1999
mais que música
Atualizado todo dia.
Se você quiser
escrever para o 1999 sobre QUALQUER coisa que tenha a ver com música (um show legal que
você viu, um carinha que você conseguiu entrevistar, um disco que você queria mostrar
pras outras pessoas, qualquer tipo de teoria, contar qualquer parte da história do rock),
basta escrever para a gente.
22.AGO.1999
BR-116
LONDRINA CHAMANDO
Interior do Paraná
por Rodrigo Guedes
A maioria das pessoas que começam a ouvir rock ainda no início da
adolescência, passa por um batismo de fogo, experimentando os caminhos mais convencionais
desse universo. Para alguns o punk rock, para outros o heavy metal e para as gerações
mais recentes o grunge. O que fazer para se livrar da maldição do rock? Só o tempo.
Algumas pessoas saem radicalmente desse universo após a adolescência e vão aumentar as
vendas dos pagodeiros e músicos de FM. Alguns entram na faculdade e se convertem a MPB.
Existem aqueles que continuam na mesma, ouvindo Iron Maiden e Manowar até a vida adulta.
Fazer o que? Mas e os que sobrevivem as etapas do amadurecimento dentro desse terreno
perigoso, absorvendo o melhor de todas as etapas nesse processo de aprendizado, na maioria
das vezes surge com algo inovador.
No caso dos Vermes do
Limbo a coisa é ainda mais interessante quando descobrimos que os membros da banda
partiram do skate rock e até mesmo do punk rock dos anos 80 para trilhar um caminho
inusitado absorvendo influências difíceis de usar como base para músicos de garagem.
Nesse caminho esquisito surgem nomes como Black Flag, Minutemen, Melvins, Captain
Beefheart chegando ao ápice na paixão conjunta por Frank Zappa. E agora o bicho pega!
Como músicos sem a menor formação acadêmica podem ter referências tão complexas?
Como utilizar tais referências em sua música? Os Vermes utilizam como podem, de
forma básica e minimalista.
O som dos Vermes é assim.
Cru. Rudimentar. A banda é um trio (guitarra, baixo e bateria). O som dos instrumentos é
roubado das primeiras gravações de Black Flag, sujo e distorcido. As músicas da banda
são exercícios de experimentalismo de garagem. Variações de ritmos e tempos, riffs com
notas que no mundo pop não são permitidas serem colocadas lado a lado e pra completar,
letras insanas que discutem com simplicidade as escolhas que devemos tomar no dia a dia.
(pussy x ass ou blood x wine).
No fundo, os Vermes do limbo
são uma banda punk, com espírito de anarquia e rebeldia. A rebeldia aqui não é contra
o sistema, politizada. A rebeldia é contra o formato. O padrão, a forma pré
estabelecida não é permitida no som dos caras. Se algo estiver meio clichê, eles dão
um jeito de mudar isso.
As duas fitas da banda estão
ai para mostrar isso. Nada convencional. Não dá pra saber qual é a próxima nota, ou
pra onde a musica vai caminhar, até ela acabar. A primeira fita, homônima foi
lançada pela Ordinary Recordings. Gravada durante um fim de semana, na casa do Marcos
(Red Meat, Butchers Orchestra) e com equipamento caseiro. As músicas não chegam a dois
minutos de duração e também não precisam de mais que isso. A fita acaba antes mesmo de
você saber o que está acontecendo. A segunda fita, lançada pela própria banda é mais
crua que a primeira. Gravada em casa, com processos duvidosos, como um microfone ambiente
para todos os instrumentos, essa fita assusta até os mais radicais e ecléticos
roqueiros.
A banda é nova e ensaia
sempre que pode, não buscando um aperfeiçoamento técnico que os tire do punk rock, mas
para se tornarem mais fortes e potentes dentro desse espírito. Se tem uma coisa que os
Vermes não precisam é personalidade. Isso está sobrando no som deles.
Rodrigo Guedes
é o sujeito por trás do Grenade
Sala
Especial
Al
Green
Bowery
Electric
Jamiroquai
Flaming
Lips
Gong -
Show de 30 anos
Megatério
(agosto) - A Noite do P* no C*
Marreta
(agosto) - O jazz morreu
Rolling
Stones
Mercenárias
"Paul's
Boutique"
"Tim Maia
Racional"
Kraftwerk
Sugar
Hill Records
Second Come
R.E.M.
Built to Spill
Eddie
Flaming
Lips
Ultraje a
Rigor
"Kurt
& Courtney"
Moby
clonedt
Mark Sandman
Suede
Plebe Rude
Rentals
Pavement
MEGATÉRIO - Omar
Godoy
WICKED, MATE - 90 (de
Londres)
REVOLUCIÓN
1,99 - Edu K
atenciosamente,
- Rodrigo Lariú
Red Hot
Chili Peppers
Underworld
Prodigy
Hojerizah
Raimundos
Plebe Rude
Wilco
Little Quail
Chemical Brothers
Atari Teenage
Riot
Grenade
Lulu
Santos
Liam
Howlett
4-Track
Valsa
Chemical
Brothers (show)
Yo La
Tengo + Jad Fair
"Select"
Dr.
