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1ª DINASTIA
( DINASTIA DE BORGONHA
)
Veja este site também em
http://es.geocities.com/atoleiros
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D. Afonso
Henriques |
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- D.Afonso I - (1139 - 1185 ) -"
O
Conquistador"
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- Ainda que no principio do seu reinado, D. Afonso
Henriques fosse obrigado a submeter-se a seu primo Alfonso VII, começou a usar o
título
de rei, depois da sua vitória sobre os Muçulmanos em Ourique ( 25 de Julho de 1139
).
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- Em 1143 o seu primo aceitou a sua autonomia,
mas o título de rei só foi formalmente concedido em 1179, quando Afonso Henriques
colocou Portugal sob a protecção directa da Santa Sé ( no pontificado de Alexandre III ), prometendo um tributo anual.
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Em 1131 muda a capital de Guimarães
para Coimbra. Em 1135 conquista Leiria. Em 1137 vence os Leoneses na batalha de
Cerneja, mas os
mouros aproveitando-se das quezílias entre D. Afonso
Henriques e o seu primo Afonso VII conquistam o castelo
de Leiria, e ameaçam Coimbra. D. Afonso Henriques
convence o rei de Leão e Castela a fazer as pazes, em Tui, e reconquista
Leiria (1145). A seguir lança-se sobre os mouros e vence-os na batalha de
Ourique em 25 de Julho de 1139. A partir deste momento D. Afonso
Henriques considera-se rei de facto. Comunica essa decisão a Afonso
VII, mas este não aceita.
A
Batalha de Ourique
Tratado de Zamora -
Acordo de paz celebrado, em 1143, entre D. Afonso
Henriques e D. Afonso VII de Leão. Após cerca de três
anos sem hostilidades entre os dois territórios vizinhos, o encontro de Zamora serviu
para definir as cláusulas da paz e, possivelmente, os limites de cada Reino.
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- Ao mesmo tempo, foi reconhecido o
título de rei a D. Afonso Henriques, reafirmando-se os seus laços de vassalagem em
relação a Leão, porque Afonso VII considerava-se Imperador e portanto podia ter reis como
vassalos.
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As Ordens
Militares Religiosas
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Conquistou Santarém (Março de 1147)
e Lisboa (Outubro de 1147), esta com a ajuda de cruzados Ingleses,
Franceses, Alemães e Flamengos que iam para a Palestina. Um padre inglês, Gilbert of
Hastings, tornou-se o primeiro bispo ( depois da reconquista ) da restaurada sé de Lisboa.
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A conquista da
Cidade de Lisboa
A Sé de Lisboa
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Fundou o mosteiro de Santa Cruz de Coimbra (1131),
propiciando assim a reunião das dioceses portuguesas à metrópole de Braga, e mandou
erigir numerosos castelos fronteiriços, datando de 1135, como já
se disse, a fundação do castelo
de Leiria, um dos pontos estratégicos para o desenvolvimento da Reconquista. D. Afonso Henriques convoca as
primeiras cortes em Lamego em 1143 ( Lendárias)
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Tomaria ainda Almada e Palmela, que se entregaram sem luta, conquistando
posteriormente, em 1159, Évora e Beja, que perderia pouco depois a favor
dos mouros. A reconquista de Beja foi de novo possível em 1162, reocupando-se também
Évora, com a ajuda de Geraldo Sem Pavor, em 1165. Em
1168 um exército português comandado pelo futuro D. Sancho I
atacou Ciudad Rodrigo, mas os portugueses foram derrotados pelo
rei leonês. Em 1169, D.
Afonso Henriques teve que socorrer Geraldo Sem Pavor, que
cercava Badajoz, na posse dos muçulmanos mas que o rei de Leão
pretendia para si. Geraldo já tinha conseguido ultrapassar a muralha
exterior mas os mouros resistiam fechados na alcáçova, no entanto os
portugueses foram surpreendidos pela chegada de reforços leoneses,
que chegaram a ajudar os muçulmanos por interesse, vendo-se obrigados a fugir.
