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SISTEMAS ALIMENTARES A ALIMENTAÇÃO ARCO – IRIS, OU
DIETA DELTA DE NURIA ROIG
Como
parte da mudança de paradigma, a alimentação do Novo Milénio basear-se-á em princípios
muito diferentes dos que aprendemos nas escolas. Parte-se
da ideia de manter um são equilíbrio energético para garantir a saúde do
corpo físico. TUDO começa no "corpo de energia"
para logo, se reflectir na realidade física, nos órgãos, no funcionamento
orgânico do nosso corpo. Com
base nesta nova concepção, os alimentos são classificados em sete 7 grupos,
segundo o seu teor energético ou, mais precisamente, a sua "frequência
vibratória". Cada
grupo de alimentos nutre um conjunto de órgãos ou funções do corpo físico, e
é por isso que, para manter o corpo completamente nutrido, é necessário
ingerir uma quantidade de cada um dos sete tipos de alimentos, durante o dia.
(Ver a Tabela). Respeitando
os biorritmos do organismo, a dieta diária programa-se da seguinte maneira: Pequeno
Almoço: grupos azul e arroxeado "energia de arranque". Almoço:
grupos alaranjado, amarelo, verde e vermelho "energia de
manutenção". Jantar:
grupo branco "energia de relaxação". Nota:
É possível misturar uma pequena quantidade dos outros grupos dentro de
qualquer refeição. Por exemplo, no jantar: uma fatia de broa (grupo branco)
com um pouco de queijo (grupo vermelho). Esta Tabela
ilustra a Classificação dos Alimentos de Acordo com a sua "Frequência
Vibratória":
Nesta
tabela observamos que cada grupo alimentar está relacionado com um dos Geradores
ou Chakras, que são os centros energéticos do corpo. Cada um deles regula
certas emociones do indivíduo, pelo que uma alimentação equilibrada garante o
equilíbrio emocional da pessoa. Além disso, cada Gerador ou Chakra controla
as funções dos órgãos descritos em cada grupo, pelo que a condição energética
destes centros é fundamental para preservar a saúde do indivíduo. Atendendo aos conceitos expostos, comeremos
"sem danificar o delicado equilíbrio da vida", garantindo com isso
uma vida mais plena e cheia de saúde. O processo de envelhecimento será mais
lento, as emoções estarão mais equilibradas e a vitalidade regressará,
finalmente, aos nossos organismos. Nota Bibliográfica: Esta matéria (Alimentação arco-íris) corresponde a um
trabalho da Medicina Integral Quântica, escrito pela Dr.ª Nuria Roig Bachs
(Graduada em Química pela Universidad Simón Bolívar, e Mestrada pela Indiana
University, Bloomington, nos USA), Directora do Centro de Medicina Quântica e
Cristaloterapia KRYSALUX, em Caracas, Venezuela. O Artigo Completo,
escrito no idioma original poderá ser encontrado em: O CRUDIVORISMO
No
crudivorismo, os alimentos são comidos no estado natural, crus, sem o recurso
a conservantes, temperos, fermentações ou preparos culinários. Apesar
de se supor pouco praticada na actualidade, esta modalidade alimentar já teve
muitos adeptos, antes de cair em desuso por algum tempo, e agora está a
reaparecer. É
inquestionável que os seus seguidores se fundamentam em princípios onde é
difícil não encontrar lógica: · O homem é o único animal que cozinha os alimentos, destruindo
com isto as suas propriedades nutritivas. A quase totalidade das enzimas, que
são extraordinárias para o aparelho digestivo, perdem-se, mesmo na simples
cozedura, e a água fisiológica dos vegetais, quando não se evapora, dilui-se
demais ou é indesejavelmente transformada, deixando o alimento destituído dos
seus princípios vitalizantes. Os minerais passam do estado orgânico,
assimilável, a um estado inorgânico de difícil aproveitamento; · Sempre que ingerimos alimentos cozinhados, produz-se um
fenómeno que se designa cientificamente por leucocitose digestiva. Ao
detectar a presença de substâncias alheias à fisiologia humana, o sistema
imunológico julga-se invadido e liberta os leucócitos para as combater,
agindo como se estivéssemos no meio de uma epidemia - uma vez que a prática
errada ocorre em todas as refeições. É para tentar atenuar este inconveniente
que os dietistas aconselham o consumo de saladas em todas as refeições, pretendendo
enganar desta forma as nossas defesas naturais. · Estamos preparados para digerir e assimilar alimentos crus
(naturais); · Do ponto de vista moral, é difícil justificar o acto de matar,
quando se sabe que tal não é necessário e serve apenas para gratificar o
paladar, por breves instantes ... e em prejuízo da nossa saúde! O CONCEITO DE DIETA EQUILIBRADA
Não há
tema mais controverso no campo da dietética do que o fixar referências que se
aceitem universalmente sobre qual deve ser a dieta ideal para o ser humano.
