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Batalha - Portal

 

 

 
 
Não se sabe exactamente o ano de início das obras do Mosteiro, mas tudo aponta para fins de 1387, princípios do ano seguinte. Queria D. João I que se erigisse o monumento da sua piedade no próprio local onde vencera os inimigos da Pátria.
 
Porém, opunham-se a estes desejos a secura e aspereza do terreno, tão pobre que mal se vestia de enfezadas urzes, tão árido que não havia por ali sinal de água, e, tão deserto que não se via uma choupana, nem sequer uma árvore que quebrasse a monotonia daquelas tristes charnecas.
 
Sendo pois necessário procurar nas vizinhanças sítio mais apropriado, escolheu e comprou El-Rei a quinta do pinhal, junto à aldeia da Canoeira e situada em fresco vale, a meia légua do lugar onde se pelejara a batalha.
 
Dadas as suas dimensões, a edificação processou-se por fases ao longo dos tempos, o que se conclui através das marcas dos sucessivos períodos. Foram diversos os mestres de obras encarregados desta imponente obra de arte que demorou cerca de 200 anos a levar ao fim (que nunca chegou a acontecer)
 

 

 

Batalha - Vista aérea

 

 

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De risco provável de Afonso Domingues, a sua construção estendeu-se desde o reinado de D. João I a D. João IV. Profundamente enraizado na arte portuguesa, o mosteiro da Batalha, mantendo um programa de sobriedade estrutural e decorativa, conjuga o impulso vertical interno, de sugestão francesa, e a volumetria horizontal característica do gótico meridional, com soluções locais, de que é exemplo o alçado da nave axial.
 
A sua igreja apresenta nítida influência das antigas construções das ordens mendicantes.
Para além do Mestre Afonso Domingues, que dirigiu as obras até meados do séc. XV, o mosteiro da Batalha teve também por arquitecto mestre Huguet, que tendo iniciado o seu trabalho no mosteiro em 1402, nele trabalhou até 1438, tendo completado o claustro real e a sala do capítulo. Dirigiu a construção das abóbadas da nave central do transepto e da capela-mor, tendo ainda iniciado as capelas imperfeitas.
 
Foi mestre Huguet que introduziu no Mosteiro a decoração de gótico flamejante, indo assim exercer uma influência determinante na arquitectura portuguesa posterior.  Depois de terminado este primeiro ciclo construtivo, há um interregno durante o qual os mestres Martim Vasques e Fernão de Évora construiram o Claustro de D. Afonso V, num estilo sóbrio e monástico, quase um regresso ao gótico primário. Nesta época as ambições reais dirigiam-se, principalmente, para as Armadas e as Grandes Navegações, e pouco para os monumentos. Assim foi durante todo o reinado de D. João II.
 
Com a subida ao trono de D. Manuel I, nasce uma nova moral nacional, cada vez mais eufórica e triunfante com as viagens das Armadas Portuguesas por todo o globo terrestre. É esta euforia, associada a visões oceânicas, cristãs e náuticas que inspira os mestres canteiros a criar um novo estilo artístico, o Manuelino, todo ele aparatoso na simbiose de elementos marítimos, conchas e cordas, com elementos heráldicos, esferas armilares, aliados a símbolos religiosos, cruzes de Cristo.
 
Dos novos mestres da Era Manuelina destacam-se João Rodrigues, João de Arruda, Boytac e o famoso Mateus Fernandes, a quem se devem as magníficas decorações manuelinas do Claustro Real e o genial pórtico das Capelas Imperfeitas. O prestígio de Mateus Fernandes, cujo túmulo se encontra à entrada da nave principal, apenas tem rival em Afonso Domingues e David Huguet, sem dúvida os três principais autores deste grandioso monumento.
 
