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Na média, quase tudo igual

Na minha última dissertação, "Vencer e torcer", eu apresentei uma receita para que o Palmeiras conseguisse reconquistar a liderança do Campeonato Brasileiro.

A receita era a seguinte: o Palmeiras deveria vencer as próximas partidas e torcer para que o Santos não mantivesse a ótima seqüência de 7 vitórias consecutivas que apresentara até aquela rodada. A minha preocupação consistia numa disparada na pontuação da equipe santista se esta continuasse naquele ritmo acelerado de vitórias.

Pois bem, meu prazo de uma semana de uma coluna para outra venceu e agora me sinto na obrigação de analisar se a minha proposta foi ou não cumprida.

Na rodada de sábado (17/7), o Palmeiras não fez mais do que obrigação ao vencer a equipe do Grêmio, que faz uma péssima campanha novamente e estava naquele momento ocupando a zona de rebaixamento. O Palmeiras então reassumiu a liderança, beneficiado pela derrota do Santos diante do Fluminense. Um ótimo dia para a nação alviverde, pois além de reassumir a liderança, o Palmeiras abrira dois pontos de vantagem para o Santos e, possivelmente, minha "receita" funcionaria perfeitamente e ainda teria uma certa dose de glorificação adicionada.

Mas, como nada é perfeito, veio a rodada seguinte e agora os papéis inverteram-se. O Palmeiras joga fora de casa contra o Paysandu e o Santos atua em seus domínios diante do decadente Criciúma. Nós poderíamos supor duas vitórias das equipes paulistas, até fáceis, considerando que o Paysandu estava na zona de rebaixamento e o Criciúma em pleno declínio na tabela de classificação.

Entretanto, metade dessa lógica foi cumprida. O Santos fez seu dever, vencendo bem por 5 a 2. O Palmeiras, em uma falha de marcação numa cobrança de escanteio, levou um gol "bobo" e perdeu em Belém por 1 a 0, tirando o Paysandu da zona de rebaixamento e a liderança de si mesmo.

Ou seja, ao final de duas rodadas, uma vitória e uma derrota para cada lado e os dois times continuam na mesma situação de outrora, quando escrevi minha última coluna, com o Santos na primeira colocação (31 pontos) e o Palmeiras em segundo (30 pontos). A diferença é que o campeonato embolou outra vez entre os líderes.

Nós estamos em segundo com 30 pontos, tendo apenas 3 pontos de vantagem para o Cruzeiro, que é o 10° colocado. Felizmente, entre os 10 primeiros (Santos, Palmeiras, Ponte Preta, Goiás, São Paulo, Figueirense, Atlético-PR, Internacional, Juventude e Cruzeiro), apenas duas equipes ainda não se confrontaram conosco neste primeiro turno: Goiás e Figueirense, evitando confrontos de seis pontos neste momento.

Mas, se a intenção dos palmeirenses é continuar entre os primeiros, a equipe deve jogar com mais autoridade e dois atacantes. Se o momento é bom, devemos aproveitá-lo e não ter medo de jogar para ganhar. No ataque, somente Kahê jogando não é uma boa alternativa, visto que ele não é um jogador consagrado e a responsabilidade pode pesar muito se ele não estiver preparado, causando queda em seu rendimento.

Quanto à contratação de Renaldo, creio que seria muito mais econômico e útil para o time se a diretoria se esforçasse em tentar manter Vágner no Brasil. Não digo que Renaldo não se encaixará no esquema palmeirense, mas o Vágner era uma referência, já estava entrosado e tinha a confiança da torcida. Infelizmente, a nossa realidade diz que alguns dólares podem acabar com todo este benefício.


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