Al. Saudáveis

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ALIMENTOS SAUDÁVEIS

Allium ascalonicum (Chalotas ou Cebola – Ascalónica)

Estes bolbos são bastante semelhantes à cebola, da qual se considera serem derivados. Supõe-se que são originários da Palestina e que foi introduzida na Europa pelos cruzados.

Ao serem cortadas, as chalotas desprendem um forte odor, e o seu sabor é intermédio entre o do alho e o da cebola, mas mais suave. Consomem-se cruas, em salada, e como condimento indispensável da alta cozinha; são um magnífico aromatizante que pode ser conservado em vinagre de maçã.

Os seus valores medicinais são parecidos aos da cebola; o seu teor de vitaminas é pobre, mas são importantes as propriedades depurativas e refrescantes que o seu consumo proporciona, revelando-se um magnífico depurativo para o sangue e muito benéfico para todo o organismo, no geral.

Oferecem a vantagem de não deixarem mau hálito em quem as come.

Não devem confundir-se as chalotas com o chuchu, fruto de uma cucurbitácea denominada botanicamente "Sechium edule".

Allium Cepa (Cebola)

A cebola é outra planta da família de as liliáceas que, como o alho, vem sendo cultivada desde tempos muito remotos, sendo impossível saber-se quando foram descobertos os seus valores alimentares.

As descobertas arqueológicas demonstraram que já era consumida em épocas pré–históricas. Era muito popular nos primeiros tempos da história bíblica, e foi cultivada pelos antigos egípcios, assim como, no outro lado do mundo, pelos chineses.

Reparte a sua fama com o alho, fazendo parte de quase todas as preparações culinárias. Come-se crua ou cozida, fresca, meio seca ou totalmente seca, como ingrediente básico ou como condimento, e as suas variedades dão a volta ao calendário. As cebolas brancas, deliciosamente "crocantes", aparecem entre abril e setembro. As rosadas ou vermelhas são menos abundantes, e encontram-se entre junho e março; são preferíveis cruas. Das amarelas existem várias qualidades e estão disponíveis todo o ano. Uma delas, conhecida como "cebolinha francesa", com forma achatada e cor quase dourada, é ideal para enfeitar travessas, e é apresentada quase sempre inteira.

Ao comprar cebolas deve procurar-se as que sejam firmes, sem sinais de grelos nem de manchas.

Se forem guardadas num local seco e fresco, as cebolas brancas conservam-se até um mês; as cebolas vermelhas duram duas semanas, desde que o local seja arejado. Não convém congelá-las, porque, entre outros inconvenientes, perdem a consistência e o sabor. Mas se a opção de conservação tiver que ser essa, servirão apenas para consumir cozidas. Uma vez cortadas, as cebolas oxidam-se rapidamente e tornam-se tóxicas. Para evitar que isto aconteça pode untar-se com manteiga a parte cortada. Então, pode guardar-se um dia no frigorífico ou um mês no congelador, mas apenas para consumir cozidas.

Para eliminar das mãos o odor de cebola, que ali se entranha depois de as manipular, bastará esfregá-las com sal ligeiramente humedecido, ou com um pouco de leite, antes de as lavar com sabão. Algumas cozinheiras colocam um prato com vinagre perto do fogão onde se está a fritar a cebola, com o fim de evitar que se propague o cheiro característico de cebola frita.

Para evitar o lagrimejo que se produz ao picar cebola, pode recorrer-se a um dos seguintes métodos: o primeiro consiste em colocar a cebola no frigorífico cerca de uma hora antes de a utilizar, ou 10 minutos no congelador; o segundo consiste em manter a boca fechada durante a operação de a picar, porque, segundo parece, é ao respirar pela boca que as substâncias voláteis da cebola causam o lagrimejo.

Finalmente, beber uma chávena de leite depois de comer cebola crua ajuda a eliminar o odor que fica na boca.

Para permitir aproveitar as virtudes da cebola com maior comodidade, algumas empresas do ramo dietético e alimentar lançaram no mercado cebola desidratada, em pó, a qual, até informação contrária, promete conservar inalteradas as qualidades da cebola fresca.

Propriedades Terapêuticas e Funcionais da Cebola

Mesmo que se possa considerá-la pobre do ponto de vista alimentar, não contendo grandes quantidades de nutrientes, nem carotenos, nem vitamina D, o historiador Heródoto afirmou que os escravos construtores da pirâmide de Kéops, puderam exercer tão grande esforço graças a um enorme consumo de cebolas.

Não fica atrás do alho. Contém dissulfureto de alilo–propilo e outros compostos sulfurados, flavonóides, fermentos e vitaminas A, B e C.

Possui relevantes virtudes.

Em estado fresco, o sumo de cebola é bacteriostático e cura as faringites e amigdalites. Segundo o Dr. Alfredo Vasques Homem, tomado em jejum, pode curar a acidez gástrica e a úlcera do estômago. Externamente aplica-se sobre chagas, panarícios e gengivas enfermas. Alguns autores atribuem-lhe a propriedade de fazer crescer os cabelos.

Em uso interno, a cebola é diurética e estimulante das funções digestivas. É um excelente regenerador do sangue nos casos de anemia grave. Facilita o trabalho cerebral, favorece a solidez dos ossos e a elasticidade das artérias, e regenera o sistema nervoso e a pele.

Atribui-se-lhe a longevidade dos numerosos centenários búlgaros, grandes consumidores de cebolas.

Na Bretanha são tidos em grande estima os seus efeitos afrodisíacos, e desta crença deriva o costume de dar aos recém–casados uma sopa de leite com cebolas na noite de núpcias. Outra crença é a de que as sopas de cebola facilitam a digestão e evitam a ressaca depois de noites de festa em que se bebeu demasiado.

A sua acção não só provoca maior actividade das mucosas gastrointestinais, mas também do fígado, da vesícula, do pâncreas e dos intestinos, exterminando nestes todos os possíveis focos de putrefacção e estimulando o desenvolvimento dos colibacilos normais.

Na Moderna Medicina Tradicional considera-se que as Cebolas:

·     São Vermífugas;

·     São Germicidas;

·     São muito indicadas em períodos de Epidemias;

·     São Fortalecedoras do Sistema Imunológico;

·     São eficientes no combate à formação de Tumores;

·     São eficientes no combate as Frieiras.

 

Allium fistolosu  (Cebolete, Ceboleta, Cebolinha–Comum ou Cebolinho)

A ceboleta é conhecida vulgarmente por "cebolinho inglês". Supõe-se que seja oriunda da Sibéria e importada da Europa há uns 400 anos. Cultiva-se principalmente pelas suas folhas, que se empregam como condimento, devido ao facto do seu sabor ser parecido ao da cebola.

 

Allium porrum (Alho-Porro)

O alho-porro é outra variedade da família das liliáceas, da qual se pensa ser originária do "Alho do Oriente". É conhecido desde tempos imemoriais, mas tornou-se célebre na cidade francesa de Arras durante a Idade Média, quando, muito para além de paliar a fome da época, foi tido como responsável pela profilaxia que permitiu controlar as numerosas epidemias, tal como a terrível peste. De França foram introduzidos em Itália, onde são muito apreciados, principalmente em Piamonte e Lombardía.