Por um lado, cada grupo étnico tem um comportamento ao nível nutricional tão
diferente como o seu tipo de cabelo ou de pele. Por outro lado, os alimentos
são diferentes em cada parte do mundo. O
único aspecto em que todo o mundo está de acordo é o de que uma dieta
equilibrada será aquela que contenha todos os elementos necessários para se
conseguir um estado nutricional óptimo. Distribuição
Ideal dos Nutrientes numa Dieta Equilibrada Um
estado de "graça nutricional" será aquele onde a alimentação
satisfaça os seguintes objectivos: · Contenha uma quantidade de nutrientes energéticos (calorias)
que seja suficiente para levar a cabo os processos metabólicos e de trabalho
físico necessários. Nem mais nem menos. · Forneça suficientes nutrientes com funções plásticas e
reguladoras (proteínas, minerais e vitaminas). Que não faltem, mas também
não se excedam. · Que as quantidades de cada um dos nutrientes estejam
equilibradas entre si. Proporções
estabelecidas pelo Grupo de Especialistas da Fao Oms (Helsínquia 1988): ·
As proteínas
devem conter uns 15 % do fornecimento calórico total, não sendo nunca
inferior a 0,75 gr/dia a quantidade total de proteínas ingeridas, de alto
valor biológico. ·
Os glúcidos
fornecer-nos-ão pelo menos uns 55-60 % do valor calórico total. ·
Os lípidos
não ultrapassarão os 30 % das calorias totais ingeridas. Comentário Isto
é, em princípio, muito simples, mas ainda hoje constitui o "campo de
batalha" de três ou quatro quartas partes da humanidade. Quando
se consegue o primeiro passo com uma dieta mista (leguminosas, ou lácteos e
ovos com vegetais frescos), é bastante fácil que o segundo se atinja também,
quanto às proteínas (ainda que normalmente melhor se supere). Quando se segue
uma dieta vegetariana estrita, sem possuir os necessários conhecimentos, é
possível ter problemas para alcançar o mínimo de proteínas necessárias, mas
não se terão problemas com a maioria dos minerais e vitaminas desde que se
consumam vegetais variados. Também às vezes não é fácil manter os desejados
níveis de vitamina B12, ferro e cálcio. Para
assegurarmos que não sofremos carências na nossa dieta, existem tabelas com
as necessidades mínimas dos nutrientes essenciais (como as que incluímos
noutros artigos que aqui disponibilizamos), mas é difícil mantermo-nos
atentos e conscientes acerca dos nutrientes incluídos em cada um dos
alimentos que consumimos todos os dias. Para isso teríamos que pesar e anotar
cuidadosamente a composição de cada refeição ao longo do dia. Depois, com o
auxílio das tabelas de composição dos alimentos, efectuaríamos os cálculos
para avaliação dos elementos ingeridos, e compararíamos esses resultados com
os que constassem na parte da tabela respeitante às necessidades mínimas.
Saberíamos assim se estávamos cobrindo as necessidades reais de proteínas,
aminoácidos, ácidos gordos essenciais, vitaminas, minerais, fibra, etc..
