Nuno Álvares Pereira |
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Entretanto, um pequeno exército português, chefiado
por D. Nuno Álvares Pereira (que apoiava o
Mestre de Avis) vence os castelhanos. O aparecimento da peste
nas tropas obrigou o rei de Castela a se retirar. O Mestre de
Avis foi aclamado rei de Portugal.
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Após um tempo, os castelhanos invadiram novamente
Portugal, acontecendo, em Aljubarrota (1385) uma
batalha decisiva e perigosa: mas usando a tática do quadrado e
aproveitando as vantagens da colocação no terreno, as tropas
portuguesas, chefiadas pelo rei D. João I e por
D. Nuno Álvares Pereira, conseguiram a vitória.
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A paz definitiva com Castela só veio
a ser assinada em 1411. Para assinalar o acontecimento,
D. João I mandou iniciar, no local, a construção do
mosteiro de Santa Maria da Vitória, conhecido por
mosteiro da Batalha.
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D. João I
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- D. João I -
(1385-1433) - "O de Boa Memória"
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- A declaração de Coimbra
(1385), que declarava
rei o Mestre de Avis, como João I novo rei de Portugal e fundador de uma nova dinastia. tinha os seus fundamentos, porque a maioria da nobreza e
o clero consideravam ainda a rainha de
Castela a sua herdeira de direito.
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- Mas o sentimento popular
que já o tinha considerado o Mestre "Regedor e Defensor do Reino", era
muito mais forte,
e D. João I tinha fortes e dedicados aliados em Nuno Álvares Pereira,
" o Santo Condestável", o seu campeão militar, e em João das Regras,
o seu chanceler e jurista.
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A figura de
Nuno Álvares Pereira,
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- Independência assegurada.
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- Muitas cidades de cidades e castelos permaneceram fiéis a
Castela, O rei de Castela chegou a tomar Santarém,, que teve de
abandonar e a sitiar Lisboa, mas também teve que desistir devido à peste
que dizimava o seu exército e atingiu a própria rainha D. Beatriz. Depois
da aclamação nas cortes de Coimbra, de D. João I como rei de
Portugal, D. Juan I apareceu com um forte exército no centro de
Portugal. Ainda que em muito menor número, os portugueses ganharam a
grande batalha de Aljubarrota ( 14 de Agosto de 1385), na qual a cavalaria
Castelhana foi totalmente destroçada e Juan de Castela escapou dificilmente.
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- Antes da batalha de
Aljubarrota, os portugueses tinha derrotado os castelhanos em
Trancoso (Junho de 1385), e depois comandados por D.
Nuno Álvares Pereira triunfaram na batalha de Atoleiros
(Abril de 1384) e depois Valverde no território de Castela
(Outubro de 1385). A vitória de Aljubarrota, seguida pelos êxitos
posteriores de Nuno Álvares, asseguraram o reino a João I e
fizeram dele um aliado desejável. Uma pequena força de arqueiros ingleses
estiveram presentes em Aljubarrota. O tratado de Windsor (9 de Maio de 1386) estabeleceu
a aliança Anglo-Portuguesa, aliança até hoje permanente entre os dois reinos.
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Tratados na
História de Portugal
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A Batalha dos
Atoleiros
A Batalha de
Aljubarrota O
Mosteiro da Batalha
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- A Ínclita Geração
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- Jonh of Gaunt,
filho de Eduardo III de Inglaterra e Duque de Lencastre,
veio à Península (Julho de 1386) e tentou uma invasão de Castela conjuntamente com
João I. Não teve êxito, mas os portugueses casaram com o rei a
sua filha Filipa de Lencastre (1387), irmã de
Henrique IV, que introduziu vários usos ingleses em
Portugal .
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- A corte portuguesa falava em francês como
na Inglaterra aristocrática e oficial, os príncipes tomam nomes (
Eduardo
- Edward, Henrique-Henry) e títulos de duque, à inglesa, nascendo com notáveis
dotes e sendo primorosamente educados no ambiente criado por D. Filipa,
preceptora da corte, constituída por gente nova.
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Casamento de D. João I
com D. Filipa de lencastre
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- Arranjaram tréguas com Castela em 1387, mas
a paz só foi finalmente concluída em 1411. A vitória de João de Avis pode ser vista
como uma vitória do espírito nacional contra a ligação feudal da ordem estabelecida.
Como muita da antiga nobreza tinha aderido a Castela, João I recompensou os
seus seguidores à custa daquela e não da coroa.
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- Em 22 de Agosto do ano da Era
Juliana de 1460, o Decreto Régio de D. João I, ordenou que daí em diante se
passasse a usar o ano do nascimento de Cristo como ano do começo ou referência,
substituindo assim a era de César. Assim, o dia a seguir ao decreto régio,
deixaria de ser o: 16
de Agosto de 1460 da Era Juliana para ser o 16 de Agosto de 1422 Era de Cristo.
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História do
Calendário
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- O comércio prosperou e o casamento de
Isabel, filha de João I, com Filipe o Bom de Borgonha foi seguido pelo crescimento
das estreitas relações comerciais com o seu condado da Flandres. Com a conclusão
da paz com Castela, João I necessitou de uma saída para entreter os seus homens
de armas e os seus próprios filhos e organiza a conquista de Ceuta (1415), a
partir da qual começa a grande era das expansão dos Portugueses.
