logo06.JPG (17693 bytes). INFORMAÇÃO COLUNISTAS BR-116 HISTÓRIA
DO ROCK
FICÇÃO RESENHAS

 

ÍNDICE

 

MOCKET
Pro Forma
(Kill Rock Stars)
Por Alexandre Matias

Se o Stereolab fosse uma banda de punk rock, seria o Mocket. Centrado no casal Audrey Marrs e Matt Steinke, o quarteto de Olympia, ao noroeste dos EUA, tem a mesma paixão por instrumentos exóticos, sons sintéticos e andamento quadrado que seu similar anglo-francês. Só que em vez de se basear no jazz e na lounge music, o Mocket tem suas raízes apontadas para o período histórico que nos deu o punk e a new wave.

Em seu terceiro disco, Pro Forma (Kill Rock Stars, importado), o grupo mostra sua cria mutante, um retropunk tocado com máquinas analógicas, onde o ruído da guitarra é substituído pelos guinchos e gorgulhos de filmes B de ficção científica. Teclados do arco-da-velha, como Farfisa, Casio SK1, Juno 60, além de instrumentos inventados pelo professor pardal musical que Matt brinca de ser.

Junto deste grunhido de banda punk do universo dos Jetsons (algo como se os Impossíveis fossem vilões, não heróis de seu desenho) entra uma cadência mecânica e atravessada, fazendo com que o andamento rock que normalmente nos faz acompanhar batendo o pé, mude para um ritmo metronômico, de máquina. É neste ponto que surge o parentesco com o Devo, cuja existência para todo este universo de bandas é tão importante quanto o Kraftwerk.

O resultado final é uma banda new wave montada com sons não-rock, um excelente baile anos 60 onde robôs batem cabeça ao som quadrado e ruidoso do grupo. Seja na biônica Spelling Effect, na mecanóide Law of Averages, no andróide noir de Bone Crusher, no ciborgue de Sonic Youth que é Un-Man, a tribalesca Post Facto, a oitentona Moot Point, a surf Magic & Ecstacy e os boogies sci-fi de Saturnalia e Flyspeck, o grupo cria seu pequeno universo e comanda-o com destreza.

 Os textos só poderão ser reproduzidos com a autorização dos autores
© 1999

Fale conosco

Hosted by www.Geocities.ws

1