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A DINASTIA DE BRAGANÇA, 1640-1910

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Duquesa de Mântua

 

1º de Dezembro de 1640 
 
Golpe palaciano que pôs fim a 60 anos de governo filipino em Portugal e colocou no trono o duque de Bragança, D. João IV. A 1 de Dezembro de 1640, um grupo de conjurados, membros da nobreza portuguesa, atacou o paço da Ribeira, prendendo a vice-rainha, a duquesa de Mântua, e matando o secretário de estado, Miguel de Vasconcelos. Poucos meses depois (Janeiro de 1641), era jurado o novo rei, repondo-se a legitimidade dinástica anterior a 1580.

A conjura dava tradução política ao divórcio que se vinha gerando entre os interesses portugueses e os espanhóis, cuja aproximação, por sua vez, estivera na origem da união dinástica de 1580. Sobretudo a partir de 1620, operara-se uma viragem na conjuntura económica e social. 
 

D. João IV

 
D. João IV (1640 - 1656)
 
Ainda que as cortes confirmaram a ascensão da dinastia de Bragança e a coroação de João IV em 28 de Janeiro de 1641, o sucesso do novo regime não foi assegurado senão em 1668 quando a Espanha reconheceu a independência de Portugal.
 
Par poder enfrentar o perigo das invasão Espanhola, João IV mandou emissários a todas as cortes da Europa para conseguir alianças. A França recusou um tratado formal, Os Holandeses que se tinham apoderado do nordeste do Brasil, aceitaram tréguas na Europa mas capturaram Angola aos Portugueses.
 
João IV fez um tratado (1641) com Carlos I de Inglaterra, que foi cancelado devido à sua execução (1649). Entretanto, os portugueses bateram os espanhóis no Montijo (26 de Março de 1644) e defenderam-se de várias invasões. Em 1654 negociaram um tratado com a Inglaterra, conseguindo ajuda para concessões comerciais.
 
 
 
Os Holandeses foram finalmente expulsos do Pernambuco no nordeste do Brasil . Num artigo secreto do Tratado dos Pirinéus (1659), a França prometeu à Espanha não dar mais ajuda a Portugal, mas em 1661 Portugal assinou um tratado com a restaurada monarquia Inglesa. Em 1662 Charles II de Inglaterra casou com a filha de João IV, Catarina de Bragança que levou como dote Bombaim e Tanger, e os ingleses forneceram homens e armas para a guerra com a Espanha.
 
A defesa de Portugal foi organizada por um soldado alemão Friedrich Hermann von Schönberg (mais tarde duque de Schönberg); em Junho de 1663 Sancho Manuel, conde de Vila Flor, derrotou Don Juan de Austria no Ameixial, e em Junho de 1665 von Schönberg ganhou a importante batalha de Montes Claros. A paz foi finalmente feita pelo tratado de Lisboa em 1668.

D. João IV era filho de Teodósio II, sétimo Duque de Bragança e de Ana Velasco y Girón, dama espanhola, e nasceu em Vila Viçosa a 19 de Março de 1604 e faleceu .em Lisboa, no Palácio da Ribeira, a 6 de Novembro de 1656. Casou em Elvas, com D. Luísa de Gusmão a 12 de Janeiro de 1633. João IV de Portugal herdou o senhorio da casa ducal em 1630 como D. João II e foi o 8º duque de Bragança, 5º duque de Guimarães e terceiro duque de Barcelos. Por via paterna era trineto do rei Manuel I de Portugal, através da duquesa D. Catarina, infanta de Portugal, sua avó paterna.

Nossa Senhora da Conceição - Rainha de Portugal (1646)

Em 1646, em 8 de Dezembro, D. João IV coroou em Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, proclamando-a rainha de Portugal’. A partir dessa altura, mais nenhum monarca português usou coroa na cabeça.

Tratados na História de Portugal

 

Batalhas da Restauração

Afonso VI

 
Afonso VI (1656 -1683)
 
Quando morreu João IV, o seu filho Afonso VI (1656-83) tinha 13 anos de idade. A mãe de Afonso, Luísa de Gusmão, actuou como regente até que, em Junho de 1662, ele começou a governar. Afonso VI era de mente e  espírito fraco, mas o país foi bem governado por Luís de Vasconcelos e Sousa, conde de Castelo Melhor, até 1667.
 
A princesa francesa Maria Francisca de Sabóia, (mademoiselle D`Aumale e neta de Henrique IV) que tinha casado com Afonso VI no ano anterior, apaixonou-se pelo irmão do rei, Pedro (depois Pedro II) que era senhor de uma personalidade muito mais forte e normal, e juntos começaram a intrigar contra o rei.
Conseguiram demitir Castelo Melhor e anular o casamento de Maria Francisca, que fugindo do marido, tinha ido para um convento, e intentou contra ele um processo escandaloso. A rainha , obtida do Papa a anulação do casamento, casou com Pedro e este declarou-se regente. Afonso VI foi preso e permaneceu encarcerado até à sua morte.
 
