Festas de Aniversário - Zona do Estoril -
Contactos Telemóvel 969 467 199
Veja este site também em
http://es.geocities.com/atoleiros
|
Batalha -
Portal
|
-
-
- Não se sabe exactamente o ano de início
das obras do Mosteiro, mas tudo aponta para fins de 1387, princípios do ano seguinte.
Queria D. João I que se erigisse o monumento da sua piedade no próprio local onde
vencera os inimigos da Pátria.
-
- Porém, opunham-se a estes desejos a secura
e aspereza do terreno, tão pobre que mal se vestia de enfezadas urzes, tão árido que
não havia por ali sinal de água, e, tão deserto que não se via uma choupana, nem
sequer uma árvore que quebrasse a monotonia daquelas tristes charnecas.
-
- Sendo pois necessário procurar nas
vizinhanças sítio mais apropriado, escolheu e comprou El-Rei a quinta do pinhal, junto
à aldeia da Canoeira e situada em fresco vale, a meia légua do lugar onde se pelejara a
batalha.
-
- Dadas as suas dimensões, a edificação
processou-se por fases ao longo dos tempos, o que se conclui através das marcas dos
sucessivos períodos. Foram diversos os mestres de obras encarregados desta imponente obra
de arte que demorou cerca de 200 anos a levar ao fim (que nunca chegou a acontecer)
-
-
-
|
Batalha -
Vista aérea
|
-
|
-
- De risco provável de Afonso
Domingues, a sua construção estendeu-se desde o reinado de D. João I a D. João IV.
Profundamente enraizado na arte portuguesa, o mosteiro da Batalha, mantendo um programa de
sobriedade estrutural e decorativa, conjuga o impulso vertical interno, de sugestão
francesa, e a volumetria horizontal característica do gótico meridional, com soluções
locais, de que é exemplo o alçado da nave axial.
-
- A sua igreja apresenta nítida
influência das antigas construções das ordens mendicantes.
- Para além do Mestre Afonso
Domingues, que dirigiu as obras até meados do séc. XV, o mosteiro da Batalha teve
também por arquitecto mestre Huguet, que tendo iniciado o seu trabalho no mosteiro em
1402, nele trabalhou até 1438, tendo completado o claustro real e a sala do capítulo.
Dirigiu a construção das abóbadas da nave central do transepto e da capela-mor, tendo
ainda iniciado as capelas imperfeitas.
-
- Foi mestre Huguet que introduziu no
Mosteiro a decoração de gótico flamejante, indo assim exercer uma influência
determinante na arquitectura portuguesa posterior. Depois de terminado este primeiro
ciclo construtivo, há um interregno durante o qual os mestres Martim Vasques e Fernão de
Évora construiram o Claustro de D. Afonso V, num estilo sóbrio e monástico, quase um
regresso ao gótico primário. Nesta época as ambições reais dirigiam-se,
principalmente, para as Armadas e as Grandes Navegações, e pouco para os monumentos.
Assim foi durante todo o reinado de D. João II.
-
- Com a subida ao trono de D. Manuel
I, nasce uma nova moral nacional, cada vez mais eufórica e triunfante com as viagens das
Armadas Portuguesas por todo o globo terrestre. É esta euforia, associada a visões
oceânicas, cristãs e náuticas que inspira os mestres canteiros a criar um novo estilo
artístico, o Manuelino, todo ele aparatoso na simbiose de elementos marítimos, conchas e
cordas, com elementos heráldicos, esferas armilares, aliados a símbolos religiosos,
cruzes de Cristo.
-
- Dos novos mestres da Era Manuelina
destacam-se João Rodrigues, João de Arruda, Boytac e o famoso Mateus Fernandes, a quem
se devem as magníficas decorações manuelinas do Claustro Real e o genial pórtico das
Capelas Imperfeitas. O prestígio de Mateus Fernandes, cujo túmulo se encontra à entrada
da nave principal, apenas tem rival em Afonso Domingues e David Huguet, sem dúvida os
três principais autores deste grandioso monumento.
