Presidentes da República

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Imagens oficiais da Presidência da República

 

 

 

 

1º Presidente - 24 de Agosto de 1911 a 26 de Maio de 1915

Manuel de Arriaga     (n.1840 m.1917)

Foi durante o período em que estudava na Universidade de Coimbra para se "formar em leis", no contacto com outros estudantes e professores e na leitura de outras formas de pensamento, que aderiu ao ideário republicano. Em 1882 fora deputado da maioria republicana. 

Foi membro do directório do Partido Republicano depois de 31 de Dezembro de 1891. Mais tarde o governo provisório nomeia-o Procurador-Geral da República. Tomou posse como reitor da Universidade de Coimbra a 17 de Outubro de 1910. Em Agosto de 1911, já com 71 anos, é eleito Presidente da República. 

Governou durante um período conturbado, marcado por agitação social e movimentos monárquicos.

 

 

 

2º Presidente - 29 de Maio a 5 de Agosto de 1915

Teófilo Braga (1843 - 1924

Apesar de ter iniciado os seus estudos universitários em Teologia, licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Foi escolhido para presidir ao I Governo Provisório saído do 5 de Outubro de 1910 até à eleição de Manuel de Arriaga, tendo depois, por deliberação do Congresso, exercido o mandato de 29 de Maio a 5 de Outubro de 1911. Foi seduzido pelas ideias positivistas de Comte, as quais defendeu

 

 

 

 

 

 

3º Presidente- 6 de Agosto de 1915 a  5 de Dezembro de 1917 e

                        11 de Dezembro de 1925 a 31 de Maio de 1925

Bernardino Machado ( 1851 - 1944 )

Matriculou-se nos cursos de Matemática e Filosofia na Universidade de Coimbra, tendo-se doutorado com apenas 28 anos nessas duas especialidades. Foi deputado do Partido Regenerador entre 1882 e 1886 e par do Reino em 1890. Foi também ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria no decorrer do ano de 1893. 

Teve uma acção de destaque na reforma do Ensino Profissional e distinguiu-se no sector agícola, comercial e industrial. Ingressou no partido Republicano em 1903. Implantada a República, na qual não participa directamente, será no Governo Provisório ministro dos Negócios Estrangeiros onde teve um papel de relevo no reconhecimento do novo regime por parte dos países estrangeiros.

Foi primeiro ministro em 1913 num período de agitação política. Vem a ser eleito Presidente da República em 1915. Durante a I Guerra Mundial defende a participação de Portugal no conflito. Em Dezembro de 1917, através do movimento revolucionário de Sidónio Pais é demitido juntamente com o Governo. Foi eleito para um segundo mandato de curta duração,desde Dezembro de 1925 até ao eclodir do movimento de 28 de Maio de 1926. Escreveu A Agricultura em 1899.

 

 

 

 

 

4º Presidente - 28 de Abril de 1918 a 14 de Dezembro de 1918

Sidónio Pais ( 1872 - 1918 )

Após o 5 de Outubro de 1910 é senador , fazendo parte do Ministério de Manuel de Arriaga. Em 1912 está em Berlim como ministro dos Negócios Estrangeiros, regressando em 1916. Em 1917 lidera um movimento revolucionário para derrubar o Governo de Afonso Costa que depois de regressar do estrangeiro é preso no Porto e mais tarde exilado. 

Sidónio demite o Presidente Bernardino Machado e toma conta do poder. Sidónio Pais faz-se eleger Presidente da República por sufrágio universal em Abril de 1918 à revelia da Constituição de 1911. Instaura uma ditadura, em que vários jornais monárquicos, republicanos, socialistas, católicos, anarquistas ou independentes foram suspensos. 

O historiador António Reis considera o Sidonismo como uma " mescla de poder pessoal, repressão e perseguição política, confusão administrativa e medidas dogmáticas com um único objectivo: recuo e progressiva anulação da participação de Portugal na Guerra e construção de uma nova ordem institucional, a chamada "República Nova" alicercada na mística do chefe, em antecipação das experiências fascistas que irromperam na Europa dos anos 20".

 Foi alvo de dois atentados, um em 5 de Dezembro de 1918 e outro em 14 de Dezembro do mesmo ano que seria de consequências fatais.

 

 

 

 

 

 

5º Presidente - 16 de Dezembro de 1918 a 5 de Outubro de 1919

João de Canto e Castro (1862 - 1934)

Este Almirante foi deputado em 1908 e Ministro da Marinha em 1918, sendo eleito Presidente da República em Dezembro desse ano. 

Numa época de grande tensão e instabilidade política, Canto e Castro abstraiu-se da sua formação militar e dos seus ideais monárquicos. Teve de lidar com várias tentativas de insurreição, chegando mesmo a proclamar-se a monarquia nalguns locais do país. Foi sucedido em 1919 por António José de Almeida.

