PALAVRAS DOS MESTRES DA SAÚDE
Acção
Tóxica da Medicina - Dr. Patrick Veret
Extraído da pág 17
da obra «A Medicina Energética». Edição de 1983. Livraria Progresso Editora
(Rua do Poço dos Negros, 3 – 1200 Lisboa).
“Em medicina, certo número de sintomas, completados
eventualmente por exames de laboratório, permitem determinar a doença.
Esta é tratada antes de mais em função dos sintomas e da
sua patologia. Mais raramente em função do equilíbrio do doente.
Deste modo, o médico encontra-se perante equações como
germes, síndromes infecciosas que pedem automaticamente uma receita em que se
prescrevem antibióticos. O diagnóstico da insónia impõe os hipnóticos, a asma
é sistematicamente tratada por broncodilatadores, por vezes até pela
cortisona de efeitos secundários induzidos, quando afinal a causa da doença
varia consoante o indivíduo afectado. Igualmente se tratará uma enxaqueca com
antálgicos e assistir-se-á aos progressos de uma acção tóxica proporcional à
respectiva eficácia. É o drama da patologia eventualmente provocada pela
banal aspirina até a drogas mais perigosas como o Optalidon.
Ora isso é desconhecer o nosso estado orgânico, que
obedece às leis que regem a vida na terra. Separar, em nome de qualquer
investigação, chamada laboratorial, o indivíduo do seu meio, e principalmente
o indivíduo de si próprio, é um erro grave.
O equilíbrio depende de uma regulação de influências
energéticas que hoje é possível pôr em evidência por detectores electrónicos.
Ao verificarmos estas relações, induzimos no plano
humano as grandes leis cósmicas.”
Agro Químicos - Dr. Maurice Mességué
Extraído das págs.
18/19 da Edição Portuguesa (1974) da obra «A Natureza Tem Razão». Livraria
Clássica Editora (Praça dos Restauradores, 17 – Lisboa).
“É o ciclo infernal. O consumo de produtos químicos na agricultura
aumenta, todos os anos, em proporções enormes, e nada está resolvido: há
sempre ervas daninhas e insectos nocivos. Além disso as terras cansam-se, tal
como nós depois de uma longa doença que nos obrigou a tomar muitos
medicamentos.
Sabemos hoje, de fonte segura, que se se parasse
bruscamente de encher os terrenos de adubos químicos para os manter, o
rendimento seria muito inferior ao que era antigamente nas mesmas condições
em terras sem adubo. Quer dizer que uma terra rica, por ser artificial, está,
na realidade, usada, porque não a deixam nunca repousar. Isto significa que é
fortificada unicamente para produzir, produzir por qualquer preço. Mas não há
a precaução de reconstituir a capital fecundidade das nossas terras.
Além disso, a utilização de produtos químicos levanta
todas as espécies de problemas de afolhamentos e alternância das colheitas. O
camponês, contra a sua vontade, deve entregar-se a cálculos difíceis. Aprende
a lei das «remanescências» e lê atentamente as explicações dadas nos prospectos.
Alguns herbicidas duram seis meses, e outros um ano ou mais. E é necessário
ter cuidado com as suas consequências em cereais diferentes. Por exemplo, é preciso esperar dois anos
para semear trigo numa zona de um campo de milho tratado com certo produto
tenaz (que ataca o trigo, mas poupa o milho).
As nossas terras não são as únicas a sofrer estes
tratamentos brutais. As nossas águas também lhes sofrem as consequências.
Arrastados pelas chuvas, os produtos químicos deitados nos campos, vão poluir
as nossas fontes, os nossos lagos e os nossos rios. Os peixes morrem aos
milhares, o gado não pode beber.
Antigamente, conhecia todas as fontes à volta de
Gavarret, todos os regatos e, criança dos campos, ia beber neles. Pegava na
água clara com a mão em concha e bebia-a deliciado. Agora, os camponeses
afastam os rebanhos e põem arame farpado à volta das fontes poluídas para
impedir os animais de se envenenarem. A água torna-se rara. A água toma-se
hostil. Nem nos arriscamos a tomar banho nos rios, onde abundam micróbios
perigosos: a tifóide, a disenteria...
As marés negras invadem as nossas praias. O ar que
respiramos não é melhor, carregado como está dos gases tóxicos dos nossos
automóveis e das nossas fábricas. Os desperdícios das nossas «manipulações»
tornam-se uma preocupação permanente. Ficamos soterrados pelos resíduos.
Quantos crimes são cometidos para nos desembaraçarmos
dos detritos: desde o camponês que deita fora o bidão de insecticida vazio
num rio e o polui completamente, até à fábrica que deita fora as escórias e
envenena os vizinhos.
Raramente decoro números com muitos zeros, porque me
impressionam demasiadamente. No entanto, lembro-me das palavras alarmantes de
um dos meus amigos, o doutor Pasquini, actualmente, presidente da Câmara de Ile-Rousse.
Foi em 1964, e era, então, vice-presidente da Assembleia Nacional. – Votámos
as primeiras leis contra a poluição, disse-me ele. E fizemos na altura
cálculos para determinar a quantidade de detritos deitados nos rios de
França. Maurice, tens ideia desses números?