Na fuga, porém, D. Afonso Henriques
sofreu um acidente, bateu de encontro a uma das portas da muralha,
partiu uma perna e foi feito prisioneiro pelos cavaleiros leoneses que o
levaram a presença do rei D. Fernando II de Leão, que o tratou
com respeito que lhe merecia como pessoa e como sogro, pois tinha casado
com D. Urraca filha do rei português. A libertação do rei foi
conseguida em troca de um resgate em dinheiro (cerca
de
duas toneladas e meia de ouro).
e da entrega das praças de Trujillo, Cáceres, Santa Cruz,
Monfrague e Montanchez. Os dois soberanos assinaram um tratado de
paz em Pontevedra, estabelecendo as fronteiras dos dois reinos.
Mais tarde quando os sarracenos atacaram Santarém, Fernando II
acudiu em socorro do sogro.
Este incidente pôs fim à carreira militar
do 1º rei de Portugal, na altura com cerca de 61 anos, visto que naquele tempo era impossível recuperar
de uma fractura profunda e nunca mais pode montar a cavalo, passando a
deslocar-se numa carreta de madeira.
Seu filho, o futuro D. Sancho I passou a comandar os exércitos
portugueses. Em 1158 conquista Alcácer do Sal, de 1165
a 1169 conquista Évora, Beja e Serpa, que voltam a ser
perdidas para os muçulmanos que recuperaram grande parte do Alentejo. (Veja-se
Cronologia)
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Os Judeus em
Portugal
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A Sé de Évora
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Manifestis Probatus". |
Portugal Reino Independente
( 1179 ) - Ainda que realmente Afonso VII de Leão, primo de D. Afonso Henriques,
aceitasse em 1143 pelo tratado de Zamora, que D. Afonso Henriques usasse o título de Rei
de Portugal, só em 1179 a autonomia ou independência de
Portugal foi reconhecida pela Santa Sé com a bula
"Manifestis Probatus".
A Certidão de
Nascimento de Portugal
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- Ainda que a dinastia
Marroquina dos Almohads voltaram a atacar ( 1179-84 ), quando Afonso I morreu, a fronteira
Portuguesa estava firmemente estabelecida no Tejo.
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- As novas ordens militares,
Templários , Calatrava (desde 1156), e Santiago ( desde 1170), etc., governaram castelos
e territórios na fronteira, e os Cistercienses foram responsáveis pela introdução da
agricultura e arquitectura no centro de Portugal (Alcobaça).
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- D. Afonso Henriques , filho do conde D. Henrique e
de D. Teresa, nasceu provavelmente na alcáçova de Coimbra nos fins de 1108 ou
princípios de 1109. Há no entanto historiadores, que fixam o seu
nascimento em Viseu ou Guimarães. Casou em 1146 com Mafalda de Sabóia, filha
de Amadeu III de Sabóia, e do matrimónio tiveram pelo menos sete filhos, um dos quais o
futuro rei Sancho I. Morreu em 6 de Dezembro de 1185 e está sepultado na igreja de
Santa Cruz em Coimbra.
D. Afonso
Henriques
arma-se cavaleiro
na antiga Igreja de São Salvador em Zamora.
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A Figura
de D. Afonso Henriques
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O Mosteiro de
Alcobaça
O Mosteiro
de Santa Cruz
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- A Figura de D. Afonso
Henriques
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- D. Afonso Henriques foi
pedra fundamental na fundação da nacionalidade portuguesa. Embora Oliveira Martins o
tenha considerado "um Pelágio" lusitano, corajoso e valente, mas actuando mais
como um guerrilheiro do que como general experimentado, é mais merecedor do elogio de
Alexandre Herculano, que pede aos portugueses que quando passarem por Coimbra, visitem o
seu túmulo na Igreja de Santa Cruz, e lhes prestem homenagem, porque se não fosse ele,
não só não existiria a Nação com não existiria o próprio nome de Portugal.
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- Realmente D. Afonso Henriques foi um brilhante
guerreiro e comandante militar e conquistou mais território aos muçulmanos que qualquer outro rei da Península
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Camões
diz de D. Afonso Henriques:
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...Vede
o primeiro Afonso, cuja lança
Escura faz qualquer estranha glória;
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D. Sancho I |
- O reino e a reconquista.
