ELEIÇÕES E PERÍODO PRESIDENCIAL
Sidónio Pais modifica a lei eleitoral, sem sequer se
dar ao trabalho de consultar o Congresso e é eleito Presidente da
República por sufrágio directo dos cidadãos eleitores, obtendo, em
28 de
Abril de 1918, 470 831 votos. Foi proclamado em
9 de Maio do mesmo ano.
Durante o seu senado, são dignos de realce os
seguintes factos:
Em Fevereiro, é alterada a lei da separação entre a
Igreja e o Estado;
Em Março, é declarado o sufrágio universal;
Em Abril, as tropas portuguesas são derrotadas na batalha de La Lys,
Em Julho, são reatadas as relações com a Santa Sé.
Passado o estado de graça, sucedem-se as greves, as
contestações, e as tentativas de pôr fim ao regime sidonista. Em
resposta, este decreta o estado de emergência em 13 de Outubro. Consegue
recuperar momentaneamente o controlo da situação, mas o movimento de
5
de Dezembro estava ferido de morte.
Nem a assinatura do armistício, em 11 de Novembro, nem
a mensagem afectuosa do rei Jorge V de Inglaterra correspondente ao acto
vem melhorar a situação. Em 5 de Dezembro, Sidónio sofre um primeiro
atentado, durante a cerimónia da condecoração dos sobreviventes do
Augusto de Castilho, do qual consegue escapar ileso. Não conseguiu
escapar ao segundo, levado a cabo por José Júlio da Costa que o abateu a
tiro, na Estação do Rossio, em 14 de Dezembro de 1918.