O seu valor nutritivo é modesto. Em cada 100 gramas fornece 7,5g de hidratos de carbono; 2,4g de proteínas; 0,4g de gorduras; 60 mg de cálcio; 50 mg de fósforo, e 1 mg de ferro.

Utiliza-se cru, como condimento de saladas, assim como em regimes crudívoros, mas consome-se principalmente no outono, no inverno e na primavera, sendo excelente para sopas e guisados ou para ser cozido ao vapor, se bem que pode ser um pouco indigesto para estômagos delicados.

Em Euzkadi (Pais Basco da Península) serve de base a um prato denominado "porrusalda", guisado indispensável nos dias frios e húmidos daquele país, como alimento reconfortante.

As suas propriedades anti-sépticas, refrescantes e diuréticas foram apreciadas desde há muito tempo, reconhecidas não só pelos povos da antiguidade, mas também mais tarde, graças aos textos de medicina árabe e da época medieval.

Na actualidade considera-se que possui substâncias enxofradas que exercem uma suave excitação nas glândulas gastrointestinais, no fígado, no pâncreas e na vesícula biliar, abrindo o apetite e evitando a formação de produtos de fermentação ou de putrefacção.

Além disso tem efeitos benéficos sobre as vias respiratórias e sobre as vias urinárias, e exerce uma crescente excitação dos centros de formação do sangue.

O Principal efeito medicinal atribuído aos Alhos-Porros é a sua acção diurética.

 

Allium sativum L. (Alho)

Supõe-se que o nome botânico do alho seja uma palavra latina derivada do céltico "all", que significa "ardente", ou "abrasador", e o que corresponde à sensação que o seu paladar produz.

É constituído por uma cabeça ou bolbo arredondado, vincado com diversas fendas que correspondem à separação entre os seus 10 ou mais "dentes", ou quais estão individualmente cobertos por uma película que varia entre a cor branca e o vermelho vinhoso. A substancia principal de que são constituídos é um óleo essencial, composto quase totalmente por dissulfureto de alilo (ou alílio), que lhe confere o aroma e o sabor característicos.

O emprego do alho como condimento, tem aplicação em inúmeros pratos, e reveste-se de grande importância por estimular o apetite, evitar as flatulências e depurar o intestino. Seco no forno e pulverizado, substitui vantajosamente a pimenta, por ser esta um excitante perigoso e tóxico venoso (formadora de varizes e hemorróidas).

O alho picado, misturado com cominho (Cuminum Cyminum L.) e manjerona (Majorana hortensis Moench), constitui um excelente condimento para as sopas de legumes ou de cereais.

Pela sua composição: alicina – uma substância sulfurada volátil, iodo, silício, enxofre e iodo orgânicos, garcilina, alistatinas antibióticas I e II, nicotinamida, alinasa enzimática, diversos fermentos, minerais, e vitaminas A, B1, B2 e C, preserva o organismo de muitas afecções e pode ajudar a mantê-lo em perfeito estado até uma idade avançada.

O alho é um anti-séptico de primeira ordem e um preservativo contra enfermidades contagiosas, especialmente da gripe. É um poderoso desinfectante dos alvéolos pulmonares, que reduz rapidamente as expectorações purulentas, pelo que é preconizado nos casos de asma, bronquite, enfisema, coqueluche, difteria e tuberculose pulmonar. Nestes casos, e em tempos de epidemias, recomendam-se infusões quentes de alecrim, onde são fervidos dentes de alho, na quantidade de dois dentes por chávena. Contra a asma, coloca-se numa garrafa 1/4 de litro de mosto, e faz-se macerar nele, durante dez dias, um dente de alho. Tomar-se-á impregnando neste líquido 1 torrão de açúcar puro de cana – o que se repetirá pelo menos 3 vezes ao dia.

O alho dissolve as substâncias responsáveis pelo endurecimento das artérias; activa e regulariza a circulação do sangue, pelo estímulo que exerce sobre os músculos do coração, e reduz a tensão arterial. Por outro lado, é um notável depurativo do sangue, ao qual purifica e enriquece. Está indicado em todas as enfermidades que têm origem numa má circulação ou numa alteração do sangue, tais como arteriosclerose, hipertensão, reumatismo, artritismo, ciática, envelhecimento, regras difíceis, sufocações, pernas inchadas, varizes, hemorróidas e sangue viciado, assim como também nas afecções crónicas e agudas do fígado, acompanhadas ou não de icterícia. Em todos estes casos, mastigar-se-á um dente de alho cru todas as manhãs, em jejum. Para atenuar o forte odor que ocasiona ao hálito, pode substituir-se este tratamento pelo seguinte: tritura-se finamente um dente de alho à noite, misturado com salsa, e adiciona-se-lhes umas gotas de azeite de oliva virgem. Pela manhã, barra-se com esta preparação uma torrada, que se comerá com o pequeno-almoço. Mastigar durante alguns minutos duas ou três folhas de hortelã ou aipo, que se engolirão em seguida, pode contribuir para suprimir o desagradável odor a alho.

O alho é um vermífugo bem reputado. Contra os vermes intestinais, deve-se tomar duas vezes ao dia uma decocção de 25 gramas de alho por copo, fazendo-o ferver durante 20 minutos (em água ou em infusão de alecrim). Dará melhores resultados se a decocção for tomada em jejum e não se comer nada até ao meio–dia. Continua-se o tratamento por todas as manhãs, até à expulsão total dos das lombrigas.

Em medicina externa, o alho serve para curar úlceras e chagas. Maceram-se durante 10 dias, em 1/2 litro de vinagre, 30 gramas de alhos triturados. As cataplasmas deste preparado, ou de alhos simplesmente esmagados, aliviam as dores reumáticas. Em casos de febre tifóide, envolvem-se os pés do enfermo com estas cataplasmas, às quais se adicionará um pouco de cebola e urtigas esmagadas.

Contra a sarna e a tinha, deve-se fazer lavagens com uma decocção de alhos na dose de 5 ou 6 dentes por litro de água, ou ainda aplicar uma pomada elaborada com alhos esmagados e banha sem sal.

Contra os calos, endurecimentos e verrugas, aplicar bem quente um dente de alho cozido no forno ou debaixo da cinza, e renovar várias vezes ao dia.

Contra os efeitos das picadas de abelha, depois de extraído o ferrão, esfregar com um dente de alho cortado em dois.

Contra as dores de dentes, aplicar sobre o dente doente alho esmagado misturado com manteiga fresca.

Depois de todas estas indicações que nos foram ficando ao longo dos séculos, da medicina tradicional, foram comprovadas actualmente as virtudes anti–vírus, bactericidas e anti–infecciosas do alho. Na Segunda Guerra Mundial, o alho salvou muitos soldados russos feridos, o que o fez merecer o título de "Penicilina russa". E no Congresso Mundial sobre as propriedades do alho, celebrado em Washington, onde se reuniram 150 especialistas, reconheceram-se os seus efeitos anti–coagulantes do sangue e a função profiláctica que o alho exerce contra muitas enfermidades infecciosas. Todas estas maravilhas serão devidas à harmoniosa distribuição da croleína com os derivados sulfurados de alilo, metilo, propilo, vitamina C e diversos minerais o alho contém.