John
Memê
"Drinking
from Puddles"
Capital
Inicial (show)
Jon
Spencer Blues Explosion (show)
Homelands
(festival com DJ Shadow, Underworld, Asian Dub Foudation, Chemical Brothers, Fatboy Slim,
Grooverider, Faithless e outros)
Divine
"The
Best of Sugar Hill Records"
Ambervisions
Amon
Tobin
Sepultura/Metallica
(show)
Mocket
Stereophonics
Headache
Fatboy Slim
Cassius
Paul Oakenfold
Silver Jews
Amon Tobin
Inocentes
Sepultura
Outropop
Pensamentos Felinos
Loniplur
atenciosamente,
Swervedriver e Mogwai
Comédias
Pequenas Capitanias
Por Fora do Eixo
Arroz com Pequi
Marreta?
Das Margens do Tietê
Distancity
Leite Quente
Londrina Chamando
Por Aí
T-Rex
Kurt Cobain
Bob Dylan
Nuggets
Sebadoh
Los Hermanos
Kiss (show)
Mestre Ambrósio
Jesus Lizard
Maxixe Machine
Fish Lips
Silverchair
PJ Harvey e Jon
Parish (show)
Cornelius
"Post-punk
chronicles"
Blur (show)
Garage Fuzz
Pólux (show)
Marcos Valle
Astromato
French Fried Funk
Sublime
Leia no último
volume
Na Lata!
Miniestórias
Blur
Ira!
Sleater-Kinney
Goldie
Henry
Rollins
Jon
Carter
Afrika
Bambaataa
O pai
do rock brasileiro
Nova
História do Pop
Grave
sua própria fita
C86
Medo
do novo
Digital
Delay
No
shopping com Status Quo
Fita
ou demo?
Solaris
A história do
indie baiano
Prot(o) e Rumbora
Monstro Discos
Carnaval e Los
Hermanos
Eletrônicos e
bicões
Kólica, Pupila e
Total Fun
As hortas musicais de
Curitiba
Ala Jovem
Brian Wilson
Limpando os remédios
Amor e Luna
Massive Attack
Blondie
"You've Got the
Fucking Power"
Relespública
(show)
Trap
Johnattan Richman
(show)
Little Quail & the
Mad Birds
High Llamas
Thurston Moore
Red Meat
Los Djangos
Bad Religion (show)
Vellocet
Jon Carter (show)
Raindrops
Jimi Hendrix
Experience
Fun Lovin' Criminals
Garbage
Tom Zé
Câmbio Negro
Catalépticos
Lobão
Cowboys Espirituais
Max Cavalera
Escrever "de
música"
O CD ou a vida
(quase)
A bossa nova
contra-ataca o Brasil
Um pouco de
educação não faz mal a ninguém
Fé em Deus e pé na
tábua
O Mercury Rev que não
foi
Um banquinho, um violão
e Dee Dee Ramone
Escalação pro
Abril Pro Rock 99
Dago Red
Festivais na Bahia
Chutando o futuro de
Brasília
Ê, Goiás
Pós-Rock,
Teletubbies e LTJ Buken
Você sabe o que é
Louphas?
Por dentro da
Holiday Records
Chacina no litoral
paranaense
PELVs e um blecaute
Bruce Springsteen
O último show dos
Beatles
Genesis -
"The Way of
Vaselines"
Vamos nos encontrar
no ano 2000
Tropicanalhce
A professora com pedal
fuzz
Portishead
Chico Buarque (show)
Deejay Punk-Roc
Ninja Cuts
Jon Spencer Blues
Explosion
Dazaranha
Snooze
U.N.K.L.E.
Pearl Jam
New Order (show)
Rock Grande do Sul
Spiritualized
Damned
NME Premier Festival
(shows)
Delgados
Punk Rock Stamp
Fellini (show)
Plastilina Mosh
Neutral Milk Hotel
Fury Psychobilly
Gastr Del Sol
Pólux
Afghan Whigs
Ritchie Valens
Marcelo D2/ Resist
Control (show)
Limbonautas
Cartels
Babybird
Elliot Smith
Jesus & Mary Chain
Nenhum de Nós
Otto
Relespública
DeFalla
Piveti
Isabel Monteiro
Man or Astroman?
Ricardo Alexandre
elocubra sobre Engenheiros do Hawaii
Camilo Rocha ri
do medo da imprensa especializada
Leonardo Panço
mete o pau em quem ele acha que deve meter o pau
G. Custódio Jr. fala
de Flin Flon e Va Va Voon
Tom Leão dá as
dicas de como se gravar "aquela" fita pra "aquela" gata
ROCK & RAP
CONFIDENTIAL defende o crédito à pirataria
Rodrigo Lariú lembra
de bons shows
Festivais no
Nordeste
O último show do
Brincando de Deus
Conheça
Belo Horizonte
98 em Brasília
Superdemo e Fellini
no Rio
Uma geral no ano
passado em Sampa
Cadê o público nos
shows?
As dez melhores bandas
de Curitiba
Pelo fim da
reclamação
Black Sabbath
Burt Bacharach
"Três Lugares
Diferentes" - Fellini
Beck
Mercury Rev
Jurassic 5
Sala Especial
Lou Reed (show)
Asian Dub Foundation
Belle and Sebastian
"Velvet
Goldmine"
Autoramas
(show)
Grenade
Chemical Brothers
(show)
Cardigans
Bauhaus
Stellar
1999 é feito por Alexandre Matias e Abonico Smith e quem quer que queira estar do
lado deles.
Os textos só
poderão ser reproduzidos com a autorização dos autores
© 1999
Fale conosco
----- ----- |