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Paço dos
Duques de Bragança
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- A Figura de D. João I - Filho bastardo de D. Pedro I e de uma dama galega
de nome Teresa Lourenço, D. João I nasceu em Lisboa aos 11 de Abril de 1357
e morreu na mesma cidade a 14 de Agosto de 1433. Casa-se em
Fevereiro de 1387, na cidade do Porto, com D. Filipa de Lencastre filha de Jonh of Gaunt,
Duque de Lencastre. D. João I foi de facto um Rei de Boa Memória. Foi pai, foi avô e
deixou a filhos e filhas, assim como aos netos, casa opulenta. A mulher satisfê-lo ao
ponto de não se lhe registarem aventuras galantes para lá do matrimónio.
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- Vivendo numa época
europeia turbulenta e devassa, plena de mortandades políticas e questões sangrentas
entre familiares, oscilando entre o misticismo mais exagerado e o prazer mais desregrado,
coeva da Guerra dos Cem Anos e dos desmandos das Duas Rosas, este rei pôde deixar de si
Boa Memória e, sendo um homem, conseguiu realizar a divisa " Por Bem".
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- ( Condensado de História
de Portugal de A.H. de Oliveira Marques )
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Esta designação foi cunhada por Camões, em Os Lusíadas (Canto
IV, estância 50), ao referir-se aos descendentes do rei D. João I
e de D. Filipa de Lencastre:
"Mas, pera
defensão dos Lusitanos,
Deixou, quem o levou, quem governasse
E aumentasse a terra mais que dantes:
Ínclita geração, altos Infantes."
Tal deve-se ao facto de os filhos de
D. João I e D. Filipa de Lencastre - os que chegaram à idade
adulta, pois os dois primeiros filhos morreram ainda crianças - terem
sobressaído pelo seu elevado grau de educação, valor militar, grande
sabedoria e predominância na vida pública portuguesa.
Fazem parte da Ínclita Geração. D. Duarte, que foi rei; o
Infante D. Pedro, senhor de grande cultura e muito viajado,
conhecido como o "Príncipe das Sete Partidas"; o Infante D.
Henrique, promotor e impulsionador da gesta dos Descobrimentos
marítimos; D. Isabel, mais tarde duquesa de Borgonha,
sábia administradora do território governado pelo seu marido,
Filipe, o Bom; o Infante D. João, designado em 1418, mestre
da Ordem de Santiago de Espada; e o Infante D. Fernando,
conhecido como o "Infante Santo", que morreu, em Fez,
sacrificado aos interesses da pátria.
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D. Duarte I |
D. Duarte I
" O
Eloquente"(1433- 1438)
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- Durante o curto reinado do seu filho mais velho
Duarte I, este tentou sem sucesso a conquistar Tanger mandando aí o terceiro
filho de João I, o príncipe Henrique o Navegador, e o seu irmão mais novo
Fernando, mas a expedição falhou, e Fernando foi capturado pelos
Mouros e aí morreu(1443).
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- Depois da morte de D. Duarte
e até à maioridade de D. Afonso V, foram regentes D. Leonor
de Aragão e Pedro, Duque de Coimbra de 1438-1439. D. Pedro
foi regedor de 1438-1439. O príncipe D. João foi regente e
efemeramente rei, de 1476-1477.
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A Figura de Fernão Lopes
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- D. Duarte I nasceu em Viseu
a 31 de Outubro de 1391, filho de João I e de Filipa de Lencastre. Casou com D. Leonor de Aragão. Morreu em Tomar a 9 de Setembro de 1438.
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D.
Afonso V |
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D.
Afonso V ( 1438 -1481 ) - "O Africano"
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- Com a morte de Duarte I, o seu filho Afonso V
ainda era uma criança, e o seu irmão Pedro, duque de Coimbra, tomou a regência
(1440) em vez de o fazer a viúva, Leonor de Aragão. Mas a regência de D. Pedro
foi mais tarde desafiada pela poderosa família de Bragança, descendente de
Afonso, filho ilegítimo de João de Aviz, e Beatriz, filha de Nuno Álvares
Pereira.
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- Esta família continuou a voltar o rei contra
seu tio, que foi forçado a deixar a regência, e tomar as armas, morrendo em
Alfarrobeira (Maio 1449). Afonso V (1438-81) provou não ser capaz de resistir
aos Braganças, que se tornaram a família mais rica e poderosa de Portugal.
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A Figura do
infante D. Pedro
Gutenberg - A Imprensa
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Conquistas
de D. Afonso V em África
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Após
terem tomado Constantinopla, os Turcos cercam Belgrado
em 1456. O papa manda pregar uma nova cruzada contra os infiéis. Quase
todos os soberanos europeus fazem orelhas moucas. Só D. Afonso V corresponde
ao apelo do papa e promete ir combater os Turcos com um exército de
doze mil homens, iniciando logo os preparativos.