Mesmo que este método funcionasse na perfeição, tivéssemos pesado bem cada
alimento, sem nos enganarmos em nenhum cálculo, e as tabelas estivessem
concordantes, teríamos que procurar as novas tabelas actualizadas que se vão
publicando, porque todos os dias se alteram os critérios. Posto
que na realidade este método não se torna muito prático, parece mais sensato
dar algumas recomendações gerais que assegurem o cumprimento da maior parte
das premissas que definem uma boa alimentação. Neste sentido, a Comissão de
Nutrição do Senado dos USA difunde periodicamente orientações dietéticas
gerais aplicáveis a praticamente todas as pessoas sãs. Conclusões RDA de Março de 1996 Segundo
as conclusões RDA de Março de 1996, devemos: · Comer variadamente de todos os grupos de alimentos, aumentando
o consumo de carbohidratos até uns · Reduzir o consumo de gorduras até uns 30 % do fornecimento
energético total, sendo a divisão da gordura saturada, mono–insaturada e
poli–insaturada um pouco diferente do que se vinha recomendado até agora. Com
base na prevenção de enfermidades cardiovasculares, passou a recomendar-se
que as gorduras mono–insaturadas constituam uns 15 % do total das calorias
ingeridas, à custa da redução em uns 5 % das poli–insaturadas. As gorduras
saturadas devem constituir menos de uns 10 % do total.. além disso,
recomenda-se reduzir o consumo de colesterol até 300 mg/dia. · Limitar a taxa de proteínas a uns 15 % do fornecimento
energético diário ou · A quantidade de fibra vegetal presente na dieta não deve ser
nunca inferior aos 22 gr/dia. Acrescentou-se uma nova recomendação no sentido
de que os alimentos fibrosos consumidos não devam ser constituídos unicamente
por fibras insolúveis (com celulose), mas que uns 50 % do total
corresponderão a fibras solúveis (com peptinas). · A dieta deve fornecer as calorias necessárias para cobrir as
necessidades metabólicas de energia. Em geral, recomendam-se umas 40 kcal por
quilo de peso diariamente. Nas últimas recomendações passou a considerar-se
que o consumo mínimo de proteínas, de 0,8 gr/dia, não se deve ter em conta ao
calcular as calorias fornecidas pela dieta, uma vez que estas, na realidade,
são utilizadas exclusivamente em funções plásticas e não como combustível
celular. · Aconselha-se a não ultrapassar o consumo de sal em 3 gr/dia
para evitar um fornecimento excessivo de sódio, que poderia dar lugar a
sobrecarga renal e hipertensão. Evitar também os alimentos com alto teor de
sal. Estes constituem a maioria dos alimentos processados, conservas e
refeições pré–preparadas. · Finalmente recomendam-nos que se consumimos bebidas
alcoólicas, devemos fazê-lo com moderação. Parece óbvio, e sem deixar dúvidas
que uma grande parte da povoação juvenil dos países industrializados consume
álcool em excesso e em quantidades cada vez maiores. (Talvez
faltasse dizer que os alimentos devem estar livres dos contaminantes tóxicos,
resultantes do processo de produção e distribuição da indústria alimentar dos
nossos dias). Estudos
levados a cabo no Sul da Europa, sobre a Qualidade da Dieta Nos
estudos levados a cabo no sul da Europa, sobre a qualidade da dieta,
chegou-se à conclusão de que, se estas recomendações nos são aplicáveis (e é
lógico que o são), a nossa dieta deixa muito a desejar. Comparando os nossos
hábitos alimentares com as recomendações RDA, chega-se às seguintes
conclusões: · calorias que ingerimos ultrapassam uns 17% as recomendadas. · Ingerimos uma quantidade excessiva de alimentos de origem
animal. · O excesso de proteínas da nossa dieta ultrapassa uns 71% !!!
as recomendações RDA, consumindo em média · A quantidade de carbohidratos é insuficiente: uns 12% abaixo
da recomendação. · O consumo de fibra também é insuficiente: uns 14% abaixo. · O excesso de gorduras consumidas é de 82% !!! do recomendado. · Também se detectaram carências e subcarências de vitaminas A e
B2 (em crianças galegas) e de vitamina C em povoações marginadas, entre
crianças e idosos. · O déficit de Zinco está-se começando a detectar em cada vez
maior parte da povoação e o consumo de álcool parece ir aumentando. Regras Gerais a considerar Para as Refeições · Regularidade no horário e no número. · Evitar as bebidas durante as refeições. · Comer Lentamente, com tempo, e mastigando correctamente. · É vantajoso fazer uma refeição de fruta (de preferência a meio
da manhã e ao meio da tarde). · Condimentar os alimentos com pouco sal. · Comer produtos integrais. Fora
das Refeições · Beber água (de nascente, ou mineral), até dois litros por dia.