D. Afonso VI, nasceu em Lisboa filho de D. João IV e de D. Luísa de Gusmão. Casou por procuração em 27 de Junho de 1666 com Maria Francisca Isabel, Mademoiselle de Aumalle. Morreu em Sintra em 12 de Agosto de 1683.
 
 

 

 

Pedro II

Pedro II ( 1683 - 1706)
 
Durante o reinado de Pedro II, Portugal recuperou do esforço das guerras contra Espanha e começou a beneficiar da descoberta de ouro e pedras preciosas no Brasil. O primeiro embarque de ouro em Minas Gerais fez-se em 1693, e nos últimos anos do século XVII foram extraídas consideráveis riquezas; contudo, foi só em 1728 , já no reinado de D. João V, que os diamantes foram descobertos. Portanto, a riqueza mineral do Brasil fornecia a coroa Portuguesa da parte substancial das suas entradas.
 
Os diamantes, propriedade da coroa, e vendidos por conta da Fazenda Nacional em Amesterdão, rendiam por ano milhão e meio de cruzados.
 
 
O Século XVIII.
 
A Guerra de Sucessão de Espanha (1701-13) viu os aliados recentes de Portugal, França e Inglaterra, em lados opostos; e ainda que Pedro II pensou em princípio permanecer neutral, Portugal juntou-se à Grande Aliança Austro-Inglesa em 1703, que foi a base para que o arquiduque Carlos (mais tarde imperador como Carlos VI) conduzisse a sua guerra para o trono de Espanha.
 
No mesmo ano (27 de Dezembro) o enviado Inglês Jonh Methuen, concluiu também o tratado de Methuen , pelo qual as trocas de vinho do porto por tecidos de lã ingleses, foram a principal base deste tratado. Este tratado assegurou também grandes privilégios, aos comerciantes ingleses.
 
O general português António Luís e Sousa, marquês das Minas entrou em Madrid em 1706; mas os franceses e espanhóis saíram vitoriosos em Almansa (1707), e em !771 o almirante francês René Duguay-Trouin saqueou o Rio de Janeiro. . Com a conclusão da guerra, Portugal negociou um tratado de paz com a França (Abril de 1713) mas não concluiu a paz com Espanha até 1715. 
 
D. Pedro II que nasceu em Lisboa em 6 de Janeiro de 1668 e faleceu no Palácio de Palhavã a 21 de Outubro de 1690, foi casado primeiramente com a sua cunhada D. Maria Francisca Isabel de Sabóia de quem teve uma filha. Casou depois com D. Maria Sofia de Newburg ( 1666-1699) de quem teve 8 filhos.
 

 

D.João V

 

D. João V - O Magnífico (1706 - 1750)

No reinado de D.João V , Portugal atingiu um grau de prosperidade ainda nunca conseguido desde a restauração. O imposto real de um quinto sobre o ouro, e as pedras preciosas do Brasil, - só os diamantes, propriedade da coroa, e vendidos por conta da Fazenda Nacional em Amsterdão, rendiam por ano milhão e meio de cruzados - davam assim ao monarca uma fonte de riqueza forte e independente.
 
Michel Chevalier estima em 1.342.300 quilos a produção de ouro do Brasil até 1848. Soetbeer, Alexandre del Mar , Humbolt e outros, calcularam a produção aurífera do Brasil no valor monetário de 160.000.000 libras.
 
Embora o ouro do Brasil fosse controlado por Portugal e embarcado para Lisboa, ele não permanecia aqui. A Inglaterra, de acordo com o Tratado de Methuen, de 1703, supria Portugal com produtos têxteis e outros, que eram pagos com o ouro das minas brasileiras. O ouro brasileiro que ia para Londres ajudou a financiar a Revolução Industrial Inglesa e a criar, a hoje famosa Bolsa de Londres.
 
Hoje, e apenas como exercício mental, e aceitando como certos os números indicados, ao preço de 2 contos o grama, teríamos cerca de 3.000 milhões de contos). A coroa recebia um quinto deste valor.
 
As Cortes, que tinham sido reunidas raras vezes desde 1640, nunca mais foram convocadas, e o governos e os ministros eram indicados pelo próprio rei. João V desejava a autoridade absoluta que desfrutava em França, Luís XIV.
 

A Figura de D. João v       O Convento  ou Basílica de Mafra

 
Como converteu parte das suas riquezas em dignidades papais, o arcebispo de Lisboa tornou-se patriarca (1716), vestindo paramentos como os do papa ( excepto a cor ), e de seguir uma liturgia como as dos cardeais de Roma, e de ostentar, ele soberano, o título de " fidelíssimo ", dado pelo papa Benedito XIV em 1749 .
 
Inaugurou academias reais, palácios ( Convento de Mafra e outros) e livrarias, mas nos anos finais do seu reinado os ministros foram incompetentes, e o reino estagnou. 
 
Auxiliou Veneza e o papa Clemente XI, na sua defesa contra os Turcos, onde o conde do Rio Grande, comandando a armada portuguesa (os franceses tinham-se retirado) derrotou os turcos na batalha naval do cabo de Matapan.
 