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- .D.Sancho I (1185-1211) - "O Povoador"
-
- Nos últimos anos do seu reinado, Sancho
envolveu-se numa disputa com o Papa Inocêncio III sobre o pagamento do tributo
devido à Santa Sé e com o Bispo do Porto, que recebia apoio de Inocêncio III. Mas a paz
foi feita depois da sua morte, e deixou ao seu filho Afonso II, o Gordo
(1211-1223), o esforço de aumentar o poder do trono à custa da Igreja.
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- Sancho I casou em 1174 com Dulce de Aragão,
irmã do seu soberano reinante Afonso II.
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A Reconquista da
Hispânia
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- Conquista a importante cidade de Silves, a 3
de Setembro de 1189. No entanto a conquista dura pouco, e Silves que já tinha
sido anteriormente conquistada por Fernando Magno de Leão em 1060 e depois perdida, volta
a cair nas mãos dos árabes em Abril de 1191, conquistada por Ibne
Juçufe.
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- Durou pouco o título que D. Sancho
I tinha adoptado de :" Sancius, Dei Gratia, Portugallis Rex, Silvis
et Algarbii Rex". Concedeu
diversos forais, em especial a localidades da região da Beira e de Trás-os-Montes, entre
as quais Gouveia, Covilhã, Viseu, Avô, Bragança, Pontével e a futura cidade da
Guarda. Doou terras e castelos às ordens militares (Hospitalários,
Templários, Calatrava, Santiago) reconhecendo e reforçando o papel militar e
económico que estas últimas desempenharam.
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- O Foral da Guarda foi concedido em
27 de Novembro de 1199.
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- Forais
ou Cartas Forais
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- A Conquista de Silves
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- D. Sancho I nasceu a 11 de
Novembro de 1154, em Coimbra, filho de D. Afonso Henriques e de D. Mafalda. Casou em 1174
com D. Dulce de Aragão e morreu também em Coimbra em 26 de Março de 1211.
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D. Afonso II |
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- D. Afonso II -
"O Gordo" ou o "Gafo" (1211 - 1223)
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- Ainda que Afonso II não
fosse um rei com ardor guerreiro, os seus homens de armas estiveram ao lado dos
Castelhanos comandados por Afonso VIII de Castela, na grande victória Cristã de Navas de
Tolosa em 1212, e novamente com a ajuda dos cruzados, reconquistou Alcácer do Sal em
1217.
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- Entretanto
Afonso II não aceitou
as doações de grandes terras e propriedades feitas pelo seu pai aos seus irmãos,
aceitando só as dadas às suas irmãs, depois de uma guerra com Leão, e com a
condição, garantida pelo papa, de que lhe reconheceriam a sua soberania.
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- No primeiro ano do seu reinado, Afonso II convocou as cortes
em Coimbra, para as quais só foram citados a nobreza e o clero ( os representantes do
povo não apareceram nas Cortes até 1254). Ambos os estados obtiveram grandes concessões;
de facto, a posição da igreja e das ordens religiosas era agora tão forte que Afonso II
e os seus sucessores viram-se envolvidos em constantes conflitos com Roma.
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- O próprio Afonso II
instituiu (
desde 1220) AS INQUIRIÇÕES, ou comissões reais, para investigar a
natureza das concessões e retomar tudo aquilo que tinha sido ilegalmente tomado à coroa.
Nos seus últimos anos, Afonso II que sofria de lepra e obesidade, teve problemas com o
arcebispo de Braga, que era apoiado pelo papa Honório III, desafiou o papado e foi
excomungado.