-
- O mosteiro, foi eleito pela
UNESCO Património da Humanidade em 1983. Na praça lateral do mosteiro encontramos o
Monumento Equestre do Condestável D. Nuno Álvares Pereira. A estátua, de 1968, recorda
o heróico comandante que na Batalha de Aljubarrota derrotou um exército invasor três
vezes maior que o seu.
|
Batalha |
-
|
Cronologia
-
- 1388 - Doação da "casa e
mosteiro", devotado a Nossa Senhora, à Ordem de São Domingos, a construção
começou depois da batalha de Aljubarrota em 1386, em cumprimento da ordem real, em terras
compradas a Egas Coelho;
-
- 1416 - Os restos mortais da Raínha
D. Filipa de Lencastre são depositados no Mosteiro ao cuidado da igreja;
-
- 1426 - King D. João I ordena a
construção da Capela do Fundador, para ser usada como panteão real;
-
- 1434 - Os restos mortais da Raínha
D. Filipa e do Rei D. João I são transferidos para a capela; completam-se as obras da
igeja e da capela do Fundador, o Clautro Real e salas adjacentes, debaixo da supervisão
de Afonso Domingues até 1402 e de Huguet até 1437;
-
- 1437 - Compra da terra adjacente
para que se possa iniciar a construção do panteão do rei D. Duarte ( Capelas
Imperfeitas );
-
- 1448/1477 - Com a supervisão de
Fernão de Evora, João Eanes Rabuço esculpiu os sarcógagos dos príncipes e do
rei, completou-se o claustro de D. Afonso V, pavimentaram-se os claustros, preparam-se as
Capelas Imperfeitas para suportar o futuro telhado, assim como o átrio que liga à
igreja.
-
- 1517 - O rei D. Manuel recomenda no
seu testamento, ao seu sucessor, D João III, que conclua o panteão começado pelo rei D.
Duarte, que mude para lá as pessoais reais, incluindo o próprio D. Duarte. e que se crie
a ligação apropriada com a igreja. Construção dos claustros a este do claustro
de D. Afonso V, destinado para noviços e quartos para hóspedes.
-
- 1755 - O terramoto causou a queda da
cúpula da Capela do Fundador.
-
- 1811 - Ocupação pelas tropas
francesas e incêndio dos edíficios da ala Este do mosteiro.
-
- 1834 - Abolição das ordens
religiosas que obrigaram os monges a deixar o mosteiro.
-
- 1840 - Começo de uma nova série de
projectos de restauração supervisados por Luís Mouzinho de Albuquerque, que
continuaram depois de 1852 pelo arquitecto Lucas José dos Santos Pereira, baixo os
auspícios de D. Fernando II;
-
- Século XIX/XX - Alteração
dos edifícios à volta do claustro de D. Afonso V com o fim de acomodar serviços
públicos.
-
-
|
Batalha-
Túmulo do Fundador |
Tipologia :
- Arquitectura religiosa, gótica e manuelina.
A igreja denota arquitectura de influência mendicante, incorporada em mosteiro, à volta
de dois claustros, ainda que originalmente fossem quatro. Mostra uma perfeita harmonia
entre o Gótico mendicante, mais simples e o flamejante. O arco ogival da porta de entrada
este e a da capela dos túmulos dos príncipes e ainda o túmulo duplo, aparecem aqui pela
primeira vez.
Características
principais:
Mosteiro onde se funde a arquitectura
gótica portuguesa característica dos séc. XIII / XIV com as novas tendências da
arquitectura do séc. XV, nomeadamente de expressão flamejante, sobre a influência
inglesa.
Estrutura conventual assente em estacaria
de pinho verde. Parede do lado do Evangelho mais espessa e não amparada por contrafortes,
arcobotantes desse lado também mais robustos.
Construção erigida em calcário brando,
das pedreiras locais, que permitiu uma riqueza de ornamentação, com destaque para o
tecto coberto por abóbada de ogiva, as estátuas dos apóstolos e toda a decoração do
portal principal, a abóbada estrelada da capela do fundador e as capelas imperfeitas onde
nos seus arcos ponteagudos predomina o trabalho minucioso da mão do artista.
-
- ( Condensado da Informação na Net da DGMN
)
|