O mosteiro, foi eleito pela UNESCO Património da Humanidade em 1983. Na praça lateral do mosteiro encontramos o Monumento Equestre do Condestável D. Nuno Álvares Pereira. A estátua, de 1968, recorda o heróico comandante que na Batalha de Aljubarrota derrotou um exército invasor três vezes maior que o seu.

 

Batalha

 

 

 

Cronologia  

 
1388 - Doação da "casa e mosteiro", devotado a Nossa Senhora, à Ordem de São Domingos, a construção começou depois da batalha de Aljubarrota em 1386, em cumprimento da ordem real, em terras compradas a Egas Coelho;
 
1416 - Os restos mortais da Raínha D. Filipa de Lencastre são depositados no Mosteiro ao cuidado da igreja;
 
1426 - King D. João I ordena a construção da Capela do Fundador, para ser usada como panteão real;
 
1434 - Os restos mortais da Raínha D. Filipa e do Rei D. João I são transferidos para a capela; completam-se as obras da igeja e da capela do Fundador, o Clautro Real e salas adjacentes, debaixo da supervisão de Afonso Domingues até 1402 e de Huguet até 1437;
 
1437 - Compra da terra adjacente para que se possa iniciar a construção do panteão do rei  D. Duarte ( Capelas Imperfeitas );
 
1448/1477 - Com a supervisão de Fernão de Evora,  João Eanes Rabuço esculpiu os sarcógagos dos príncipes e do rei, completou-se o claustro de D. Afonso V, pavimentaram-se os claustros, preparam-se as Capelas Imperfeitas para suportar o futuro telhado, assim como o átrio que liga à igreja.
 
1517 - O rei D. Manuel recomenda no seu testamento, ao seu sucessor, D João III, que conclua o panteão começado pelo rei D. Duarte, que mude para lá as pessoais reais, incluindo o próprio D. Duarte. e que se crie a ligação apropriada com a igreja. Construção dos claustros a este do claustro de  D. Afonso V, destinado para noviços e quartos para hóspedes.
 
1755 - O terramoto causou a queda da cúpula da Capela do Fundador.
 
1811 - Ocupação pelas tropas francesas e incêndio dos edíficios da ala Este do mosteiro.
 
1834 - Abolição das ordens religiosas que obrigaram os monges a deixar o mosteiro.
 
1840 - Começo de uma nova série de projectos de restauração supervisados por Luís  Mouzinho de Albuquerque, que continuaram depois de 1852 pelo arquitecto Lucas José dos Santos Pereira, baixo os auspícios de D. Fernando II;
 
Século XIX/XX  - Alteração dos edifícios à volta do claustro de D. Afonso V com o fim de acomodar serviços públicos.

 

 
 

Batalha- Túmulo do Fundador

 

Tipologia :

Arquitectura religiosa, gótica e manuelina. A igreja denota arquitectura de influência mendicante, incorporada em mosteiro, à volta de dois claustros, ainda que originalmente fossem quatro. Mostra uma perfeita harmonia entre o Gótico mendicante, mais simples e o flamejante. O arco ogival da porta de entrada este e a da capela dos túmulos dos príncipes e ainda o túmulo duplo, aparecem aqui pela primeira vez.

Características principais:

Mosteiro onde se funde a arquitectura gótica portuguesa característica dos séc. XIII / XIV com as novas tendências da arquitectura do séc. XV, nomeadamente de expressão flamejante, sobre a influência inglesa.

Estrutura conventual assente em estacaria de pinho verde. Parede do lado do Evangelho mais espessa e não amparada por contrafortes, arcobotantes desse lado também mais robustos.

Construção erigida em calcário brando, das pedreiras locais, que permitiu uma riqueza de ornamentação, com destaque para o tecto coberto por abóbada de ogiva, as estátuas dos apóstolos e toda a decoração do portal principal, a abóbada estrelada da capela do fundador e as capelas imperfeitas onde nos seus arcos ponteagudos predomina o trabalho minucioso da mão do artista.

 
( Condensado da Informação na Net da DGMN )

 

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