Depois de duas eliminações ridículas diante de times pequenos, o técnico Jair Picerni foi demitido justamente. Não digo que o seu trabalho foi ruim durante este quase um ano e meio, mas o clima já não estava mais propício para ele.
Surpreendentemente, até como um meio de responder as críticas, a equipe atuou bem contra o Santos e o Palmeiras mais uma vez goleou um adversário no Campeonato Brasileiro. Foi um ótimo resultado para evitar uma possível crise mais acentuada.
E assim deve ser mesmo. O Palmeiras perdeu para o Santo André, mas o mundo não acabou. A equipe está numa boa colocação no Nacional e, quem sabe, o título não possa vir.
E como a vida continua, esta agora deve ser comandada por um azarão, o ex-técnico da Ponte Preta, Estevam Soares. Estevam é um técnico que vinha fazendo um bom trabalho em Campinas, ganhou alguns títulos em times pequenos do Brasil, mas não tem experiência alguma em grandes equipes. Disse ele que acaba de realizar um antigo sonho, o de treinar um time grande da capital paulista.
Mas não é só de sonho que vive o futebol. Estevam tem que mostrar trabalho num time carente de bons jogadores e competência para uma torcida saudosa de bons resultados e grandes títulos. E isso não vai ser uma tarefa fácil para o jovem treinador. Ele vai ter que apresentar pulso firme para tomar decisões próprias e não sucumbir diante de pressões que virão da torcida, dirigentes e imprensa. A nossa esperança é de que Estevam Soares seja um bom nome para nossa equipe.
Fora isso, a venda do artilheiro Vágner Love me preocupa muito, tanto em termos de Palmeiras como em termos de Seleção Brasileira. Para o Palmeiras, a referência do time será perdida. Não vai mais haver aquele jogador que decida uma partida, que dê confiança aos outros jogadores, que tire uma jogada do nada para estimular um melhor desempenho num dia ruim.
Para a Seleção Brasileira, o que se teme é o esquecimento de um grande valor. Pensem comigo, ele jogará no CSKA da Rússia. Os brasileiros esquecerão dele e não terão mais contato com este jogador. Possivelmente, ele ficará rodando por times pequenos da Europa, ganhando os seus dólares e não tendo a chance de defender a Seleção Brasileira. Ficará esquecido. A única solução para o Vágner é chegar lá e arrasar os russos, algo difícil de acontecer, devido às dificuldades de adaptação de brasileiros em países desconhecidos, principalmente pelo clima, culinária e cultura destes. Que ele tenha sorte na Rússia.
As especulações sobre as vendas de Magrão e Pedrinho também preocupam. A nossa expectativa é de que não ocorra um desmanche.
Basicamente, é esta a rotina do nosso Palmeiras. Torcemos por um bom desempenho no decorrer do Brasileirão e paremos de pegar no pé do Marcos que é um excelente goleiro e não merece sofrer essas críticas injustas que estão caindo sobre ele.
