Historicidade de Cristo
Textos pagãos relativos a Jesus
• Suetônio – (75-160) É o autor da vida dos doze
Césares. Em 52 os cristãos são expulsos de Roma.
Suetônio relatou em Vita Cláudii, XXV.4 “Cláudio
expulsou de Roma os judeus, que se insubordinavam constantemente, instigados
por Chresto”.Ver At 18.2 “E encontrando um judeu por nome
Áqüila, natural do Ponto, que pouco antes viera da Itália,
e Priscila, sua mulher (porque Cláudio tinha decretado que todos
os judeus saíssem de Roma), foi ter com eles”. Em 64 houve
a perseguição de Nero, Suetônio escreveu em Vita Neronis,
XVI “Entregou aos suplícios os cristãos, espécie
de gente dada a uma superstição nova e maléfica”.
• Tácito (60-120) Historiador romano governador da Ásia
em 112. Escreveu sobre o reinado de Nero em Annales, XV.44 “Para
desfazer tais boatos, acusou Nero como culpado e castigou com requintados
suplícios, aqueles que o vulgo chamava cristãos e que eram
odiosos, por causa das suas torpezas. Veio-lhes esse nome de Cristo, que
fora supliciado no reino de Tibério, pelo procurador Poncio Pilato.
Reprimida a princípio, espalhou-se de novo essa execrável
superstição, não somente pela Judéia, origem
dessa peste, mas ainda na própria Roma, para onde de toda parte,
tudo que é criminoso ou infame aflui e prospera”.
• Plínio (62-113) O Jovem, governador da Bitínia de
111 a 113 escreveu uma carta ao Imperador Antônio Trajano pedindo
instruções de como proceder com os cristãos.
• Luciano de Samosata, escritor e poeta epigramático do fim
do 1º século, autor do “Diálogo dos Mortos”,
nos fala de Jesus, como o sofista crucificado na Judéia. Escrevendo
sobre a morte de um filósofo peregrino, diz-nos que “ele
havia aprendido na Judéia a doutrina dos cristãos e adoravam
o grande autor da sua religião que morrera crucificado”.
III. Historiadores judeus
• Flávio Josefo – (37-100) Historiador que passa para
o lado romano. Amigo de Vespasiano e Tito. Escreve Antiguidades Judaicas
em 93 e 94.
- Ele relata a prisão e morte de João Batista e atribui
a derrota dos judeus a este fato: Ver Antuidades Judaicas, I parte, Liv.
XVIII, Cap. IV, 772 “Vários judeus julgaram que aquela derrota
do exército de Herodes era um castigo de Deus, por causa de João,
cognominado Batista. Era um homem de grande piedade que exortava os judeus
abraçarem a virtude, a praticar a justiça e a receber o
Batismo, depois de se terem tornado agradáveis à Deus, não
se contentando em não cometer pecados, mas unindo a pureza do corpo
à da alma. Assim como uma grande multidão do povo o seguia
para ouvir a sua doutrina. Herodes temendo que o poder que ele tinha sobre
eles, não viesse a suscitar alguma rebelião, porque eles
estavam sempre prontos a fazer o que lhes ordenasse, ele julgou dever
prevenir o mal para não ter motivo de se arrepender por ter esperado
muito para remediá-lo. Por esse motivo, mandou prendê-lo
numa fortaleza de Maquera, de que acabamos de falar e os judeus atribuíram
essa derrota de seu exército a um castigo de Deus”.
- Fala da morte de Tiago, irmão do Senhor, por ordem do Sinédrio.
Ver Ant. Jud. I parte, Liv. XIX, Cap. VIII, 856. Este fato ocorreu no
ano de 62 d. C. condenado segundo Dt 17.1-7 “Anano, um dos cinco
filhos do Sumo Sacerdote, era homem ousado e empreendedor da seita dos
saduceus, os mais severos de todos os judeus e os mais rigorosos nos julgamentos.
Ele aproveitou o tempo da morte de Festo, e Albino ainda não tinha
chegado, para reunir um conselho, diante do qual fez comparecer Tiago,
irmão de Jesus, chamado Cristo, e alguns outros; acusando-os de
terem desobedecido às leis e os condenou ao apedrejamento. Esse
ato desagradou muito dos habitantes de Jerusalém, que eram piedosos
e tinham verdadeiro amor pela observância de nossas leis”.
- Sobre Jesus. Ant. Jud. I parte, Liv. XVIII. Cap. Iv, 772, vol. 5 “Nesse
tempo apareceu Jesus que era homem sábio, se todavia devemos considerá-lo
simplesmente como um homem, tanto suas obras eram admiráveis. Ele
ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi
seguido não somente por muitos judeus, mas mesmo por muitos gentios.
Era o Cristo. Os mais ilustres da nossa nação acusaram-no
perante Pilatos e ele fê-lo crucificar. Os que haviam amado durante
a vida não o abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu ressuscitado
e vivo no terceiro dia, como os santos profetas o tinham predito e que
faria muitos outros milagres. É dele que os cristãos, que
vemos ainda hoje, tiraram seu nome”.
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