1ª Guerra
Mundial |
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1ª
Guerra Mundial ( 1914 - 1918 )
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- Durante este período, com o começo da 1ª
Guerra Mundial, Portugal proclamou a sua adesão à sua aliança com a Inglaterra (7
de Agosto de 1914) e pediu para entrar nas operações militares contra a Alemanha.
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Em 17 de Setembro partiu uma primeira expedição para reforçar as colónias em África,
que lutaram no noroeste de Moçambique, na fronteira com o Tanganica,
e no sudoeste de África, na fronteira com a África Sul-ocidental alemã.
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- Em Fevereiro de 1916 Portugal apresou os barcos
alemães que estavam nos seus portos , e a Alemanha declarou-lhe guerra ( 9 de
Março ). Um submarino alemão bombardeia a cidade do Funchal na ilha da Madeira em
Dezembro de 1916, o que causou grande emoção em Lisboa.
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- Uma expedição portuguesa partiu para a
frente ocidental em 1917, sob o comando do General Tamagnini de Abreu; em 9 de
Abril de 1918, ficaram debaixo de forte ataque alemão na batalha de La Lyz.
Pelo tratado de Versalhes (1919) Portugal recebeu 0,75 porcento das
indemnizações pagas pelos alemães e o Quionga área de Moçambique capturada
pelas forças portuguesas na África Oriental.
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Tratados na
História de Portugal
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- O total de efectivos portugueses enviados
para a França, entre 1917 e 1918, foi de 55.083. Tivemos 2.086 mortos e 5.524
feridos, o custo do baptismo de fogo, que o governo da República insistiu dar
a Portugal para defender o seu Império Colonial.
Os "US Marine Corps" nos Açores - A Patrulha Anti-Submarina nos Açores
- Foi nesta
guerra ( 1917) que pela primeira vez, a aviação do "
United States Marine Corps" utilizaram uma base na ilha dos
Açores para missões de bombardeio de alvos inimigos e
abastecimento das tropas aliadas.
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Um avião
NC-4 da U.S. Navy no porto de Lisboa, em 27 de Maio de 1919. Tinha
completado a primeira travessia aérea do Atlântico. Biplanos deste tipo
foram utilizados nos Açores para a luta anti-submarina.
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Em Janeiro de 1918, a
"1st Marine Aeronautic Company" embarcou em Filadélfia para os Açores,
para começar as operações de luta anti-submarina, como Base Naval 13., A unidade era
comandada pelo então capitão Francis T. Evans. A unidade tinha
12 oficiais e 133 sargentos e praças. Tinham como equipamento
inicial 10 Curtiss R-6s e dois N-9s.T. Mais tarde a companhia
recebeu mais seis Curtiss HS-2Ls que melhoraram muito a sua
intervenção.
Durante 1918, a companhia
Aeronáutica operou na sua base em Ponta Delgada na ilha de São Miguel.,
Fazia patrulhas aéreas regulares para cortar aos submarinos inimigos o
acesso fácil às rotas dos "convoy" de barcos aliados e qualquer outro tipo
da actividade nos Açores.
As suas actividades não
forjaram grandes heróis, mas a " First Aeronautic Company"
foi a primeira unidade da aviação americana a desempenhar uma missão
militar especifica. Por questões ideológicas modernas, muito
"Anti-Fascistas" e anti-Salazaristas, , estes acontecimentos têm sido
"esquecidos" e escondidos do grande público, na
história da participação portuguesa durante a 1ª República, na
Grande Guerra Mundial.
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As Aparições de Fátima - Ver
Hist.Portugal de V.Serrão)
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Santuário de
Fátima |
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- Desde 13 de Maio de 1917 que se
criara o
sentimento popular de que Nossa Senhora de Fátima, depois da festividade da
Ascensão, aparecera a três jovens pastores em cima de uma azinheira no lugar da
Cova Iria, perto de Fátima.
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- Numa linguagem serena, ter-lhes-ia anunciado uma nova
aparição para ajudar a remir os pecados do mundo.