     

     evolução Técnica na Dinastia de Bragança

  D. José I

 

D. José I (1750 -1777)

Com a morte de João V, o seu filho José  foi nomeado primeiro ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, mais tarde conde de Oeiras e marquês de Pombal. , que rapidamente ganhou uma ascendência total sobre o rei e convenceu-o a substituir o absolutismo estático da monarquia por um tipo de despotismo ilustrado que, com algumas reservas, merece o epíteto assinalado.
 
Os seus poderem totais datam desde que conseguiu manejar com eficiência a crise provocada pelo desastroso terramoto de Lisboa; mas antes disto tinha reformado o comércio do açúcar e dos diamantes (1750), e formado uma companhia com privilégios para controlar a indústria da sardinha e do atum no Algarve e outras para comerciar com o nordeste do Brasil.
 
 

 

O Terramoto de Lisboa

 
Os métodos de Pombal eram muitas vezes arbitrários, e os seus inimigos numerosos. A sua reforma da indústria do vinho, provocou uma desordem no Porto (1757) que foi severamente reprimida; mas as principais vítimas foram os Jesuítas, expulsos em 1759 de todos os domínios portugueses, e a nobreza, em particular José Mascarenhas, duque de Aveiro, e a família Távora, que foram acusados de um ataque contra o Rei (3 de Setembro de 1758), condenados, e executados ( 12 de Janeiro de 1759).

O Processo dos Távoras

Como Pombal eliminou os Jesuítas do sistema de educação, aplicou princípios régios na reforma da Universidade de Coimbra (1772) e o conselho real de censura (1768), que supervisionava o sistema da educação básica desde 1771. Pombal tinha conseguido cortar regalias aos comerciantes ingleses, mas mesmo assim, invocou a aliança com Inglaterra em 1762, quando a Espanha, que tinha renovado a aliança da família Bourbon com França, invadiu Portugal.
 

O exército português foi reformado por Wilhelm von Schaumburg-Lippe, e reforçado por uma força inglesa comandada por James O`Hara e Jonh Cambell. A paz foi assinada em em Fevereiro de 1763 em Fontainebleau.

História da PSP

 

 

 
D. Maria I (1777 - 1816 )- A Piedosa - A Pia ou a Louca
 
Com a morte de José I (24 de Fevereiro de 1777), a sua filha D. Maria I (1777-1816), casada em 1760 com o seu tio, Pedro III, subiu ao trono.
 
O marquês de Pombal foi demitido (1777) e foi eventualmente encontrado culpado de várias acusações. Os seus sucessores fizeram a paz com Espanha, pelo tratado de San Ildefonso (1777).
 
 

 

      A figura de D. Maria I

D. Maria I nasceu em  Lisboa, em 17 de Dezembro de 1734 e  faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de Março de 1816). Jaz na Basílica da Estrela, em Lisboa, para onde foi transladada. Baptizada Infanta Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana, foi Rainha de Portugal entre 1777 e 1816, sucedendo ao seu pai, o rei José I. D. Maria foi ainda Princesa do Brasil, Princesa da Beira e Duquesa de Bragança.

Ficou conhecida pelo cognome de A Piedosa ou a A Pia, devido à sua extrema devoção religiosa. Foi ela, por exemplo, que mandou construir a Basílica da Estrela em Lisboa, com o seu elevado zimbório, para contrariar as antigas ordens de Pombal, que na reconstrução da Baixa Pombalina, não permitiu que qualquer igreja fosse mais alta que os prédios circundantes. Ficou também conhecida como  A Louca, devido à doença mental manifestada com veemência nos últimos 24 anos de vida.

 
D. Maria I, muito perturbada pelo Terramoto de Lisboa, e a execução dos Távoras a que teve que assistir, sofria também de melancolia desde a morte do seu tio e marido D. Pedro III em 1786 e do seu filho mais velho D. José Príncipe do Brasil, que morreu de varíola em 1788. D. Maria por motivos religiosos, tinha recusado a vacinação do filho. Em 1792 o seu equilíbrio mental ficou ainda mais perturbado pelas notícias da Revolução Francesa, e a execução da família real francesa, ficando assim impossibilitada de governar.
 

 As Invasões Francesas

D. João VI

 
D. João VI ( 1816 - 1826 )
 
O seu segundo filho, que à sua morte se tornou João VI (1816-26), governou primeiramente em seu nome e em 1799 tornou-se príncipe regente. Em 1793 Portugal juntou-se à Inglaterra e Espanha contra a  França, mandando uma divisão naval para assistir à esquadra Inglesa no Mediterrâneo e um exército para a frente catalã. A paz de Basileia (Julho de 1795), na qual a Espanha abandonou os seus aliados, deixou Portugal ainda na guerra.
 
D. João VI faleceu em Março de 1826 após adoecer por alguns dias. Da sua "causa mortis", suspeitou-se ter sido por envenenamento. Recentemente uma equipa de pesquisadores exumou o pote de cerâmica chinesa que continha as suas vísceras e que se encontrava enterrado sob as lajes da capela dos Meninos da Palhavã no mosteiro de São Vicente de Fora.
 
