O mundo não acabou, então...

1999
mais que música

...mudou de novo.

Agora ficou mais fácil ainda. E melhor pra todo mundo. Todas as seções deixaram de ser páginas pra se tornar meros temas. Todo dia tem um texto novo, sobre qualquer coisa que tenha alguma coisa a ver com música. A página do 1999 agora é só uma: a mesma, sempre.

Acostume-se.

Um dos editores do 1999
que não avisou pro outro que ia fazer isso porque
teve essa idéia, se entusiasmou e quis por em prática logo!

Se você quiser escrever para o 1999 sobre QUALQUER coisa que tenha a ver com música (um show legal que você viu, um carinha que você conseguiu entrevistar, um disco que você queria mostrar pras outras pessoas, qualquer tipo de teoria, contar qualquer parte da história do rock), basta escrever para a gente.

19.AGO.1999

 

P&R
BOWERY ELECTRIC
por Eduardo Ramos

Como alguns insistem em dizer, o post-rock é o rock progressivo dos anos 90. Para outros é a alternativa ao alternativo. Mas deixando de lado todo este papo teórico, e cavando fundo nas “novas” bandas que andam surgindo, acabamos encontrando muitos sons interessantes, como é o caso do Bowery Electric.

Martha Schwendener e Lawrence Chandler, dois universitários da região de New York debutaram com um delirante compacto duplo em 94 e no ano seguinte lançaram seu primeiro disco chamado Bowery Electric pela Kranky Records, a gravadora mais importante do novo experimentalismo americano. Em 96 com o lançamento de Beat e todo o hype que a imprensa americana passou a dedicar a explicar o som (inclassificável) de bandas como Low e Jessamine, a banda passou a ficar mais conhecida pela seu wall of sound das apresentações ao vivo, assim como as absurdas texturas registradas em seus discos.

A dupla abraçou os remixes com o promo Without Stopping, e este namoro virou casamento no CD
duplo Vertigo, inteiramente dedicado a releituras dos temas originais. Atualmente a banda está para lançar Lushlife, seu quarto disco da dupla americana. Com a palavra Lawrence Chandler, a metade masculina do Bowery Electric.

1999- Quando você e Martha começaram a gravar seus primeiros experimentos, que tipo de som vocês tinham em mente? Quais as influências iniciais da banda na época do primeiro disco?
Lawrence Chandler - Bem, eu não poderia chamar de experimentos, eles eram bem menos precisos! Nós provavelmente sabíamos mais sobre o que NÃO fazer... Como a maioria das pessoas que nós conhecemos, nós estávamos escutando muito ambient – Aphex Twin, Main, Seefeel, etc.- e tentando fazer aquilo soar mais "rock". Ao mesmo tempo, muitas pessoas estavam desenterrando sintetizadores analógicos e basicamente soando como bandas experimentais/eletrônicas dos anos 60 e 70 (krautrock e coisas do tipo). Esta idéia não parecia muito fresca para nós – razão que explica o uso das guitarras processadas para tentar achar nosso próprio som. Além disso, nós crescemos escutando soul, hip hop, composição contemporânea (como o minimalismo), e sofremos todo o tipo de influência musical imaginável. Como Marvin Gaye disse uma vez: "nós estávamos interessados em fazer uma música que refletisse o nosso tempo", então nós usamos estes sons mais ambient, mas trazendo outros elementos, elementos estruturais e tentando tornar o ritmo mais interessante. E claro, não dá para negar a influência de artistas como Can ou Kraftwerk, pelo modo de pegar elementos mais experimentais e integrar com canções pop. Então nós começamos com estas coisas que nos interessavam naquela época – drones ambient, baixo dub, batidas inspiradas em hip hop. O primeiro disco é como uma foto nossa dos tempos de criança! Musicalmente muito jovens... e nós não fomos auxiliados por ninguém para fazer aquilo.

1999- É muito difícil transportar o som do estúdio para os shows? Você grava pensando nisso?
Chandler - Com o primeiro disco, nós gravamos pensando em como fazer tudo aquilo ao vivo, e nós fizemos isso. Muitas pessoas ficaram supressas com três pessoas com apenas baixo, guitarra e bateria fazendo o "wall of sound" que nós fazíamos. Mas nós mudamos, agora estamos usando tantos samples e processadores que nós realmente não pensamos daquela maneira.
Na teoria, não é tão difícil transportar um bom som de estúdio para as apresentações ao vivo, só envolve possuir o equipamento certo, mas tudo tem que funcionar.

