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01.03.1999

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JON CARTER
Por Alexandre Matias

Por trás do nome de Monkey Mafia, Jon Carter construiu uma reputação e tanto como um dos maiores DJs na ativa.
Misturando drum’n’bass, big beat e doses cavalares de reggae (que ele pronuncia como ‘reguêi’, como os jamaicanos chamam seu ritmo pátrio). Seu disco de estréia, o impressionante Shoot the Boss (Heavenly, importado), saiu no fim do ano passado e compilava os melhores momentos dos quatro anos de existência do MM, reinventando os hits que ergueram seu nome. Ele esteve discotecando por estas paragens e o 1999 bateu um papo com o cara.

1999 - Esta é a segunda vez que você vem tocar no Brasil (a primeira foi em 97). O que achou de tocar aqui?

Jon Carter -
Foram umas das melhores festas em que toquei. O público responde muito bem, mesmo em casas pequenas, entra no ritmo mesmo. Na Inglaterra eu só tenho esse tipo de resposta quando toco em lugares grandes, como o Cream ou o Ministry of Sound. E a resposta vem porque o público sabe quem eu sou. Mas aqui, praticamente ninguém me conhecia e todo mundo entrou no
ritmo. 

1999 - E o que achou do país? Encontrou algo que não esperava encontrar?
Carter -
Não, porque como eu viajo muito não costumo ficar pensando como deverá ser tocar em certo país, pra, sei lá, não me decepcionar, sabe? Mas o mais marcante no Brasil que achei é como as pessoas lidam com elas mesmas. Existe uma comunicação muito boa, o povo é muito apegado, muito chegado uns nos outros. Isso foi o que mais gostei.

1999 - E música brasileira?
Carter -
Conheço, mas não saberia dizer nomes. Mas gosto muito de música brasileira, tem muito soul, muito sentimento. Uma música autêntica.

1999 - Falando do som do Monkey Mafia, você tem uma forte influência de reggae. Fale um pouco sobre isso.
Carter -
Sempre gostei de reggae porque, por mais simples que ele seja, ele cativa o ouvinte facilmente. Te pega fácil, te faz mexer. Além disso, tem uma mensagem positiva por trás das músicas, além delas serem muito fáceis de decorar. Você pega o trabalho do maior nome do reggae e é como o do John Lennon: mensagens extremamente simples, ditas de uma forma muito clara e fácil de entender. Com ritmo, um ritmo maravilhoso. 

1999 - Mas essas razões que você disse podem ser encaixadas no funk, que é base pro big beat.
Carter -
Você tem razão, o que posso dizer (risos)? Mas gosto mais de reggae e de ragga. Foi o ragga que me aproximou do reggae na verdade, porque era tão eficaz quanto o rap, só que tinha muito mais ritmo.

1999 - Aproveitando o assunto, isso é um negócio legal dessa nova cena techno e dance music - muitos moleques brancos estão descobrindo a música negra dos anos 70.
Carter -
Eu não vejo isso desta forma porque na Inglaterra não existe essa diferença. Mas entendo o que você diz. E apesar do rock ter vindo do blues, ele ficou mais tradicionalista que o country...

1999 - Existe alguma diferença do seu trabalho solo pro do Monkey Mafia?
Carter -
Quando toco como Jon Carter toco discos de funk e de hip hop velho. Mas às vezes também os toco no Monkey Mafia, que é mais ragga. 

1999 - E de onde vem o nome?
Carter -
É uma brincadeira, como quase todo nome de banda. Na verdade, lancei um single com esse nome, sem querer me batizar assim. Monkey Mafia é uma brincadeira com a indústria fonográfia, uma máfia formada por pessoas com cérebro de macaco. E o nome é fácil, todo mundo entende.

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