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Uma conquista memorável

Dia 16 de Junho de 1999, uma data inesquecível para qualquer palmeirense.

Fazia frio em São Paulo, uma noite que pedia uma casa, um cobertor, um chocolate quente talvez. Mas, ao invés disso, 32 mil apaixonados palmeirenses e mais outros milhões deles - que acompanharam a distância - espalhados pelo Brasil, preferiram focalizar sua atenção em um local: Estádio Palestra Itália em São Paulo. O motivo? Final da Copa Toyota Libertadores da América.

O jogo era contra o Deportivo Cali, da Colômbia. Era o segundo jogo da decisão, sendo que, no primeiro estágio, o Palmeiras fora derrotado por 1 a 0 em Cali. A vitória, então, era fundamental para levar a disputa pelo menos aos pênaltis.

O jogo começa e a torcida palmeirense está enlouquecida, não pára de cantar e vibrar um só segundo. O Palmeiras começa bem, pressionando o Deportivo Cali. Só que a ansiedade é grande, e mesmo com as varias chances de gol criadas, o time não consegue balançar a rede do goleiro venezuelano Dudamel (que se mostra muito bom sob as traves, mas péssimo quando sai do gol).

A equipe colombiana assusta no contra-ataque, como numa arrancada de Bonilla, onde ele fica cara a cara com o goleiro Marcos, chutando no canto esquerdo do defensor palmeirense. Só que Marcos pratica uma grande defesa, com a ponta dos dedos, talvez decisiva para o jogo. Um gol adversário naquele momento seria fatal.

As melhores chances brasileiras foram do lateral Júnior e do meio-campo Alex. O primeiro tempo se encerra e o placar ainda é de 0 a 0.

Durante o intervalo, sente-se uma certa apreensão. O placar não dava tanta certeza sobre a conquista do título. Começava uma certa desconfiança.

Começa o segundo tempo e o Palmeiras volta pressionando. Novamente a ansiedade está predominando. Enfim, Luís Felipe Scolari, o nosso Felipão, retira do jogo o grande Arce, ídolo inquestionável da torcida e que fazia um grande jogo, e coloca o atacante Evair, que seria o grande responsável (na minha opinião) pela vitória.

Evair entra no clima da torcida, cobra o juiz a todo o momento, parece nervoso, angustiado, é um palmeirense representando a situação de milhões que acompanham apreensivos a partida, ele parece incendiar o time. Até que, em um levantamento na área, o zagueiro colombiano Yepes dá uma cortada na bola dentro da grande área e o juiz marca o pênalti. A festa começa a ser feita, a esperança retorna.

Evair se prepara para cobrar. A torcida grita "Evair é um terror", mas ele parece não ouvir, está concentrado. Espera o apito do juiz, cobra e marca. É o primeiro gol, o placar está inaugurado. Porém, quem imaginou que o jogo ficaria fácil se enganou, pois logo depois, em uma jogada imprudente de Júnior Baiano, o juiz marca outro pênalti, agora para o Deportivo Cali. Zapata cobra e empata tudo de novo.

A partir daí, a partida ficou ainda mais tensa. O Palmeiras precisava de pelo menos mais um gol. Felizmente ele veio! Após o cruzamento da esquerda, Oséas embaixo do gol adversário empurrou para as redes e fez 2 a 1. Meu Deus, quanta emoção. O jogo então foi encerrado neste placar.

A decisão vai para os pênaltis. Depois de todas as cobranças do Palmeiras, a vantagem é nossa por um gol. Zapata, que fizera um gol de pênalti durante a partida, prepara-se para o último pênalti. A pressão é grande, se ele errar, já se pode comemorar o título. O juiz autoriza a cobrança, ele ganhara distância e agora vem correndo, cobra do lado direito do gol, Marcos vai para o esquerdo, só que a bola vai para fora, passando rente à trave! Enfim o Palmeiras pode dizer que tem uma Copa Libertadores da América na sua história.

Lá se vão 5 anos e parece que me lembro ainda do clima daquele jogo, de como aquela conquista mexeu comigo. Depois de passar por Vasco, Corinthians e River Plate, o Palmeiras merecia ser campeão. Foi uma competição incrível que eu jamais esquecerei. Grande Palmeiras!


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