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- D. Afonso II
era filho de D. Sancho I e de D. Dulce, nasceu em
Coimbra em 23 de Abril de1185 e morreu na mesma cidade ( provavelmente de lepra ) em
25 de Março de 1223,e está sepultado no Mosteiro de Santa Maria em
Alcobaça.. Casou com
D. Urraca filha de D. Afonso VIII de Castela.
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Dominicanos
- O primeiro Convento
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D. Sancho II |
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- D. Sancho II
" O Capelo" (1223-1248)
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- Pouco se sabe do reinado
de Sancho II (1223-talvez 1246), mas no seu reinado efectuou-se a reconquista total
do Alentejo e de algumas partes do Algarve. Na sua subida ao trono, Sancho II encontrou a
igreja em grande ascendência, devido às concessões feitas pelo seu pai antes de morrer
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- Existem alguns documentos do próprio governo de
Sancho II relatando os conflitos, mas os últimos anos do seu reinado parecem ter deslizado
em pura anarquia.
- Bula "Carissimus
in Christo" de Gregório IX
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- Durante estes acontecimentos, ao seu irmão mais
novo Afonso, que se tornou conde de Bolonha por casamento (1238) com Matilde,
filha do conde Conde Raynald I de Dammartin, foi apresentada uma comissão enviada pelo
papa (1245) pedindo-lhe que tomasse o poder em Portugal, e depondo Sancho II por uma
bula papal.
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- Quando Afonso chegou a Lisboa ( finais de
1245 ou princípio de 1246), recebeu o apoio da Igreja e dos habitantes de Lisboa e outras
cidades. Depois de uma guerra civil que durou dois anos, Sancho II retirou-se para
Toledo, morrendo ali em Janeiro de 1248.
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- D. Sancho II, quarto rei de
Portugal, nasceu em Coimbra em 8 de Setembro de 1209, e morreu em Toledo em 4 de Janeiro de 1248. Era filho
de D. Afonso II e de Urraca, neto, pelo lado materno do rei de Castela, Afonso VIII, e de
Leonor de Inglaterra. Subiu ao trono em Março de 1233.
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- Herdou o trono com 13 anos
e embora sendo bom guerreiro, digno continuador de D. Afonso Henriques, foi fraco
administrador e político, completamente incapaz de resolver os problemas do reino,
deixados pelo seu pai e vítima da sua falta de habilidade política acabou por ser
deposto pelo Papa, a favor de seu irmão D. Afonso III.
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- Casou em data incerta, mas
não antes de 1240, com D. Mécia Lopes neta de Afonso IX de Leão. Não teve filhos.
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D. Afonso III |
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- D. Afonso III ( 1248- 1279 ) - O
Bolonhês
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- Á sua chegada o conde de
Bolonha ( por ser casado com D. Matilde condessa de Bolonha ) tinha-se auto-proclamado rei
como Afonso III, mas a morte de Sancho II sem descendentes deu a esta usurpação um manto
de legalidade.
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- D. Afonso
foi regente ( visitador, procurador ou defensor do reino de 1245-1248)
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- Uniu o reino dividido, completou a reconquista do
Algarve, transferiu a capital de Coimbra para Lisboa em 1256, e, fortificou-a com a edificação
de torres, convocou as Cortes em Leiria nas quais foram convocados pela primeira vez em
Portugal os representantes das municipalidades ( Representantes do Povo).
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- A sua conquista do Algarve provocou a inveja
de Castela. Travaram-se duas campanhas, nas quais seguramente Afonso III foi
perdedor, porque a paz foi feita através do seu pacto de casamento com a filha do rei
de Castela.
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- Ainda que marido de Matilde de Bolonha, Afonso III casou com Beatriz,
filha ilegítima de Afonso X de Castela, mantendo-se o território em disputa do Algarve
como um feudo de Castela até ao momento em que o filho mais velho do matrimónio
atingisse a idade de sete anos, altura em que o Algarve passaria para Portugal.
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- Este casamento levou-o a uma disputa com a Santa
Sé, na qual Afonso III foi declarado interdito. Apesar da sua
ligação inicial com Roma, recusou-se a obedecer ao Papa; e em 1263 o seu casamento
bígamo foi legalizado, e o seu filho mais velho, Dinis, foi legitimado. Afonso III
lançou INQUIRIÇÕES, que resultaram com que a igreja fosse privada de muitas
propriedades.
