Num campeonato equilibrado como é este Brasileirão, não é surpresa nenhuma se deparar com derrotas e é errado dizer que elas não fazem parte da campanha de um time vencedor.

Só que elas devem ser dosadas, não podem se tornar uma constância e têm que estar no máximo igualadas em quantidade às vitórias.

Pois bem, vejo que o nosso Palmeiras não atravessa um bom momento neste certame. Apesar de ainda ocupar a quinta colocação na tabela, nosso time está, aos poucos, perdendo posições e entrando naquele bolo perigosíssimo, que é o setor intermediário da tabela. Nos últimos três jogos, a equipe empatou um jogo e perdeu os outros dois, não marcando nenhum gol nessas três exibições. Algo um tanto preocupante, visto que, até algumas rodadas atrás, o Palmeiras apresentava o melhor ataque da competição.

O que mais me chateou foram as circunstâncias desses maus resultados. Diante do Paysandu, um gol bobo num cruzamento para a área, mostrando que ainda temos falha de posicionamento. Contra a equipe do Figueirense, um empate frustrante, num jogo em que o Palmeiras parou no goleiro adversário, chegando até a perder um pênalti com o meio-campista Élson.

Agora, o jogo que nos deixou muito preocupados foi o último, diante do Guarani. Um jogo para relembrar os maus tempos de 2002, onde a equipe não fez absolutamente nada dentro de campo. Um time apático, sem decisão, sem criação, sem finalização, um time que só andou de um lado para o outro durante os 90 minutos de jogo, levando um gol no início do 2º tempo quando a equipe campineira quis decidir o jogo, pois precisava dos 3 pontos.

Essa não pode ser a atitude de uma equipe que briga para ficar entre os ponteiros, que tem chances reais de conquistar uma vaga para a Copa Libertadores e que, neste momento, já pode pensar seriamente no título de campeão brasileiro. Por que não? Parece-me que o Palmeiras, após disputar a 2ª divisão, tornou-se uma equipe sem confiança e que teme o adversário, por mais fraco que ele seja. Os resultados frustrantes deste ano nas competições anteriores comprovam isto.

Quanto à estréia de Renaldo, uma decepção, uma atuação ridícula e mais preocupação para a torcida, que após perder Vágner e ver Muñoz se ausentar até o fim do certame por motivo de contusão, percebe que não tem atacantes de nível para marcar os gols tão desejados e necessários.

O atacante "fenômeno" Kahê é outro jogador que sumiu. Depois de marcar quatro gols em dois jogos, o jogador, que atua no Palmeiras protegido por uma liminar, perdeu o caminho do gol.

Para completar a onda de azar, Thiago Gentil ficará fora, também por contusão, durante quinze dias. O momento não é dos bons; esperamos que a competência retorne para que não percamos o contato com os líderes.