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As Aparições de Fátima
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Machado Santos |
- Assassinato do
Almirante Machado Santos
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- António José de Almeida terminou a sua
presidência (5 de Outubro de 1919 a 5 de Outubro de 1923), mas, reinava a confusão
económica, os ministérios sucediam-se uns após outros em rápida sucessão.
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- Na violência
de 1921, o fundador da republica, Machado Santos, e muitos outros foram
assassinados. o Partido Democrático, liderado por António Maria da Silva,
governou por 28 meses, mas caiu em Novembro de 1923 e foi seguido por ministérios
de curta vida.
Noite Sangrenta
É a designação pela qual ficou conhecida a
revolta radical que ocorreu em Lisboa a
19 de Outubro de
1921, no
decurso da qual foram assassinados, entre outros,
António Granjo, então presidente do Ministério,
Machado Santos e
José Carlos da Maia, dois dos históricos da
Proclamação da República Portuguesa, o comandante
Freitas da Silva,
secretário do Ministro da Marinha, e o coronel Botelho de Vasconcelos,
antigo apoiante de Sidónio Pais.
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- Esta violência
ocorreu a
19 de Outubro de
1921, apenas 11
anos após a implantação da República, quando, na sequência da demissão do
governo presidido por
Liberato Damião Ribeiro Pinto,
o protector da
Guarda Nacional Republicana,
então a guarda pretoriana do regime, e a sua posterior condenação a um ano
de detenção (confirmada a
10 de Setembro de
1921 pelo Conselho
Superior de Disciplina do Exército), um conjunto de militares ligados
àquela força policial, a que se juntaram militares do
Exército e da
Armada, se
sublevou.
A sublevação desembocou na chamada
Noite Sangrenta, o
assassinato por um grupo de marinheiros e arsenalistas sublevados de
algumas das principais figuras da República. O coronel
Manuel Maria Coelho
era o chefe da sublevação. Acompanhavam-no
Camilo de Oliveira
e
Cortês dos Santos,
oficiais da Guarda Nacional Republicana, e o capitão-de-fragata
Procópio de Freitas.
Sem possibilidade
de resistência, o governo presidido por
António Granjo
apresentou a sua demissão a
António José de Almeida,
tendo Granjo procurado refúgio em casa de
Francisco Pinto da Cunha Leal,
o líder do ala esquerda do republicanismo e próximo da liderança do
movimento revolucionário. Descoberto, foi levado ao Arsenal da Marinha, o
centro revolucionário, e abatido a tiro. O mesmo aconteceu a diversas
outras figuras gradas da política republicana, incluindo o almirante
Machado Santos, o
comandante
José Carlos da Maia
e o coronel
Botelho de Vasconcelos,
todos raptados por uma camioneta fantasma que percorreu Lisboa naquela
noite.
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- A 2ª República
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- Em 1925 os Democratas ganharam uma clara
maioria. O presidente Manuel Teixeira Gomes (1923-1925) foi sucedido por Bernardino
Machado. Uma revolta militar de 2 de Fevereiro, foi controlada pelo
governo.
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- A revolução de
28 de Maio de 1926
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- Mas em 28 de Maio
de 1926
uma revolução com maior fortuna rebentou em Braga. Bernardino Machado foi deposto,
e foi formado um governo militar provisional, pelo Comandante José Mendes
Cabeçadas e General Manuel de Oliveira Gomes da Costa.
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- Durante os dezasseis anos do
regime parlamentar republicano, entre 1910 e 1916, Portugal teve quarenta
e cinco governos. Portugal era conhecido internacionalmente pelo "pequeno
México". O crescimento dos défices fiscais levou o país a
uma super-inflação ( o custo de vida em 1926 era trinta vezes o
de 1914 )e a uma moratória no pagamento da dívida externa.
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- Esta foi a principal razão da
revolução do 28 de Maio e à instalação posterior de Oliveira
Salazar por 40 anos !
