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01.03.1999

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RAINDROPS
SWEET GIRL
Por Alexandre Matias

No começo do ano passado, o André, que então tocava no Slow Down, veio me trazer uma cópia da fita de sua nova banda, o Raindrops. A capa anti-rock de Rock Music Kills Children prometia, mas o próprio autor me avisou que a banda era nova, não tinha nem dois meses, que eles estavam ensaiando e que a fita era mais pra eles sacarem como funcionava a banda. Dentro, o som era meio hardcore ("Screaching Weasel", disse um amigo meu quando ouviu, sem pestanejar) e eu não ouvi mais falar no grupo.

Até que o encontrei no começo deste ano e ele me avisou que a banda tinha mudado e que eles estavam gravando uma música nova. Quando Sweet Girl, a nova fita e a primeira "oficial", chegou na minha mão era difícil acreditar que era a mesma banda. As influências HC foram limadas até sobrar apenas o barulho das guitarras. Mas o resto era melódico e doce como baladas de amor.

Aliás, Sweet Girl é uma fita com baladas de amor. Tocadas às guitarradas. As influências mudaram para a Inglaterra e é possível ouvir ecos de Jesus & Mary Chain (a voz de André lembra a de William Reid), Teenage Fanclub, Sebadoh e, lógico, pop dos anos 60. Gravada no Piranha (o sucessor natural do Arenna, preferido de 9 em cada 10 bandas de Campinas), a nova fita traz não só um Raindrops mais confiante, como pronto pra crescer e ganhar seu espaço.

O único ponto baixo da fita é I Feel So Good - a única composição do guitarrista Chico. O problema não é nem a música, que é boa como as demais, mas o vocal do guitarrista, que sai do fundo esta única vez e não pertence a este terreno musical. Mas quando Chico canta por baixo do vocal de André, que parece com a voz dele falando, de tão natural, o casamento é na medida.

Mas se Chico não convence cantando, se redime em seu instrumento. A guitarra é distorcida o suficiente para clamar a microfonia, mas sem escorregar para o barulho puro e gratuito. É ela que transforma as canções de André em algo mais virulento que o simples - mas difícil de se fazer - pop perfeito. A camada rock adicionada pela guitarra retilínea do grupo (que, espertamente, não sola - o único da fita solo é feito pelo baixo de André, na versão de Back to You, dos Riverdales) é confirmada pela marcação óbvia, mas segura, da bateria de Anderson.

Enfim, o Raindrops se confirma como uma das bandas mais legais da nova safra do rock de Campinas. Pra conseguir Sweet Girl, que está saindo em CD-R (a 7 reais) e em K7 (R$ 3,00), e tirar suas próprias conclusões, basta falar com o André (Rua Luzitana, 1342/12. Campinas-SP. CEP 13015-122. Telefone 019-237-1226).

Os textos só poderão ser reproduzidos com a autorização dos autores
© 1999
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