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Mas,
em 1458, o papa Calisto III morre, a ameaça turca perde força,
e a cruzada cai no esquecimento. As tropas que o rei português
prometera conduzir aos Balcãs estão prontas para defender a
Cristandade. Tinham-se feito grandes despesas e para que todo esse esforço
não aparecesse como inútil, o rei resolve utilizar esses meios numa
expedição ao Norte de África.
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E
conquista a pequena praça de Alcácer-Ceguer, no estreito de
Gibraltar, em 1458. Em 1463-1464 há nova expedição a Tânger,
mas que não resulta. Em 1471, Arzila é conquistada e Tânger
ocupada. Nesta última campanha participa o príncipe D. João que,
com 16 anos, se bate corajosamente e é armado cavaleiro. São estas
expedições a África que valem o cognome de o Africano a D. Afonso
V e que lhe conferem prestígio entre a nobreza europeia.
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Como tinha casado com Joana, filha de
Henrique IV de Castela, Afonso V reclamou o trono Castelhano e envolveu-se
numa larga disputa com Fernando e Isabel, e foi derrotado na região de Zamora e
Toro em 1476. Embarcou para França para pedir ajuda a Luís XI, mas não o conseguiu.
- No seu regresso assinou com Castela o tratado de
Alcáçovas (1479), abandonando os direitos da sua esposa Joana. Afonso V nunca
recuperou deste seu fracasso, e durante os seus últimos anos de vida, o seu filho
João administrou o reino.
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- Como os Açores e a Madeira eram desabitados,
em 1439 o Príncipe Henrique foi autorizado a colonizar os Açores;
e desde 1440 a sua colonização procedeu-se rapidamente cerca de 1445. O açúcar
produzido na Madeira era exportado para a Europa e dava às ilhas uma grande importância económica. Ao mesmo tempo os barcos do príncipe Henrique estavam reconhecendo a costa
Africana, Gil Eanes passou o Cabo Bojador em 1434 e o Rio de Ouro em 1436. A infeliz
expedição contra Tanger (1437) foi seguida afinal seguida por um arranque das
descobertas.
-
- que as expedições que se seguiram foram
equipadas com um novo e ligeiro navio, a caravela, atingiram a baía de Arguin
(1443), Cabo Verde (1444), e à morte de Henrique (1460) tinham explorado toda a
costa sul até à Serra Leoa. Sob o reinado de Afonso V, fizeram-se três
expedições contra Marrocos (1458, 1463 e 1471); na última delas, Tanger e
Arzila foram capturadas.
O norte de África
Cinco anos depois da
conquista de Ceuta/a> (1415),
o
infante D. Henrique foi nomeado administrador da
Ordem de Cristo. Seguiu-se o desastre de
Tânger,
em 1437,
com a derrota portuguesa os portugueses adiaram o projecto de conquistar
Marrocos.
No reino de
D. Afonso V conquistaram-se as seguintes praças:
Alcácer Ceguer (1458),
Arzila
(1471) e
Tânger,
depois dos habitantes terem fugido devido a queda de Arzila (1471).
1508),
Mazagão (1513)
e Azamor
(1513), foram conquistadas no reinado de
D. Manuel I no entanto o desastre de
Mamora (1514),),
em que os portugueses tentavam construir uma fortaleza, quando foram
derrotados sofrendo grandes baixas, fez com que D. Manuel I perdesse
interesse pelo projecto marroquino
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O Convento
do Varatojo A
Figura de Nuno Gonçalves
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- D. Afonso Vstrong> nasceu em Sintra
em 15 de Janeiro de 1432, filho de D. Duarte e de D. Leonor de Aragão, e
casou em 6 de Maio de 1447 com a sua prima D. Isabel, filha de D. Pedro,
Duque de Coimbra.
Em
1475, D, Afonso V
casa com Joana de Castela ( Joana a Beltraneja), sua sobrinha. Este
segundo casamento foi dissolvido pelo Papa Sisto IV, devido à sua
consanguinidade. Faleceu em
Sintra em 28 de Agosto de 1481.
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D.
João II - O Príncipe Perfeito |
Consolidação
da monarquia.
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D.
João II (1481-1495)- "O Príncipe Perfeito"
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- João II era tão cauteloso, firme, e
zeloso do poder real como o seu pai tinha sido um mãos largas e negligente.
Nas primeiras Cortes do seu reinado, detalhou exactamente como os grandes
vassalos lhe deviam prestar homenagem.
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- Uma suspeita de conspiração levou-o a
prender Fernando II, duque de Bragança, e a maioria dos seus seguidores; o duque
foi condenado à morte e executado (1484) em Évora, e o próprio João II apunhalou, Diogo duque de Viseu (1484).
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- Ao mesmo tempo que atacava o poder da nobreza, João II atenuava os efeitos do desfavorável tratado com
Castela.
Calculista e resoluto, recebeu mais tarde o cognome de "o Príncipe perfeito".
João II morreu depois da morte do seu filho legítimo o infante
D. Afonso, e assim foi sucedido
por seu primo, o duque de Beja, como Manuel I (1495-1521), conhecido como "o
Afortunado".