· Se houver sensação de fome, aliviar-se-á com um copo de água
mineral ou uma infusão. · Não comer entre as refeições. Outros
Preceitos a Observar · Pode realizar-se semanalmente ou a cada 10 dias, um dia de
jejum – apenas ingerindo líquidos – ou um semi–jejum, comendo apenas alguma
fruta. · Evitar sempre a prisão de ventre. EXEMPLOS DE ALIMENTOS PERMITIDOS NA MAIORIA DOS REGIMES NATURAIS
Bebidas:
· Café de Cevada Torrada; · Tisanas e Infusões de Casca de Limão; Cidreira; Dente de Leão;
Raiz de Lótus, e de outras plantas medicinais, ou até de frutas. · Cereais Integrais: Arroz (em grão e em farinha); Milho (em
grão e em farinha); Aveia (em farinha e em flocos)´; Trigo (em grão, farinha,
e glúten - um extracto proteico). Diversos: · Algas Marinhas; · Castanhas; · Levedura de Cerveja; · Sal Marinho Integral. Frutas: · Frutas em Geral, tanto frescas como secas (passas). Hortaliças: · Verduras e hortaliças em geral - todo o género de legumes
comestíveis. Leguminosas: · Feijões em geral (sem esquecer o Azuki); · Ervilhas; · Lentilhas; · Favas; · Soja em grão, rebentos de soja e derivados da soja: Tofú
(queijo), Leite de Soja, Miso (pasta), Tamari e Shoyu (molhos). · Óleos: · Girassol; · Milho; · Oliva (azeite). Produtos Lácteos: · Leite e Yogurte; · Queijos Sementes: · Gergelim e seus derivados: Tahine (pasta) e Gersal (com sal
marinho integral); · Pevides comestíveis (Ex. de Abóbora). DIETA MEDITERRÂNEA
Características e Composição da Dieta Mediterrânea Estudos
levados a cabo durante os últimos 30 anos, revelaram que nos países da costa
mediterrânea – Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia – se manifestava
uma menor percentagem de enfarte do miocárdio e uma menor taxa de mortalidade
por cancro. Os investigadores, surpreendidos, procuraram as possíveis causas,
e descobriram que a dieta (a alimentação tradicional prevalecente em zonas
afastadas das grandes cidades e longe da influência nefasta da publicidade)
tinha um papel fundamental. A partir de então, começou-se a falar da dieta
mediterrânea, como um factor a ter em conta na prevenção destas
enfermidades. Após
esta descoberta, os cientistas foram perfilando os elementos que definem A dieta mediterrânea: · Massa; · Arroz; · Verduras e legumes; · Fruta (muita); · Azeite de Oliva, · Carne (o mínimo); · Peixe (muito); · Pão Escuro, (sendo tudo
temperado com algumas especiarias inofensivas como:) · Alho; · Orégão, (e
acompanhado com pequenas quantidades de bom vinho). No
princípio não se conhecia a verdadeira razão por que funcionava tão bem esta
especial combinação de alimentos. Mas, pouco a pouco, as novas descobertas de
bioquímica e nutrição humana desvendaram os segredos de uma sabedoria
milenar. Frutas, Legumes, Verduras, Massas e Cereais
Integrais Cabe destacar
o alto consumo de massas e cereais integrais da dieta mediterrânea. Estes
carbohidratos têm um índice glicémico muito baixo. O índice glicémico
representa a relação entre a subida de glicose no sangue produzida por um
hidrato de carbono qualquer, em comparação com a que produziria um aporte das
mesmas calorias na forma de glucose pura ou pão branco refinado. É
preferível que a glicose se vá libertando paulatinamente na corrente
sanguínea para conseguir uma adequada captação nas células e evitar assim a
formação de gorduras, a acidose e outros transtornos. Os
alimentos mais recomendáveis, por terem um índice glicémico menor, são os