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- Os prelados protestaram contra estas acções das
comissões reais, e a maioria deles abandonou seguidamente o país. Ainda que Afonso
III fosse excomungado e ameaçado com a deposição, continuou a
desafiar a igreja até pouco antes da sua morte em 1279.
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- Os logros conseguidos no reinado de Afonso
III foram principalmente
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- Completar a reconquista
- Assegurar o poder real perante a
igreja
- Incorporar os representantes do
povo nas Cortes
- indicando para a época, importantes
avanços institucionais.
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- Em 1254,
D. Afonso III convocou representantes das três ordens estatais
(clero, nobreza e povo) para a realização de um conselho magno, em
Leiria. A partir dessa data, a velha cúria de nobres e clero deu
origem a uma nova instituição, surgindo o conceito de “pacto político”
entre o monarca e os seus súbditos. Em 1255 mudou a capital de Coimbra
para Lisboa.
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- Com o passar dos
séculos, as Cortes que se realizaram na igreja de São Pedro, dentro
da muralha do Castelo de Leiria, deram origem ao moderno Parlamento.
- D. Afonso III era o segundo filho de
D. Afonso II e
de D. Urraca, e nasceu provavelmente em Coimbra em 5 de Maio de 1210. Casou inicialmente
com D. Matilde, condessa de Bolonha em 1238, e o seu segundo casamento com
D. Beatriz
filha ilegítima de D. Afonso X - O Sábio, só foi legalizado em 1263. Morreu a 16 de
Fevereiro de 1279 e está sepultado em Alcobaça. D. Afonso III
e sucessores, passam a denominar-se "Reis de Portugal e dos Algarves",
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- Em 1269, Os primeiros
monges do Mosteiro de Alcobaça, abrem a primeira escola pública.
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A sociedade feudal
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- A sociedade
feudal era composta por três "estamentos"
(três grupos sociais com status fixo): o clero, a nobreza e
os camponeses. Apresentava pouca ascensão social e quase não
existia mobilidade social (a Igreja foi uma forma de promoção, de
mobilidade).
O
clero
tinha como função oficial rezar. Na prática, exercia grande poder político
sobre uma sociedade bastante religiosa, onde o conceito de separação entre
a religião e a política era desconhecida. Mantinham a ordem da sociedade
evitando, por meio de persuasão e criação de justificativas religiosas,
revoltas e contratações camponesas.
A
nobreza
(também chamados de senhores feudais) tinha como principal função
guerrear, além de exercer considerável poder político sobre as demais
classes. O Rei lhes cedia terras e estes lhe juravam protecção (relações de
suserania e vassalagem).
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- Os
servos da gleba
constituíam a maior parte da população camponesa, eles eram presos à terra
e sofriam intensa exploração, eram obrigados a prestarem serviços à
nobreza e a pagar-lhes diversos tributos em troca da permissão de uso da
terra e de protecção militar. Embora geralmente se considere que a vida
dos camponeses fosse miserável, a palavra "escravo" seria imprópria. Para
receberem terras de seus senhores, assim como entre nobres e reis,
juravam-lhe fidelidade e trabalho
vassalagem.
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- Tributos
e impostos da época
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- As principais
obrigações dos vassalos consistiam em:
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Corvéia:
trabalho gratuito nas terras do senhor em alguns dias da semana;
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Talha:
Parte da produção do servo deveria ser entregue ao nobre
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Banalidade:
tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens do feudo, como o
moinho, o
forno, o
celeiro, as
pontes;
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Capitação:
imposto pago por cada membro da família (por cabeça);
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Tostão de Pedro
ou
dízimo:
10% da produção do servo era pago à Igreja, utilizado para a manutenção
da
capela local;
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Censo:
tributo que os vilões (pessoas livres, vila) deviam pagar, em dinheiro,
para a nobreza;
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Taxa de Justiça:
os servos e os vilões deviam pagar para serem julgados no tribunal do
nobre;
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Formariage:
quando o nobre resolvia se
casar , todo
servo era obrigado a pagar uma taxa para ajudar no casamento, era também
válida para quando um parente do nobre iria casar.