Pedaços do seu coração foram re-hidratados e submetidos a análises, num estudo dirigido pelo Prof. Doutor Armando Santinho Cunha, o que veio a comprovar a suspeita de envenenamento por arsénico.
 

A Figura de D. João VI  

Ainda que sujeito a pressão do Directório Francês e do Ministro espanhol, Manuel de Godoy, Portugal não foi molestado até 1801, quando Godoy mandou um ultimato e invadiu o Alentejo. Pela paz de Badajoz (Junho de 1801), Portugal perdeu a cidade de Olivença e teve de pagar uma indemnização.
 
Desde a paz de Amiens(1802) até (1807) Portugal ficou mais uma vez imune de qualquer ataque, ainda que sujeito a constante pressão para quebrar os laços com a Inglaterra. Pelo decreto de Berlim de 21 de Novembro de 1806, Napoleão pensou fechar todos os portos continentais aos barcos ingleses.
 
Portugal foi convidado a permanecer neutro, mas o tratado secreto Franco-Espanhol de Fontainebleau em Outubro de 1807, considerava a divisão de Portugal entre Napoleão I e Godoy.
 
 
A Invasão de Portugal
 
As Guerras Napoleónicas ou a Guerra Peninsular
 

A Guerra Peninsular, em que se empenharam as forças militares portuguesas entre 1807 e 1814, constituiu um evento de profunda repercussão em Portugal, Espanha, Grã-Bretanha e França, países europeus que a história, entretanto, aproximou.

A Nação armada repeliu os invasores franceses e o exército Português prosseguiu as campanhas de Espanha e de França até à vitória final em Toulouse a 10 de Abril de 1814.

O General Andoche Junot atravessou a Espanha com um exército francês para invadir Portugal, e o príncipe regente, a família real e corte embarcaram numa esquadra fundeada no rio Tejo e foram escoltados por barcos de guerra Inglesa até ao Brasil.
 
A corte permaneceu 14 anos no Rio de Janeiro.
 
 
1ª Invasão Francesa - Junot - Jean-Andoche Junot, Duque de Abrantes
 
Junot declarou que os Braganças tinham sido depostos, mas a sua ocupação foi desafiada em Agosto de 1808 pela chegada de Arthur Wellesley ( mais tarde duque de Wellington) e um exército inglês de 13.500 homens à baía do Mondego. Ganhando as victórias de Roliça (17 de Agosto) e Vimeiro (21 de Agosto), Wellesley permitiu aos seus superiores negociar a Convenção de Sintra (31 de Agosto), pela qual foi permitido a Junot abandonar Portugal levando todo o seu exército.
 
 
2ª Invasão Francesa - Soult - Nicolas Jean de Dieu Soult
 
A segunda invasão francesa (1808-09) levou à morte Jonh Moore na Corunha (Janeiro de 1809) e ao reembarque das forças britânicas. Em Fevereiro, William Carr (depois visconde) Beresford foi posto no comando do exército Português, e em Março o Marechal N.J. de Dieu Soult avançou desde a Galiza e tomou o Porto.
 
Wellesley regressou a Portugal em Abril, afastou Soult do norte, e depois da victória de Talavera de la Reina (Julho). libertou Portugal.
 
 
3ª Invasão Francesa - Massena - Jean-André Masséna, 1º Duque de Rivoli, 1º Príncipe d'Essling -" l'Enfant chéri de la Victoire" - Excepto em Portugal!
 
A terceira invasão francesa seguiu-se em Agosto de 1810 quando o marechal André Massena, o Marechal Michel Ney e Junot entraram na província da Beira.
 
Derrotados por Wellington no Buçaco (27 de Setembro) perto de Coimbra, as forças francesas tiveram que enfrentar as linhas de defesa de Torres Vedras ao norte de Lisboa, muito bem preparadas, e tiveram que aí invernar no meio de grandes privações.
 
Na primavera de 1811 puderam retirar-se, e em 5 de Março começaram a evacuação de Portugal, hostigadas pelos ataques de portugueses e ingleses e atravessando a fronteira depois de terem sido novamente derrotadas no Sabugal (3 de Abril). Portugal fez a paz com França em 30 de Maio de 1814.
 
Portugal foi representado no Congresso de Viena mas teve pouco peso nas decisões aí tomadas. No tratado de 22 de Janeiro entre Portugal e a Inglaterra e na sua adicional convenção de 1817, foi reconhecido a Portugal o direito de considerável parte na África.

A Maçonaria em Portugal    

 

200 anos das invasões francesas (1807 - 2007)

 os três derrotados

                             

 Jean-Andoche Junot                Jean de Dieu Soult              Jean-André Masséna

 

 
Constitucionalismo.
 
As campanhas Napoleónicas causaram grande devastação em Portugal, e a ausência da família real e a presença de comandantes estrangeiros ( Beresford ) combinadas com a agitação revolucionária e a influência de liberalismo espanhol, produziu uma atmosfera de descontentamento e desespero.
 