Estes compostos voláteis do alho, uma vez absorvidos passam do sangue aos brônquios e ao suor. Por este motivo, as pessoas que o comem são denunciadas não apenas pelo hálito, mas também quando suam.

No que se refere à supressão do sabor e do cheiro a alho, sem que por isso se deixem de aproveitar as suas valiosas propriedades, foi actualmente apregoada uma "solução", mediante a apresentação, por alguns laboratórios, de cápsulas de alho em pó, que não se dissolvem enquanto não alcançarem os líquidos intestinais, e de cápsulas gelatinosas de óleo de alho. Gostaríamos de ser mais optimistas neste aspecto, mas revelam-nos o sentido de observação e a experiência que a ganância humana vai muito além de qualquer limite plausível, e que a sede de lucro suplanta sempre o "ingénuo" ideal da qualidade. Por isso, o melhor medicamento é sempre aquele que é produzido e embalado na fábrica natureza (e mesmo assim quantas vezes adulterado por adubos químicos e aditivos "humanicidas"!).

As Propriedades Terapêuticas do Alho

São conhecidas desde a mais remota antiguidade e integram as medicinas tradicionais de todas as culturas e povos. Os egípcios elevaram o alho ao estatuto de divindade, mencionando-o em pirâmides (Gizé); os hebreus, os gregos e os romanos consideraram-no uma panaceia; na Idade Média era tido por preventivo da cólera e, desde então, tem sido mantido no primeiro lugar entre os medicamentos vegetais.

Na Moderna Medicina Tradicional considera-se que os Alhos:

·         São anti–reumáticos e vasodilatadores, portanto apropriados para prevenir e combater a arteriosclerose e as insuficiências circulatórias;

·         Baixam a tensão arterial e previnem as suas consequências: tonturas, hemorragias cerebrais, etc.;

·         Desinfectam, limpam os intestinos e depuram o sangue;

·         São Indicados para curar debilidades dos nervos e dos músculos;

·         Revelam-se eficazes contra a febre.

 

Allium Schoenoprasu (Cebolinha, Cebolinha–Galega ou Ceboleta–de–França)

A Cebolinha é também conhecida como "alho mourisco". Cultiva-se principalmente pelas suas folhas, que se usam como condimento ideal para molhos verdes, saladas e omelete. Em França denomina-se "ciboule", "ciboulette" ou "civette", segundo o seu tamanho, fazendo parte de múltiplas receitas da cozinha francesa.

 

Asparagus officinalis (Espargos)

Os espargos correspondem à vergôntea do asparagus, isto é, as gemas do seu tronco, carnosas e tenras, recolhidas logo que acabam de emergir da terra.

No Próximo Oriente, esta era uma planta silvestre que crescia nas estepes e entre as dunas arenosas. Sabe-se que os antigos egípcios colocavam vários brotos de espargos nas suas tumbas, desconhecendo-se o significado de tal costume.

O filósofo grego Platão, tal como a maioria dos grandes pensadores, era vegetariano, e mostrava-se grande apreciador dos espargos. Também os apreciavam os romanos, sendo o alimento predilecto do general Lúculo, cuja paixão que o dominava era a boa comida.

Não se chegou a consenso quanto aos que têm melhor sabor, se são os brancos ou os verdes; os partidários dos brancos pretendem que estes são mais "puros" e finos, enquanto os partidários dos verdes argumentam ser estes os melhores, porque têm maior aroma.

Até princípios do século dezanove eram sobretudo os verdes que se consumiam, e, só cem anos mais tarde é que os brancos entraram na "moda". Actualmente parece que se voltam a preferir os verdes.

Do ponto de vista botânico, a planta é a mesma; o que os diferencia é simplesmente o facto de, em vez de os arrancar da terra logo que despontam, aguardar-se que alcancem uma altura de uns 20 cm antes de os cortar, quando já começou a actuar neles a acção clorofílica.

Aconselha-se comê-los crus, em salada, ou cozidos ao vapor, posto que fervidos perdem o seu sabor e as suas virtudes. Os verdadeiros conhecedores asseguram que o melhor modo de os consumir é ao natural, simplesmente acompanhados de um pouco de manteiga e uma pitada de sal.

Alguns autores recomendam não incorporar alcachofras, nem espinafres, nem ruibarbo numa ementa em que entrem espargos, pelo facto dos seus sucos serem incompatíveis com estes.

Os espargos são ricos em celulose e minerais (potássio, sódio, cálcio, magnésio, fósforo, enxofre, cloro, ferro, zinco, cobre, alumínio, manganês, flúor, arsénico, iodo e bromo) e em vitaminas (A, C, PP, B1 e B2); são pobres em hidratos de carbono e gordura, o que os torna um vegetal muito indicado para os diabéticos e os que seguem dietas de emagrecimento.

Propriedades Medicinais

Hipócrates recomendava o consumo de espargos aos seus pacientes com excesso de peso ou que sofriam de impurezas na pele. Com efeito, a asparraguina – um aminoácido contido nestes brotos – estimula o metabolismo e contribui para purificar o organismo de resíduos supérfluos. Também as suas substâncias minerais, particularmente o potássio, favorecem a eliminação hídrica.

Os espargos proporcionam efeitos calmantes sobre o coração e os nervos: Pela sua celulose, são também laxantes. São recomendáveis na astenia física ou intelectual, nas diversas convalescências, na anemia e na viscosidade sanguínea. Exercem uma acção drenante no fígado, nos rins, nos intestinos, nos pulmões e na pele.

Observações:

Por ser um vegetal rico em ácido oxálico e purinas, não devem consumi-lo as pessoas que padecem de cálculos renais, de oxalatos e uratos, nem as que sofrem de gota, já que as purinas ajudam à síntese excessiva de ácido úrico – o responsável por esta enfermidade.

As pessoas que seguem regimes hipo–sódicos, devem evitar os espargos em conserva, uma vez que nestas o teor de sódio é muito maior.

Os espargos contêm também coniferina, substância assim chamada porque abunda na casca das coníferas. É a que transmite à urina um odor típico e inconfundível, e que denuncia que se comeram espargos. Este fenómeno, porém, só ocorre quando os rins estão em bom estado, porque a alteração dos odores da urina, pela ingestão de espargos, não se produz quando os rins funcionam mal, ficando nestes casos a coniferina retida neles.  (Pode ser um meio de diagnóstico a não desprezar!).

Curiosamente, no organismo a coniferina decompõe-se facilmente em álcool coniferínico, e se à urina em questão adicionarmos umas gotas de terebentina, o referido álcool transforma-se em vanilina, de agradável odor.

O principal valor medicinal que tradicionalmente se lhe atribui é como diurético.

Sugestão Dietética

Espargos ao Natural

Limpam-se os espargos, raspando-os com uma faca, após o que se cortam com igual tamanho, formando com eles um molho ou vários, segundo a quantidade que se deseje preparar; põem-se a cozer quando a água estiver fervendo, com um pouco de sal; têm que ferver com fogo regular, e quando estejam no seu ponto (que se conhece ao tocar as cabeças dos espargos, em que estas estejam brandas) servem-se frios com azeite e limão, depois de tê-los escorrido bem.

