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DAS MARGENS DO TIETÊ (SP) Por Eduardo Ramos No dias 6/7 de Fevereiro, o Sesc da Vila Mariana exalava um cheiro de modernidade. Era o festival "Tribos Eletrônicas" organizado pelos batalhadores Lourenço "Loop B" Brasil e César "Concreteness" Maluf, que pretendia dar espaço para novas bandas e também colocar verdadeiros escrotos de plantão no mesmo logradouro. Neste evento (que para uma primeira edição estava bom demais) duas facetas da atual música eletrônica brasileira podiam ser contempladas: os pré-Prodigy e os pós-Prodigy. Do lado pré-Prodigy, veteranos como o próprio Loop B estavam lá para provar que a "música eletrônica ou raio que o parta" já era praticada no Brasil bem antes de "Rockafeller Skank" tocar na Malhação. Iniciantes como o Friendtronic e o Monoaural, lado a lado com "véios de guerra" DJs Camilo Rocha e Marky Mark (que agora está sendo reconhecido na Inglaterra e logo poderá ser reconhecido no Brasil) davam a impressão que somente o creme estava se apresentando no Sesc. Pura besteira, afinal, festival é festival e obrigatoriamente tem que ter altos e baixos. Quero conhecer alguém que me explique o que a Daúde estava fazendo ali com o Nude? Ou então aquela "jam inspirada" com o Marcos Suzano? Fico pensando que estas duas atrações tiraram o lugar do Just (trip hop nota 10 de PoA) por exemplo. Nada contra Edgar Scandurra e o Arnaldo Antunes (que sempre foram chegados em um experimentalismo), mas na minha opinião só faltou o Lobão ali pulando ao som de alguma programação. Assim como os Titãs e o Capital Inicial adotaram a estética grunge na primeira parte da década, somos obrigados a engolir estas diluições metidas a "muderno". Mas coisa é certa, se alguém saiu deste evento vitorioso, este alguém foi o Otto. Logo ele, que usou a eletrônica como mero instrumento na gravação do seu disco Samba pra Burro, acabou sendo coroado o guru desta tal "cena". Se Chico Science plugou o maracatu na eletricidade, Otto preferiu samplear a tradição para transtornar a cabeça dos "neo-clubbers". P.S.s Os Press Darlings estão gravando o seu segundo K7, desta vez com produção do pessoal da Ordinary Recordings. Mesmo sem ter sido lançada, certamente será uma das fitas do ano. Eduardo Ramos atende também pelos nomes Headache, Audiozine e Slag Records.Os textos só
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