Image1.JPG (15354 bytes)

05.04.1999

INFORMAÇÃO
Fatboy Slim
Cassius
Paul Oakenfold
Silver Jews

P&R
Amon Tobin
Inocentes
Sepultura

COLUNISTAS
OUTROPOP
por G. Custódio Jr.
PENSAMENTOS FELINOS
por Tom Leão
LONIPLUR
por Sol
atenciosamente,
por rodrigo lariú

CORRESPONDENTES
INTERNACIONAIS

A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO NORTE-AMERICANO
por Cassiano Fagundes

BR-116
Comédias
Pequenas Capitanias
Por Fora do Eixo

Arroz com Pequi
Marreta?
Das Margens do Tietê
Distancity
Leite Quente
Londrina Chamando
Por Aí

HISTÓRIA
DO ROCK
T-Rex
Kurt Cobain
Bob Dylan
Nuggets

RESENHAS
Sebadoh
Los Hermanos
Kiss (show)
Mestre Ambrósio
Jesus Lizard
Maxixe Machine
Fish Lips
Silverchair
PJ Harvey e Jon Parish (show)
Cornelius
Post-punk chronicles
Blur (show)
Garage Fuzz
Pólux (show)
Marcos Valle
Astromato
French Fried Funk
Sublime

FICÇÃO
Leia no último volume
Na Lata!
Miniestórias

E-MAIL

CRÉDITOS

PAUL OAKENFOLD
Por Luciano Vianna e Valeria Rossi
(London's Burning)

Eleito o melhor DJ do mundo em votação realizada no final do ano passado pelos leitores da revista inglesa DJ Magazine, Paul Oakenfold pode ser considerado um veterano das picapes. Na década de 80 ele foi o principal responsável pela divulgação do hip hop na Inglaterra, além  de ter produzido bandas famosas como Happy Mondays - foi ainda o primeiro DJ a tocar em festivais de rock. Já nos anos 90, montou sua própria gravadora, a Perfecto Records e remixou trabalhos de gente do calibre dos Rolling Stones, U2 e Massive Attack. Sua mais recente empreitada foi a produção do úiltimo disco dos Smashing Pumpkins. Currículo pouco é bobagem. Para o futuro, Oakie (apelido carinhoso dos fãs) planeja uma extensa turnê mundial de artistas de seu selo (que deverá passar pelo Brasil em abril). Nada que atrapalhe o trabalho de residente no clube de maior prestígio do mundo atualmente, o Cream, em Liverpool. Em fim de semana, antes de seu set semanal na Cream, Paul Oakenfold conversou com o 1999.

1999 - Você foi escolhido o melhor DJ do ano pela revista DJ Magazine. Como se sente com este resultado?
Oakenfold - Muito bem. Achei muito bacana porque é o único prêmio para DJs que tem a votação do público. E isso significa muito para mim. As outras votações e competições entre DJs são feitas pelos editores das revistas ou por representantes da indústria fonográfica. No ano passado, por exemplo, ganhei dois prêmios, mas este é mais especial.

1999 - Qual é o seu segredo? Por que você acha que o público gosta tanto de você?
Oakenfold - Porque eu sou o DJ do povo. Eu divirto o público, sou um performático. Nunca abaixo a cabeça. Eu trabalho com o público, no contato de olho no olho. E as pessoas gostam disso.

1999 - Antes de você começar o set, o público fica berrando o seu nome durante uns cinco minutos. Você tem planos de tentar isso novamente no Brasil?
Oakenfold - Eu já toquei em São Paulo uma vez, mas vou voltar em abril com uma turnê. Não vai ser nada ligado à Cream. Vou pela minha gravadora, a Perfecto Records. A gente vai para Buenos Aires e depois tocamos no Brasil. Deve ser possivelmente no Rio de Janeiro e em São Paulo.

1999 - Quais são as suas impressões da última visita ao país?
Oakenfold - Estive no Brasil pela primeira vez há nove anos. Me lembro que fui para a praia de Copacabana ver o reveillon e foi maravilhoso. Depois fui para Manaus e subi o Rio Amazonas. Pesquei piranha, cacei jacaré. Três anos depois voltei para tocar em um clube de São Paulo, cujo nome não lembro. Foi legal, mas acho que a mina música estava muito à frente do seu tempo para aquela platéia.

1999 - Além de ser um dos DJs mais famosos do Reino Unido você é também um empresário bem sucedido com a gravadora Perfecto Records. O que você prefere: a produção do estúdio ou a vibração da galera quando toca ao vivo?
Oakenfold - As duas coisas são importantes. Durante a semana produzo música e nos fins de semana experimento o que fiz com as pessoas. Se elas gostam, a resposta é imediata. Então as duas coisas são muito importantes. Não saberia separar as duas.

1999 - Você acabou de produzir faixas do novo disco do Smashing Pumpkins. O que achou desta experiência?
Oakenfold - Muito boa. Adorei trabalhar com a música da banda. Sério.

1999 - E você conhece alguma coisa de música brasileira?
Oakenfold - Só os ritmos. Quando estive no Rio fui a algumas lojas e comprei bastante coisa de música local, apenas pelo ritmo. Fica meio difÌcil encaixar esta sonoridade no meu trabalho, mas eu gosto muito mesmo assim.

1999 - Você costuma dizer que, para ser um residente em um clube, o DJ não pode tocar só uma vez por mês. Por quê?
Oakenfold - Se o cara toca só uma vez por mês, as outras três semanas vão para o beleléu. Isso não é ser residente, é ser convidado. O residente é o cara que toca toda semana, como eu faço na Cream.

1999 - Como é o seu relacionamento com o público da Cream? Você é do tipo que faz o seu trabalho e vai embora ou gosta de se misturar com a galera?
Oakenfold - Não fico só na área vip. Gosto de ouvir o que as pessoas têm a me dizer. Eu só toco na Cream, em mais lugar nenhum. Muitos dos DJs do Reino Unido trabalham em três ou quatro clubes na mesma noite. Eles tocam por uma hora e saem correndo para o próximo clube. Eu não acredito nisso, não faço isso de jeito nenhum. Quero dar alguma coisa de volta para o público, em vez de receber e receber sempre. Muitos DJs apenas recebem.

1999 - Você é um dos pioneiros do trance, gênero eletrônico que cresceu muito nestes últimos dez anos. Na sua opinião, qual foi a principal mudança neste período?
Oakenfold - A dance music se transformou em som global. Ela reúne as pessoas em todos os lugares e de todas as nacionalidades. Você junta preto, branco, amarelo, muçulmano, católicos, protestantes. Este é o aspecto grandioso do trance.

1999 - No ano passado, o Verão do Amor, movimento que fez a dance music conquistar o mundo inteiro, fez uma década. Como você acha que deverão ser os próximos dez anos para a música eletrônica?
Oakenfold - Maravilhosos. Mal posso esperar.

Os textos só poderão ser reproduzidos com a autorização dos autores
© 1999

Fale conosco

Hosted by www.Geocities.ws

1