legumes, hortaliças, massa italiana e frutas, que são justamente os mais
abundantes na dieta mediterrânea. A fibra também tem um papel fundamental na
regulação do índice glicémico ao reter parte dos nutrientes e retardar a sua
absorção. NOMEAÇÃO DE ALGUNS TIPOS DE REGIMES NATURAIS
A
escolha de um regime pode ter sido feita pelo terapeuta, mas também pode
resultar de uma aproximação filosófica a determinada escola. Neste caso,
espelha a personalidade do indivíduo. § Crudívoro: Vegetais crus, em exclusivo. § Frugívoro: Frutas frescas, em exclusivo. § Higienista: Rigorosa selecção de alimentos alcalinizantes e
fermentativos, e absoluta exclusão de alimentos que exerçam acção
putrefactiva intestinal. § Lacto-Vegetariano: Semelhante ao ovo-lacto-vegetariano, apenas
com exclusão dos ovos. § Macrobiótico: Identificado com a escola taoísta (cosmogonia
explicada pelo equilíbrio de opostos Yin-Yang). Privilegia os cereais
integrais. § Naturista: Utiliza de uma forma equilibrada e racional todos
os alimentos de todos os regimes naturais. § Ovo-Lacto-Vegetariano: Ovos, leite e seus derivados,
hortaliças, leguminosas, frutas e alguns cereais. § Vegan: Constitui um aperfeiçoamento do vegetarianismo, onde se
exclui em absoluto os produtos animais. § Vegetariano: Vegetais, em geral, crus e cozidos (segundo
regras de compatibilidade e de equilíbrio acido - básico), ausência de
alimentos resultantes de cadáveres de animais e consumo moderado de lácteos,
preferencialmente fermentados, na forma requeijão, iogurte, soro, etc.. § Ayurveda: É do tipo vegetariana e inclui alimentos preparados de
forma especial, variando os regimes segundo a tipologia onde a medicina
ayurvédica (indiana) inclui cada grupo humano, segundo determinadas
características individuais. A
FILOSOFIA DO VEGANISMO (Adaptado de: Página Vegan - Rio de
Janeiro) Veganismo
é uma filosofia e uma prática de vida Só
recentemente a palavra vegan (VEEGN) foi utilizada, para distinguir os vegan
dos vegetarianos, e o movimento vegan acabou por se tornar uma sociedade. A
primeira sociedade vegan foi organizada e fundada em 1944, na Inglaterra, e
em 1960, H. Jay Dinshah fundou a sociedade vegan Americana. De lá para cá mais de 50 sociedades foram
criadas em todo o mundo. Um
vegetariano é alguém que vive basicamente de produtos alimentares do mundo
vegetal, com ou sem uso de ovos e de leite, e derivados. O termo vegetariano
refere-se unicamente a um tipo de dieta, e não a algum tipo, produto ou
alimento animal. As
razões para se tornar vegetariano, são basicamente 4: § Questões éticas; § Motivos de saúde; § Razões económicas; § Motivação religiosa, ou § Quaisquer combinações destas. Na
América, as principais razões são a saúde, enquanto em Inglaterra são as
questões de Ética. A
questão principal do Veganismo é, sem dúvida, a ética. Enquanto um
vegetariano, como já sabemos, não come carne mas pode comer ovos, leite e
derivados, um Vegan não come nenhum derivado animal. A
sociedade vegan Britânica dá uma excelente definição sobre Veganismo: "Veganismo é um
modelo de vida que exclui todas as formas de crueldade e exploração contra o
reino animal. Inclui o respeito por todas formas de vida. Isto aplica-se à
prática de viver somente de produtos derivados do mundo vegetal." A
exclusão de todas as carnes, peixes, ovos, mel, leite ou derivados, encoraja
o uso de formas alternativas de vida, apenas com produtos vegetais. O