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- Consolidação do poder real
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- D. João II, consolidou
o poder real. Constrói assim os alicerces de um estado moderno. E na
ordem externa lança as bases de uma empresa colonial cujos frutos virão
a ser colhidos nos reinados seguintes. Porém, o sonho da união dos
reinos peninsulares sob uma mesma coroa, acalentado por seu pai, não
o abandona completamente.
Sabe que, com propósitos
semelhantes de hegemonia peninsular, aos reis de Castela e de Aragão
agrada a ideia de casar a sua herdeira, a infanta Isabel, com o
infante D. Afonso de Portugal. D. João II desenvolve uma
estratégia conducente à realização desse casamento, que virá a
verificar-se, por entre festejos de grande fausto, em Novembro de
1490.
Pouco tempo irá, no entanto,
durar o sonho. Em Julho de 1491 o príncipe D. Afonso morre
numa queda de cavalo, à beira-rio, perto do paço de Almeirim. Todo o
projecto se desfaz. Dominado por uma profunda dor, D. João II ainda
tenta legitimar em Roma D. Jorge, um filho bastardo.
Mas a oposição da rainha e
as influências dos seus inimigos prevalecem. D. Manuel, duque de
Beja, irmão do duque de Viseu que o rei assassinara por suas mãos,
sobrinho-neto de D. Afonso V, está agora na primeira linha da
sucessão.
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O Tratado
de Tordesilhas
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- A Figura de D. João II - Filho primogénito do rei D.
Afonso V e de D. Isabel, D. João II nasceu em Lisboa a 5 de Maio de 1455. Casa em 16 de
Setembro de 1473 com D. Leonor ( A Fundadora das Misericórdias ).
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- Morreu em Alvor em
25 de Outubro
de 1495, no meio de pavorosa agonia, correndo vozes no tempo, do que fazem ecos os cronistas, de que a morte foi devida a peçonha misturada com a
água.
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- D. João II foi uma das
maiores figuras da nossa história, não tanto pelas qualidades pessoais, como pelos
métodos de governo, sobretudo pela obra que realizou no fortalecimento do poder régio.
- &
- Ainda que a nobreza
portuguesa chamava "Tirano" a D. João II, o melhor elogio da
sua figura foi o de sua prima Isabel a Católica rainha de Espanha, que
disse quando soube da sua morte : "- Murió el Hombre !"
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D. Manuel
I
|
D.
Manuel I (1495-1521) "O Afortunado"
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- D. Manuel I, que assumiu o título de :
-
- " Rei de Portugal e dos
Algarves e senhor da conquista, navegação, e comércio da Índia, Etiópia, Arábia e Pérsia,"
- Herdou uma monarquia autocrática firmemente
estabelecida e uma rápida expansão do império do ultramar, graças ao trabalho de
João II.
-
- Pela necessidade de defender os interesses do
ultramar, tratou com Espanha o Tratado de Tordesilhas (1494) ao qual juntou o
desejo de juntar a península sob a Casa de Avis, casando com Isabel, filha
mais velha de Fernando e Isabel a Católica, que no entanto, morreu (1498) ao dar
à luz o seu filho Miguel da Paz.
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- Esta criança foi reconhecida como herdeira
de Portugal, Castela e Aragão mas morreu na sua infância. Manuel I
casou então com a irmã de Isabel, Maria (morta em 1517) e a terceira vez com Leonor,
irmã do Imperador Carlos V
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- Como condição do seu casamento com Isabel,
foi-lhe pedido para "purificar" Portugal dos Judeus. João II tinha recebido
muitos refugiados judeus expulsos da Espanha (1492) cobrou-lhes pesadas taxas, mas
forneceu-lhes barcos para deixarem Portugal. Como isto não se fez, Manuel I, em Outubro
de 1487, ordenou aos judeus que abandonassem Portugal, num prazo máximo de 10 meses.
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- Quando se juntaram em Lisboa, foram feitos
grandes esforços para conseguir a sua conversão com promessas e pela força.
Alguns resistiram à ideia dessa conversão e foram autorizados a sair, mas os restantes
foram "convertidos" com a promessa de que nenhum inquérito seria
feito às suas crenças, antes de passarem 20 anos.
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Como "Cristãos", não podiam ser
obrigados a emigrar, e foram até proibidos de deixar Portugal. Em Abril de 1506, um
grande número desses "novos Cristãos, ou marranos," foi massacrado em
Lisboa durante uma desordem, mas Manuel I b>protegeu-os, e permitiu que emigrassem
para a Holanda, onde puseram a experiência adquirida do comércio dos
Portugueses ao serviço dos Holandeses
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.O Pogrom de
1506 Os
Judeus em Portugal Reis
de Portugal
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O Mosteiro
dos Jerónimos
A Chegada
dos Ciganos a Portugal
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- D. Manuel I era o nono filho do infante D.
Fernando ( filho de D. Duarte ) e de D. Brites, nasceu em Alcochete em 31 de Maio de 1469 e
faleceu em Lisboa a 13 de Dezembro de 1521estando sepultado na capela-mor do Mosteiro dos
Jerónimos em Belém. Casou a primeira vez em 1497 com a viúva do infante D. Afonso, D.
