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05.04.1999

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LOS HERMANOS
Chora
Por Alexandre Matias


Se você conhece alguém no Rio que acompanha a cena independente local, pergunte pra ele qual é a banda que vai  acontecer este ano. A cada 10 respostas, nove apontarão Los Hermanos como sendo o próximo carioca a despontar para o sucesso.

Os motivos para este sucesso iminente são diversos. Mas os principais são o extremo apelo popular do grupo e o fato  dos caras serem bons mesmos no que fazem. Misturam hardcore com música pop cruzando ska, um saxofone, uma flauta transversal, música brega, baladas românticas e punk  rock no meio do caminho. E criam uma repertório de baladas de amor tocadas com velocidade e peso de uma banda de HC.

Romanticore? Peraê, não vamos inventar um rótulo novo pra cada banda que aparece. O que os Hermanos cantam são  músicas típicas do cancioneiro apaixonado brasileiro, aquele que lamenta a perda do amor, chora a solidão e  bebe cerveja sozinho no boteco. Sim, desde Ronda e marchinhas de carnaval até clássicos do Fábio Jr. e Odair José, este é o terreno do sexteto carioca.

Só coberto com um molho skacore caprichado, que às vezes dá vazão à pequenas viagens em terrenos musicais tão diferentes quanto rumba, psicodelia ou doo-wop. A primeira fita do grupo, Amor e Folia, do meio do ano passado, trazia a fórmula ainda sem um polimento final, muito mais pesada que melódica.

Já Chora, gravada no fim do ano passado, traz o grupo afiadíssimo. O peso perdeu volume, deixando o vocal e a guitarra de Camelo mais sossegados à frente, deixando o compositor da banda derramar suas mágoas em cinco jóias do tal cancioneiro do começo do texto.

A fita abre com Deus e o Diabo que às primeiras linhas já dá o tom de amor traído: “Não vou mais te perdoar/ Você foi longe demais”, misturando ska com Elymar Santos. Tão Sozinho é um hardcore com música sobre a letra (sem ser “melódico”) e marimbas. Pierrot acompanha o personagem do título, o único palhaço triste do carnaval com refrão de surf music e a excelente Primavera constrói uma baladaça sobre um doo-wop daqueles de bailinho anos 50. E Quem Sabe é um ska insistente que pergunta a máxima “quem sabe o que ter e perder alguém?”.

Impressionante também é o potencial pop das músicas que, justamente por serem descendentes do repertório brega brasileiro, grudam na orelha em uma ou duas audições. As que não incitam o vocal coletivo abrem caminho pra uma dança sem fim. Como a boa música pop deve ser.

Chora já pode ser considerada a “fita clássica” dos Hermanos, uma vez que a contratação do grupo por uma grande gravadora parece iminente. Se você quer pegar essa onda antes que ela estoure, peça a sua fita por carta (Los Hermanos - A/C Marcelo Camelo - Av. Sernambetiba, 1190/301. Rio de Janeiro-RJ. CEP 22620-171) ou por email ([email protected] ).

Os textos só poderão ser reproduzidos com a autorização dos autores
© 1999

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