Em 16 de Dezembro de 1815, o Brasil fora elevado à dignidade de reino unido com Portugal, e João VI, que tinha sucedido a sua mãe em Março de 1816, não mostrava desejo de regressar a Portugal. Em 1817 Beresford suprimiu uma conspiração em Lisboa, e o líder maçónico General Gomes Freire de Andrade foi condenado e executado.
 
Quando Beresford foi ao Brasil para convencer João VI a regressar a Portugal. começou uma revolução constitucionalista no Porto (24 de Agosto de 1820), alastrou através do país, e levou à formação de uma Junta em Lisboa. Quando Beresford regressou a Lisboa, não se permitiu a sua entrada , e os oficiais ingleses tinham sido expulsos do exército.
 
Tinha sido aprovada uma assembleia constituinte, deixando assim João VI com um facto consumado. A relutância de João VI em regressar foi por fim vencida, e o seu filho mais velho Pedro ficou a governar o Brasil, chegando a Lisboa em 3 de Julho de 1821. Jurou manter a constituição, mas a sua mulher, Carlota Joaquina, e o seu segundo filho, Dom Miguel recusaram o juramento e foram condenados ao exílio, ainda que não o fizessem.
 

 O Primeiro Banco em Portugal

 
 
Pedro I
 
 
Pedro I - 1º Imperador do Brasil e Pedro IV de Portugal (abstracto)
 
Os constitucionalistas portugueses, não apreciaram a auto-determinação do Brasil pelo menos com o estatuto de reino, e ordenaram o regresso de Pedro, mas este , antes de sacrificar o governo dos Braganças no Brasil, declarou a Independência do Brasil (7 de Setembro de 1822), e tornou-se imperador do Brasil como Pedro I.
 
Abdicou de Imperador do Brasil em 7 de Abril de 1831. Considerar D. Pedro como 28º rei de Portugal, como D. Pedro IV, de 10 de Março de 1826 a 2 de Maio de 1826, é bastante "abstracto" porque nesse período ele ainda era Imperador do Brasil !
 
Aliás, quando morreu em 24 de Setembro de 1834, foi sepultado no Panteão dos Braganças na Igreja de São Vicente de Fora, como general e não como rei.
 
 

A Figura de D. Pedro I do Brasil 

.
Os constitucionalistas portugueses, não apreciaram a auto-determinação do Brasil pelo menos com o estatuto de reino, e ordenaram o regresso de Pedro; mas ele , antes de sacrificar o governo dos Braganças no Brasil, declarou a Independência do Brasil (7 de Setembro de !822), e tornou-se imperador do Brasil como Pedro I.
 
Isto permitiu ao seu irmão Miguel apelar às forças absolutistas em Portugal para vencer os constitucionalistas, e a insurreição de Miguel foi bem sucedida ( 30 de Abril de 1824); mas devido à acção dos ministros estrangeiros, João VI foi restaurado com rei, e Miguel foi para o exílio em Viena (Junho de 1824).
 
Guerra dos dois irmãos
 
João VI reconheceu a Independência do Brasil em 1825, assumindo ele "pró-forma" o título imperial e passando-o a Pedro; mas quando João VI morreu (10 de Março de 1826), não tinha deixado indicações sobre a sucessão ao trono excepto que a sua filha Maria Isabel seria nomeada regente. Pedro, como Pedro IV de Portugal, mandou do Brasil uma Carta para um regime parlamentar pela autorização da monarquia e não baseada na soberania do povo.
 
Então fez uma abdicação condicional para sua filha Maria da Glória, com sete anos de idade, com a condição de casar com o seu tio Miguel e que ele devia jurar a Carta. Este compromisso não podia ser efectivo. Os absolutistas esperavam que Pedro resignasse a todos os direitos à coroa portuguesa, e o conselho de regência hesitava em publicar a Carta até que o General João Carlos de Saldanha (mais tarde Marquês de Saldanha) os forçou a isso.
 
 

 

D. Miguel I

 
D. Miguel I (1828-1834)
 
Em 1827 D. Miguel tomou o juramento e foi indicado como regente, chegando a Lisboa em 1828.
 
Os seus apoiantes começaram imediatamente a perseguir os liberais. Uma espécie de cortes reuniu-se em Lisboa, e em Julho de 1828 repudiou os indicações de Pedro e declarou Miguel como rei de direito legítimo.

Foi rei de Portugal entre 1828 e 1834, cobrindo o período da Guerra Civil Portuguesa (1831-1834), embora, segundo os adeptos de D. Pedro, tenha sido um usurpador do título monárquico de sua sobrinha D. Maria da Glória.

 Por seu turno, os miguelistas contrapunham que D. Pedro I se tornara estrangeiro e perdera o direito à Coroa Portuguesa e a designar um seu sucessor (no caso, sua filha, D. Maria da Glória).

Desde o momento em que D. Pedro traíra Portugal, declarando a independência do Brasil e tornando-se Imperador desse novo país, D. Miguel seria assim o legítimo sucessor de D. João VI, vindo a ser legitimado pelas Cortes, em 1828, em conformidade com a Lei tradicional vigente antes e após a revolta liberal de 1820.