 

Solanium Tuberosum L. (Batata)

A Batata na História

A batata é um popular tubérculo produzido por uma planta herbácea da família das solanáceas. Crê-se que o seu cultivo foi iniciado pelas civilizações azteca ou inca, e que um companheiro de armas de Francisco Pizarro, em meados do século XVI, trouxe para Castela exemplares peruanos deste tubérculo. Pouco tempo depois, um monge de Toledo efectuou uma viagem a França e transportou batatas na sua bagagem. Por este motivo, foi através da França que a batata se tornou conhecida em Itália e na Inglaterra.

Ao princípio, as batatas foram denominadas por "trufas" e consideradas um alimento grosseiro, apenas bom para os porcos, mas que podia produzir febres, delírio, lepra e até a morte se entrasse na alimentação humana. Tão absurdos preconceitos, impediram que durante três séculos pudéssemos apreciar, com o seu justo valor, este precioso alimento.

Em 1757, Antoine Parmentier – um jovem francês praticante de farmácia – completou 20 anos e ingressou no exército de Hanôver como "oficial farmacêutico". Pouco tempo depois foi aprisionado pelos alemães e conduzido a Francfort do Main, onde, a seu pedido, conseguiu ingressar no laboratório do farmacêutico Meyer – um dos mais renomeados da Alemanha.

Na cela onde recolhia fora das horas de trabalho, alimentava-se de pão e água, que era o que o Governo alemão concedia aos prisioneiros franceses. Parmentier aproveitou a sua situação para estudar ciências exactas, física e química, nas quais a Alemanha apresentava um maior desenvolvimento. A pouco e pouco foi ganhando a confiança e o apreço de Meyer, e este convidou-o um dia a comer na sua casa. Parmentier aceitou o convite, mas não tardou a arrepender-se de o ter feito, ao ver colocado no seu prato o tubérculo suspeito de ser causa de tão terríveis e repugnantes males. Tratava-se de uma situação muito embaraçosa, mas não viu outra solução senão recusar-se a comer tal coisa.

Perante o facto, Meyer falou-lhe de sábio para sábio, e convenceu o seu colega de trabalho (ainda que prisioneiro do Estado) a experimentar por si próprio as virtudes de tal alimento. Em boa hora Parmentier o fez, porque permaneceu cerca de seis meses na casa do seu amigo e comeu batatas todos os dias, sem contrair lepra nem febre.

Ao reconquistar a liberdade, recusou a proposta que Meyer lhe fez, de tomar conta do seu estabelecimento, com oferta de metade da sua fortuna; declinou também da que lhe fez o rei da Prússia, que por recomendação de D'Alembert, lhe destinava o lugar de continuador do trabalho do célebre químico alemão Marggraf, e regressou a França, entrando para farmacêutico adjunto do Hospital de inválidos de Paris, onde seis anos mais tarde foi nomeado Director–Chefe.

Parmentier levou a cabo uma memorável campanha de luta contra a fome, que se produziu pela perda das colheitas nos anos de 1771 e 1772, propondo a substituição da escassa farinha de trigo que havia pelas batatas que se davam aos porcos. Mas as pessoas recusavam-se a consumi-las.

Então, ocorreu-lhe a ideia de cultivar batatas nuns terrenos que lhe foram cedidos para o efeito pelo rei Luís XVI, e ali colocar guarda permanente até finalizar a sua colheita. Isto chamou a atenção das pessoas, que começaram a admitir que ninguém se daria ao trabalho e ao dispêndio de guardar tão bem uma coisa que não tivesse muito valor. A partir daqui, despertou-se uma grande curiosidade e todos quiseram provar aqueles tubérculos, acabando finalmente por os aceitar sem qualquer reserva.

Depois de 1792 começaram a ser referidas as batatas em livros de cozinha. Hoje a forma das preparar é quase ilimitada e não se admitiria a possibilidade de não serem mencionadas em qualquer obra séria dedicada à culinária.

Variedades

Conhecem-se mais de 1300 variedades de batatas, das quais se consomem mundialmente apenas cerca de 150, sendo mais conhecidas entre nós umas escassas três ou quatro variedades como a galega, apreciada pela sua cor esbranquiçada; a «manchega» (natural da região espanhola da Mancha), de pele fina e cor rosado; e a «asturiana», de cor "de batata" – distinta das anteriores.

A batata é caracterizada, mais do que por qualquer outra coisa, pela região onde se cria, devido a que, para além da semente de que nasce, é muito influenciada pelo meio ambiente e pelo terreno onde se desenvolve. Quanto à forma e outras características, há-as redondas, alongadas, ovais, lisas, com covas superficiais ou profundas; de rápido desenvolvimento ou tardias, resistentes ou muito sensíveis a determinadas enfermidades, e de diferentes graus de exigência quanto à conservação.

Nutrientes

Cem gramas de batatas, depois de limpas e desprovidas de pele, proporcionam:

-    20 gramas de hidratos de carbono na forma de amido, o que lhes confere o característico aspecto cremoso e suave, depois de cozinhadas. Estes amidos são mais lentamente absorvidos pelo organismo, uma vez que primeiro vão transformar-se em açúcares simples, e o resultado é a sensação de saciedade mais duradoura;

-    2 gramas de proteínas;

-    0,7 gramas de sais minerais, entre os que destacam o potássio e o magnésio. Contêm também fósforo, ferro (20 vezes mais ferro do que o leite), e pequenas quantidades de iodo;

-    No que respeita às vitaminas, são sobretudo as batatas novas que as possuem em maiores quantidades, variando entre si as proporções de vitaminas C, B1, B2 e PP. Contêm vitamina A, mas esta encontra-se distribuída quase exclusivamente mesmo debaixo da pele, e por isto se perde ao retirá-la;

-    0,1 grama de gordura – quase nenhuma! – Menos do que os cereais e as leguminosas;

-    90 kcal por cada 100 gramas.

É um alimento alcalinizante e um dos que melhor se digerem e, tal como a massa, não engorda por si mesma, mas pelos ingredientes com que se a acompanha. Por isso, tendo em conta a forma como é cozinhada, pode ser consumida pelos obesos e também pelos diabéticos.

Como feculento, a batata ocupa um lugar de eleição como acompanhante de toda a espécie de ementas. Como prato de base, acompanhada de um produto lácteo ou de ovos, fornece à alimentação todos os aminoácidos essenciais. Uma ração diária de umas 300 gramas será suficiente numa dieta equilibrada, mais saudável e nutritiva do que com igual quantidade de carne de qualquer natureza.

Um puré de batatas com natas de leite constitui um pequeno almoço excelente para bebés e crianças pequenas. Outra combinação excelente é a das batatas com soro de leite.

É um grande erro, alimentar as crianças continuamente com cereais preparados, desnaturalizados ou refinados, pobres em vitaminas e muito acidificantes. A vantagem da batata sobre os cereais é que, sendo alcalinizante, favorece a alcalinidade do sangue, que é indispensável para se poder desfrutar de uma maior resistência contra diversas formas de enfermidade, como esfriamentos, gripe e pneumonia. Pela mesma razão, convém que sejam consumidas pelas pessoas de idade avançada. A sua riqueza em sais alcalinos confere-lhe a propriedade de anular o ácido úrico e de saponificar os ácidos gordos, impedindo a sua retenção nas artérias.

