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GARAGE FUZZ Confortable Dimensions EP (Spicy) Por Alexandre Matias O Garage Fuzz entrou pra história do indie brasileiro contra sua vontade. Afinal, foi no show deles, no segundo Juntatribo, que os anarcopunks se levantaram pra protestar. Subiram no palco pra meter o dedo na cara da banda, cuspiram no que consideraram um ato fascista - tocar uma música do Exploited. Mas coibir a liberdade de expressão não é fascismo? De qualquer forma, o grupo não só passa para os anais da cena underground nacional por este incidente, como pode se gabar de um dos poucos sobreviventes da primeira metade dos anos 90, quando, por um momento, podia-se acreditar na sobrevivência do alternativo sem o apoio do mainstream. Calejados, o grupo passou pelos altos e baixos da cena, viu bandas nascerem (algumas influenciadas por eles mesmos) e morrerem, mas continua na ativa, como um dos principais bastiões do hardcore do país. E por hardcore não entenda o modista e contraditório hardcore melódico. O que o quinteto santista faz é agá cê de verdade, uma pedrada na moleira que nos faz sentir saudade do tempo em que o gênero produzia pérolas desse tipo com mais freqüência. O trabalho dos guitarristas Fernando Zambeli e Wagner Reis é a mola-mestra do grupo e são estas doze cordas que, unidas, entram com a parte musical - seca e direta, despejando uma cascata de riffs de dar gosto. Do outro lado, a cozinha formada pelo batera Daniel Siqueira e o baixo de Fabrício Souza entra com a velocidade turbo que qualquer banda de hardcore deve prezar. Na frente, o vocalista Alexandre Farofa (que no próximo dia 20 sagra sua união com a baixista e vocalista dos Pin Ups, Alê) lidera a armada musical, berrando no limite físico que sua garganta permite. O grupo está em estúdio preparando material para o novo disco, que deve sair no meio do ano. E lançou, no ano passado, o EP (em forma de cassete) Confortable Dimensions (for Suitable Structures) pela gravadora Spicy Records. A fita resume o Garage Fuzz como ele deve ser resumido - de forma direta e veloz, sem meias palavras ou blá-blá-blá. Com quinze minutos e cinco canções, o lançamento chama atenção pela qualidade profissional: da gravação até a capa, tudo é muito bem feito e bem cuidado. Pra conseguir a fita e pogar no sofá, basta falar com a Spicy (Caixa Postal 3811, São Paulo-SP. CEP 010600-970) ou com a própria banda (Rua Nabuco Araújo, 643. Santos-SP. CEP 11025-000). Os textos só
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