Isabel filha dos Reis Católicos. Com a morte de D. Isabel em 1498, voltou a casar em 1500
com a infanta D. Maria, irmã da sua primeira mulher. Viuvo de novo em 1517, volta a casar
com D. Leonor, irmã de Carlos V, e que fora primeiramente destinada ao seu filho.
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DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL NA IDADE MÉDIA
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Infante D.
Henrique |
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O Infante
D. Henrique o Navegador
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- O terceiro filho de João I e Filipa de Lencastre,
mais conhecido impropriamente como " Navegador" (ele pessoalmente nunca
passou de Tanger), chamava-se Henrique e foi mestre da Ordem de Cristo
(1420), que o rei Dinis I tinha fundado (1319). Nasceu no Porto em
4 de Março de 1394 e morreu em Sagres em 13 de
Novembro de 1460. Os fundos da ordem eram usados para atrair
geógrafos e navegadores preparados e simultaneamente equipar uma série de expedições
que gradualmente, começaram a colher frutos.
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- O seu impacto na História
Universal foi imenso. A "Escola de Sagres"
conseguiu numerosos e significativos avances técnicos e científicos para
as artes da navegação. Os descobrimentos impulsionados pelo infante
foram a base para o posterior desenvolvimento do Império Colonial
Português.
.A data da primeira expedição do príncipe
não é conhecida exactamente, mas parece ter sido cerca de 1418, quando a ilha de Porto
Santo foi visitada. O primeiro contacto com a Madeira data provavelmente de 1419.
Fez-se uma tentativa de povoar as Canárias, sem êxito, e entre 1427 e 1431 os
marinheiros portugueses visitaram os Açores.
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A colonização da Madeira
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- Mas os Açores e a Madeira eram desabitados,
e a sua colonização procedeu-se rapidamente cerca de 1445. O açúcar
aí produzido era exportado para a Europa e dava às ilhas uma grande importância económica. Ao mesmo tempo os barcos do príncipe Henrique estavam reconhecendo a costa
Africana, Gil Eanes passou o Cabo Bojador em 1434 e o Rio de Ouro em 1436. A infeliz
expedição contra Tanger (1437) foi seguida afinal seguida por um arranque das
descobertas.
-
- Em 1439 o Príncipe Henrique foi autorizado a
colonizar os Açores; e desde 1440 que as expedições que se seguiram foram
equipadas com um novo e ligeiro navio, a caravela, atingiram a baía de Arguin
(1443), Cabo Verde (1444), e à morte de Henrique (1460) tinham explorado toda a
costa sul até à Serra Leoa. Sob o reinado de Afonso V, fizeram-se três
expedições contra Marrocos (1458, 1463 e 1471); na última delas, Tanger e
Arzila foram capturadas.
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- As explorações africanas não foram
inteiramente abandonadas, mas fica para João II, com o seu sentido agudo do interesse
nacional, fundar uma fortaleza e feitoria de comércio no Golfo da Guiné em
Elmina (São João da Mina, 1481-82). Diogo Cão descobriu a foz do rio Congo em
1482 e avançou até Cape Cross, duzentas léguas para sul (1486).
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- Um monarca nativo, o Manikongo, converteu-se
e aliou-se com os Portugueses; o seu primeiro rei Cristão Afonso I (aprox.
1506-43), tornou Mabnza centro de influência Portuguesa, mas o reino do
Kongo entrou em
disputa interna e os interesses portugueses foram transferidos para o reino de Angola.
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- Paulo Dias de Novais fundou Luanda, a
primeira cidade da África ocidental ao sul do Equador, em 1576. Em 1488, Bartolomeu
Dias passou o Cabo da Boa Esperança chegando à costa oriental de África, e o caminho
para as Índias estava aberto.
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- O seu regresso foi seguido das notícias
(1493) de que Cristóvão Colombo tinha, pensava ele, chegado às Índias através do Atlântico. Mas as suas notícias não
perturbaram os
portugueses, pois Colombo não
trazia novas das especiarias ou cidades do Oriente.
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A Figura de
Cristóvão Colombo
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- D.João II ordenou que preparassem uma expedição
à índia pelo caminho do Cabo da Boa Esperança, que só saiu depois da sua morte.
João II também contestou as reclamações de Castela sobre todas as terras descobertas
ao oeste do Atlântico, e pelo Tratado de Tordesillas (7 de Junho de 1494), os
direitos de Espanha foram reconhecidos só para os territórios que estivessem
para lá de 370 milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde. Assim o território do
Brasil foi reservado para Portugal.
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O tratado
de Tordesillas
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- O Tratado de Tordesillas confirmou os direitos de
Portugal para a exploração da África e do caminho para a Índia. Em 8
de Julho de 1497
Vasco da Gama navegou com quatro navios para a primeira expedição à
Índia. A armada era constituída pelas naus São Gabriel, São Rafael e
Bérrio e um navio de mantimentos, comandadas respectivamente por
Vasco da Gama, Paulo da Gama, Nicolau Coelho e Gonçalo Nunes. Eram
pilotos, Pêro de Alenquer, João de Coimbra e Pedro Escobar.