1999- O que você acha sobre o lance que rola em torno das bandas da Kranky Records e todo este papo de post-rock?
Chandler -
Tudo envolvendo qualquer cena geralmente só existe na imprensa... Nós conhecemos outros artistas da Kranky, mas não existe muita interação. Agora o termo post-rock deve Ter sido roubado em algum lugar de Ohio, junto com o catálogo do Tortoise.

1999- Quando eu escuto os discos antigos do Can e do Faust sempre pensava: em alguma hora o engenheiro de som deve ter falado "gente, parem pois o lado A acabou". Mas ao mesmo tempo, a duração do disco é um aviso do tipo: "vocês estão pegando pesado"... O que você acha disso, você a duração que o CD proporciona incrível? Particularmente você prefere vinil ou CD?
Chandler -
Eu gosto do som do vinil, alguns discos em um bom sistema, são insuperáveis. Mas existe muita música que se beneficia pela duração do CD. O problema ocorre quando as pessoas pensam que devem preencher o CD inteiro. As pessoas realmente precisam aprender a se editar.

1999- Qual a sua opinião sobre o remix?
Chandler - Os remixes estão por ai faz um bom tempo, mas eles passaram a ficar mais interessantes nos últimos anos. Nós lançamos remixes de todas as faixas do nosso último disco (Beat), trabalhando com alguns artistas de "eletrônica experimental", o resultado foi o disco Vertigo. Agora as pessoas estão se perdendo no meio da selva de remixes, todo mundo acha que pode ser produtor/remixador... eu até acho que podem, só diz respeito a possuir a tecnologia. É legal quando o remixador tem uma linha mais "modificadora"... agora que nós construímos nosso próprio estúdio, nós fizemos vários remixes para o nosso novo disco Lushlife.

1999- No Brasil existem bandas que são influenciadas pelo som do Bowery Electric, o que você acha disso?
Chandler -
O que eu posso dizer? É realmente incrível saber disso! Ao mesmo tempo eu espero que isso inspire as pessoas a escutar as músicas e culturas que inspiraram nós. Fale para estas bandas mandarem as fitas para a Kranky!

 

Jamiroquai
Flaming Lips
Gong - Show de 30 anos
Megatério (agosto) - A Noite do P* no C*
Marreta (agosto) - O jazz morreu
Rolling Stones
Mercenárias
"Paul's Boutique"
"Tim Maia Racional"

Kraftwerk
Sugar Hill Records

Second Come
R.E.M.
Built to Spill
Eddie
Flaming Lips
Ultraje a Rigor
"Kurt & Courtney"
Moby
clonedt
Mark Sandman
Suede
Plebe Rude
Rentals

Pavement
MEGATÉRIO - Omar Godoy
WICKED, MATE - 90 (de Londres)

REVOLUCIÓN 1,99 - Edu K
atenciosamente, - Rodrigo Lariú
Red Hot Chili Peppers

Underworld
Prodigy
Hojerizah
Raimundos

Plebe Rude
Wilco
Little Quail
Chemical Brothers
Atari Teenage Riot

Grenade
Lulu Santos
Liam Howlett
4-Track Valsa
Chemical Brothers (show)
Yo La Tengo + Jad Fair
"Select"
Dr. John
Memê
"Drinking from Puddles"
Capital Inicial (show)
Jon Spencer Blues Explosion (show)
Homelands (festival com DJ Shadow, Underworld, Asian Dub Foudation, Chemical Brothers, Fatboy Slim, Grooverider, Faithless e outros)
Divine
"The Best of Sugar Hill Records"
Ambervisions
Amon Tobin
Sepultura/Metallica (show)
Mocket
Stereophonics
Headache
Fatboy Slim
Cassius
Paul Oakenfold
Silver Jews
Amon Tobin
Inocentes
Sepultura
Outropop
Pensamentos Felinos
Loniplur
atenciosamente,
Swervedriver e Mogwai
Comédias
Pequenas Capitanias
Por Fora do Eixo
Arroz com Pequi
Marreta?