- Não tenho a mínima ideia.
- Ora bem, representam cerca de seis milhões de
toneladas, ou seja, o equivalente a dez mil comboios de mercadorias.
Fiquei consternado. Imaginava os dez mil comboios a
vomitar as porcarias nos nossos rios, os belos rios cujo percurso aprendemos
orgulhosamente na escola, e que nos tinham ensinado a respeitar.”
Alimentos - George Ohsawa
Extraído da pág. 7
da edição portuguesa (1975) da obra «Guia para o Dia-a-Dia Macrobiótico».
Edições «Zénite» (Rua de Diu, 15 – Caxias – Portugal).
“Os alimentos e os fenómenos da vida estão intimamente
ligados: onde não há alimentos não há vida fenomenal. O crescimento, o
tamanho, a força, a sabedoria, a ignorância, as ideias, as atitudes, as
actividades, a ascensão e queda de uma raça ou de uma nação – tudo é
afectado. Estão dependentes, determinados e controlados pelo que comemos e
bebemos.”
“O amor e o casamento, os fundamentos da vida social, não
são excepções a esta regra. Os impulsos mais intensos das nossas vidas são o
sexual e a fome. Discute-se qual o mais importante. Mesmo aqueles que
conseguem desligar-se do impulso sexual, continuam a sentir fome. Esta a
grande motivação humana. Se não comemos durante algum tempo, morremos. A sua
influência profunda sente-se enquanto vivemos. Quem quiser conhecer toda a
força da sua fome terá apenas de jejuar durante alguns dias. Não quero
menosprezar a intensidade do desejo sexual; a história atesta a sua força.
Tem desgraçado heróis e levado imperadores ao nível do homem comum. E deu
origem ao ditado: «Por detrás de qualquer crime está uma mulher...»”.
Base da Filosofia Naturista - Dr.
Eduardo Alfonso
Traduzido da pág. 17
da Octava Edicion (1987) da obra «Curso de Medicina Natural... ». Editorial
Kier. S.A. (Av. Santa fé 1260 – 1059 Buenos Aires – Argentina).
“A filosofia, que etimologicamente é amor à sabedoria,
praticamente é inteligência em acção e transcendentalmente é um instrumento
para deduzir as potências do nosso espírito, é indispensável para levantar o
edifício de toda a ciência.
A filosofia naturista leva implícita uma ideia de
evolução ou progresso, tanto na ordem física como na intelectual, como na
espiritual. Toda a ideia ou acto no sentido de retrocesso não é naturista. O
selvajismo, o primitivismo, que indubitavelmente supõem vantagens de ordem
higiénico natural, poderão ser naturalismo mas não naturismo.
O naturista reconhece que a primeira das leis naturais é
a de evolução, pela que tudo o existente tende a adquirir graus superiores de
perfeição.
A Natureza está regida por leis
O estudo da Natureza demonstra-nos que existe uma ordem
natural regida por leis, que o homem vai descobrindo pelo exame e comparação
dos factos. Esta ordem natural realiza-se pela harmonia, que é a adequada
relação entre as partes e o todo. Por isso à Natureza no seu conjunto se
chama uni-verso, ou seja a realização do uno no vário.”
Ciência Natural e Convencional - Dr. Manuel Lezaeta Acharan
Extraído da pág.
15 da 5ª. Edição Portuguesa (da 13ª. Publicada no Chile), da obra «A Medicina
Natural ao Alcance de Todos». Nova Editorial Natura (Rua Antero de Quental,
35, 1º. – Dt.º. Lisboa).
“Definamos:
Ciência é o conhecimento certo das coisas pelas suas causas. No caminho do
progresso, que é Saúde, existem três etapas: 1ª. – conhecer a verdade; 2ª. –
compreendê-la; e 3ª. – realizá-la.
Para chegar à meta gloriosa da Saúde é mister o
conhecimento das Leis Naturais, compreensão das mesmas e prática adequada
dessas mesmas Leis que a nossa vida artificial colocou em último lugar.
A Sabedoria está na Natureza e não no Laboratório.
Para ser sábio de verdade, é preciso observar a obra do
Criador – ou seja a Natureza –; praticar as suas Leis imutáveis e adquirir a
suficiente experiência pessoal.
O Laboratório, a sua observação, prática e experiência
só formam sabedoria convencional, sábios de Laboratório, que jamais possuirão
a ciência que faz a felicidade dos irracionais, que vivem com Saúde sem outro
guia que não seja o seu próprio instinto.
A Saúde vale mais do que a vida porque esta sem aquela
não vale a pena vivê-la.”
Doença
Não É Entidade - Yogue Ramacháraca
Extraído das págs. 20/21 da obra «Hata Yoga
ou Filosofia Yogue do Bem-Estar Físico». Brasília Editora. Porto.
“Muitas pessoas cometem o erro de considerar a doença
como uma entidade – uma coisa real – uma antagonista da Saúde. Isto não é
correcto. A Saúde é o estado natural do homem, e a doença é simplesmente a
ausência da saúde. Se uma pessoa cumprisse algumas dessas leis, não podia
adoecer.