 
Só a ilha Terceira nos Açores susteve a causa liberal. Em Junho de 1829, portanto, uma regência representando Maria da Glória foi criada na Terceira; e em 1831, Pedro, tendo abdicado ao trono Brasileiro, foi para a Europa começando a angariar fundos e soldados para conquistar Portugal. Em Fevereiro de 1832 a expedição embarcou para a ilha Terceira, e em Julho os liberais, liderados por Pedro, desembarcaram em Mindelo perto do Porto, cuja cidade ocuparam rapidamente.
 
O resto do país, contudo, era mantido por Miguel, que cercou os liberais no Porto durante um ano (Julho 1832-Julho 1833). Nesta altura, o entusiasmo Miguelista já estava desvanecido; e António José de Sousa Manuel, duque de Terceira, e capitão Charles Napier, que tinha tomado comando da frota liberal, fizeram um desembarque com sucesso no Algarve (Junho de 1833).
 
Terceira avançou sobre Lisboa, que caíu em Julho de 1833, e Miguel capitulou em Évora-Monte em Maio de 1834.
 

D. Maria II

 
D. Maria II ( 1828 - 1853 ) - D. Fernando II ( 1816 - 1885 )
 
A guerra dos dois irmãos terminou com o exílio de Miguel I (Junho) e a morte de Pedro IV (24 de Setembro de 1834). Maria da Glória tornou-se rainha como Maria II (1834-53) com a idade de 15 anos. 
 
Ainda que Maria começou o seu reinado sob a influência dos generais vitoriosos da guerra civil, a sua principal preocupação foi a defender as cartas do seu pai ( as quais tinham sido garantidas pela coroa ) daqueles que pediam uma constituição mais democrática que a de 1822, afirmando mais a soberania da nação.
 
D. Maria II foi rainha de "jure" desde  2 de Maio de 1828 até ser rainha  de "facto" em  26 de Maio de 1834.
 
 
 
 
Em Setembro de 1836 ou mais tarde, os a partir daí chamados Setembristas, tomaram o poder. Os líderes cartistas rebelaram-se e foram exilados, mas cerca de 1842 os Setembristas perderam a sua união , e António Bernardo da Costa Cabral restaurou a Carta.
 
Em 1846 o movimento de Maria da Fonte, um levantamento popular contra o aumento dos impostos para melhorar as estradas e reformar a saúde pública no qual todos os partidos se juntaram, terminaram com o governo de Costa Cabral, mas deixaram Portugal dividido entre os Setembristas, que mantinham o Porto, e Saldanha, agora confidente da raínha Maria, em Lisboa.
 
Saldanha negociou a intervenção dos outros membros da Aliança dos Quatro (formada em Abril de 1834 pela Inglaterra, França, Espanha e Portugal), e uma força combinada de Espanhóis e Britânicos forçaram a rendição da Junta do Porto em Junho de 1847 e terminaram a guerra com a Convenção de Gramido (29 de Junho de 1847).
 
Saldanha governou até 1849, quando Costa Cabral regressou ao governo por cinco anos (1851-56), e o período de paz que permitisse o desenvolvimento do país. A "Regeneração" terminou o enfrentamento e estabeleceu um partido de governo.
 

 A Revolta da Maria da Fonte  


A Figura de D. Maria II 
 
Nasceu em 1819 e morreu em 1853, era filha de D. Pedro IV de Portugal (I do Brasil) e da arquiduquesa Leopoldina de Áustria. Casou em 1835 com o príncipe Augusto de Leuchtenberg, que morreu pouco depois. Desposou em segundas núpcias o príncipe D. Fernando Saxe-Coburgo-Gotha, em 1836. 
Teve de se adaptar ao novo sistema da monarquia parlamentar e, durante o seu reinado, conheceu várias revoltas e golpes de Estado, tendo exercido com determinação a sua autoridade, demonstrando coragem e firmeza de espírito. Foi mãe dos reis D. Pedro V e D. Luís, dois dos seus 11 filhos.  
      

A figura de D. Fernando II      A Fragata D. Fernando e Glória

        

D. Pedro V

D. Pedro V

 
D. Pedro V ( 1853 - 1861 )
 
Sucedeu a Maria II, o seu filho mais velho, Pedro V, (1853-61)filho do seu segundo matrimónio com Fernando de Saxe-Coburg, que casou com Stephanie of Hohenzollern Sigmaringen em 1858. ( Estefânia ). 
 
Prometia ser um monarca capaz e consciencioso mas morreu de febre tifóide em 11 de Novembro de 1861.
 

 A figura de D. Pedro V

               

 

 

 

 

 

D. Luís I

 
D. Luís I ( 1861 - 1889 )
 
O seu irmão Luís (1861-1889) parecia ter herdado um país que estava recuperado das invasões napoleónicas e da guerra civil, levantamentos políticos, e pronunciamentos. 
 