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Figuras da 1ª República
A Travessia
Aérea do Atlântico Sul
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- A Revolução de 28
de Maio de 1926
- Golpe de 28 de Maio de 1926 ou Movimento do 28 de Maio,
também conhecido
por Revolução Nacional, foi um pronunciamento militar de cariz
nacionalista e
anti-parlamentar que pôs termo à
Primeira República Portuguesa,
levando à implantação da auto-denominada
Ditadura Nacional,
depois transformada, após a aprovação da
Constituição de 1933,
em
Estado Novo, regime
que se manteve no poder em Portugal até à
Revolução dos Cravos
de
25 de Abril de
1974.
A revolução
começou em
Braga, comandada
pelo general
Gomes da Costa,
sendo seguida de imediato em outras cidades como
Porto,
Lisboa,
Évora,
Coimbra e
Santarém. Consumado
o triunfo do movimento, a
6 de Junho de
1926, na Avenida da
Liberdade, em Lisboa,
Gomes da Costa
desfila à frente de 15 mil homens, sendo aclamado pelo povo da
capital.
O 28 de Maio
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Marechal Carmona |
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- A Ditadura Militar
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- 2ª República.
O "Estado Novo".
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- O governo provisional durou muito pouco tempo
( até 9 de Julho de 1926) tomado agora pelo general ( mais tarde Marechal) António
Óscar de Fragoso Carmona, que favoreceu vastas mudanças. Foi eleito presidente em Março de 1928 e reeleito até à sua morte em Abril de 1951.
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- Os dirigentes militares tentaram solucionar a
crise financeira com um empréstimo pedido à Liga das Nações, mas as condições
impostas por esta incluíam uma supervisão fiscal, que foram rejeitadas, e Carmona
chamou António de Oliveira Salazar para Ministro das Finanças com poderes totais
para controlar os gastos do Governo.
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A Figura de Salazar
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- António de Oliveira Salazar, professor
de economia na Universidade de Coimbra, controlou os gastos do governo de 1928 a 1948,
com orçamentos com saldo positivo ( a marca do regime) e devotou-se a
proceder a planos de desenvolvimento.
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- Tornando-se primeiro ministro em 1932,
promulgou a nova constituição de 1933; como ministro das Colónias
preparou o Acto Colonial, assimilando a administração dos territórios no
ultramar ao seu sistema.
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O
direito de voto só foi concedido às mulheres em 1931desde
que tivessem um grau universitário ou com o secundário concluído. Os
homens podiam votar desde que soubessem ler e escrever.
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No
entanto já em 1910,
aproveitando-se
da omissão legal sobre o sexo do chefe de família, Carolina Beatriz
Ângelo - médica, viúva e mãe de duas crianças faz prevalecer a
sua condição de chefe de família para depositar o seu voto nas eleições
para a Assembleia Constitucional.
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Em
consequência, a lei foi modificada de forma a estabelecer claramente
que só os homens podem exercer o direito de voto.
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A
Guerra Civil de Espanha
- Como ministro dos negócios estrangeiros
1936-1947), guiou Portugal durante as dificuldades causadas pela Guerra Civil
Espanhola e a 2ª Guerra Mundial. Manteve a neutralidade até a
Inglaterra invocar a aliança Anglo-Portuguesa para obter bases nos
Açores.
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- No entanto -
facto muito pouco divulgado - já na 1ª Guerra Mundial a aviação do "
United States Marine Corps" tinha utilizado uma base na ilha
dos Açores ( Naval Base 13 ) para missões de bombardeio aos
submarinos alemães e
proteger o abastecimento das tropas aliadas.
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A 2ª Guerra
Mundial ( 1939 - 1945 )
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- Portugal na 2ª Guerra
mundial
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- O papel de Portugal na 2ª Guerra Mundial foi
apenas passivo, e felizmente, pois manteve-se neutral nesse conflito. Na Europa, só
Portugal, Irlanda do Norte, Suécia, Suíça e Espanha se mantiveram neutrais.