Quando se violam algumas dessas leis, resultam condições
anormais e manifestam-se certos sintomas, a que damos o nome de alguma
doença. Aquilo que chamamos doença é simplesmente o resultado da tentativa da
Natureza para expulsar ou desalojar a condição anormal e reassumir o estado
normal.
Somos muito propensos a falar e considerar a doença como
uma entidade. Dizemos que «ela» nos ataca – que «ela» se localiza num órgão –
que «ela» segue o seu curso – que «ela» é muito maligna – que «ela» é
desagradável – que «ela» é persistente e resiste a todos os tratamentos – que
«ela» cede facilmente, etc., etc. Falamos dela como se fosse uma entidade
possuidora de carácter, disposição e qualidades vitais. Considerámo-la como
alguma coisa que toma posse de nós e usa o seu poder para nos destruir.
Falamos dela como o faríamos de um lobo no rebanho – uma raposa no galinheiro
– um rato no celeiro – e tratamos de destrui-la como se fosse um dos
mencionados animais. Tratamos de matá-lo, ou, pelo menos, de espantá-lo.
A Natureza não é volúvel nem indigna de confiança. A
vida manifesta-se no corpo em consequência de bem estabelecidas leis e
prossegue o seu caminho, lentamente, elevando-se até atingir o seu zénite,
declinando depois, gradualmente, até que chega para o corpo a hora de ser
lançado fora como um velho e bem gasto trajo, quando a alma continua na sua
missão de mais amplo desenvolvimento.
A Natureza jamais procura fazer com que o homem abandone
o seu corpo, enquanto não alcança uma idade madura...”
Incurável
- Dr. Manuel Lezaeta Acharán
Págs. 92/93 de «A Íris Revela a Sua Saúde».
Hemus Editora Limitada (01510 Rua da Glória 312 Liberdade - Caixa Postal 9686
– São Paulo – SP Brasil)
“A medicina moderna limita-se a apresentar
periodicamente ao público descobrimentos que devem curar doenças que não
foram suprimidas pelos procedimentos (médicos) anteriores, também anunciados
como salvadores, mas fracassados. Mas o êxito dura o tempo que este mesmo
público demora para se dar conta de sua ineficácia e perigo e, prevendo isto,
o laboratório prepara o próximo produto que deverá ser apresentado como a
última palavra da ciência. O enfermo o comprará como o supremo esforço do
sábio para livrá-lo de seus males, sempre originados por sua vida de erros e
vícios.
A palavra "incurável" é a última justificativa
dada pelo médico para o fracasso de seus procedimentos curativos na luta
contra as leis que regem a saúde e a vida do homem.
O cancro, por exemplo, que para a medicina medicamentosa
é incurável, é curado em muitos casos pela medicina natural. Sendo assim,
contrariamente ao que acontece com os médicos, que andam às apalpadelas nas
suas investigações e procedimentos, aquele que conhece e compreende a
medicina natural tem a convicção absoluta da eficácia de seu sistema, através
do qual se podem curar todas as doenças, ainda que nem sempre todos os
enfermos, porque há casos em que o organismo enfermo perdeu todo o poder de
reacção, o que é mais frequente quando foi envenenado com drogas, injecções e
vacinas, ou sofreu mutilações cirúrgicas...”.
Máquina – Homem - D. Nicolici
Extraído das págs. 7/8 da 8.ª edição da obra
«Ciência da Saúde e Boa Alimentação». Editora Missionária “A Verdade
Presente” (Rua Tobias Barreto, 809 – São Paulo – Brasil).
“Admitamos, por um momento, a hipótese de termos à nossa
frente, pela primeira vez, uma das mais complicadas máquinas hoje existentes.
Contemplamo-la de todos os lados. Rodeamo-la e tornamos a rodeá-la para
apreciar a sua complicada estrutura. Gostaríamos, então, de vê-la em funcionamento. O
seu operador a põe a trabalhar. Admiramos a sua habilidade. "Deve
conhecê-la muito bem", dizemos. Mas que podemos dizer do génio ideador e
construtor da máquina? Admirados, exclamamos: "Que cérebro deve ter tido
aquele que a inventou!"
Em palestra com o dono da máquina, ouvimos que ele não a
entrega nas mãos de um indivíduo qualquer, de medo que a estrague. Diz-nos
que o encarregado da máquina sabe lidar muito bem com ela, zelando
continuamente pela sua conservação. Alega que disto depende a sua
durabilidade.
Contemplemos, agora, outra máquina, bem mais complexa: O
homem. Que é o homem? É, em primeiro lugar, um ser racional (...).
O corpo humano é uma máquina viva, ao mesmo tempo
complexa e maravilhosa. A engenharia médica é incapaz de construir outra
igual (...). “...procura entender dos defeitos que geralmente apresenta, e dos
consertos requeridos. E isto não é
fácil tarefa. A medicina é, sem dúvida, uma nobre ciência. É mediante a mesma
que contemplamos o funcionamento deste complicadíssimo maquinismo e nos
enchemos de admiração. Enchemo-nos
também de profunda reverência pela infinita sabedoria e poder do Construtor
desta máquina.