 

 

6º Presidente - 5 de Outubro de 1919 a 5 de Outubro de 1923

António José de Almeida ( 1826 - 1929 )

Estudou Medicina na Universidade de Coimbra. Liga-se desde muito novo ao ideário republicano, o que lhe vai trazer bastantes constrangimentos, tendo inclusivamente problemas a nível universitário. Opõe-se freneticamente ao conservadorismo, acabando por ser julgado e condenado, num processo em que foi defendido por Manuel de Arriaga.

 Exerce a profissão de médico em S. Tomé, Angola e Paris, mas ao regressar a Portugal vai dedicar-se inteiramente à vida política, entrando para a Câmara dos Deputados. É preso de novo em Janeiro de 1908 após uma tentativa de revolução falhada e quatro dias volvidos dão-se os assassinatos de D. Carlos e do príncipe herdeiro.

Vai ser ministro do Interior no primeiro Governo provisório procedendo à reforma da instrução primária e do ensino universitário. Defende a entrada de Portugal na primeira Guerra Mundial se a Inglaterra assim o desejasse. Em 1916/17 é ministro das Colónias, chegando mesmo a chefiar o Governo. Foi líder do Partido Republicano entre 1912 e 1919 e fundador do Partido Evolucionista. 

É eleito Presidente da República a 5 de Outubro de 1919 e foi o único a cumprir o seu mandato de 4 anos sem interrupções. Com a deposição do Governo liderado por António Granjo, pretende resignar ao seu mandato, mas uma enorme manifestação demove-o e ele acaba por ficar. Autor do panfleto Desforra, manteve também um artigo no folheto Ultimatum.. Foi o fundador dos jornais O Raio e a República e colaborador n'O Mundo.

 

 

 

7º Presidente - 6 de Outubro de 1923 a 11 de Dezembro de 1925

Manuel Teixeira Gomes 
(1860 - 1941)

Foi ministro dos Negócios Estrangeiros em Londres, entre 1911 e 1918. Quando Sidónio Pais ocupou a presidência, chamou-o de volta a Portugal e demitiu-o. 

Afonso Costa, em Paris, sugeriu a sua candidatura, e Teixeira Gomes foi eleito Presidente da República em Agosto de 1923. No mesmo ano deixou o cargo e partiu para a Argélia, onde veio a falecer.

 

        Bernardino Machado -  2º Mandato de 11 de Dezembro de 1925 a 31 de Maio de 1925

 

 

8º Presidente - 31 de Maio de 1926 a 17 de Junho de 1926

Mendes Cabeçadas (1883 - 1965)

Aquando da entrada em funções do primeiro governo da ditadura militar, Bernardino Machado demitiu-se e transmitiu todos os poderes a José Mendes Cabeçadas Júnior. Ele foi o Presidente da República entre 30 de Maio e 17 de Junho de 1926.

 

 

 

9º Presidente 19 de Junho de 1926 a 9 de Julho de 1926

Gomes da Costa (1863 - 1929)

Gomes da Costa afastou Mendes Cabeçadas da Presidência da República e assumiu os seus poderes até 9 de Julho de 1926, enquanto não foi designado um novo Chefe de Estado

 

 

 

10º Presidente 16 de Novembro de 1926 a 18 de Abril de 1951

Óscar Carmona (1869 - 1951)

Oficial de cavalaria, tomou uma posição de destaque na defesa e absolvição dos implicados no golpe de Abril de 1925. Foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros do primeiro governo saído do 28 de Maio. 

Ao chefiar o golpe que conduz ao afastamento de Gomes da Costa, tornou-se o líder máximo da ditadura, institucionalizando-a e colocando à sua frente um homem que progressivamente ganhou uma posição de relevo: Salazar. Em 1928 apresentou-se como único candidato às eleições presidenciais, cargo que iria ocupar sucessivas vezes até à sua morte

 

 

 

11º Presidente 21 de Julh0 de 1951 a 9 de Agosto de 1958

Francisco Higino Craveiro Lopes (1894 - 1964)

Filho e neto de generais do exército português, cumpriu uma carreira militar brilhante, e foi Comandante-Geral da Legião Portuguesa em 1944. Nesse mesmo ano, pouco após a morte de Carmona, é indigitado pela União Nacional como candidato às eleições presidenciais, sendo eleito a 21 de Julho de 1951, cargo que ocupou até 1958.

Apesar de em 1951 ter sido julgado um candidato capaz de suscitar consensos, cedo viria a revelar a sua frieza nas relações com o Presidente do Conselho e a demonstrar até, uma certa simpatia pela oposição. Por isso mesmo, não foi proposto para um segundo mandato presidencial.

Depois de retirado da política activa, foi feito Marechal  da Força Aérea; ao mesmo tempo, manteve sempre os contactos com os líderes da oposição, e parece ter estado associado ao golpe de Botelho Moniz, em Abril de 1961, conhecido como a "Abrilada", uma tentativa de golpe  que pretendia demitir Salazar e reconduzi-lo à presidência

Veio a falecer em Agosto de 1964, aos 70 anos, durante a noite, em situação pouco clara, oficialmente de enfarte de miocárdio.