Mas ainda que os partidos principais eram agora definidos como Históricos (radicais) e Regeneradores (moderados), o alternar de governos deixou de reflectir o sentimento popular, e nos últimos anos do reinado de Luís I o republicanismo começou a ganhar terreno. 
 

 A Revolta do 1º de Maio em 1886

 
 
Pena de morte em Portugal
 
Portugal não foi o primeiro estado europeu a abolir a pena de morte. A República Romana fê-lo em 1849 seguida por S.Marino em 1852. Em Portugal, depois de duas propostas legislativas em 1852 e 1863, foi abolida para todos os crimes em 1867. Cronologia:

  • Abolida para crimes políticos em 1852 (artigo 16º do Acto Adicional à Carta Constitucional de 5 de Julho, sancionado por D. Maria II.
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  • Abolida para crimes civis em 1867 no reinado de D. Luís I. Abolida para todos os crimes, excepto por traição, durante a guerra em Julho em 1867 (Lei de 1 de Julho de 1867). A proposta partiu do ministro da justiça Augusto César Barjona de Freitas, sendo submetida à discussão na Câmara dos Deputados. Transitou depois à Câmara dos Pares, onde foi aprovada.
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  • Mas a pena de morte continuava no Código de Justiça Militar. Em 1874, quando o soldado de infantaria nº 2, António Coelho, assassinou o alferes Palma e Brito, levantou-se grande discussão sobre a pena a aplicar.
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  • Abolição para todos os crimes, incluindo os militares em 1911. Readmitida a pena de morte para crimes de traição em tempo de guerra, em 1916. Abolição total em 1976. A Lei de 1 de Julho de 1867 aboliu em Portugal, a pena de morte para todos os crimes civis. Para crimes militares foi abolida em 16 de Março de 1911. Restabelecida durante a 1ª Grande Guerra em 28 de Setembro de 1916 . Foi completamente abolida pela Constituição de 1976.

A última execução conhecida em território português foi em 1846, em Lagos. Remonta a 1 de Julho de 1772 a data em que é executada pela última vez uma mulher. Chamava-se Luísa de Jesus. Foi executada aos 22 anos de idade por ter assassinado 33 expostos, ou seja bebés abandonados, que ela ia buscar à "roda" de Coimbra, umas vezes usando o seu nome verdadeiro outras vezes usando um nome falso, apenas com o intuito de se apoderar do enxoval da criança e embolsar os 600 réis que eram dados cada vez que se ia buscar uma criança.

Eventualmente , terá havido uma execução em França, entre o exército português, ao abrigo do Direito português, durante a primeira guerra mundial em 1917 ou 1918, por traição.

Actualmente, a pena de morte é um acto proibido e ilegal segundo o Artigo 24.º alínea 2 da Constituição Portuguesa.

 

 

D. Carlos I

 

 
D. Carlos I ( 1889 - 1908 )
 
Políticas coloniais. Com a ascensão de Carlos I ao trono (1889-1908), começou uma séria disputa com a Grã-Bretanha. 
 
As possessões de Portugal na África tinham sido reconhecidas pela Grã-Bretanha no tratado de 1815, mas recentemente a Bélgica e a Alemanha tinham entrado no campo colonial; e na Conferência de Berlim (1885), a ocupação efectiva foi adoptada como base para a possessão de territórios coloniais.
 
Em 1889 é licenciada a primeira mulher médica: Elisa Augusta da Conceição de Andrade - Faculdade de Medicina de Lisboa. 
 
Em 1890 é autorizado o acesso das raparigas aos liceus públicos.
 
 
 
Um movimento colonial ganhou força em Lisboa, e um esquema Português, O Mapa Cor-de-Rosa , que reclamava como colónia todo o território através de África desde Angola até Moçambique., que estava reconhecido pela França e Alemanha.
 
Apesar do Marquês de Salisbury ter entregado um protesto (1888), o ministro português dos negócios estrangeiros Henrique de Barros Gomes enviou o major Alexandre Alberto da Rocha de Serpa Pinto para as montanhas do Shire (hoje o moderno Malawi), com vista à sua anexação.
 
Envolveu-se em luta com os Mokololos, que estavam debaixo da protecção Inglesa, e uma série de comunicações entre Lisboa e Londres terminou no ultimato Inglês de 11 de Janeiro de 1890, pedindo a retirada de Portugal do Shire.
 
O Ultimatum Inglês
 
Este incidente causou um profundo ressentimento em Portugal, não só contra o seu antigo aliado mas também contra a monarquia, que esteve ameaçada por uma tentativa de revolta no Porto ( 31 de Janeiro de 1891).
 
Durante os anos seguintes as colónias portuguesas de África foram definidas como resultado do tratado de Julho de 1891, mas as condições financeiras do país eram tão más que os esforços de Portugal para consolidar as colónias na África pareciam impossíveis.
 
Em 1897 tornou-se evidente que Portugal necessitaria de um grande empréstimo , e a Alemanha pediu para participar em qualquer assistência que lhe fosse oferecida. Em 30 de Agosto de 1898, A.J. Balfour, temporariamente no chefia do Ministério de Negócios Estrangeiros Inglês, concluiu um pacto secreto Anglo-Alemão repartindo a esfera de influência nas colónias portuguesas para a Grã Bretanha e a Alemanha no caso de realizar-se tal empréstimo.
 