Observações

A preparação culinária das batatas constitui a questão primordial das suas qualidades nutritivas. Há que ter em conta que as batatas fritas perdem digestibilidade, passando a conter uns 10% de matéria gorda, e quando são fritas em lâminas fritas (chips) a sua gordura alcança os 40% do seu peso, aumentando ainda mais o factor de risco para certas enfermidades se lhes é adicionado muito sal (pior ainda, quando este é refinado), porque este elemento aumenta a absorção« e fixação dos líquidos. Tudo isto contribui para que o seu consumo nesta forma seja muito pouco recomendável. Os dispépticos, hepáticos e obesos têm toda a conveniência em abster-se do consumo de batatas fritas.

A forma mais sã de as cozinhar é no forno ou no vapor, mas sem lhes retirar a pele nem lhes fazer cortes. Se são cozidas em água com a pele retirada, as vitaminas e sais minerais tenderão a dissolver-se na água, e as batatas perdem grande parte do seu poder nutritivo, ficando quase tão desvitalizadas como o pão branco. Mas em qualquer dos casos são facilmente digeríveis e podem ser comidas tanto pelos dispépticos como por outros enfermos.

As batatas de polpa branca, como as galegas, são as mais indicadas para a elaboração de sopas ou purés, porque se desfazem facilmente na cocção. Mas como são mais pobres em vitaminas, é aconselhável enriquecê-las com um adicional de levedura de cerveja em pó ou germe de trigo.

As de polpa amarela, lisa e firme, são mais adequadas para os guisados. Além disso, contêm mais vitamina A do que as outras.

As batatas novas não são indicadas para fazer puré, porque o seu amido ainda não atingiu o amadurecimento.

Para as frigir, é recomendável cortá-las todas do mesmo tamanho, para que se fritem todas por igual. Deve-se utilizar abundante azeite, sertãs amplas, e só as deitar na sertã quando o azeite começar a libertar fumo.

Conta-se uma história acerca de uma ocasião de um banquete oficial, onde o cozinheiro foi informado do atraso inesperado dos convidados, e que, com grande desespero, teve que interromper a fritura das suas batatas. Quando foi informado de que se aproximavam, voltou a introduzir as batatas, em meia fritura, no azeite, verificando, com grande surpresa, que ficaram inchadas. Sem o saber, o cozinheiro em questão acabava de descobrir as batatas "suflês", o que lhe granjeou grandes honras.

Para se obter este tipo de batatas, há que cortá-las em rodelas de uns 3 mm de espessura e secá-las bem antes de as submergir no azeite fumegante. Baixar então o lume e deixá-las "cozer" no azeite. Quando sobem à superfície do azeite fervente, retiram-se, escorrem-se e deixam-se esfriar. Depois voltam a introduzir-se no azeite, como da primeira vez, para terminar a fritura. Esta operação pode repetir-se outra vez, se fizer falta.

Deve ter-se em conta o facto de que o azeite que se utiliza para fritar batatas (ou qualquer outra coisa) não deve utilizar-se repetidas vezes, porque se vai desnaturalizando e adquirindo toxicidade. Convém mudá-lo com frequência.

Para estufados e guisados, o melhor recipiente é a caçarola de barro. Misturadas com diversas hortaliças (nabos, alhos-porros, cenouras, espargos, etc..) e enriquecidas com leite, ovos, queijo, etc., podem compor pratos excelentes, nutritivos e fáceis de digerir.

Ao efectuar a compra de batatas deve verificar-se se estão inteiras, com aspecto "jovem", frescas, com pele fina e desprovidas de grelos, de manchas verdes e de machucaduras ou deteriorações por pancadas ou por insectos.

Para armazená-las, ainda que seja por pouco tempo, deve-se escolher um lugar seco e escuro porque a humidade e a luz favorecem a sua germinação. Se começam a germinar, o seu consumo apresenta alguns inconvenientes porque a parte verdosa e os brotos contêm solanina, que é um alcalóide tóxico. Por uma questão económica, evitaremos ser demasiado radicais, mas não é demais advertir que se devem retirar cuidadosamente todas as partes envolventes ao broto que se forma, porque é deveras perigosa para a saúde. Armazenadas em boas condições podem conservar-se bem durante cerca de um mês. As batatas não deverão ser congeladas, tendo em conta o facto de que o seu amido se converte em açúcar ao ser submetido a temperaturas inferiores a 11 graus negativos, além de que se tornam duras e perdem o seu sabor.

Não esqueçamos que se efectuam quatro colheitas por ano, e que cada nova colheita surge antes de se esgotar a reserva anterior, pelo que se pode encontrar no mercado um produto sempre renovado e de boa qualidade.

Valor Medicinal Tradicional das Batatas

-    Combate Enfermidades do Aparelho Digestivo;

-    Combate o Artritismo, a Gota e os Reumatismos;

-    É útil no tratamento de algumas Enfermidades da Pele.

 

Beta vulgaris (Beterraba)

Nenhum vegetal sofreu mais metamorfoses morfológicas do que a primitiva beterraba (Beta vulgaris), originária das regiões que circundam o Mar Cáspio. O seu cultivo remonta aos primórdios da civilização europeia.

A beterraba mais conhecida é a forrageira, amplamente cultivada para a alimentação invernal do gado. A sua parente mais próxima é a que se utiliza para produzir açúcar e na qual se tem operado um maior desenvolvimento da sua raiz carnosa, já que o valor das suas folhas é nulo.

A que se cultiva para alimentação humana é a beterraba vermelha. Consome-se principalmente em saladas, crua ou após ter sido submetida a algum tempo de cocção. Durante a cocção liberta um odor desagradável. Por isso, quem não pretende consumi-la crua costuma comprá-la já cozida (embalada em sacos frios, para consumo diário). A saponina que contém – e que é responsável pelo seu sabor um pouco picante – é destruída pela cocção, deixando-a com a cor menos acentuada e mais suave o seu sabor. Em qualquer dos casos, a casca deve ser retirada.

É muito rica em sais minerais, vitaminas e açúcares de fácil assimilação, o que levou a que a considerassem um dos melhores alimentos vegetais. De todas as hortaliças, a beterraba encontra-se em terceiro lugar quanto ao seu teor de ferro orgânico. Este é um elemento alcalino que ajuda a neutralizar a acidez e que é importante para a formação de glóbulos vermelhos no sangue, pelo que proporciona resistência e energia. Este ferro actua conjuntamente com o cobre – elemento de que a beterraba vermelha também é rica – para combater a anemia. Possui também potássio, silício, sódio e cloro. É um dos poucos alimentos que contém zinco, o que lhe aumenta a importância, pelo valor deste elemento (que funciona em conexão com o fósforo) na manutenção dos tecidos cerebrais e na profilaxia prostática. Entre todos os alimentos, é o mais rico em manganés, que tem efeito regulador das funções das glândulas de secreção interna. Além disso, influi no transporte do oxigénio dos pulmões a todas as células do organismo, activa o fígado e acalma os nervos, quando excitados por um esforço excessivo.

No que respeita às vitaminas, a beterraba vermelha é uma boa fonte de ácido fólico (vitamina B9, B10 ou B14), e contrariamente ao que ocorre noutros alimentos, a sua vitamina C aumenta em função do seu armazenamento.