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- Oliveira Salazar
assumira a pasta dos negócios estrangeiros desde a Guerra Civil Espanhola.
Com a
Segunda Guerra Mundial
o imperativo do governo de Salazar é manter a neutralidade. Próximo
ideologicamente do
Eixo, o
regime português
escuda-se nisso e também na aliança com a
Inglaterra para
manter uma política de neutralidade. Esta assentava num esforço de não
afrontamento a qualquer dos lados em beligerância.
Primeiramente, uma
intensa actividade diplomática junto de
Franco tenta evitar
que a Espanha se alie à
Alemanha e à
Itália (caso em que
previsivelmente os países do Eixo com a Espanha olhariam a ocupação de
Portugal como meio de controlar o
Atlântico e fechar
o Mediterrâneo, o que desviaria o teatro da guerra para a
Península Ibérica).
Com a Espanha fora
da guerra, a estratégia de neutralidade é um imperativo da diplomacia por
forma a não provocar a hostilidade nos beligerantes e Salazar não tolerou
desvios dos diplomatas que arriscassem a sua política externa. Quando o
cônsul português,
Aristides de Sousa Mendes,
em
Bordéus concedeu
vistos em grande quantidade a judeus em fuga aos nazis, ignorando
instruções do
Ministério dos Negócios Estrangeiros,
Salazar foi implacável com ele e demitiu-o.
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- Sofremos um duro racionamento,
"blackout"
nas luzes das cidades principais, papéis colocados nas janelas das
casas para evitar os efeitos dos estilhaços dos vidros em caso de
bombardeamento, mas não houve problemas de maior.
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Timor |
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- No entanto, ainda que Portugal fosse um país
neutral, forças aliadas australianas e holandesas ( 1941 ) e forças Japonesas ( 1942 )
desembarcaram em Timor que passou a ser cenário de uma luta entre ambas as forças
opostas.
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- Segundo informações obtidas, a ocupação japonesa foi particularmente
brutal e a sua política impiedosa, no que respeita à distribuição de
alimentos provocando a fome que assolou o território, causando cerca de 40.000 mortos. ( Veja-se o Drama de Timor pelo
Prof. Adriano Moreira ). Mesmo assim as relações diplomáticas entre Portugal e Japão
mantiveram-se intactas.
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- Os japoneses também meio ocuparam e administraram
Macau, quando da sua invasão e ocupação da China, mas ao contrário do comportamento
brutal que utilizaram em Hong-Kong, utilizaram o território apenas para lugar de prazer,
de jogo e
descanso para as suas tropas.
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- Como já se disse,
os americanos ocuparam a ilha dos Açores, para
cortarem as bases de apoio aos submarinos alemães, depois transformada em Base Aérea,
que Portugal cedeu...aos aliados, ao abrigo da sua antiga aliança com a Inglaterra.
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- Vendemos tungsténio e alimentos a uns e outros, Lisboa
foi famosa como local de espionagem, chegaram milhares de refugiados, e parece
que Portugal foi palco de grandes tráfegos de ouro nazi, cujas
histórias se começam agora a conhecer pela divulgação pública, em Washington , de
antigos documentos secretos, que só agora passaram a ser do domínio público.
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Egas
Moniz - Nobel 1949 Medicina
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- Morte de Carmona
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- Com a morte de Carmona (18 de Abril
de 1958). Salazar assumiu os atributos da presidência, até à eleição do
General Francisco Craveiro Lopes. Este não foi reeleito em em 1958, mas
sucedeu-lhe o Contra-Almirante Américo de Deus Tomás, eleito por uma larga
maioria numa eleição onde foi favorecido.
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- O Estado Novo de Salazar era
constituído por
uma Assembleia Nacional, com deputados eleitos de quatro em quatro anos que
agia como um bloco e que se reunia pelo menos três meses por ano, e por uma Câmara
Corporativa. Todos os lugares na Assembleia eram dos apoiantes do governo. A
Câmara Corporativa não funcionou até serem formados os sindicatos de
trabalhadores e patrões (estes grémios). Faziam-se contractos colectivos de trabalho
sob a supervisão do governo.