Veganismo lembra ao homem a sua responsabilidade pelos recursos naturais e
faz com que ele busque caminhos para manter o solo e o reino vegetal
saudáveis, assim como todos os materiais da terra. Através
desta definição percebemos que o Veganismo é muito mais do que uma simples
questão de dieta. Vegan é contra a matança, a tortura e a exploração de
animais. O
Vegan interessa-se por manter o mais elevado padrão físico, emocional, mental
e espiritual. Devemos
saber tomar a importante decisão de seleccionar entre o melhor, todo o tipo
de produtos que usamos... e bem assim cada uma das nossas atitudes para com
todas as formas de vida. Como
decidimos ou agimos, influenciamos circunstancialmente toda a existência e
tipos de vida à nossa volta, com os quais compartilhamos este planeta. Podemos
escolher viver em harmonia ou em discórdia, com compaixão ou com crueldade
(mesmo sem intenção). Os
Vegans também não usam produtos derivados de animais como: lã, couro, peles,
artigos decorativos, artesanatos, sabões, cosméticos (que contenham produtos
de origem animal ou tenham sido ensaiados em animais), escovas feita com
pelos animais, travesseiros de penas, etc.. Um
Vegan não pesca, não caça, não aprova o aprisionamento de animais em circos
(onde são escravizados e torturados), parques, rodeios e touradas. Um
Vegan não se submete à vacinação nem aos soros feitos de animais, ou drogas
que foram testadas cruelmente naqueles infelizes. Há fortes razões de saúde e
Ética contra estas práticas médicas. Talvez
estas coisas sejam difíceis de seguir pelo cidadãozeco comum, mas serve esta
extensa lista para demonstrar que a maioria dos produtos que normalmente
usamos ao longo das nossas vidas, é preparada com substâncias derivadas de
animais. O facto é que o mercado destes produtos só pensa em aumentar os seus
lucros, independentemente da exploração das pobres criaturas que vivem à sua
volta. Mas
existem muitas alternativas “humanizadas” para qualquer tipo de produtos de
origem animal, como vimos no caso da dieta alimentar. Basta estarmos atentos
e procurarmos. Na
América do Norte e na Europa, tem crescido o comércio de produtos não
derivados de animais. Isto tem ocorrido com o aumento da consciência de
respeito pelo meio ambiente, e pela compaixão com todas as formas de vida.
Tem a vantagem de trazer crescimento social e económico, em prejuízo dos
grupos mesquinhos que usam o “vale tudo” para multiplicar os seus lucros. A
preocupação do Veganismo é dar maior significado e dignidade à vida, fazendo
diminuir o sofrimento dos animais, Só assim o sofrimento da raça humana terá
também alívio (com o aumento da saúde e da qualidade de vida). Será
isto uma nova forma de vida? Basicamente não! Mas é uma forma de expressão do
amor e da compaixão, além de ser o caminho que traz harmonia ao meio
ambiente. VEGETARIANISMO X CIÊNCIA
O
vegetarianismo e a ciência andam separados há muito tempo. Mas o rompimento
da barreira que existem entre eles poderia trazer muitos benefícios à
humanidade. Falamos
de Ciência querendo referir-nos àquela nobre arte de descobrir e avaliar a
verdade, onde quer que ela se encontre e onde quer que ela nos leve. Não nos
interessa a “Ciência–Instituição” – que procura preservar-se a qualquer custo
–, mesmo que isso cheire a fanatismo dogmático e implique ignorar os seus
próprios princípios básicos, dos quais faz parte o compromisso com a verdade.