O corante activo vermelho–violáceo das beterrabas denomina-se betanina. A indústria tira partido do mesmo para colorir iogurtes de fruta e outros alimentos. Também no lar, umas gotas de suco de beterraba vermelha na água da cocção de massa, de sopa ou de batatas destinadas a elaborar puré, coram agradavelmente o prato.

Cortadas em bocados e cozidas com a beterraba vermelha, as hortaliças de Outono (aipo, cebolas, etc.) fazem um guisado com um bonito efeito de tons vermelhos.

 

Brassica napus (Nabo)

O nabo é a raiz de uma planta da família das crucíferas. Pode encontrar-se com forma globulosa, alongada, pontiaguda ou cilíndrica. A cor da sua casca e da sua polpa é geralmente branca, com um tom amarelado e às vezes com certo efeito de tonalidade vermelha ou violeta, segundo as variedades, que são numerosíssimas. Umas utilizam-se para o consumo humano e outras para alimentação do gado.

É um alimento pouco relevante do ponto de vista gastronómico, não passando de mero acompanhante de outros vegetais em sopas e ornamentos, mas o seu valor dietético é evidente, devido ao alto aporte vitamínico e ao seu elevado teor em fibra vegetal, que favorece o trânsito intestinal e impede ou diminui a absorção de colesterol.

A sua análises revela a presença de numerosos sais minerais: cálcio, fósforo, potássio, magnésio, enxofre, iodo e arsénico. Tem 5,9 a 7,4% de hidratos de carbono, e vitaminas A, B e C. A sua riqueza em vitamina C torna-a útil como prevenção de enfermidades infecciosas.

É recomendável às pessoas hipertensas, com tendência para a obesidade e aos diabéticos. Tem também propriedades emolientes, diuréticas e vermífugas. Foi considerado pelo povo como um excelente remédio contra a icterícia e para os casos de irritação gastro–hepática.

 

Citrus limo­num (Designação Geral)

Citrus Medica L. (Só a Planta)

Limon L. (Só o Fruto)

(Limão, Limão–Azedo, Limoeiro–Azedo, Limoeiro–Galego)

Fontes: Medicina Vegetal. V. L. Ferrandiz. Ediciones Cedel. Barcelona. 4ª. Edição. 1990, e Plantas Que Curam. Editora Três. Brasil

Características Botânicas

Planta da família das Rutáceas, originária da Ásia, mais concreta­mente da Índia. O caule apresenta mui­tos ramos espinhosos nas re­giões delga­das; as folhas são alternas, elíptico–lanceola­das ou ovaladas, com o pecíolo não ou muito pouco alado, verde–brilhantes ou verde–amareladas, com nervuras sali­en­tes; as flores são numero­sas, dispostas em cachos axilares e terminais, internamente brancas e externamente verme­lho–violáceas; os frutos – limões – são ge­ralmente em forma de ba­gas oblongas ou ovói­des, ou globoso–ovóides, mais ou menos mamilosos (protuberância có­nica na ex­tremi­dade), em geral grandes, muito verrugosos (saliências na casca), amarelos quando ma­duros, com o mesocarpo muito espesso e a polpa acídula. Como configuração geral, podemos descrever esta espécie botânica como uma pequena árvore ou ar­busto muito harmonioso, asse­melhado à laran­jeira e conhecido em todo o mundo. Em plena liber­dade (longe de podas e outras atrocidades), pode atingir cinco metros de altura e apre­sentar frutos maiores e mais abundan­tes.

Variedades

Existem diversas Variedades, destacando-se as eureca; redondo; chinês; galego; canudo; siciliano e taiti, etc..

Cultivo

Cultiva-se de modo semelhante à laranjeira e a colheita principal pode efectuar-se, conforme as espécies, nas mudanças de estação: uns na Primavera/Verão e outros no Outono/Inverno. Os limões podem conser­var-se indefinidamente manti­dos em água salgada ou totalmente enterrados em sal.

Designações Internacionais

·   Alemanha: citronenbaum; zitronenbaum;

·   China: neng mong;

·   Espanha: limonero (caste­lhano); llimoner (catalão);

·   França: citronnier; citron:

·   Índia: simbi (concani); mith limbi;

·   Inglaterra: lemon tree; lemon;

·   Itália: limone;

·   Timor: dáru-mina (tétum); déroc-mácin.

Distribuição Geográfica

Encontra-se espalhado por todo o mundo, sendo particular­mente cultivado em toda a região mediterrânea, Aço­res, Madeira, países africanos que Portugal colonizou, e Brasil.

Composição Química:

·   Ácido cítrico: polpa do fruto (abun­dância); sumo do fruto;

·   Ácido gálico: casca do fruto;

·   Ácido málico: sumo do fruto;

·   Amargos (matéria amarga): sumo do fruto;

·   Aurantina (um princípio activo amargo): casca do fruto;

·   Goma: sumo do fruto;

·   Hesperidina (um princípio activo resi­noso): casca do fruto;

·   Óleo essencial (volátil, amarelo, fluido, um pouco turvo e de cor suave): casca do fruto;

·   Vitamina A: polpa do fruto;

·   Vitamina B1: polpa do fruto;

·   Vitamina B2: polpa do fruto;

·   Vitamina C: polpa do fruto;

Propriedades medicinais

·   Casca: carminativa, sudorífica, tónicas.

·   Flores: anti–depressivas.

·   Folhas: anti–depressivas, antiespasmódicas, sudoríficas, tónicas.

·   Fruto: descongestionante, desinfectantes. 

·   Óleo essencial: ténia–expulsante.

·   Sementes: vermífugas.

·   Sumo: alcalinizante do sangue, anti–broncopneumoneico, anti–amigdalítico, anti–artrítico, anti–blenorrágo, anti–cancerí­geno, anti–escorbútico, anti–escrofuloso, antiespasmódico, anti–hemorrágico, anti–nefrí­tico, anti–nevrálgico, anti–piorreico (e cáries), antipirético, anti–purpural, anti–raquítico, anti–reumatismal (incluindo o poliarti­cular), anti–sifilítico; diurético, refrescante, secretor digestivo.

Aplicações Terapêuticas

A utilização terapêutica do limão é muito antiga, e a ele se tem atribuído a cura de uma infinidade de enfermidades, das quais se nomeiam em seguida algumas. As indicações prescritas são explicadas em “Formas de utiliza­ção” (os casos sem especificação – bem como todos os outros – poderão ser encami­nhados para a “cura de limão”).