Das Margens do Tietê
Distancity
Leite Quente
Londrina Chamando
Por Aí
T-Rex
Kurt Cobain
Bob Dylan
Nuggets
Sebadoh
Los Hermanos
Kiss (show)
Mestre Ambrósio
Jesus Lizard
Maxixe Machine
Fish Lips
Silverchair
PJ Harvey e Jon Parish (show)
Cornelius
"Post-punk chronicles"
Blur (show)
Garage Fuzz
Pólux (show)
Marcos Valle
Astromato
French Fried Funk
Sublime
Leia no último volume
Na Lata!
Miniestórias
Blur
Ira!
Sleater-Kinney
Goldie
Henry Rollins
Jon Carter
Afrika Bambaataa
O pai do rock brasileiro
Nova História do Pop
Grave sua própria fita
C86
Medo do novo
Digital Delay
No shopping com Status Quo
Fita ou demo?
Solaris
A história do indie baiano
Prot(o) e Rumbora
Monstro Discos
Carnaval e Los Hermanos
Eletrônicos e bicões
Kólica, Pupila e Total Fun
As hortas musicais de Curitiba
Ala Jovem
Brian Wilson
Limpando os remédios
Amor e Luna
Massive Attack
Blondie
"You've Got the Fucking Power"
Relespública (show)
Trap
Johnattan Richman (show)
Little Quail & the Mad Birds
High Llamas
Thurston Moore
Red Meat
Los Djangos
Bad Religion (show)
Vellocet
Jon Carter (show)
Raindrops
Jimi Hendrix Experience
Fun Lovin' Criminals
Garbage
Tom Zé
Câmbio Negro
Catalépticos
Lobão
Cowboys Espirituais
Max Cavalera
Escrever "de música"
O CD ou a vida (quase)
A bossa nova contra-ataca o Brasil
Um pouco de educação não faz mal a ninguém
Fé em Deus e pé na tábua
O Mercury Rev que não foi
Um banquinho, um violão e Dee Dee Ramone
Escalação pro Abril Pro Rock 99
Dago Red
Festivais na Bahia
Chutando o futuro de Brasília
Ê, Goiás
Pós-Rock, Teletubbies e LTJ Buken
Você sabe o que é Louphas?
Por dentro da Holiday Records
Chacina no litoral paranaense
PELVs e um blecaute
Bruce Springsteen
O último show dos Beatles
Genesis -
"The Way of Vaselines"
Vamos nos encontrar no ano 2000
Tropicanalhce
A professora com pedal fuzz
Portishead
Chico Buarque (show)
Deejay Punk-Roc
Ninja Cuts
Jon Spencer Blues Explosion
Dazaranha
Snooze
U.N.K.L.E.
Pearl Jam
New Order (show)
Rock Grande do Sul
Spiritualized
Damned
NME Premier Festival (shows)
Delgados
Punk Rock Stamp
Fellini (show)
Plastilina Mosh
Neutral Milk Hotel
Fury Psychobilly
Gastr Del Sol
Pólux
Afghan Whigs
Ritchie Valens
Marcelo D2/ Resist Control (show)
Limbonautas
Cartels
Babybird
Elliot Smith
Jesus & Mary Chain
Nenhum de Nós
Otto 
Relespública  
DeFalla
Piveti
Isabel Monteiro
Man or Astroman?
Ricardo Alexandre elocubra sobre Engenheiros do Hawaii
Camilo Rocha ri do medo da imprensa especializada
Leonardo Panço mete o pau em quem ele acha que deve meter o pau
G. Custódio Jr. fala de Flin Flon e Va Va Voon
Tom Leão dá as dicas de como se gravar "aquela" fita pra "aquela" gata
ROCK & RAP CONFIDENTIAL defende o crédito à pirataria 
Rodrigo Lariú lembra de bons shows
Festivais no Nordeste
O último show do Brincando de Deus

Conheça Belo Horizonte
98 em Brasília
Superdemo e Fellini no Rio
Uma geral no ano passado em Sampa
Cadê o público nos shows?
As dez melhores bandas de Curitiba
Pelo fim da reclamação
Black Sabbath
Burt Bacharach
"Três Lugares Diferentes" - Fellini
Beck
Mercury Rev
Jurassic 5
Sala Especial
Lou Reed (show)
Asian Dub Foundation
Belle and Sebastian
"Velvet Goldmine"

Autoramas (show)
Grenade
Chemical Brothers (show)
Cardigans
Bauhaus
Stellar

1999 é feito por Alexandre Matias e Abonico Smith e quem quer que queira estar do lado deles.

Os textos só poderão ser reproduzidos com a autorização dos autores
© 1999
Fale conosco

----- -----

Hosted by www.Geocities.ws

1