E podemos ter a certeza de que Ele é zeloso pela boa
conservação daquilo que saiu das Suas mãos.
Desagrada-lhe ver o corpo humano negligenciado, maltratado ou
destruído. Por isso o homem não foi deixado em ignorância relativamente às
leis que governam seu bem-estar. (...).”
Nova Era - Greg Brodsky
Extraído da pág. 21 da 4.ª edição da obra
«Do Jardim do Éden à Era de Aquário».Editora Ground Lt.ª (Rua França Pinto,
836 – Cep 04016 – Caixa Postal 45329 -- 01000 – V. Mariana – São Paulo – SP.
– Brasil).
“Hoje em dia alcançamos a Lua e realizamos viagens
espaciais, arrastando milhares de anos de sacrifício e de guerras entre
homens. A luta humana tem sido a maneira de estabelecer o mundo cientifico que
chamamos de nosso mundo. Para realizar esta meta, perdemos a espiritualidade,
que um dia fez de nós verdadeiros deuses. Quando a meta estiver sendo
atingida, seremos capazes de voltar imediatamente aos nossos verdadeiros eus,
nossas verdadeiras naturezas de pessoas livres. Agora devemos encontrar nossa
espiritualidade. As religiões e todas as filosofias do mundo guardam o
segredo da responsabilidade de nossos antepassados semelhantes a Deus. Buda,
Jesus Cristo, Lao-Tsé, Maomé, Moisés – todos foram defensores do segredo.
Todos eles conheceram a verdade que existia no homem. Todos eles mantiveram
viva a chama mas não poderiam quebrar o segredo e anunciá-lo abertamente ao
mundo.”
“A chave do segredo ainda não foi exposta. Quando for,
todos os "deuses" antigos do mundo se manifestarão novamente e
agradecerão a raça humana pela obra que realizaram. Quando a espécie humana
retornar a espiritualidade, começará a nova era. Ela já está acontecendo por
toda parte no mundo quando grupos de jovens rejeitam os valores do passado e
pesquisam desesperadamente em busca de alguma coisa com que substituí-los. Já
começou a nos tocar a todos a compreensão de que todos os ensinamentos, todos
os padrões, todos os valores da segunda idade estão para perecer logo, se
podemos apenas ouvir nossos corações. A nova idade virá corno uma ocorrência
natural, sem a necessidade de revolução violenta e sem rebelião. Ela terá
lugar exactamente como uma maçã cai ao chão quando está madura, dando suas
sementes origens a uma nova vida....”
O Homem Ontem e Hoje - Dr. J. Ferraz
Extraído das págs. 15/16 da 4.ª edição
(1982) da obra «Profilaxia das Doenças, Saúde e Longevidade Pelos Meios
Naturais». Edição de SANA – Centro de Higiene e Profilaxia (Felgueira –
Mortágua - Portugal).
“O homem que hoje habita a Terra não é aquele homem que
apareceu pela primeira vez no nosso planeta. A pureza e a perfeição do
primeiro e o desvirtuamento e a conspurcação do homem de hoje, assinalam dois
extremos de um oceano, de águas inquinadas e poluídas, de entulhos cheias, de
dejectos saturadas, de lixo misturado com as vagas, em completa desordem e
revolução. O mundo, é hoje um pandemónio horrendo num palco que precisa de
ser destruído e reconstruído, que precisa de ser aniquilado e substituído.”
“O Mundo já passou por diversas destruições depois da
sua criação. Várias gerações passaram por cima da Terra e a Humanidade sempre
tem começado na perfeição e pureza e acabado no auge do ódio, da guerra, do
vício e da doença.”
“Cada homem tem contas a prestar pelo caminho errado que
escolheu. O ideal de cada um seria realizar-se o mais possível, desde o uso
da razão à sua morte, reabilitar-se completamente. Só assim o homem poderia
evoluir e chegar a ser o homem que o mundo deseja.”
“As nações gritam pela paz, clamam contra a guerra,
celebram contratos, assinam acordos, e trocam mensagens, perdendo tempo em
tentativas que não podem resultar, buscando remédio para uma doença que não
se cura por esse processo. Enquanto houver guerra em cada coração não é
possível haver paz no mundo. Enquanto o ódio ferver em cada peito, enquanto
as vinganças se acenderem em cada espírito, a paz não é possível entre a
Humanidade.”
“É inegável que o materialismo e o orgulho são as
principais causas do desentendimento humano”.
O Monstro
- Michio Kushi
Extraído das págs. 15/16 da edição
portuguesa (1977) da obra «Saúde e Felicidade Pela Macrobiótica». Edições
Cosmogénese (Rua de Diu, 15 – Caxias – Portugal).
“A ciência moderna é amplamente limitada por conceitos
muito discutíveis de espaço e tempo. A nossa civilização limita-nos, mete-nos
em gaiolas que se tornam maiores e cada vez mais fortes. São gaiolas feitas
de espaço e de tempo e chegamos ao ponto em que a variedade de gaiolas é tal
que todos se tornam praticamente em escravos, todos estão apanhados na
ratoeira de uma ou de outra forma.”