Formas de Utilização

·   CHÁ: cozimento ou infusão da casca;

·   SUMO: bebido e em aplicações locais;

·   COLUTÓRIO: dissolver o sumo de um limão numa colherinha de água morna, para bochechos e gargarejos, várias vezes ao dia;

·   CURA DE LIMÃO: 1º. dia – 50g de sumo com um pouco de água, repar­tindo-se por 3 tomas: 1 em jejum e as outras ½ hora antes das re­feições; aumenta-se 50g por dia até ao 10º. dia, sempre repartindo a dose por 3 tomas diárias; mantém-se esta quantidade diária (500g) por uma semana; em seguida, vai-se diminuindo 50g por dia até chegar a 50g; interrompe-se o tratamento por 10 dias, e re­pete-se depois todo o ciclo antes descrito. Vai-se procedendo desta forma até à obtenção da cura, e logo que se obtenha o resultado desejado, completa-se o ciclo decrescente e dá-se por terminado o tratamento;

·   LIMONADA: sumo de 1 limão misturado com ¼ de litro de água fria, adoçado com açúcar mascavado ou preferencialmente com mel;

·   ÓLEO ESSENCIAL (obtido por raspagem e prensagem dos alvéolos da casca, sendo preferível adquiri-lo numa loja herbomedicinal): ingerir 2 a 4 gotas simples, ou com água morna, ou num torrão de açúcar mascavado, ou segundo outras eventuais prescrições. Não devem utilizar-se óleos essenciais sem um prévio estudo da matéria médica correspondente.

Listagem Alfabética de Prescrições

§         acidez gástrica; acidez sanguínea: sumo;

§         ácido úrico, acne; adenite; afonia; afta; albuminúria; amenorreia; cura de limão;

§         amigdalite: sumo do fruto em gar­garejos e boche­chos; limo­nadas com mel; colutó­rio;

§         analgesia; anemia; angina de peito; antraz: cura de limão; anúria: sumo do fruto em temperos e em limonadas;

§         apendicite; apoplexia; arteriosclerose; artritismo; asma; astenia; beribéri: blenorragia: cura de limão;

§         boca inflamada: colutório;

§         bócio; broncopneumonia; cãibra; cálculos; caspa; catarro; ciática; cirrose; congestão; conjuntivite; coriza; diabetes; difteria; dismenorreia; dispepsia; distúrbios nervo­sos; edema; endometrite; enterocolite; envenenamento; enxaqueca; epilepsia; epistaxe; cura de limão;

§         escorbuto: limona­das com mel;

§         escrofulose; esterilidade: cura de limão;

§         estomatite: sumo do fruto em gar­garejos e boche­chos e cura de limão;

§         faringite; febre; feridas; fístulas; flebite; frieiras; furunculose: cura de limão;

§         gangrena: cura de limão; limona­das com mel;

§         garganta infla­mada: colutório;

§         gengivite; gota: cura de limão;

§         gripes: sumo de 5 limões durante 3 a 4 dias (reparti­dos por 3 to­mas/dia;

§         hemoptise: cura de limão;

§         hemorragias diversas (feridas, epistáxis, etc.): aplicação do sumo;

§         hemorróidas; hepatite; herpes; hidropisia; icterícia; inapetência: cura de limão;

§         inflamações da boca e da gar­ganta: colutório;

§         insónia; insuficiência cardíaca; intoxicações; laringite; lepra; leucorreia; linfagite; mau hálito; mordidas; nefrite; nervosismo: cura de limão;

§         nevralgia; panarício; paralisia; picadas; piorreia; prostatite; psoríase: cura de limão; depois, sumo do fruto em tempe­ros e em limo­nadas;

§         púrpura: limona­das com mel;

§         raquitismo: cura de limão;

§         refrescante: sumo do fruto em temperos e em limonadas;

§         resfriados: sumo de 5 limões du­rante 3 a 4 dias (repartidos por 3 tomas/dia);

§         retenção de urina: sumo do fruto em temperos e em limonadas;

§         reumatismo (in­cluindo o poliar­ticular): sumo do fruto em fric­ções sobre os sítios doridos; limona­das com mel;

§         rosto (espinhas): polpa do limão colocada todos os dias no rosto, durante dez minutos, tendo cuidado com o sol durante o tratamento;

§         sangue impuro; sarampo; sarna; sífilis; sinusite: cura de limão;

§         sudorífico: chá de limão, feito com o cozimento ou infusão da casca;

§         ténia: óleo essencial;

§         tifo: cura de limão;

§         tosses rebeldes: sumo de limão batido com mel, tomado vá­rias vezes ao dia em colher de sopa ou de chá (con­forme as idades);

§         toxemia; traumatismo; tuberculose; tumores; úlceras gástricas; ureia; uretrite: cura de limão;

§         urinas presas: sumo do fruto em temperos e em limonadas;

§         urticária; varíola: cura de limão;

§         vermes intestinais: cozimento das sementes;

§         vómitos; zumbidos: cura de limão.

Outros Usos

·         Caseiros: na limpeza de objectos;

·         Industriais: licores e confeitarias.

 

Daucus carota (Cenoura)

É uma planta herbácea, da família das umbelíferas. Partindo duma forma silvestre que ainda cresce na Europa meridional e na Ásia, obtiveram-se no século XVI algumas variedades comestíveis às quais se atribuíram virtudes "perspirantes e ruborizantes", pelo que se acreditava "incitarem à luxúria".

A maior parte das cenouras são de cor vermelha alaranjada, mas existem variedades asiáticas de cor violeta e também variedades brancas cultivadas nos Estados Unidos.

Graças à dietética moderna, sabe-se que esta planta constitui um "concentrado" de vitaminas, possuindo entre 2 a 7 mg por 100g de caroteno ou provitamina A (que se transforma em vitamina no fígado), contendo uma pequena quantidade de vitamina A já formada, notáveis quantidades de vitaminas do grupo B, e, em dose mais reduzida, vitamina C.

Quanto a minerais, integra magnésio, ferro, cálcio, potássio, fósforo, arsénico, níquel, cobre, iodo e manganês, destacando-se pela quantidade os sais de potássio e fósforo. Também apresenta óleos essenciais e pectina, matéria que fomenta a formação da gelatina.

O seu teor em hidratos de carbono é reduzido, pelo que é um erro pensar-se que, pelo seu sabor adocicado, os diabéticos não poderiam comê-las.

Como propriedades fisiobiológicas, há a assinalar que são diuréticas, purificadoras, emolientes, peitorais e reguladoras, fluidificantes da bílis, regularizadoras das funções digestivas, estimulantes do peristaltismo intestinal, renovadoras do sangue – multiplicando o número de glóbulos vermelhos –, estimulantes do mecanismo autodefensivo e favorecedoras da cicatrização das feridas. Na infância, as cenouras cruas raladas dão eficazes resultados no caso de retardamento do crescimento, dentição defeituosa ou falta de resistência às infecções. Na mulher lactante, favorece a secreção de leite e torna este mais saudável para o bebé.

Recentes investigações, efectuadas por cientistas russos, permitiram encontrar na cenoura uma substância que desempenha um papel vasodilatador.

As curas de cenouras permitem solucionar em duas ou três semanas as gastrenterites (diarreias verdes, às vezes mortais), e são de extrema utilidade em muitas outras enfermidades (xeroftalmia, caquexia extrema, desnutrição patológica e inclusive cancro), onde produzem resultados espectaculares. Mas para se obter um melhor aproveitamento da terapêutica da cenoura o do seu sumo, deve fazer-se coincidir esta com uma dieta hipotóxica, relaxação psicossomática e outras terapias adequadas, segundo o estado geral do paciente.

Contrariamente ao quer se poderá supor, não apenas a raiz tem propriedades medicinais. Também se podem obter grandes benefícios das suas folhas, flores e sementes.

