Image1.JPG (15354 bytes)

01.03.1999

INFORMAÇÃO
Blur
Ira!
Sleater-Kinney
Goldie

P&R
Henry Rollins
Jon Carter
Afrika Bambaataa

COLUNISTAS
CINISMO ALTO-ASTRAL
por Emerson Gasperin
PAIRANDO
por Camilo Rocha
ESPINAFRANDO
por Leonardo Panço
OUTROPOP
por G. Custódio Jr.
PENSAMENTOS FELINOS
por Tom Leão

CORRESPONDENTES
INTERNACIONAIS

A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO NORTE-AMERICANO
por Cassiano Fagundes
WICKED, MATE
Por 90

BR-116
Pequenas Capitanias
Outros Carnavais

Por Fora do Eixo
Arroz com Pequi
Loniplur-RJ
Das Margens do Tietê
Distancity
Leite Quente
Londrina Chamando

FICÇÃO
Leia no último volume
Canalha!
Miniestórias

RESENHAS
Massive Attack
Blondie
"You've Got the Fucking Power"
Relespública (show)
Trap
Johnattan Richman (show)
Little Quail & the Mad Birds
High Llamas
Thurston Moore
Red Meat
Los Djangos
Bad Religion (show)
Vellocet
Jon Carter (show)
Raindrops
Jimi Hendrix Experience
Fun Lovin' Criminals

E-MAIL

CRÉDITOS

DAS MARGENS DO TIETÊ
(SP)
Por Eduardo Ramos

No dias 6/7 de Fevereiro, o Sesc da Vila Mariana exalava um cheiro de modernidade. Era o festival "Tribos Eletrônicas" organizado pelos batalhadores Lourenço "Loop B" Brasil e César "Concreteness" Maluf, que pretendia dar espaço para novas bandas e também colocar verdadeiros escrotos de plantão no mesmo logradouro.

Neste evento (que para uma primeira edição estava bom demais) duas facetas da atual música eletrônica brasileira podiam ser contempladas: os pré-Prodigy e os pós-Prodigy.

Do lado pré-Prodigy, veteranos como o próprio Loop B estavam lá para provar que a "música

eletrônica ou raio que o parta" já era praticada no Brasil bem antes de "Rockafeller Skank" tocar na Malhação. Iniciantes como o Friendtronic e o Monoaural, lado a lado com "véios de guerra" DJs Camilo Rocha e Marky Mark (que agora está sendo reconhecido na Inglaterra e logo poderá ser reconhecido no Brasil) davam a impressão que somente o creme estava se apresentando no Sesc.

Pura besteira, afinal, festival é festival e obrigatoriamente tem que ter altos e baixos. Quero conhecer alguém que me explique o que a Daúde estava fazendo ali com o Nude? Ou então aquela "jam inspirada" com o Marcos Suzano? Fico pensando que estas duas atrações tiraram o lugar do Just (trip hop nota 10 de PoA) por exemplo. Nada contra Edgar Scandurra e o Arnaldo Antunes (que sempre foram chegados em um experimentalismo), mas na minha opinião só faltou o Lobão ali pulando ao som de alguma programação. Assim como os Titãs e o Capital Inicial adotaram a estética grunge na primeira parte da década, somos obrigados a engolir estas diluições metidas a "muderno".

Mas coisa é certa, se alguém saiu deste evento vitorioso, este alguém foi o Otto. Logo ele, que usou a eletrônica como mero instrumento na gravação do seu disco Samba pra Burro, acabou sendo coroado o guru desta tal "cena". Se Chico Science plugou o maracatu na eletricidade, Otto preferiu samplear a tradição para transtornar a cabeça dos "neo-clubbers".

P.S.s
Depois de um janeiro morto e um fevereiro em coma, março já começou bem com a primeira edição do ano de 99 do Midnight Guitar Jam, um evento que acontece todo mês no Teatro Hall. Para abrir a nova temporada, foram convocados os Charts (com repertório novo e lançando um "single em cassete"), os Spectros (banda nova do ex-Slugman Luis) e os Fish Lips. Só faltou público.

Os Press Darlings estão gravando o seu segundo K7, desta vez com produção do pessoal da Ordinary Recordings. Mesmo sem ter sido lançada, certamente será uma das fitas do ano.

Eduardo Ramos atende também pelos nomes Headache, Audiozine e Slag Records.

Os textos só poderão ser reproduzidos com a autorização dos autores
© 1999
Fale conosco

Hosted by www.Geocities.ws

1