“Muitos povos primitivos entendiam o Universo melhor do
que nós, e viviam sem estas gaiolas, para além do espaço e do tempo. Algumas culturas
não separavam o sonho da realidade; se «se vissem a casar com uma moça num
sonho iriam imediatamente procurar a moça para lhe pedir a mão». Isto é uma
visão monística; a nossa é dualística e separou-nos em fragmentos que
procuramos unificar num todo compreensivo.”
“Os perigos e as ameaças da nossa civilização moderna
não se limitam aos seres humanos, mas incluem os seus produtos, enquanto
aqueles não deixarem de ser arrogantes. Muitos destes produtos, incluindo
remédios, antibióticos, drogas (incluindo o LSD), vitaminas, bombas e leis
tentam mais ou menos, destruir-nos ou encarcerar-nos. As indústrias
farmacêutica, alimentar e açucareira estão a degenerar milhões de pessoas
todos os anos e assim continuarão enquanto os seus produtos continuarem a ser
cegamente consumidos. Estas ameaças, contudo, não devem ser rejeitadas nem
contra elas devemos protestar; devem ser justamente apreciadas. Para as entender, é necessário que o nosso
julgamento esteja aberto. De facto, essas indústrias têm uma função específica
– eliminar os fracos, que desconhecem Deus, a Justiça, a Ordem do Universo.
Elas podem prosperar, por enquanto, para que todos possam ser
experimentados”.
“Nas cortes medievais existiam anões, bufões e bobos que
eram deformados desde crianças para poderem servir de entretém aos reis e
senhores. E como a procura era grande, os mercadores raptavam crianças, ou
compravam-nas aos camponeses pobres, metiam-nas em pesadas gaiolas de ferro,
enfiando-lhes as cabeças em elmos, etc., para que assim crescessem
anormalmente. Alguns teriam o tronco de criança e as pernas crescidas
normalmente; outros, pequenas cabeças destorcidas e pernas arqueadas. Isto é
tal e qual o que hoje está a acontecer. Os instrumentos são diferentes: em
vez de gaiolas de ferro temos o açúcar, a educação e a lei. Todo o indivíduo
é transformado em monstro por estes engenhos, todos têm medo, todos
desconfiam e todos têm inimizades.”
O Que é o Cancro? - Dr. J. Ferraz
Extraído das págs. 7/8 de «O Papel do
Sistema Nervoso na Patogenia do Cancro».Edição de SANA – Centro de Profilaxia
e Higiene. Felgueira – 3450 Mortágua
“É uma enfermidade maligna das células que atinge todas
as raças humanas, os animais e as plantas. É afecção mais própria do homem
civilizado, desconhecida no homem primitivo que vive de harmonia com as Leis
da Natureza e com o equilíbrio biológico.
Caracteriza-se pela reprodução desordenada e anárquica
das células cujos excrementos podem entrar no sangue e serem transportados a
tecidos vizinhos ou distantes e formar metástases, através da rede linfática.
As células doentes reproduzem-se e geram novas células
também doentes. A reprodução de células doentes prolifera. Umas morrem e
formam necroses e outras vão-se reproduzindo doentes formando neoplasias.
As excreções das células doentes fazem formar
hiperplasias e tumores. Nelas, a circulação sanguínea é deficiente e a
depuração ou eliminação das necroses e dos dejectos celulares é dificultada.
Segundo a Medicina Alopática, existem mais de duzentas
naturezas de cancro de causas diversas.
A leucemia é a doença maligna não tumoral desenvolvida
nas células sanguíneas, sendo a doença maligna do sistema hematopoiético.
O cancro tem diversas classificações, segundo a Ciência
Anatomo-Patológica e segundo se desenvolve nos tecidos epiteliais,
conjuntivos ou sangue se classificam de carcinomas, sarcomas e leucemias.
Os tecidos epiteliais encontram-se a revestir as mucosas
(estômago, intestinos, pele, etc.).
Os. tecidos conjuntivos encontram-se em todo o organismo
animal: ossos, cartilagens, nas paredes dos órgãos em geral, etc.
A leucemia é desenvolvida no sangue e afecta o sistema
linfático.
Há ainda o mixoma que, segundo a Medicina Alopática, é
histologicamente benigno mas clinicamente maligno. Não faz metástases mas
recidiva e ao fim de algum tempo, se não for devidamente tratado, acaba por
pôr termo à vida do doente.
O cancro pode demorar muitos anos a revelar-se ou pode
manifestar-se rapidamente, consoante a vitalidade e a resistência das células
de cada indivíduo. Mas, o factor principal que colabora neste tempo é o
comportamento do sistema nervoso do indivíduo.
(...) Muitas
pessoas que nunca tiveram sintomas, foram submetidos a exames e os resultados
foram positivos.
O cancro desenvolve-se rapidamente nuns casos e mais
lentamente noutros. Geralmente, desenvolve-se nos organismos jovens mais
rapidamente.
Antes de se manifestar a doença maligna, o doente sofre
duma afecção benigna, geralmente crónica, que muitas vezes se desenvolve sem
sintomatologia.