As folhas esmagadas servem para curar feridas, e aplicadas com mel limpam as chagas supurantes ou ulcerosas.

Previamente submetidas a uma rápida cocção, em pouca água, ou acrescentadas a uma sopa de verduras, as folhas são muito agradáveis, podem comer-se e operam como grande depurativo.

O cozimento de um punhado de folhas, fervidas durante 5 minutos num litro de água, constitui um grande depurativo e emprega-se com eficácia nas erupções da cútis ou nas chagas. Toma-se em chávenas várias vezes ao dia.

As sementes têm sido usadas como aperitivas e carminativas, emenagogas (estimulantes do fluxo menstrual) e anti–helmínticas (contra os vermes intestinais). Tomam-se entre 10 a 15 gramas de sementes e cozem-se num litro de água durante um tempo prolongado. Toma-se duas chávenas por dia, uma pela manhã e outra pela noite ao deitar. Esta bebida opera maravilhas nos casos de catarros bronquiais, na alteração do ciclo menstrual e nas mudanças de humor.

Uma grama de sementes moídas, com um pouco de mel ou simplesmente em água, servem contra o eczema húmido e a insuficiente secreção de urina, assim como para o mal de pedra. Toma-se quatro vezes ao dia.

Resumo das Propriedades Medicinais Tradicionais da Cenoura

É rica em vitamina A. Exerce acção diurética e depurativa. O seu consumo é recomendado para fortalecer os olhos. Mineralizadora por excelência, o seu sumo é bem tolerado na infância, usando-se para reforçar a alimentação, especialmente em casos de debilidade ou falta de cálcio. Cozida tem efeitos anti-diarreicos.

 

Muscari comosu (Cebolão ou Jacinto–das–Cearas)

O Cebolão, apesar desta designação, faz parte de outra família, sendo o seu nome mais vulgar "Jacinto – das – Cearas". Não conhecemos o suficiente desta planta para a podermos recomendar sem reservas, e verificámos que vários dos conceituados botânicos se referem à espécie vegetal, descrevendo-a pormenorizadamente, mas sem lhe atribuir propriedades alimentares nem indicar que pode ser consumida sem perigo. Por esse motivo, aconselhamos a que, antes de efectuar um estudo mais aprofundado, de uma fonte segura, não a utilize. A informação que se segue, resultante de recolha efectuada, deve ser aceite apenas a título informativo:

"Os seus bolbos têm um sabor amargo pelo que há que fervê-los em água ligeiramente acidulada. Uma vez cozidos, conservam-se em vinagre ou em azeite até que se utilizem como enfeite. Possuem uma acção aperitiva e diurética. Trata-se de uma planta protegida na Europa".

 

Pastinaca sativa L. (Pastinaga, Chirívia, ou Quirívia)

A pastinaga é uma planta cultivada principalmente como forrageira, mas também serve para a alimentação humana. A sua exposição nos mercados passa despercebida, apesar de, pelas suas qualidades, merecer uma maior atenção e dever colocar-se ao mesmo nível comercial das restantes hortaliças que se consomem diariamente.

As propriedades desta saborosa e nutritiva raiz carnuda fazem dela um extraordinário alimento, superior à própria cenoura. É muito rica em vitaminas B1 e C. A sua digestibilidade é grande e a sua assimilação fácil. Consome-se cozida ou como guarnição em diversos pratos, tal como se utilizam as cenouras e os nabos, mas a sua principal aplicação encontra-se na preparação de exóticos caldos, onde oferece todo o seu sabor e propriedades anti–reumáticas.

 

Raphanus sativus (Rabanetes e Rábanos)

Esta designação botânica é extensiva a 8 variedades da planta)

Rabanetes

São uma variedade do rábano, podendo ser de forma redonda ou alongada e de 2 a 5 cm de diâmetro. As suas folhas estão cobertas de pelos um pouco desagradáveis ao tacto. Os seus principais componentes são os sais minerais – magnésio, iodo e enxofre; e as vitaminas B, C e P. São aperitivos, antiescorbúticos, anti–raquíticos, anti-sépticos, peitorais e estimulantes renais e hepáticos.

Ao comprá-los observar-se-á se estão frescos, sem manchas nem machucaduras, e com as folhas luzidias e verdes. Para os guardar, cortam-se as folhas junto à raiz. As folhas lavadas são enfiadas num saco de plástico e podem guardar-se por dois ou três dias no refrigerador. Consomem-se cruas, em saladas, ou refogadas, como os espinafres. Os rabanetes, também lavados e em saco de plástico, podem conservar-se no frigorífico uma semana ou mais. São geralmente apreciados pelo seu sabor picante e o seu colorido. Adicionam-se às saladas inteiros, cortados em quatro pedaços ou em rodelas, dando um aspecto alegre e decorativo.

Rábanos

Os egiptólogos descobriram na pirâmide de Kéops uma inscrição que mencionava o consumo de rábanos pelos obreiros. Esta hortaliça possui propriedades aperitivas e estimulantes da digestão. É rica em sais minerais, sobretudo em magnésio e enxofre. Graças à sua vitamina C é antiescorbútica. o iodo que encerra, em apreciáveis proporções torna-a recomendável para os raquíticos, particularmente os que sofram de insuficiência tiroidiana.

É um desinfectante do fígado. O seu sumo possui o poder de contrair repetidamente a vesícula, obrigando-a a vazar-se sem dor e assim restabelecer o seu funcionamento normal. Um cálice do mesmo, tomado três vezes ao dia, cura rapidamente a icterícia.

Propriedades Medicinais que Tradicionalmente se atribuem aos Rábanos

Tónicos e estimulantes pelos seus sais. Recomendados aos anémicos e aos hipotensos. São ricos em ferro, fósforo, vitamina C e outros elementos reconstituintes e antibióticos.

 

Tragopogon porrifolius L. (Cersefi)

O Cersefi é também conhecido por “Barba–de–Bode”. Trata-se de uma raiz comestível, cilíndrica e alongada, de 30 a 40 centímetros de comprimento e 2 cm de grossura. Tem uma cor exterior castanho escura, ponta afilada, e contém uma parte carnosa branco grisáceo no seu interior, que é tenra e nutritiva.

O seu uso culinário está pouco generalizado, mas pode encontrar-se nos bons mercados entre os meses de Novembro a Março. Com frequência é importado da Bélgica ou da França, onde existe uma tradição mais antiga do seu cultivo e comércio. É semelhante e confunde-se com a Scorzonera hipanica, que tem valores nutritivos idênticos e até um pouco mais de hidratos de carbono (+20%), mas com raízes menos volumosas.

Composição do Cersefi: água, 81,5%; proteínas, 4,09%; gorduras, 1,18%; açúcar, 10,35%; celulose, 2,1%; cinzas, 0,78%.

A sua digestão é fácil. O equilíbrio desta hortaliça é excelente graças à sua riqueza em proteínas e sais minerais: cobalto, manganês, silício, potássio e alumínio. Também contém vitaminas B1, B2 e C, mas, contrariamente a outras raízes, não apresenta carotenos.

Do ponto de vista medicinal, encerra insulina, princípio activo cuja acção é eficaz contra a gota e o reumatismo. Também exerce acção como descongestionante dos rins, do fígado e dos intestinos.

 

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