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- Mão
Morta: Era o pagamento de uma taxa para permanecer no feudo da
família servil, em caso do falecimento do pai da família.
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- D. Dinis I (1279 - 1325) -
"O
Lavrador"
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- O rei D. Dinis I , que foi mandado educar
esmeradamente pelo seu pai, foi modelar como soberano, no domínio da politica.
Fomentou a agricultura; incentivou a distribuição e circulação da propriedade,
favorecendo o estabelecimento de pequenos proprietários. ; mandou enxugar
pântanos para distribuir a terra a colonos; semeou pinhais (Leiria etc.); concedeu
várias minas e mandou explorar algumas por sua conta; desenvolveu as feiras.
-
- Reorganizou a marinha, contratando para isso
o almirante genovês Emmanuele Pesagno (13R17); resolveu habilmente o
problema dos Templários ( perseguidos por Filipe o Belo rei de França, que
conseguiu do Papa a sua extinção), criando para isso a Ordem de Cristo.
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- Finalmente fundou a
Universidade de Coimbra em 1 de Março de1290
, quando assinou em Leiria, o documento
Scientiae Thesaurus Mirabilis, que institui a própria Universidade
e pediu ao Papa a confirmação. A bula do Papa Nicolau IV, datada de
9 de Agosto de 1290, reconheceu o Estudo Geral, com as faculdades
de Artes, Direito Canónico, Direito Civil e Medicina, Teologia foi
reservada aos conventos Dominicanos e Franciscanos. A Universidade,
inicialmente instalada em Lisboa, foi transferida para Coimbra, para o
Paço Real da Alcáçova, em 1308.
e foi ele
próprio um protector da literatura. No entanto ficou famoso como "o
rei lavrador" pelo seu interesse pela terra. O português - o
dialecto da cidade do Porto - torna-se a língua nacional e oficial do país. A corte
régia era um centro de cultura, distinguindo-se o próprio monarca pelos seus dotes de poeta.
D. Dinis
preocupou-se também com a defesa do reino, promovendo a construção de castelos e novas muralhas em redor das
cidades.
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-
Historia da Cidade de Coimbra
A
Universidade de Coimbra
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- A Ordem de
Cristo e os Templários
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- Apesar do seu apego às artes e à paz,
Portugal esteve muitas vezes envolvido em lutas durante o seu reinado. Em
12 de Setembro de 1297 o Tratado de Alcañices com Castela confirmava-lhe a
posse do Algarve e dava-lhe uma aliança entre Portugal e Castela.
-
- O acordo fixava os limites
fronteiriços de Portugal, e estabelecia que a Portugal pertenciam as povoações de Campo
Maior, Olivença e territórios vizinhos, em troca de Aroche e
Aracena.
-
- O rei de Castela abandonou ainda
todas as pretensões sobre o Sabugal, Castelo Rodrigo, Almeida, Castelo Melhor, Monforte,
Valência, Ferreira e Esparregal. O tratado estabelecia ainda dois casamentos reais entre
portugueses e castelhanos: D. Constança (filha de D. Dinis) com D. Fernando IV, e
D.
Beatriz (irmã do rei castelhano) com o herdeiro do trono português, o futuro
D. Afonso IV.
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- D. Dinis
convoca as suas primeiras cortes em Évora ( 1282).
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- Nos últimos anos do reinado de Dinis I,
o seu
filho, o futuro Afonso IV, rebelou-se contra o pai mais do que uma vez,
sendo persuadido a submeter-se pela influência da sua mãe D. Isabel, filha
de Pedro III de Aragão.
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Santa Isabel |
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- Esta mulher
extraordinária,
depois canonizada como Santa Isabel de Portugal, e popularmente conhecida como a
Rainha
Santa, exerceu sucessivamente a sua influência a favor da paz.
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- Por ironia do destino, e
talvez um pouco pela divulgação do Milagre das Rosas atribuído à Rainha Santa Isabel.
sua mulher, onde o Rei foi retratado como avarento, tornou possível que um dos melhores
soberanos portugueses, fosse retratado e imortalizado por Dante na sua Divina Comédia,
enfileirando-o como um dos grandes avarentos daquele tempo.