O cancro do estômago segue-se geralmente à úlcera; o
cancro do intestino é, geralmente, precedido de colite ulcerosa, etc.
Muitos cancros formam-se em organismos que sofreram
daquelas e outras enfermidades benignas, tratadas e curadas, em que os
pacientes continuaram a transgredir as Leis biológicas e as Leis da
Natureza...”
O Que
É...? - Michio Kushi
Extraído das págs. 5/6 da obra «O
Diagnóstico e a Cura das Principais Doenças, Segundo a Medicina Oriental». A obra
corresponde à tradução de um seminário dado em Boston – USA., em Outubro de
1972. Editado em 1976 pelas Edições «Cosmogénese» (Rua de Diu, 15 – Caxias –
Portugal).
“Existem cerca de 5 000 doenças. Não as temos de estudar
todas, nem mesmo a 150. É muito mais simples.
Tudo o que tereis de fazer é aplicar o que compreendeis acerca das
doenças principais.”
“Tentai responder a estas questões....:”
1.
O que é a saúde?;
2.
que é a doença?;
3.
que é a cura?;
4.
que é a vida?;
5.
que é a morte ?.
“A definição que os médicos dão de cura hoje em dia é a
seguinte: se não ocorrem sintomas num período de 5 anos, o paciente está
curado. E se ocorrerem no 6.º ano?
“No fundo, todas estas perguntas se resumem numa só!
Tentai responder tão simplesmente quanto possível por vossas próprias
palavras. Usai 3 linhas no máximo.”
“Um agente de seguros visitou Michio. Michio conseguiu
as seguintes Informações: Acontecem 250000 acidentes de viação por ano. 50000
morrem com acidentes. 40 % destes acontecem em casa.
O corpo é rígido e o discernimento ensombrado.”
“Cancro. 1 em cada 4 contrai cancro. Agora, torna-se
epidémico. 1 em cada 3 segundo os números mais recentes. Não existe cura
descoberta. Não há entendimento do que é o cancro. 10 Milhões de casos de
doença do coração. 10 Milhões de casos suspeitos. 97 % dos adultos apresentam
sintomas de artrite ou reumatismo. Apesar da ciência médica parecer
desenvolver-se, nada sabemos da saúde, da doença, da cura.”
“No tempo de Moisés, fala-se na Bíblia, da lepra. Era Incurável.
Ainda hoje a sua cura é difícil. O mesmo sucede com a constipação. Muita
gente se constipa duas vezes por ano. Isso significa 400 milhões de
constipações nos USA. Não se entende a constipação nem como curá-la. Existem
vários tipos de doenças infecciosas, degenerativas, psicológicas, espirituais
e sociais, tal como a guerra.”
“Não sabemos o que é a constipação, o cancro, a doença
mental. Não sabemos o que é a saúde, a doença, a vida, a morte. Presumimos
ser uma civilização desenvolvida. Há aqui uma falácia. Durante 3.000 anos,
tentamos várias respostas de acordo com a ciência. Até aqui, tudo em vão. As mesmas perguntas
permanecem sem respostas. A ciência médica apenas elimina sintomas. O cancro
surge no estômago. Tiram parte do estômago e pensam ter curado o cancro. Não
está. O mesmo no caso da febre amarela e das doenças infecciosas. O mesmo no
caso das vacinas. Fazemos uma doença parecida e injectámo-la no corpo. Mas
isso não é uma cura. É apenas induzir um caso pouco grave de febre amarela.
Na totalidade permanecemos ignorantes do que é a saúde. Estamos na idade da
ignorância. Temos de mudar de rumo. 3/4.000 anos neste curso prova-nos que
não encontramos solução. Devemos mudar totalmente de orientação e pensamento,
o nosso entendimento do homem e da vida. Ir para a universidade para aprender
psicologia e medicina é totalmente obsoleto.”
“Uma vez aprendidos os princípios da doença e de como
curá-la, espalhai esse conhecimento e ajudai outras pessoas. O vosso
entendimento é ainda conceptual a não ser que apliqueis praticamente o vosso
conhecimento. Cuidai de 300 doentes. Então tereis alcançado a graduação no
nível da doença.... Apenas tereis de cuidar de uma pessoa por dia durante 1
ano.”
O Que Vem a Ser a Saúde? - Dr. Manuel Lezaeta Acharán
Extraído das págs. 11/12 da obra «A Íris
Revela Sua Saúde – Iridologia». Hemus Editora Limitada (01510 Rua da Glória
312 Liberdade - Caixa Postal 9686 –
São Paulo – SP Brasil).
“Os avanços ostentados, entre nós, pelo fanatismo
médico, estimulados pelos crescentes interesses que prosperam à sombra da
enfermidade, fazem necessário esclarecer as pessoas sobre o que vem a ser a
saúde.”
“A ignorância do público nesta matéria constitui o campo
fértil em que prospera o charlatanismo pseudo–científico e, à medida que este
avança, retrocede a saúde pública. Jamais serão expoentes do progresso de um
povo o desenvolvimento e a prosperidade de seus hospitais, asilos,
manicómios, policlínicas e demais estabelecimentos em que se abriga a miséria
da enfermidade e onde naufraga o vigor da raça.”
