O cataclismo
de 1755, veio acentuar as deficiências de que enfermava a organização,
razão porque em 25 de Julho de 1760 foi criada a Intendência Geral
de Polícia, oficializando-se, deste modo, e desde então, o termo
"Polícia".
Era então
1.° Ministro o Marquês de Pombal, nas mãos do qual a Intendência
visou muitos mais objectivos políticos do que a Segurança Social. Daí
o seu fracasso, atenuado em parte por D. Maria I ao confiá-la nas mãos
de Diogo Ignácio de Pina Manique, o seu mais célebre Intendente.
Extinta a 8 de Novembro de 1833, a Intendência ressentiu-se, nos últimos
anos da sua existência, dos acontecimentos que marcaram o período de
instabilidade política das décadas de 20 a 30.
A Guarda
Real da Polícia, criada em 1801 e oficializada por Alvará Régio de
2 de Janeiro de 1802, é a primeira força armada e equipada, instituída
para garantir a segurança. Corpo militar organizado e eficiente cuja
contribuição dada à causa da ordem pública foi valiosa, viu-se porém
envolvido nas Guerras Liberais pela facção Miguelista, razão porque
é extinto em 26 de Maio de 1834 logo após a Convenção de Évora
Monte.
A Guarda
Nacional é criada por Decreto de 22 de Maio de 1823. Instituída por
um regime político de duração duvidosa, a perspectiva de
"vida" da Guarda Nacional, afigurava-se contingente e
sujeita a cair ao menor desaire.
Ligada ao
Governo que lhe deu ser, viveu com ele à mercê das oscilações que
caracterizavam a vida do país, facilmente influenciável e marcada
pelo cariz dos acontecimentos a sujeita, além do mais, a várias
remodelações, jamais obteve coesão, disciplina a espírito de
corpo, não sendo portanto de admirar a ausência de iniciativas de
valor.
Contribuiu
no entanto para a implantação dos "Setembristas" em
Setembro de 1835. Extinta em 7 de Outubro de 1846, a Guarda Nacional
caracterizou-se como uma instituição que viveu sempre ao sabor da
situação de que dependia e a quem serviu de bode expiatório sempre
que as circunstâncias o exigiam.
A Guarda
Municipal, criada por Decreto de 3 de Julho de 1834, aparece como
resultado da extinção da Guarda Real da Polícia.
Tendo
assumido posição decisiva no debelar da Revolução de 31 de Janeiro
de 1891, este corpo policial acabou por ser dissolvido à data da
Implantação da República.