-
- ( Dante, Divina Comédia,
Paradiso, XIX, 139 )
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- D. Dinis era filho de D.
Afonso III e de D. Beatriz de Castela nasceu a 9 de Outubro de 1261. Casou com D. Isabel
de Aragão. Morreu a 7 de Janeiro de 1325. Está sepultado em Odivelas.
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D. Afonso IV |
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- Disputas com Castela.
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- D.Afonso IV
" O Bravo" ( 1325 - 1357 )
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- Afonso IV (125-57) esteve
envolvido em várias disputas com Castela. D.Isabel, que se tinha retirado para o Convento
de Santa Clara em Coimbra, continuou a intervir a favor da paz, mas com a sua morte em 1336
a guerra rebentou de novo, e o problema não foi resolvido até 1340, quando o próprio
Afonso IV à frente dum exército Português se juntou a Alfonso XI de Castela na grande
vitória sobre os muçulmanos no Salado na Andaluzia.
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- A batalha do Salado
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- O filho de Afonso IV, Pedro, tinha-se casado
(1336) com Constança (morreu em 1345), filha do infante castelhano Juan Manuel;
mas logo a seguir ao seu casamento enamorou-se duma das suas damas de sua mulher, Inês
de Castro, de quem teve vários filhos.
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- Filho de D. Dinis
e de D. Isabel de Aragão, D.
Afonso IV nasceu em Lisboa a 8 de Fevereiro de 1291. Casou em 1309 com
D. Beatriz filha de
Sancho IV de Castela. Faleceu em Lisboa a 28 de Maio de 1357 e está sepultado na
capela-mor da Sé de Lisboa.
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- D. Afonso IV convoca as suas
primeiras cortes em Évora (1325).
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Túmulo de D. Pedro I Mosteiro de
Alcobaça Túmulo de
Inês de Castro
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D.Pedro I
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- D.Pedro I (1357-1367) -
"O Cruel
ou O Justiceiro"
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- Afonso IV foi convencido pelos seus conselheiros
a autorizar o assassínio de Inês em 1355, e um dos primeiros actos de Pedro I
quando subiu ao trono, foi vingar-se de forma selvagem dos seus assassinos.
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- Durante
o seu curto reinado, (1357-1367), Pedro que é lembrado principalmente por esse amor
trágico com Inês de Castro, teve alguns actos de grande importância, como o de
reduzir os abusos de poderosos, e aumentar o poder real.
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- Reformou a administração da Justiça,
(1361), e fez muito para tornar a igreja Portuguesa, numa igreja nacional, insistindo no
beneplácito régio, que era a aprovação real prévia, das bulas
papais e cartas antes que elas pudessem ser publicadas em Portugal.
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- É interessante salientar que esse beneplácito
régio se manteve em vigor até ao advento da República, sendo abolido em 1918, tendo
apenas um interregno entre 1487 e 1495 no reinado de D. João II. Em assuntos
externos seguiu sempre uma politica neutral.
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- D. Pedro I convoca cortes em
Elvas (1361). Nasceu em Coimbra em 8 de Abril de 1320 e morreu em
Estremoz em 18 de Janeiro de 1367. Foi casado com Branca de
Castela (repudiada), com D. Constança Manuel
infanta de Castela, mãe de D. Fernando I, e com
Inês de Castro(não confirmado).
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A
Figura de Inês de Castro
A Figura de D. Pedro I
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- Fernando I - (1367-1383) "O Formoso"
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- O filho de Pedro I e Constança, Fernando
(1367-83), herdou um trono saudável, isento de problemas com vizinhos, mas a disputa
entre Pedro o Cruel e Henrique de Transtamara (mais tarde Henrique II) para o trono
de Castela trouxe-lhe problemas; com a morte (1369) do primeiro,. Muitas cidades
castelhanas ofereceram a sua obediência a Fernando I, e este foi pouco avisado em
aceitá-la.