“O estado de saúde é comum e ordinário entre os
irracionais que vivem em liberdade, porque seu instinto os guia a submeter
seus actos a lei natural; mas no homem o instinto está quase totalmente
substituído por sua razão ou senso comum, e como desgraçadamente são muito
poucas as pessoas que fazem uso desta faculdade divina, temos o ser humano
praticamente desarmado, que por isto vive em permanente enfermidade crónica.”
“Desde pequeno o homem vai à escola para aprender coisas
diversas, mas não se lhe ensina a pensar por si mesmo, quando este
ensinamento deveria ser a base de toda instrução, bastando só esta para
preparar o indivíduo para lutar com êxito na vida.”
“Conhecimento sem lógica não é ciência; por isto o que
não se pode explicar logicamente em medicina, longe de constituir uma verdade
cientifica, é apenas uma falácia.”
“Para resolver o problema da própria saúde é mister,
pois, pensar e discernir por si mesmo e não se abandonar nas mãos de
estranhos, exceptuando os casos em que a lógica nos convença dos
procedimentos que nos são aconselhados.”
“A verdadeira ciência não se esconde nos laboratórios,
nem se capta através dos aparelhos, nem se aprende nos livros e muito menos
nos cadáveres; ela vive e palpita na natureza, e se adquire pela observação
dos fenómenos naturais e pela própria experiência.”
“Só a razão, livre de preconceitos, longe dos dogmas e
em rebeldia contra as assim chamadas autoridades, é capaz de fazer progredir
as ciências.”
O
Universo Humano - Dr. Alexis Carrel
Extraído das págs. 246/247 da obra «O Homem
Esse Desconhecido». N.º 246 da Colecção Estudos e Documentos. Publicações
Europa-América (Apartado 8 – 2726 Mem Martins Codex – Portugal).
“A restauração do homem na harmonia das suas actividades
fisiológicas e mentais mudará o universo. Na verdade, o universo muda de
rosto de acordo com o estado do nosso corpo. Não devemos esquecer que ele é
apenas a resposta do sistema nervoso, dos órgãos sensoriais e da técnica a
uma realidade exterior que nos é desconhecida e que provavelmente não poderá
ser descoberta. E que todos os nossos estados de consciência, todos os nossos
sonhos, tanto dos matemáticos como dos apaixonados, são igualmente
verdadeiros. As ondas electromagn6ticas que exprimem um pôr do Sol não são
mais objectivas para o físico do que as brilhantes cores apreendidas por um
pintor. O sentimento estético gerado por estas cores e a medida do
comprimento das ondas que as compõem são dois aspectos de nós mesmos e têm o
mesmo direito de existir. A alegria e a dor são tão importantes como os
planetas e os sóis. Mas o mundo de Dante, de Emerson, de Bergson ou de Hale é
mais vasto do que o do Sr. Babitt. As dimensões do universo crescerão
necessariamente com a força das nossas actividades orgânicas e mentais.
Devemos libertar o homem do cosmo criado pelo génio dos
físicos e dos astrónomos, desse cosmo no qual se encontra encarcerado desde o
Renascimento. Apesar da sua beleza e grandeza, o mundo da matéria inerte é demasiado
estreito para ele. Tal como o nosso meio económico e social não foi feito à
nossa medida. Não podemos aderir ao dogma da sua realidade exclusiva. Sabemos
que não estamos totalmente confinados a este cosmo, que nos estendemos por
outras dimensões que ultrapassam o continuum físico. O homem é
simultaneamente um objecto material, um ser vivo, um núcleo de actividades
mentais. A sua presença na imensidade morta dos espaços interstelares é
totalmente desprezível. Contudo, está longe de representar um perigo neste
prodigioso reino da matéria. O seu espirito move‑se facilmente com a
ajuda das abstracções matemáticas. Mas prefere contemplar a superfície da
Terra, as montanhas, os rios, o oceano. É feito à medida das árvores, das
plantas e dos animais. Sente‑se feliz na sua companhia. Está ainda mais
intimamente ligado às obras de arte, aos monumentos, às maravilhas mecânicas
da cidade nova, ao pequeno grupo de amigos, aqueles que ama. Estende‑se,
para lá do espaço e do tempo, por outro mundo. E neste mundo, que é ele
próprio, pode, se assim o desejar, percorrer os diversos ciclos infinitos. O
ciclo da Beleza, contemplado pelos cientistas, os artistas e os poetas. O
ciclo do Amor, inspirador do sacrifício, do heroísmo, da renúncia. O ciclo da
Graça, suprema recompensa daqueles que procuraram apaixonadamente o principio
de todas as coisas. É este o nosso universo.”
Quem Fez a Vida - Dr. Romolo Mantovani
Extraído da pág. 14 da 3ª. Edição Portuguesa
(1974) da obra «A Arte de Se Curar a Si Próprio». Nova Editorial Natura (Rua
Antero de Quental, 35, 1º. – Dt.º. Lisboa).
