visão empresarial da Gloria (mulher de Max, antiga empresária da banda e pivô da grande briga que culminou com a saída do Cavalera mais velho), que não tinha tanto interesse em tocar em lugares que não fossem Rio, São Paulo ou Belo Horizonte. Agora estamos com uma equipe nova, que dá o valor certo ao Brasil. 1999 - Apesar do
show de agosto passado no Sambódromo paulista, esta é a verdadeira apresentação do
novo vocalista ao público brasileiro. No que a entrada do Derrick veio a acrescentar no
grupo? Igor - Não me lembro direito, mas com certeza veio primeiro um palavrão. Depois, futebol. 1999 - Como está sendo a adaptação do novo Sepultura pros palcos? Andreas - Tá indo bem, o saldo tem sido super positivo. Fizemos o show em São Paulo, em agosto, e por ali deu pra sentir que não ia ser tão difícil. Depois tocamos na Europa com o Slayer, nos EUA com o Biohazard, na Espanha com Anthrax... A gente tá satisfeito. 1999 - Essa é a
primeira turnê pelo Brasil inteiro que vocês fazem em dez anos. Estão preparados? Igor - Fizemos sim, da música "Choke", naquele show de agosto. Só que não sei porque a gravadora não demonstrou interesse em veiculá-lo. Talvez pelo fato de sua sede ser nos Estados Unidos, onde o videoclipe já não está mais funcionando tão bem. Mas vai começar a rolar na MTV daqui. 1999 - E a trilha sonora (Andreas e o baterista Igor Cavalera gravaram ao lado de André Moraes a trilha sonora pro filme No Coração dos Deuses, de Geraldo Moraes)? Como foi trabalhar num filme? Andreas - Foi muito legal. Porque a gente não escreveu uma música só, a gente participou da produção inteira, assistiu o filme, acompanhou o processo de edição, encaixou as músicas... E gravamos com violoncelos, com cordas... Mas não é um trabalho do Sepultura, sou só eu e o Igor. 1999 - Como vocês reagiram à notícia de tocar junto com o Metallica? Igor - É um sonho de moleque. Somos amigos do Jason (Newsted,baixista) mas nunca havíamos tocado juntos. Tocaremos antes deles e a responsabilidade será dos dois, um de abrir para uma grande banda, outro de tocar depois de uma grande banda em seu país. No final ainda deve rolar uma jam com todo mundo. Andreas - E aí que é a única banda que a gente nunca tocou junto. A gente já tocou com quase todo mundo que influenciou a gente, Ozzy, Sabbath... Vai ser muito legal. 1999 -
Você pára pra pensar que está tocando com uma banda que você comprava o disco quando
estava no começo? 1999 - O que vocês tocarão nesta turnê? 1999 - Mas agora você é o único guitarrista. Os textos só poderão ser reproduzidos com a autorização dos autores |