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- Vasco da Gama chega à Índia
- Chegou a Calicute (Kozhikode) na primavera seguinte, e os sobreviventes chegaram a Lisboa no
a 12 de Julho de 1499 - a nau Bérrio com Nicolau Coelho
e a 29 de Agosto de 1499 a nau São Gabriel com Vasco da
Gama. A São Rafael não regressou, pois tinha sido incendiada
pela tripulação por incapacidade de a manobrar, devido ao seu reduzido
número. Regressaram com amostras da
mercadoria Oriental. Uma segunda esquadra foi preparada sob o comando de Pedro
Álvares Cabral, que tocou a Costa Brasileira (22 de Abril de 1500) e reclamou-a para Portugal. ( Veja
Carta de Pêro Vaz de Caminha)
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Rota da seda e
das especiarias, bloqueada em 1453 pelo Império Otomano
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O
Descobrimento ou Achamento do Brasil
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Vasco da Gama
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- Um dos barcos de Cabral, sob o comando de Diogo Dias descobriu Madagáscar em
1500; João da Nova descobriu a ilha da Ascensão no ano seguinte e Santa
Helena em 1502.
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- Tristão da Cunha avistou a ilha que levou o seu nome em 1506 e
foi explorar Madagáscar. Durante este período Cabral estabeleceu postos ou
feitorias de comércio na índia em Cochin e Calicute (1510) e por João da Nova
em Cananor (Cannanore). Em 1502 Vasco da Gama fez tributário do rei de Portugal, o rei de Quiloa
(Kilwa) na África Oriental.
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- Francisco de Almeida chegou à
Índia como
vice-rei
em 1505, fortaleceu a estação africana de Quiloa e ajudou o rei de Cochim
contra o Samorim de Calicut. O controlo do comércio marítimo estava agora estabelecido, e tornou-se a principal
fonte de riqueza dos Portugueses no
Oriente.
Com a derrota da forças navais Muçulmanas (1509), ficou assegurado o controlo de Diu.
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- Francisco de Almeida
concebeu
o plano de manter só o domínio do mar com fortes esquadras, e na terra não ter mais que
algumas feitorias e pontos de apoio.
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- A Grande
Batalha naval de Diu
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- As actividades
dos portugueses levaram os muçulmanos a tomar acção militar. O
sultão do Egipto, aliado aos venezianos e aos Turcos, organizou uma
grande armada que atravessou o Oceano Indico até Diu, onde entrou em
combate com uma esquadra portuguesa.
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- Em 2 de
Fevereiro de 1509, travou-se uma grande batalha naval e a armada
do sultão foi totalmente destruída pelos portugueses, que assim
asseguraram a sua hegemonia comercial e militar sobre a Índia e
permitiu a Portugal estender o seu Império até à China e Japão.
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- A superioridade
da artilharia naval portuguesa, maior alcance, precisão e
cadência de tiro, foi a principal responsável por esta tremenda
vitória naval sobre os seus adversários muçulmanos e venezianos. (
Veja-se Páginas Secretas da História de Portugal por Rainer
Daehnhardt )
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Afonso de
Albuquerque |
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- Afonso de Albuquerque, sucessor
de Almeida, conquistou Goa (1510), que se tornou a sede do poder Português,
e Malaca (1511); mandou duas expedições às Molucas (1512 e 1514);
capturou Ormuz no Golfo Pérsico (1515). Pouco depois, Fernão Peres de Andrade
chegou a Cantão na China, e em 1542 foi permitido aos mercadores portugueses instalarem-se em Liampo
(Ning-Po)., fundando em 1557 a colónia de Macau
(Macao).
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Relações com a China
- Albuquerque foi responsável
pela concepção do sistema de construir pontos de apoio fortes, que asseguraram o
comércio do Oriente para Portugal durante quase um século.
- Goa tornou-se rapidamente o principal porto da
Índia ocidental; Ormuz controlava o Golfo Pérsico, e Malaca era a ponte
para o Oceano Indico e para o Sul do Mar da China, enquanto uma cadeia de
feitorias fortificadas asseguravam a costa Este de África , o golfo e deltas da
Índia e
do Ceilão.
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- Mais para Este, instalaram-se feitorias menos
fortificadas com o consentimento dos governantes nativos desde Bengala até à China,
colocando o comércio das especiarias, das ilhas principais, nas mãos dos Portugueses. A orientação
deste sistema complexo, era manejado por um governador , que algumas vezes
tomava o título de Vice-rei, com sede em Goa.
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- Ainda que as armas portuguesas tiveram triunfos
e derrotas, o seu controlo do comércio Oriental permaneceu quase total, ainda que
nunca completo, até ao século XVII, quando os Holandeses, em guerra
conjunta com as coroas de Portugal e Espanha e apesar do seu comércio tradicional com Lisboa, começaram a procurar as espécies na
fonte, demolindo o monopólio
Português.
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Bartolomeu Dias |
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- Como diz Pirenne, o grande historiador Belga, na sua História Universal:
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- " A navegação do Oceano Índico, estava
no século XVI inteiramente nas mãos dos árabes. Os portugueses não vacilaram em revelar-se os seus
implacáveis rivais, ainda que a milhares de léguas das suas bases.
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- Foram apenas necessários 30 anos, para que uns poucos milhares de
Iberos, se apoderassem dos seus negócios. graças
principalmente à sua artilharia e aos seus 300 barcos de guerra."
