Image1.JPG (15354 bytes)

05.04.1999

INFORMAÇÃO
Fatboy Slim
Cassius
Paul Oakenfold
Silver Jews

P&R
Amon Tobin
Inocentes
Sepultura

COLUNISTAS
OUTROPOP
por G. Custódio Jr.
PENSAMENTOS FELINOS
por Tom Leão
LONIPLUR
por Sol
atenciosamente,
por rodrigo lariú

CORRESPONDENTES
INTERNACIONAIS

A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO NORTE-AMERICANO
por Cassiano Fagundes

BR-116
Comédias
Pequenas Capitanias
Por Fora do Eixo

Arroz com Pequi
Marreta?
Das Margens do Tietê
Distancity
Leite Quente
Londrina Chamando
Por Aí

HISTÓRIA
DO ROCK
T-Rex
Kurt Cobain
Bob Dylan
Nuggets

RESENHAS
Sebadoh
Los Hermanos
Kiss (show)
Mestre Ambrósio
Jesus Lizard
Maxixe Machine
Fish Lips
Silverchair
PJ Harvey e Jon Parish (show)
Cornelius
Post-punk chronicles
Blur (show)
Garage Fuzz
Pólux (show)
Marcos Valle
Astromato
French Fried Funk
Sublime

FICÇÃO
Leia no último volume
Na Lata!
Miniestórias

E-MAIL

CRÉDITOS

"FRENCH FRIED FUNK"
Vários
Slip'n'Slide
Por Alexandre Matias


A internacionalização do pop e a ascenção da música eletrônica às paradas fizeram com que a França finalmente se livrasse do estigma de ser um dos países com pior reputação no cenário pop mundial (salvo exceções como Serge Gainsbourg e Brigitte Bardot). Desde o começo dos anos 90, uma cena vem se desenvolvendo nas casas noturnas de Paris, juntando fãs de diversas tendências musicais pra ouvir basicamente house music.

Em noites comandadas pelo DJ Dimitri (que mais tarde assumiria o sufixo From Paris), Charles Schillings (hoje conhecido como Magenta) e Erik Rug (o nome por trás dos Daphreephunkateerz) aos poucos foram introduzindo aos franceses sons tão diferentes quanto rap, funk, lounge, rock e pop, todos diluídos no bate-estaca house. Estes três DJs semearam em toda uma geração o espírito do faça-você-mesmo - e o punk francês finalmente acontecia, só que com estilo e música eletrônica.

Entre as principais mudanças que aconteceram no cenário francês, podemos destacar a Máfia de Versailles (um subúrbio de Paris) como sendo o principal foco dos acontecimentos. De lá saíram o Air, Etiénne de Crecy (que mudaria seu nome para Super Discount), o Cassius, La Chatte Rouge, Minos, Alex Gopher e sua Solid State Recordings e Blackstrobe, além da gravadora mais importante da nova geração, a Source. Outro subúrbio, o de Bastille, também teve a sua safra, esta centralizada na loja de discos Rough Trade (onde funciona outra importante gravadora, a Artefact).

Dois dos nomes mais importantes desta nova cena francesa, Erik Rug e Ivan (dono da Rough Trade), arregaçaram suas mangas e decidiram marcar a nova cena com uma coletânea definitiva. French Fried Funk é um CD duplo que reúne a nata da cena atual da terra do Moulin Rouge. Além dos nomes citados acima, ainda dão as caras na compilação nomes como Trakilou, I Cube, Cheesy D, Playin’ 4 da City, Motorbass (Etiénne de Crecy e Phillipe Zdar, do Cassius), DJ Cam, Mozelsi e Dirty Jesus. 21 faixas distribuídas em dois CDs que mostram as duas faces da atual cena francesa.

A interseção entre todos os sons, claro, é o bate-estaca do house, mas cada um parte pra uma determinada área a partir deste ponto inicial. O primeiro disco é mixado por Ivan e traz um lado mais suave e tranqüilo da cena, em que podemos destacar o groove suave do DJ Cam (em Dieu Reccinaitre Les Siens, uma das primeiras faixas desta nova geração a sair da França), o mix house do DJ Stein sobre Modular, do Air, o trip hop Sunshine, de Mozelsi, o soul dançante Chicago Babe, do Pepe Bradock (assinando como Trankilou), a delicadamente construída Le Turbo Personnel, de Alex Gopher (editada pelo duo Motorbass) e a funky Live @ the CBGB’s, do Blackstrobe.

Já o disco 2, por conta de Erik Rug, traz o lado mais groovy da moeda, com destaque para o funk espacial do Dirty Jesus (em Don’t Fuck With My Shit), o house tranqüilex de Playin’ 4 tha City (em Orbit), Daphreephunkateerz (na old-skool Pissed on the Brooklin Bridge), duas pérolas de Dimitri From Paris (a sossegada Free Ton Style e o tema de seriado de mentira Dirty Larry), o disco samba de Cheesy D (em Get the Cash & Run), o house velha guarda de Alex Gopher (em Super Disco), o housão do Magenta (em Deep Toothbrush) e a deliciosa Disco Cubism, de I Cube. Enfim, se você está por fora da cena francesa, French Fried Funk não traz só um belo panorama da cena atual como compila os grandes nomes do país.

Os textos só poderão ser reproduzidos com a autorização dos autores
© 1999

Fale conosco

Hosted by www.Geocities.ws

1