INFORMAÇÃO Fatboy Slim Cassius Paul Oakenfold Silver Jews P&R Amon Tobin Inocentes Sepultura COLUNISTAS INTERNACIONAIS A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO NORTE-AMERICANO por Cassiano Fagundes BR-116 HISTÓRIA RESENHAS |
SILVERCHAIR Neon Ballroom (Sony) Por Abonico R. Smith Não há quem discorde ao ouvir Neon Ballroom. O silverchair cresceu. Os garotos que, como ninguém, antes amavam e se limitavam a copiar Pearl Jam e Nirvana finalmente convenceu. À beira de se despedir da adolescência, Daniel Johns, Ben Gillies e Chris Joanou fazem um grande disco de gente grande. "Emotion Sickness" abre o disco em tons magistrais. Arranjo de cordas e ataques épicos com certeza levarão a comparações com "Tonight Tonight" - a diferença fica nos vocais grungeados. O riff seventie e grooveado de "Anthem For The Year 2000" chega em seguida anunciando toda a rebelião de uma geração contra rótulos e imposições incabíveis vindas do mundo adulto. A faixa já nasce com cara de hit. No decorrer do disco se encontram diversas referências da década que quase todo mundo faz questão de não esquecer. As baladas "Ana's Song" e "Paint Pastel Princess" têm ligeiro sotaque progressivo. "Miss You Love" tem um pezinho nos dedilhados e trabalhos melódicos do bittersweet. "Do You Feel The Same" é puro hard rock blueseiro. E muitas outras faixas ("Spawn Again", "Dearest Helpless") traz origens sabbathianas recicladas para o metal ninetie de base cíclica e por vezes bastante agressiva. Para quem gosta de suprema variedade, o disco conta ainda com hardcore ("Satin Sheets"), balada pop ("Black Tangled Heart") e o hoje praticamente esquecido funk metal ("Steam Will Rose"). Ao contrário de muitos grupelhos chatos que existem por aí, os garotos australianos do silverchair que mostram que a adolescência pode ser sinônimo de rock'n'roll dos bons. Basta querer. Os textos só poderão ser reproduzidos com a autorização dos autores |