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A Igreja Apostólica A IGREJA APOSTÓLICA Os primeiros agentes da expansão missionária provavelmente foram os convertidos do dia de Pentecostes (At:2:9-11) que levaram o evangelho consigo quando voltaram para casa. AS regiões alistadas no texto já indicam a larga gama de países do mundo de então. Uma segunda leva de "missionários" foram aqueles que
foram espalhados por toda parte na perseguição que seguiu
o martírio de Estevão At:8:4. Estes foram pregando na Fenícia,
no Chipre e na Antioquia, mas sempre aos helenistas. Um dos convertidos
de Chipre e de Cirene (Líbia) pregaram aos helenos (gregos) em
Antioquia. Como resultado da evangelização do eunuco por
Filipe surgiu a Igreja na Etiópia: At:8:26-39. Além das viagens de Barnabé e Marcos (At:15:39), há referência a outros em Rm:15:19-20. No período apostólico de expansão do evangelho, o NT relata a presença de crentes nos seguintes lugares sem nos indicar quem o levou ou como ouviram: Roma, Bitínia, Mísia, Pontus, Capadócia (1aPe1:1), Tiro, Sidom, Puteoli (perto de Nápoles). Tudo isso parte da obra missionária paulina. Expansão no Império Romano Leste Nos dados fragmentários que temos podem ser observado algumas regiões. Na Fenícia a fé cedo parece ter sido mais forte do que na própria Palestina. Entretanto é provável que aqui, como em quase todo o império, o cristianismo era um fenômeno urbano, desenvolvendo-se especialmente nas cidades costeiras. Tiro possuía uma igreja muito forte. Na Síria se desenvolveu duas comunidades cristãs: a de fala grega que teve seu início em Antioquia e que se expandiu nas comerciais às cidades de fala grega na Síria. Embora a igreja de Antioquia possa ter sido bilíngüe desde cedo, a comunidade de fala siríaca teve seu núcleo principal ao leste na cidade de Edessa. Foi de aqui que expandiu o cristianismo siríaco. A força da igreja na Síria pode ser constatada pela presença de 20 bispos seus no Concílio de Nicéia em 325. Na Ásia Menor, foi área de trabalho de pelo menos dois apóstolos, Paulo e João, o cristianismo tinha sido adotado mais largamente do que qualquer outra região grande do Império até o fim do III século. Seu crescimento maior parece ter sido nas cidades onde a cultura local estava desintegrando-se diante do impacto da cultura que chegava a greco-romana. Nas cidades helênicas era menor e nas cidades onde a educação helenista era desconhecida era quase inexistente.. A carta de Plínio ao imperador Trajano na segunda década do II século atesta a larga expansão do cristianismo nas cidades e até no quadro rural de Bitinia. Expansão no Império Romano Africano Quanto ao Egito a tradição faz de Marcos o missionário que lá plantou o evangelho. Sabemos que Apolo era de Alexandria, mas não sabemos se converteu-se lá ou se voltou para lá após sua conversão. Até o fim do segundo século a igreja já estava forte. Já incluía várias linhas teológicas, das quais uma das mais fortes foi o gnosticismo. Em Alexandria se desenvolveu mui cedo a famosa escola catequética em que teve entre seus professores Clemente e Orígenes. Já neste período traduções de porções das Escrituras foram feitas em línguas indígenas dando condições para o desenvolvimento da Igreja Copta. A costa do norte da África o cristianismo se alastrou cedo especialmente
nas regiões da Líbia, Tunísia, e Algeria. O progresso
do cristianismo nesta região parece ter sido muito rápido,
especialmente no III século. É de aqui que surgiu Tertuliano,
Cipriano e, mais tarde, Agostinho. A igreja parece ter sido mais forte
nas cidades e entre a população que falava latim. Na Itália. O evangelho chegou a Roma antes de Paulo, mas talvez não muito antes da agitação que resultou na expulsão dos judeus sob Cláudio (41-54) por causa dum certo "Chrestus. Cf. At:18:1-3. Até 250 a igreja em Roma cresceu sobremaneira. Uns calculam 30.000 membros; outros acham que foram muito mais. Até meados do III século na Itália havia cerca de 100 bispos. Com a expansão rápida do cristianismo que ocorreu nas últimas décadas daquele século, calcula-se que quase toda a cidade no centro-sul e na Sicília tinham um núcleo de cristãos. A penetração do norte da Itália foi bem mais lenta e veio da Dalmacia e regiões ao leste. A Espanha, embora romanizada antes da África, foi muito mais lenta
em receber o Evangelho. Cedo no III século o cristianismo parece
firmemente estabelecido no sul, nas cidades costeiras. A tradição indica que Tomé foi aos Partos e a Índia; Mateus a Etiópia; Bartolomeu a Índia e André aos citos. Edessa estava localizada nas grandes rotas comerciais que corriam entre as montanhas da Armênia ao norte e os desertos da Síria ao sul. Até o fim do II século estava fora do império romano e dentro da esfera da influência dos Partos. A sucessão de bispos remonta a fins do II século. Embora centro de cultura grega, o cristianismo de Edessa era siríaco. No início do III século poucas cidades continham mais crentes que Edessa. Até o fim do século parece que ela estava predominantemente cristã. Edessa parece ter sido o ponto donde o evangelho penetrou mais na Mesopotâmia e até os limites da Pérsia. As antigas religiões da Babilônia e da Assíria estavam
em desintegração e não ofereceram muita oposição
ao cristianismo. A oposição surgiu principalmente do zoroastrismo
que mais tarde se tornou a religião do Estado persa (meados do
III século). No leste o cristianismo não só não teve os mesmos
êxitos que conseguiu no império, como também eventualmente
quase desapareceu. Isto possivelmente se deva a três razões:
A política religiosa dos Sassanidas (dinastia persa) que favoreceu
o zoroastrismo. 3 A ERA SOMBRIA Razões das Perseguições da Igreja Ao longo dos primeiros três séculos do cristianismo havia tanto competição entre as religiões como o espírito de tolerância. Embora nunca tomaram recursos de armas para se defenderem, os cristãos foram o único elemento social perseguido por período prolongado A falta de participar em festas e ritos idolatras dos templos bem como sua hostilidade a outras religiões levou o mundo da época consideram os cristãos de ateus e inimigos dos deuses. Também os cristãos passaram a se reunir de noite e em segredo e começaram a mostrar afeição uns pelos outros. Ao mesmo tempo celebravam a ceia do Senhor (comer o sangue e o corpo de Jesus) deu margem às acusações de antropofagia ou canibalismo. Assim durante década foi lhes atribuído as seguintes acusações: ateísmo, licenciosidade e canibalismo. O cristianismo chocou as sensibilidades dos filósofos e mais educados
justamente pelo entusiasmo de seus adeptos. Pior, entraram em conflito
com os vendedores de ídolos e os comerciantes da idolatria. Trouxe
assim contra eles a má vontade duma classe poderosa. Perseguição sob Nero Promoveu uma perseguição muito severa em Roma e na Ásia Menor, as duas onde o cristianismo parece ter se expandido mais até então. Esta perseguição parece ter acontecido um pouco antes da sua morte. Envolveu a morte do cônsul Flávio Clemente e sua esposa Flávia Domitila. Trajano (98-117) Proibiu as sociedades secretas, inclusive o cristianismo.
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