 

 

 

12º Presidente 9 de Agosto de 1958 a 25 de Abril de 1974

Américo Tomás (1894 - 1987)

Este Almirante tornou-se Presidente da República em 1958, e foi deposto pela revolução de 25 de Abril de 1974. Era ministro da Marinha quando Salazar o propôs para disputar as eleições contra o General Humberto Delgado, candidato da oposição democrática que foi vencido graças à fraude. Depois do 25 de Abril esteve exilado no Brasil, só regressando em 1979

 

 

 

13º Presidente 15 de Maio de 1974 a 30 de Setembro de 1974

António de Spínola (1910 - 1996)

Militar e político, foi comandante-chefe e governador na Guiné-Bissau entre 1968 e 1973. No ano seguinte tornou-se vice-chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, mas foi exonerado devido à publicação da obra "Portugal e o Futuro", na qual punha em causa a política colonial do Governo. 

Depois do golpe militar de 25 de Abril, a Junta de Salvação Nacional elegeu-o para Presidente da República, tendo-se demitido em Setembro de 1974. Envolveu-se na conjuntura militar de 11 de Março de 1975, e foi promovido mais tarde a marechal do Exército

 

 

 

14º Presidente 30 de Setembro de 1974 a 13 de Julho de 1976

Costa Gomes (1914 - ...)

Francisco Costa Gomes foi nomeado subsecretário de Estado do Exército em 1958, tendo sido mais tarde exonerado devido às suas divergências relativamente à política colonial. 

Foi comandante da Região Militar de Moçambique, comandante-chefe das Forças Armadas de Angola e, em 1972, foi nomeado Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas. Também desse cargo foi exonerado em Março de 1974. 

Retomou no entanto as funções após o golpe militar de 25 de Abril desse ano, e em Setembro ascendeu ao cargo de Presidente da República, onde permaneceu até Julho de 1976

 

 

 

15º Presidente 14 de Julho de 1976 a 9 de Março de 1986

Ramalho Eanes (1935 - ...)

Depois de uma demorada carreira de combatente nas guerras coloniais, Ramalho Eanes encontrava-se em Angola aquando da revolução de 25 de Abril de 1974. 

Regressado a Portugal, foi presidente da RTP, e dirigiu as operações militares do 25 de Novembro de 1975 contra a facção mais radical do Movimento das Forças Armadas. Em 1976 foi eleito Presidente da República, sendo reeleito em 1980. Cessou as funções em Fevereiro de 1986. 

 

 

16º Presidente 10 de Março de 1986 a 9 de Março de 1996

Mário Soares (1924 - ...)

Enquanto jovem, participou em acções de resistência contra o regime de Salazar e Caetano, tendo conhecido a prisão e o exílio. Fez parte do Movimento de Unidade Democrática, participou na campanha do general Humberto Delgado e nas eleições parlamentares de 1969. Foi um dos fundadores do Partido Socialista, e tornou-se o seu líder depois do 25 de Abril de 1974.

Nessa qualidade chefiou os primeiro e segundo governos constitucionais. Em 1983 regressou ao poder, após um afastamento de cinco anos durante os quais se assumiu como a principal figura da oposição. Foi eleito Presidente da República à segunda volta das eleições de 1986, e reeleito em 1991

 

 

 

17º Presidente 9 de Março de 1996 a 9 de Março de 2006

Jorge Sampaio (1939 - ....)

Licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa, participou activamente na crise académica de 1962, foi candidato a deputado pela CDE , e em Dezembro 1974 ajudou à criação do Movimento da Esquerda Socialista. Foi secretário de Estado da Cooperação Externa no IV Governo Provisório, participou na criação do Grupo de Intervenção Socialista, e em 1978 integrou-se no PS. 

Na IV Legislatura foi vice-presidente do grupo parlamentar desse partido, e na V Legislatura foi o presidente. Após a demissão de Vítor Constâncio foi eleito secretário-geral do PS, fazendo também parte do Conselho de Estado. 

Nas eleições autárquicas de 1989 foi eleito presidente da Câmara de Lisboa, cargo que só abandonou em 1995 para concorrer às presidenciais do ano seguinte. Ao vencer essas eleições tornou-se o no 5º Presidente da república pós-25 de Abril.

 

 

 

18º Presidente 9 de Março de 2006
 
Cavaco Silva ( 1939-...)
 
Cavaco Silva, (Aníbal António) Economista e político, n. em Boliqueime, Loulé, em 1939. Licenciado em Finanças pelo ISCEF (1964), seguiu para o Reino Unido (1971) onde obteve o doutoramento na Universidade de York (1973). Foi professor no ISCEF e depois na Universidade Católica. Depois do 25 de Abril ingressa no PPD actual PSD.
 
Ganha o congresso da Figueira da Foz (Maio de 1985) e forma governo de minoria até 1987. Volta a ganhar as eleições legislativas em 1987 e 1991 e governa com maioria absoluta até 1995.

 

 

 

 

 
 
 
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