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- Orientado por planos de desenvolvimento
(planos de Fomento), procedeu-se à electrificação, florestação e industrialização.
Logo a seguir a II Guerra Mundial, reequiparam-se os caminhos de ferro,
melhoraram-se as estradas, e criou-se uma linha área nacional. Introduziu-se a produção
de aço, assim como a montagem de veículos automóveis e a reparação de navios tanques
(petroleiros). As economias de Angola e Moçambique foram integradas.
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- A determinação do governo Indiano
de anexar a Índia Portuguesa piorou as relações diplomáticas (Agosto de
1955) e a invasão em massa das possessões Portuguesas por resistentes passivos
indianos. Portugal efectivamente perdeu Dadrá e Nagar Haveli para a
Índia ( apesar
da Corte Internacional de Justiça em Abril de 1960, ter dado razão a Portugal), e
em 19 de Dezembro de 1961, a Índia tomou Goa, Damão e Diu.
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- Salazar tinha dito que a descolonização
não fazia parte do seu plano para Portugal, e quando Angola foi cena de
distúrbios, nos quais se perdeu um certo número de vidas, reforçou as tropas nos
territórios Africanos ( tal como se tinha feito em 17 de Setembro de 1914), e tomou
a pasta de Ministro da Defesa. Em 1964 houve um recrudescência nos movimentos para
a independência.
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Guerras
coloniais no Ultramar
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Os ventos
da História
( História
de Portugal - A.H. de Oliveira Marques )
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- Depois da segunda Guerra
Mundial, o despertar do continente africano e a generalização dos movimentos de
independência exerceram o seu impacte também nas colónias portuguesas. Tanto em África
como na Metrópole surgiram vários grupos, mais ou menos clandestinos, de unidade
africana. Na década de Cinquenta, alguns estudantes negros e mulatos das universidades de
Lisboa gritaram aos poucos um plano de independência num enquadramento africano.
Perseguidos pela polícia, tiveram de sair de Portugal e de buscar refúgio no exílio.
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- O seu movimento era
sobretudo intelectual, e escassos os contactos com as populações indígenas. Mergulhada
numa vida tribal, primitiva, a esmagadora maioria dos africanos não tinha condições
para reagir a activistas intelectuais nem podia compreender os seus objectivos. Mau grado
as expressões enfáticas dos defensores da independência, havia pouca consciência
nacional em torno de conceitos como Angola ou Moçambique, criações artificiais de
finais do século XIX.
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- Os povos da África
portuguesa, divididos por diferenciações tribais e linguísticas , dificilmente poderiam
ir além dos seus horizontes agrícola - pecuários de cunho local. Uma maneira possível de
promover rebeliões entre eles seria fomentar ódios racistas ( de negro contra branco )
ou explorar descontentamentos contra violências físicas por parte dos colonos. Outra
possibilidade mais remota estava na junção de forças com os movimentos
anti-salazaristas, no fito de desencadear uma revolução geral contra o colonialismo.
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- Esta hipótese parece ter
sido aceite por alguns grupos oposicionistas portugueses - sobretudo entre os exilados -
embora se pergunte até que ponto esses grupos aceitariam a aliança para além de uma
mera estratégia política que derrubasse o Estado Novo.
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Guiné |
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- Os movimentos em S. Tomé começaram
depois dos massacres de Batepá, em que exército e colonos mataram centenas de
nativos.
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- Na Guiné em 1959
depois das reivindicações salariais de marinheiros e estivadores em Bissau, reprimidas
pela polícia de que resultaram mortos e feridos.
- Em Angola. em
Fevereiro de 1961 algumas centenas de filiados no M.P.L.A., passavam ao ataque armado de
prisões, quartéis e a estação emissora de Luanda. Em Março de 1961, tribos do norte de
Angola com o auxílio ou instigação de congoleses, massacrando selvaticamente
centenas de colonos e suas famílias.