É um
fato que a maioria das pessoas na comunidade científica revelam expressões de
desinteresse e repúdio quando a palavra "vegetarianismo" aparece na
sua frente. É também verdade que os vegetarianos não se sentem muito à
vontade quando a "ciência" quer investigar os seus hábitos. Assistindo
a este quadro, dirá a Ciência que não há interesse em investigar o absurdo, e
que, além disso, o vegetarianismo não simpatiza com a sua presença porque se
fundamenta em princípios filosóficos e não científicos. O
vegetarianismo dirá, por seu lado, que já possui todo o conhecimento de que
necessita, e que a ciência não lhe é pertinente, pois nunca se interessará
pela compreensão dos seus princípios. Parece
que há muito a ser investigado e compreendido em ambos os lados. Identificando as Barreiras A Ciência,
na sua mais vulgar forma de actuação, concentra-se na descoberta de “poções
mágicas” para curar doenças, em detrimento da investigação de como a
natureza, por si própria, oferece meios para prevenir e curar as
enfermidades. Ocupa-se mais no desafio de tentar controlar a natureza , do
que na disposição de a compreender. Importa-lhe descobrir um novo gene,
supostamente responsável por uma nova doença, ou uma qualquer aberrante
substância química, supostamente capaz de atacar e destruir o tecido doente. O
resultado é o acúmulo de uma grande quantidade de informações, que não têm o
valor que lhes era pretendido, porque nunca foram colocadas numa perspectiva
suficientemente ampla e abrangente. É nesta última etapa que a ciência falha,
defendendo-se da “filosofia” como os fanáticos religiosos fazem em relação a
uma suposta entidade, por eles inventada, a que chamam “diabo”. A
falta de compreensão do quadro geral é compensada com a disponibilização de
"curas instantâneas" que advêm do pressuposto de que a humanidade
possui a suprema habilidade de conquistar e controlar a natureza. O
vegetarianismo, por outro lado, possui esta visão mais ampla, a que nos
referimos. Porém, baseia-se, é verdade, em princípios filosóficos. Por este
motivo, é muitas vezes tido como empírico pela ciência materialista (que se
acredita racional). O
principal problema, para ambos os lados, está nas suas atitudes, que são excessivamente dogmáticas. Ambos
acreditam estar, em exclusividade, no caminho correcto, ignorando completamente
o ponto de vista do outro. É esta a barreira que acaba por nos privar de
valiosos conhecimentos. O Próximo Passo Se a
ciência quiser investigar com imparcialidade e sem preconceitos as concepções
do vegetarianismo, todos se beneficiarão. É verdade que alguns cientistas já
efectuaram estudos conducentes a uma enorme quantidade de evidências que dão
suporte ao vegetarianismo, no que respeita aos benefícios para a saúde. É
apenas necessário sintetizar estas evidências e reconhecer o novo horizonte
que se pode abrir para o mundo da saúde. Os motivos filosóficos que levaram
alguns vegetarianos a adoptar tais hábitos devem ser tidos como irrelevantes,
logo que as evidências científicas sejam aceites. Para
que possa existir uma boa relação entre a Ciência e o Vegetarianismo, devem
ser respondidas as seguintes questões: · Estará a Ciência preparada para se retratar, no sentido de
declarar publicamente que quase tudo o que tem postulado está errado, no que
toca à alimentação e estilo de vida apropriados à natureza humana? · Haverá suficiente humildade para que se recorra à fonte do
saber – os povos tradicionais que ainda restam –, e com eles se reaprenda
tudo aquilo que fomos perdendo ao longo de muitos séculos de estúpida
civilização? (Talvez
alguém não saiba que os povos tradicionais eram quase todos essencialmente
vegetarianos, antes de subjugados ao homem branco. Só depois deste lhes
destruir as culturas e tudo o resto, é que se tornaram exclusivamente
caçadores. Um dos exemplos é o índio americano, que até venerava o milho –
seu alimento principal –, e que foi retratado pelo homem civilizado como
um “selvagem sanguinário e carnívoro”. É que nem tudo é aquilo que
parece!). Uma
vez chegada a oportunidade de se reconhecerem os fatos científicos que
sustentam a dieta vegetal, tornam-se claros os benefícios que derivam destes
hábitos alimentares. Mas há ainda muitos detalhes a esclarecer. A
ciência deve manter a mente aberta, para conseguir entender o vegetarianismo.
Isto implica na disposição para estudar os processos pelos quais a nutrição
afecta o metabolismo, a resistência às agressões externas, e a saúde mental e
espiritual. Estas são questões complexas a que o vegetarianismo parece ter
dado boas respostas. Não é
aceitável que se fique preso a conhecimentos antigos, somente porque estes
satisfazem melhor as nossas próprias preferências. Parece mais sensato
identificar, divulgar e levar à prática todos os conhecimentos que tragam
mais benefícios para a saúde de todos. |