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Fernão de
Magalhães |
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- Fernão de Magalhães , nasceu em 1480 em Sabrosa ou no Porto e morreu em combate, em 27
de Abril de 1521 em Mactan, Filipinas.
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- Navegou sob as bandeiras de
Portugal ( 1505-1512 ) e Espanha (1519-21) e é considerado por muitos historiadores, como
o maior navegador de todos os tempos. Ainda há pouco tempo, foi
homenageado pela NASA, que enviou ao espaço uma nave com o seu nome.
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- Quando ideou a viagem de
circum-navegação ao globo, que acabou por fazer ao serviço de Carlos V, Magalhães
sabia bem o que ia encontrar, ninguém fazia uma viagem dessas à sorte, e o lema que o
imperador concedeu ao escudo de armas de Sebastián Elcano "Primus circumdedisti me" ( O primeiro que me rodeou ) teria assentado perfeitamente a Fernão
de Magalhães..
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- Fernão de
Magalhães ( Ferdinand Magellan em inglês ) é indiscutivelmente o
português mais importante, , mais conhecido e reconhecido a nível Mundial.
Deu nome ao estreito de Magalhães, às nuvens de Magalhães ( duas das
galáxias mais perto da terra ), à nave que a NASA mandou a Vénus e até a
uma marca de GPS.
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D. João III - O
Piedoso |
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D. João III (1521- 1557) - "O Piedoso"
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- Se Manuel I falhou no seu objectivo de
governar Espanha, a seu filho João III (1521-57) faltou-lhe força para
resistir à influência Castelhana. Era um homem retirado, piedoso, e muito
influenciado por sua mulher Catarina, irmã do imperador Carlos V, e encorajou a
instalação da Inquisição (1536); o primeiro acto da fé realizou-se em 1540. A Sociedade
de Jesus, estabelecida em 1540 , depressa controlou a educação em Portugal.
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- O tratado de Zaragoza (1529) resolveu a
disputa sobre a posse das Molucas, removendo qualquer obstáculo ao entendimento
Português - Espanhol, e o tratado de Tordesilhas fez o mesmo para o Pacífico; assim
todos os territórios do Novo Mundo estavam em teoria divididos entre
Portugal e Espanha.
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Tratados na
História de Portugal
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Cabrilho chega à Califórnia
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A
Inquisição em Portugal
A Chegada dos
Portugueses ao Japão
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- A Figura de D. João III - Primeiro filho do matrimónio de
D. Manuel I com D. Maria, nasceu em Lisboa a 6 de Junho de 1502. Casa na vila do Crato em
10 de Fevereiro de 1525 com D. Catarina da Áustria irmã mais nova de Carlos V. Faleceu
em 11 de Junho de 1557 e está sepultado na capela-mor do Mosteiro dos Jerónimos.
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- Figura controversa,. D.
João III foi admirado por alguns Carolina Michaelis, Gomes de Carvalho, Mário Brandão,
etc.) e criticado por outros ( Herculano ). A.H. de Oliveira Marques esclarece melhor na
sua História de Portugal:
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- "O longo reinado de D.
João III (1521-1557), pode ser dividido em dois grandes períodos, diferenciados pela
situação económica, a atitude religiosa, a política cultural e até o modo
psicológico do soberano. O príncipe tolerante, aberto às correntes internacionais do
pensamento, louvado por humanistas e sempre disposto a acolhê-los, o verdadeiro Mecenas,
deu lugar a um governante fanático e curto de vista, controlado pela Companhia de Jesus e
os defensores de uma estrita política de Contra-Reforma, mandando prender e condenar
aqueles mesmos que antes convidara, mesquinhamente reduzindo despesas e subsídios,
fechando escolas e geralmente isolando-se, e ao País, de influências externas."
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D. Sebastião |
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D. Sebastião (1557-1578) - "O Desejado"
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- A João III sucedeu-lhe o seu neto Sebastião
, que era uma criança com três anos. Desde jovem, que Sebastião estava
obcecado
pela ideia duma cruzada contra Marrocos. Fanaticamente religioso, não tinha
dúvidas do seu próprio poder e só ouvia os seus aduladores. Visitou Ceuta e
Tanger em 1574, e começou em 1576 a preparar uma grande expedição contra Larache.
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- Partiu em Junho de 1578 e em
4 de Agosto foi
totalmente destroçado pelos Mouros na Batalha dos Três Reis perto de Alcácer-Quibir
(Ksar-el-Kebir). O próprio Sebastião I foi morto, morreram 8.000 dos seus
homens, foram capturados cerca de 15.000. Poucos escaparam.
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A figura de
D. Sebastião
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Batalha de Alcácer Quibir
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Infante D. João Manuel |
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- D. Sebastião nasceu em 20 de Janeiro de 1554,
filho do príncipe D. João Manuel,
jurado herdeiro do trono em 1554
e D. Joana de Áustria,
filha de Carlos V.
O príncipe D. João
nasceu em Évora em 3 de Junho de 1537
e faleceu em 2 de Janeiro de 1554.
Casou em Novembro de 1552.