“Ninguém pode pôr em dúvida a existência do Mundo, nem a
de um firmamento cheio de uma infinidade de planetas habitados, visto que a
Ciência, com todas as suas possibilidades, ainda não conseguiu delimitá-lo.
Ora, não é possível admitir que toda esta Vida Infinita
seja obra do acaso. Não seria científico. Se a Criação existe, é porque há um
Criador e que essa Criação tem uma profunda razão de ser.
Somos obrigados a verificar que a noção de Deus é inata
no Homem, mas este, em vez de deixar desabrochar essa ideia que está no mais
profundo de si próprio, abafou-a, limitou-a à sua compreensão humana,
limitando-se à interpretação que lhe dão os outros homens.
É esta a causa espiritual de onde partem todos os males
da Humanidade...”.
Quem
São os Nudistas? - Dr. J. Lyon de Castro
Parágrafo extraído da pág. 43 da 2ª. Edição
da obra «Naturologia». Publicações Europa-América (Apartado 8 – 2726 Mem
Martins Codex – Portugal).
“Antes de mais direi que os banhos de sol, os exercícios
ao ar livre, etc., não necessitam, para serem eficientes, da nudez completa.
A prática nudista nada tem a ver com a higiene naturológica ensinada antes e
depois de Carton. Os grandes mestres do naturismo não só não eram nudistas
como eram antinudistas. O calção cobrindo as partes sexuais no homem e na
mulher, nesta incluindo o biquini, estão como símbolo do pudor, da dignidade
do indivíduo, da família e do respeito social pelas convenções da sociedade.”
Quem Tem Saúde? - Louis Kuhne
Extraído da pág. 8 da obra «Cura pela Água –
A Nova Ciência de Curar». Editado em 1977 pela Hemus – Livraria Editora
Ltd.ª (01510 Rua da Glória, 312
Liberdade – Caixa Postal 9686 – São Paulo – SP Brasil).
“A pergunta fundamental que desde já tenho que examinar
e na qual repousa todo o método curativo é a seguinte:
"Que corpo goza de saúde e qual não?" As
opiniões correntes são muito distintas. Quem ainda não fez a experiência? Há
quem pretenda estar completamente são, mas sente algumas dores reumáticas;
outro alega sofrer de neurose e que, quanto ao mais, é a saúde personificada,
como se o corpo fosse composto de secções estanques, separadas, completamente
independentes umas das outras e apenas em relação mútua. Estranho que esta opinião
seja apoiada pelo método costumeiro de cura, dado que este último opera com
frequência somente em órgãos separados e, às vezes, leva em consideração
apenas os órgãos imediatos. Não obstante tudo isto, é evidente que o corpo
inteiro constitui um conjunto uniforme cujas partes se acham constantemente
em relação reciproca, de modo que o mal-estar de uma parte deve influir sobre
as outras partes. Que é isto o que na realidade se passa, é um fato que
podemos observar todos os dias. Se sentirem dores de dentes, não conseguirão
trabalhar e não terão vontade de comer nem de beber. Uma farpa no dedo
pequeno produz um efeito semelhante; um peso na região estomacal nos tira a
vontade de entregar-nos ao trabalho físico ou intelectual. No começo é
somente a influência imediata dos nervos; mas já vemos que uma perturbação
acarreta outra. Se a perturbação perdura muito, as consequências são
duradouras, sejam elas sensíveis ou não. Por esta razão, um corpo só pode
estar gozando de perfeita saúde enquanto todas as suas partes se encontrem em
estado normal, executando sem dor, sem opressão e sem esforço o trabalho a
que estão destinadas. Contudo, estas partes deverão ter, também, a forma que,
sendo prática, melhor corresponda ao nosso conceito do belo. Se a forma exterior
não é normal, será prova da existência de influências que a alteraram. Mas
são necessárias múltiplas observações para determinar as formas normais em
todos os casos, até mesmo nos pormenores; deve-se procurar sobretudo pessoas
verdadeiramente sadias, nas quais se possam estudar aquelas formas de
normalidade.
É precisamente isto o que tem sido quase impossível....”
Tabaco e Álcool - UMNHA (Universidad
Medico Naturalista Hispano–Americana)
«O álcool e o tabaco são considerados como grandes
narcóticos sociais, enquanto o público, muito simplesmente, apenas considera
perigoso o seu abuso. O naturista é muito mais severo porquanto se tratam de
venenos. Já o doutor Grasset havia indicado na sua conferência sobre o
“Alcoolismo insidioso e inconsciente”, a pendente escorregadia que conduz ao
alcoolismo sem embriaguez. Paul Duhen aprofundou a questão referida, pondo em
manifesto os transtornos latentes que se evidenciam, por meio de teste. Mas
há outros tóxicos: pode assinalar-se o horrível abuso de certos medicamentos
anti-nevrálgicos, os quais designaríamos com o termo genérico de
“aspirinomania”.
Também se pode relacionar como tóxico o ruído – um
verdadeiro veneno social para o sistema nervoso, e os tóxicos para o
espírito; e bem assim a literatura e os espectáculos de baixo nível ou mesmo
degradantes, a paixão do dinheiro, do jogo e todos os excessos de prazeres
insanos.»
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