As potências coloniais secundárias  

As grandes potências marítimas

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( Condensado da História Universal - Pirenne)
Em 1895 é certo que Portugal assegurava ainda grande parte do seu antigo Império colonial, porém a sua potência marítima tinha desaparecido, assim como a sua prosperidade económica. Portugal não estava em condições de defender o seu Império, nem sequer de garantir as comunicações entre as suas possessões. A partir do Tratado de Methuen (1703), essas comunicações passaram a depender da Inglaterra.
No entanto nos fins do século XIX a política colonial portuguesa tem algumas centelhas de Imperialismo. Precisamente quando a Inglaterra punha os olhos na Rodésia, Portugal concebeu o magno projecto de unir as suas colónias de Angola e Moçambique. Londres pôs-lhe o veto e Portugal tem de se resignar.
O Império Colonial português depende da marinha britânica. Além disso, a Inglaterra tem certa tendência a considerar-se com direito sobre as colónias portuguesas, ao ponto de que em 1898, depois de Cecil Rhodes ter repelido as forças portuguesas que avançavam na Rodésia, a Inglaterra pensou em concertar um MODUS VIVENDI com Alemanha cedendo-lhe parte dos territórios portugueses.
Condições económicas e sociais.
Desde o tempo das conquistas do Ultramar, o fluxo de riqueza dos novos territórios e postos de comércio, sustentavam corte e a capital, nada melhorando na economia doméstica ainda largamente rural. As condições favoráveis dos fins do século XV, derivadas do tráfico de escravos, ouro, e especiarias, não sobreviveram no século XVI, quando as despesas para manter terras estrangeiras improdutivas e as depredações de piratas absorviam rapidamente todos os meios enviados da metrópole. Havia poucas indústrias nativas.
Não só de bens manufacturados como têxteis, tapeçarias, e metalurgia, como também produtos básicos para alimentação, carne salgada, peixe curado e produtos lácteos (leite , manteiga, queijos). A agricultura era pouco considerada, havia poucas terras disponíveis para pequenos agricultores. Durante os anos da dominação espanhola, os portos foram fechados aos barcos mercantes ingleses; que foram reabertos depois de 1640 e o fluxo de comércio encontrou novos canais, mas Holanda e Inglaterra ultrapassaram Portugal como potências coloniais.
A descoberta do ouro do Brasil nos fins do século XVIII trouxe uma renovação à economia do país, mas a produção de ouro entrou em declínio em 1750, enquanto o mercado de diamantes estava saturado. O Tratado de Metheuen com a Inglaterra (1703) fortaleceu o comércio de vinho do porto à custo dos têxteis portugueses; mais tarde tentaram-se algumas correcções para melhorar o preço de exportação do vinho do porto. ´
Foi também dado apoio para a produção de tecidos de lã, linho, porcelana e cutelaria assim como a pesca do atum e da sardinha. Pombal tentou criar uma burguesia educada, mas a indústria têxtil portuguesa não suportou a competição mecanizada. Depois de 1850 iniciaram-se obras públicas, onde se deu prioridade aos caminhos de ferro, portos, mas Portugal teve que esperar até ao século XX para iniciar um ataque às sua dificuldades económicas.
 
 
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