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- Henrique II invadiu Portugal em 1369, e pela
paz de Alcoutim (1371) Fernando foi obrigado a renunciar a esse
pedido, e a casar-se com a filha de Henrique. Mas não cumprindo a palavra dada,
Fernando I tomou uma portuguesa, ("louçã, aposta e de bom corpo")
Leonor Teles, sendo ela ainda casada e apesar dos protestos do povo de
Lisboa.
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- Fez também uma aliança com a Inglaterra na
pessoa de Jonh of Gaunt, duque de Lancaster, que era casado com a filha mais velha
de Pedro o Cruel, e reclamava o trono de Castela. Em 1372 Fernando I provocou
Henrique II, que invadiu Portugal e cercou Lisboa. Incapaz de resistir, Fernando
I foi obrigado a repudiar a sua aliança com Jonh of Gaunt e a actuar como um aliado
de Castela, deixando vários castelos e pessoas como reféns.
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- Só com a morte de Henrique (1379) voltou Fernando
I a desafiar abertamente Castela. Em 1380 voltou à ligação com
Inglaterra, e no ano seguinte o irmão de Jonh of Gaunt, Edmund of Langley, depois duque
de York, embarcou um exército para Portugal para a invasão de Castela e combinou
o casamento do seu filho Eduardo com a única filha legítima de Fernando II, Beatriz.
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- No meio da campanha, Fernando I chegou a
acordo com o inimigo ( Agosto de 1382), concordando em casar a filha com Juan I de
Castela; e quando morreu prematuramente decrépito, Leonor Teles
tornou-se regente e Castela reclamou o trono português.
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- Para salvaguardar a independência
de Portugal quando da sua morte, D. Fernando assinou com Castela o
Tratado de Salvaterra de Magos,(1383) que daria o trono de Portugal
não a D. Beatriz, mas um filho seu varão quando atingisse os 14 anos de
idade.
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- Entre 1383 e 1385 D. Beatriz
foi rainha tendo D. Leonor Teles como regente, seguida por D. João,
Mestre de Avis, regedor e defensor do reino. As grandes secas que
ocorreram em Portugal e na Europa, neste período da nossa História, causando muita fome
e miséria, aliada à grande mortandade provocada pela peste negra, causaram
grandes problemas sociais que se denominam A Crise ou Revolução de 1383-1385,
magistralmente descrita por Fernão Lopes e que tem sido alvo de
muitos estudos por historiadores modernos.
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A Peste Negra
A Figura de D. Fernando - Efemérides
Reis de
Portugal
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D. Leonor Teles |
- D. Beatriz I -
( 1383 - 1385 )
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- (10º Rei de
Portugal)
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- Rainha de jure e
de facto (era a única herdeira legítima do trono deixado vago pela morte
de
D. Fernando I), D.
Beatriz, casada com
João I de Castela,
foi aclamada Rainha em grande parte do Reino, exercendo a regência em seu nome,
durante quase dois anos, a rainha viúva, sua mãe
D. Leonor Teles de Menezes.
O seu marido D. João I de Castela acrescentou mesmo o senhorio dos Reinos de
Portugal e Algarve aos seus
títulos, e mandou cunhar moeda
com as armas de Leão e Castela partidas com as de Portugal.
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- Contudo, desde o início
do reinado, várias vilas e cidades do reino começaram a revoltar-se,
temendo a perda da independência, vindo paulatinamente a engrossar o
partido que se foi constituindo à roda do Mestre de Avis.
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Morte do Conde de Ourém |
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- Leonor Teles
regente de Portugal em nome de sua filha D. Beatriz, era agora
amante de João Fernandes Andeiro, conde de Ourém, que tinha intrigado com Inglaterra e
Castela e cuja influência era odiada pelos patriotas portugueses que se reuniram
nas Cortes de
Coimbra ( Março - Abril de 1385) e declararam rei o Mestre de Aviz como João I e fundador
de uma nova dinastia.
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A Figura de
D. Leonor Teles
E-Mails
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[email protected].br [email protected]
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Cronologia da Dinastia de Borgonha
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- A Arte na Dinastia de Borgonha
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Dinastia de Avis
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