Image1.JPG (15354 bytes)

05.04.1999

INFORMAÇÃO
Fatboy Slim
Cassius
Paul Oakenfold
Silver Jews

P&R
Amon Tobin
Inocentes
Sepultura

COLUNISTAS
OUTROPOP
por G. Custódio Jr.
PENSAMENTOS FELINOS
por Tom Leão
LONIPLUR
por Sol
atenciosamente,
por rodrigo lariú

CORRESPONDENTES
INTERNACIONAIS

A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO NORTE-AMERICANO
por Cassiano Fagundes

BR-116
Comédias
Pequenas Capitanias
Por Fora do Eixo

Arroz com Pequi
Marreta?
Das Margens do Tietê
Distancity
Leite Quente
Londrina Chamando
Por Aí

HISTÓRIA
DO ROCK
T-Rex
Kurt Cobain
Bob Dylan
Nuggets

RESENHAS
Sebadoh
Los Hermanos
Kiss (show)
Mestre Ambrósio
Jesus Lizard
Maxixe Machine
Fish Lips
Silverchair
PJ Harvey e Jon Parish (show)
Cornelius
Post-punk chronicles
Blur (show)
Garage Fuzz
Pólux (show)
Marcos Valle
Astromato
French Fried Funk
Sublime

FICÇÃO
Leia no último volume
Na Lata!
Miniestórias

E-MAIL

CRÉDITOS

POLLY JEAN HARVEY
& JON PARISH

Improv Theater (Londres)
Por Luciano Vianna

(London's Burning)

Quando John Peel
subiu ao palco e se dirigiu ao microfone para anunciar o começo de mais uma de suas lendárias Peel Sessions, não pude deixar de pensar em como fui sortudo de ter conseguido uns dos disputadíssimos 400 convites para ver uma de suas sessões. Desta vez o convidado do veterano DJ era a dupla Polly Jean Harvey & John Parish, que fez um set sem acompanhamento da banda da cantora - só com as duas guitarras e uma eventual bateria de Parish.

Junto com Leila, PJ Harvey pode ser considerada a embaixatriz maior da tristeza, da desolação e dos amores impossíveis e corações destroçados. Dona de uma voz celestial e uma personalidade que exala uma frágilidade irresístivel, PJ não precisa fazer nada para ter total controle do público, que suspirava, gritava e aplaudia a musa a cada música.

Vestida com uma saia preta e uma blusa vermelha sem manga, Polly Jean abriu o show com uma versão angustiante de "Dry" e avisou que iria tocar apenas as favoritas da dupla. Daí em diante foi uma seleção de clássicos como "Man Size", "Legs", "Angeline", "C'mon Billy", "Ride Of Me", "Teclo", "Send His Love" e "50ft Queenie", até o auge com uma tocante versão de "Oh My Lover" no final do espetáculo. Para lavar a alma do público que não desgrudou os olhos de sua musa durante os pouco mais de 40 minutos de show.

Com suas letras dramáticas e uma interpretação surpreendentemente forte para quem se diz uma das pessoas mais tímidas do mundo, PJ é a melhor resposta que as mulheres poderiam dar à figuras apáticas e pretensamente feministas como Alanis Morissette e Beth Orton. A cada agudo mais pronunciado, a cada frase cantada por ela, podia-se sentir toda a emoção que toma conta de seu coração torturado, elevando o público a um passeio nas trevas com final feliz.

Agora fica aqui a pergunta: quando algum produtor visionário vai acordar para o fato de que a mocinha funciona bem melhor ao vivo do que em estúdio e gravar um disco ao vivo de PJ Harvey?

Os textos só poderão ser reproduzidos com a autorização dos autores
© 1999

Fale conosco

Hosted by www.Geocities.ws

1