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- Toda esta situação levou à
repressão violenta por parte das autoridades e dos próprios colonos, apoiados por elas,
aliás com o auxílio de não pouco indígenas.
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- Difundiram-se amplamente
relatórios das atrocidades que se diziam cometidas pelos Portugueses. O caso português
atraiu a atenção mundial.
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- Contudo, os insurgentes, como as
nações estrangeiras em geral e outros muitos dentro do País, subestimaram a tenacidade
do Governo e a capacidade da própria Nação em tentar resolver o problema por via
militar e também por outros meios
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- Mau grado um acordo
táctico entre o MPLA e a FNLA em 1972, é possível dizer-se que Angola se achava
próximo de pacificada por ocasião do 25 de Abril e que Portugal dominava praticamente
todo o território da colónia.
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- Em Moçambique,
um
incidente catalisador, o chamado massacre de Mueda em 1960, que foi uma repressão contra
os que protestavam contra as cooperativas que o governo colonial procurava impor. Essa
repressão foi violenta, e segundo fontes dificilmente controláveis, teria causado
centenas de mortos entre os trabalhadores contestatários.
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- Em 1974, perto de 80.000 soldados
portugueses brancos actuavam nos três territórios. Além deles, havia que contar com,
pelo menos, outros tantos soldados negros. Eram no entanto, raras as
confrontações abertas, e a maioria dos militares regressava à Pátria sem nunca ter
visto nem ouvido o inimigo. O resultado traduzia-se no seu número relativamente
pequeno de baixas de morte, avultando, em contrapartida, as baixas por desastre e os
feridos.
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- No golfo da Guiné,
as formas armadas da recém-criada República do Dahomey, expulsaram os poucos residentes
portugueses da fortaleza de S. João Baptista de Ajudá, depois do gesto romântico do seu
comandante, que deitou fogo ao edifício antes de se render ( 1961 ).
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- Na Índia, em
1954, os dois pequenos enclaves de Dadrá e Nagar-Avely foram permanentemente ocupados
pelos indianos. Em Dezembro de 1961, tropas indianas invadiram Goa, Damão e Diu.
Completamente submergidos por forças várias vezes superiores às suas, os Portugueses
ofereceram apenas uma resistência simbólica, acabando o governador Vassalo e Silva
(
depois condenado e banido do exército , em Lisboa ) por ordenar uma rendição geral.
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Presidentes
da República
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Vista da
cidade de Macau, |
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- Em Macau, a
oposição entre a ideologia oficial portuguesa e a ideologia marxista chinesa levou à
intervenção da China e à sua quase ocupação da cidade. Na década de sessenta, a
propaganda maoísta inundou a pequena colónia.
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- Quando as autoridades procuraram resistir
e obstar ao facto, a China fomentou um levantamento popular ( 1966 ), que obrigou o governo
local e o governo de Lisboa a submeterem-se a todas as exigências chinesas.
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- Macau passou
a ser, em grande parte, controlada pela China
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- A entrada de Marcelo
Caetano
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- Em Setembro de 1968 Salazar ficou incapacitado
por uma queda e morreu em 27 de Julho de 1970. Devido a esse acidente, o Presidente
Américo Tomás convidou Marcelo Caetano, um dos arquitectos do Estado Novo, para
formar um governo. Caetano empenhou-se em continuar mas também para a "evolução",
que incluía admitir a oposição para a Assembleia Nacional e suavizar os
mecanismos de controlo económico em favor de um expansionismo.
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- Sob o Terceiro Plano de Desenvolvimento (
Fomento), fizeram-se vários empreendimentos mas a crise económica geral levou à
inflação, à emigração do campo para as cidades e para outras partes da Europa. A
liberalização moderada de Caetano dividiu aqueles que o apoiavam e estimulou a oposição
Socialista e Comunista.
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PIDE - A Secreta à
Portuguesa
A figura de Marcelo Caetano
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