Confissões de fé
Semelhantes aos credos (ver Símbolo
dos
apóstolos), somente se diferenciam destes por sua
extensão. São fórmulas doutrinais do conteúdo
da fé destinadas à sua aceitação por parte
de indi-
víduos, grupos, congregações, um sínodo ou
uma
Igreja. As Confissões de fé, diferentemente dos
símbolos ou credos, nascem fundamentalmente
com a Reforma protestante do séc. XVI.
As Confissões de fé produzem-se depois de
um longo período de tempo em que os credos dos
sete primeiros séculos foram aceitos por toda a
cristandade. Durante a Idade Média, certos pon-
tos doutrinais foram definidos pelos concílios
como resultado das controvérsias doutrinais. As-
sim, o Concílio de Ferrara-Florença em 1439, re-
digiu um decreto sobre os sete sacramentos como
parte do sistema doutrinal. No entanto, os movi-
mentos heréticos dessa época não formularam
declarações de fé (*Concílios).
A Reforma do séc. XVI chegou à formulação
das declarações ou confissões, procurando para
si uma definição dos principais pontos de seu sis-
tema doutrinal. A maior parte desses documentos
foram redigidos com o objetivo de expressar a
doutrina da Igreja ou de uma Igreja particular.
Logo adquiriram a categoria de princípios
doutrinais, separando-se dos *Catecismos,
desti-
nados principalmente ao ensino. Os primeiros
documentos ou Confissões de fé são os rascunhos
que precederam à Confissão de Augsburgo de
1530. Esse exemplo foi seguido pelas demais Igre-
jas reformadas. Enumeramos as principais:
1537: Artigos luteranos de Smalkalda.
1577: Fórmula de Concórdia.
1580: Livro da Concórdia.
1536-1566: Confissões helvéticas reformadas.
1559: Confissão galicana.
1561: Confissão belga.
1619: Cânones de Dort.
1571: Os 39 artigos anglicanos.
1648:
Confissão presbiteriana de Westminster.
Em 1967, um comitê da Igreja Unida
Presbiteriana publicou o Livro das Confissões.
Inclui o credo dos apóstolos, o Niceno, a Confis-
são escocesa (1560), a Segunda Confissão
Helvética (1566), a Confissão de Westminster, o
Catecismo breve de Westminster (1648), a Decla-
ração Barmen (1934) e a nova Confissão de 1967.
É um exemplo das múltiplas confissões de fé
exis-
tentes dentro das Igrejas protestantes, o que indi-
ca a atualidade desse gênero literário.
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