No entanto, este pacto foi denunciado em Londres pelo primeiro ministro Lord Salisbury, e em 1899, quando os alemães tentaram convencer os portugueses a aceitar a oferta, a acção de Salisbury e o perigo eminente de conflito no Transval, causou uma aproximação Anglo Portuguesa.
 
Em 14 de Outubro de 1899, os antigos tratados de aliança foram reafirmados numa declaração secreta, mais tarde tornada pública. ( o chamado Tratado de Winsor).
 
Entretanto a situação financeira mostrava pouca melhoria, e os republicanos continuavam a progredir. Em 1906 João Franco, antes um Regenerador, chegou ao poder como defensor da falhada causa monárquica. Incapaz de obter apoio dos outros monarquistas, começou a governar por decreto. Apesar de Franco ter enfrentado com bravura a reforma das finanças e da administração foi acusado de adiantar ilegalmente dinheiro ao rei.
 
Estes escândalos foram seguidos por rumores de golpes, e em 1 de Fevereiro de 1908, Carlos I e o seu filho herdeiro Luís Filipe, foram assassinados quando viajavam numa carruagem descoberta em Lisboa.
 
Não se sabe ao certo se os regicídios foram ou não organizados por fanáticos desconhecidos de sociedades secretas republicanas, como a Carbonária, mas foram vivamente aplaudidos pelos republicanos, que imediatamente começaram o ataque final contra a monarquia.

 A Figura de D. Carlos I 

      D. Manuel II   

          

D. Manuel II ( 1908 - 1910 )
 
O rei Manuel II, de seu nome Manuel Maria Filipe Carlos Amélio Luís Miguel Rafael Gonzaga Xavier Francisco de Assis Eugénio de Saxe-Coburgo-Gota e Bragança nasceu a 15 de Novembro de 1889 e faleceu em Londres a 2 de Julho de 1932. Foi sepultado no Panteão dos Braganças no Mosteiro de São Vicente de Fora.

Em 4 de Setembro de 1913 casou-se com D. Augusta Vitória, princesa de Hohenzollern-Sigmaringen (1890-1966), sua prima (por ser neta da Infanta D. Antónia de Bragança), e filha do Príncipe Guilherme de Hohenzollern-Sigmaringen.

Durante a missa na manhã do enlace, que teve lugar na capela do castelo de Hohenzollern, D. Manuel assistiu de pé, ostentando a ordem da Jarreteira e o Grande cordão das Três Ordens Portuguesas, sobre um caixote cheio de terra portuguesa.A eleição geral de Agosto de 1910 mostrou maioria republicana em Lisboa e Porto, e em 3 de Outubro o assassínio do distinto médico Miguel Bombarda por um louco, oficial do exército internado no Hospital de Rilhafoles, ofereceu o pretexto de um levantamento que já estava organizado.

 O rei Manuel II não encontrou unidade entre os políticos monárquicos. A eleição geral de Agosto de 1910 mostrou maioria republicana em Lisboa e Porto, e em 3 de Outubro o assassínio do distinto médico Miguel Bombarda por um louco, oficial do exército internado no Hospital de Rilhafoles, ofereceu o pretexto de um levantamento que já estava organizado.
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Reis de Portugal

 
 
Civis armados, soldados, e homens embarcados em alguns barcos no Tejo começaram a revolução em 4 de Outubro, vacilaram um pouco no seu movimento, mas a intervenção decisiva de Machado Santos fez suceder esse movimento. A República foi proclamada em 5 de Outubro de 1910.
D. Manuel escapou para a Ericeira e daí por mar para Gibraltar e Inglaterra. Na sua morte em 1932 o seu corpo foi trazido para Portugal. O descontentamento popular pelo atraso económico, educacional, e industrial de Portugal em relação aos outros países da Europa, fez acreditar ao povo que a conversão em República seria a solução dos problemas.

Durante os dezasseis anos do 1º regime parlamentar republicano, entre 1910 e 1916, Portugal teve quarenta e cinco governos. Portugal era conhecido internacionalmente pelo "pequeno México". O crescimento dos défices fiscais levou o país a uma super-inflação ( o custo de vida em 1926 era trinta vezes o de 1914 )e a uma moratória no pagamento da dívida externa. 

Portanto as constantes revoltas e sucessão de governos, 45 desde 1910, e a continuação dos problemas que afectaram a fase final da Monarquia, levaram à Revolução Militar de 28 de Maio de 1926 e à implantação da 2ª República, com o Estado Novo e a Ditadura de Salazar. Mas ainda aqui não pararam os problemas republicanos, e por causas similares e às guerras nas Ex-Colónias, levaram mais tarde, a nova Revolução Militar, a Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974.
 

 

As Potências Coloniais Secundárias - As Grandes Potências Marítimas

                            

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  Cronologia da Dinastia de Bragança
1ª e 2ª República
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