D. João Manuel faleceu com pouco mais de 16 anos de idade, de diabetes
juvenil (diabetes tipo I), deixando sua mulher grávida do príncipe D.
Sebastião, que nasceu 18 dias depois da morte de seu pai,
sendo por isso
"O Desejado".
Morreu na batalha de
Alcácer-Quibir em 4 de Agosto de 1578.
Pouco inteligente e pouco culto ( Joel Serrão - Dicionário de História de
Portugal ) de temperamento irrequieto e impulsivo, extraordinariamente
vaidoso, nunca admitiu a mais pequena observação ou ouviu qualquer
conselho.
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- Ainda que tivesse ficado na
história como O Desejado, as suas incapacidades de governante foram trágicas para
Portugal, levando-nos em Alcácer-Quibir à nossa maior derrota militar, seguida da perda
da independência. Os seus desequilíbrios mentais, agora muito na moda, são descritos em
pormenor na História de Portugal de Veríssimo Serrão.
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Cardeal D.
Henrique " O
Casto" (1578-1580)
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- A D. Sebastião I sucedeu-lhe o seu tio-avô,
Cardeal Henrique , irmão de D. João III. Com a sua idade e solteiro, via-se que o trono
de Portugal, deixaria rapidamente a linha directa da dinastia de Avis.
Nasceu a 31 de Janeiro de 1512 e morreu em Almeirim a
31 de Janeiro de 1580.
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- Filipe II de Espanha,
filho de Isabel de Portugal e portanto sobrinho de D.João III,
e marido (pelo seu primeiro casamento com de D. Maria filha de
D.João III), tinha feito
todos os preparativos, e na morte do cardeal - rei (31 Janeiro 1580), solicitou às
autoridades que lhe obedecessem.
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- Os adeptos de D. António o prior do Crato (filho
ilegítimo de D. Luís, irmão de D. João III) aclamaram-no rei como
D. António I em Santarém, mas fracassaram. Um exército sob o comando do duque de
Alba entrou em Portugal em 1580 e derrotou o pequeno exército
português na batalha de Alcântara em Lisboa. .
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Batalha da ribeira de
Alcântara .
«Um combatente do lado
português faz o seguinte relato: Sabendo o
duque de Alba por
espias e ruins portugueses, como
grande parte da gente da cidade se recolhia a ela a dormir em suas
casas, acometeu de súbito o arraial do Senhor D. António trabalhando
de entrar pela ponte de Alcântara, assim para lhe inquietar a gente,
como ganhar naquela revolta contra os
moinhos de vento, um
outeiro que ficava sobranceiro ao
arraial do inimigo e colocou nele a sua
artilharia.
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Em amanhecendo, mandou o
duque ao Prior seu filho, que cometesse o arraial pela parte aonde a
artilharia estava prantada. O Prior ajudado da sua artilharia cometeu o
arraial com a sua gente de cavalo e outra de
escopeta; a gente de cavalo portuguesa,
que era muita e boa: mas molestados da artilharia e escopetaria do inimigo
viraram muitos as costas, sem aproveitar nada o esforço que lhes punha o
Senhor D. António. Fugindo os de cavalo, foi parte para que fugisse também
a gente de pé.
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O Senhor D. António, vendo
inclinar-se a vitória à parte do inimigo, dizem que se meteu com alguns
fidalgos principais no mais perigoso da
batalha como homem que não queria mais vida e pelejando valorosamente lhe
aconselharam os seus, pois que a vitória estava já declarada pela parte
contrária se recolhesse à cidade, o que ele fez ferido de duas ferias
ruins na cabeça, das quais uma lhe fez um cavaleiro luzido dos contrários,
que logo ali foi morto pelos fidalgos que o acompanhavam e a outra lhe fez
um fidalgo português dos seus mesmos, que foi de todos bem conhecido. E
por aqui se verá com quantas traições se alcançou esta vitória contra o
Senhor D. António»
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- Filipe II de Espanha tornou-se Filipe I de Portugal
(1580-98). As reclamações da duquesa de Bragança, D. Catarina
de Bragança ( que não foram muito fortes) não foram atendidas.
D. Catarina era filha de D. Duarte irmão de D. João III
e D. Isabel.
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- Filipe II, entrou em Lisboa em
1581, e
perante as cortes gerais que se reuniram em Tomar (15 de Abril), jurou as
condições em que reinaria. A sua ideia não foi a absorção de Portugal
por Espanha, mas uma
monarquia dualista, em que tínhamos perfeita autonomia no mesmo pé que Castela. Cumpriu
religiosamente o que prometera; e foi seu neto Filipe IV, ou melhor, o conde-duque
de Olivares quem, iludindo-as, provocou mais tarde a revolta dos portugueses.
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- O Cardeal D. Henrique nasceu em Lisboa a
31 de
Janeiro de 1512, filho de D. Manuel I e da sua segunda mulher
D. Maria sendo o derradeiro
monarca da casa de Avis. Morreu em Almeirim a 31 de Janeiro de 1580, e por ordem de
Filipe I, o seu corpo foi transferido para os Jerónimos.
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Cronologia da Dinastia de Avis
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- A
Arte na Dinastia de Avis
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