A Guarda
Nacional Republicana
(
Informação condensada de Portugal - A Country Study - Library of
Congress )
Na
realidade a GNR foi formada em 1913 como uma força paramilitar
fortemente armada, para servir como "guarda pretoriana"
contra as revoltas militares, e defender os governos republicanos das
tentativas de revolta de inspiração monárquica que apareceram nas
primeiras décadas da Iª República dentro de todos os ramos das forças armadas.
As quedas
de vários governos desde 1910, e as fugas dos membros desses mesmos
governos para o quartel do Carmo foram inúmeras e estão bem
pormenorizadas na História de Portugal, de Veríssimo Serão.
A
última, foi a fuga para o quartel do Carmo em 1974 do governo de
Marcelo Caetano, que perante as ameaças de bombardeamento das
instalações pelos blindados das tropas revoltosas comandadas por
Salgueiro Maia, no caso de não haver rendição incondicional,
mostram claramente esse aspecto de "guarda pretoriana" da
GNR, pelo menos até 1974.
Ainda
que a sua missão essencial foi a de manter a ordem no território
nacional, as actividades da GNR foram depois estendidas a ajudar a
polícia urbana no control de manisfestações políticas e problemas
de greves laborais.
Em 1990 a
GNR tinha cerca de 19,000 efectivos entre oficiais e praças. Está
equipada com carros de Comando blindados e 12 helicópteros Alouette
II transferidos do exército alemão.
A guarda
está organizada em batalhões estacionados nas maiores cidades e
companhias e secções nas capitais de distrito e pequenas
comunidades. O controlo de estradas e auto-estradas é efectuado por uma
Brigada de Trânsito separada e pelas unidades rurais da GNR.
Oficiais de
reserva e de carreira de todos os ramos das forças armadas podem
servir na GNR numa base de voluntariado. Reservistas com graduações
universitárias podem pedir para servir na GNR depois de cumpridas as
suas obrigações militares.
Dados de
Janeiro de 1993