A Figura do Marquês de Pombal

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Sebastião José de Carvalho e Melo ( conde de Oeiras, Marquês de Pombal ) 
 
Nasceu em Lisboa a 13 de Maio de 1699 filho de Manuel de Carvalho e Ataíde capitão de cavalaria e nobre da Casa Real. O pai de Sebastião José morreu jovem e a mãe voltou a casar-se. O seu tio Paulo de Carvalho era professor na Universidade de Coimbra, pessoa de influência política e colocou o sobrinho nessa Universidade. Sebastião José abandonou os estudos e alistou-se no exército onde não passou de simples cabo. Desiludido com o exército, 
 
 
e casou, aos 23 anos, com uma senhora 10 anos mais velha e viúva. Odiado por uns e admirado por outros. Foi um dos maiores estadistas da nossa História, durante o reinado de D. José, desenvolve uma intensa actividade de recuperação económica, patrocínio das artes e cultura e revolução do pensamento político, que vem culminar com o acto extraordinário da reconstrução da cidade de Lisboa após o terramoto de 1755.
 
Foi embaixador de D. João V nas cortes inglesa e austríaca. Embora sem significativo sucesso para Portugal, estas missões foram importantes para a formação política e económica de Sebastião José de Carvalho e Melo. Na Áustria casou, em segundas núpcias, com D. Leonor Daun.
 
 

 
Em 1750, com a subida ao trono de D. José, foi nomeado secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. A sua grande capacidade de trabalho e de chefia revelou-se na forma como encarou o trágico terramoto de 1755, momento a partir do qual se tornou o homem de confiança de D. José I.
 
Empenhou-se fortemente no reforço do poder régio, diminuindo o poder de algumas casas nobres. A 13 de Janeiro de 1759, acusados de tentativa contra a vida do rei, o duque de Aveiro, o marquês de Távora e a sua mulher foram torturados e executados em acto público.
 
Expulsou e confiscou os bens da Companhia de Jesus porque a sua influência na sociedade portuguesa e as suas ligações internacionais eram um entrave ao fortalecimento do poder régio. Em 1759, recebeu o título de conde de Oeiras e, em 1769, o de marquês de Pombal.  
 


Túmulo do Marquês de Pombal na Igreja da Memória na Ajuda em Lisboa

 
As dificuldades económicas do Reino, provocadas sobretudo pela interrupção na exploração do ouro brasileiro, obrigaram o marquês a retomar a política de fomento industrial que havia sido iniciada com o conde da Ericeira.
 
Reformou o ensino, anteriormente nas mãos dos Jesuítas, através da adopção de novos métodos pedagógicos e da criação de novas escolas como o Real Colégio dos Nobres. Reformou a administração, as finanças e o sistema militar.
 
Cometeu vários abusos do poder, o que lhe valeu a antipatia e a criação de inúmeros inimigos. Com o falecimento de D. José I, a oposição ao marquês tornou-se muito activa e D. Maria I mandou realizar uma sindicância aos seus actos.
 
Exilado em Pombal, o marquês defendeu-se atribuindo responsabilidades ao rei D. José I. Atendendo à sua idade avançada, 80 anos, foi apenas condenado a viver afastado de Lisboa. Faleceu em 1782 no seu palácio do Pombal.
 
Nota - Recomenda-se a leitura do livro Sebastião José de Agustina Bessa Luís para um estudo e compreensão da figura do Marquês de Pombal.
 

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