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O Mosteiro
de Alcobaça
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Alcobaça Sacristia
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- Alcobaça cidade e concelho do
Distrito de
Leiria, fica situada na confluência dos rios Alcoa e Baça, justamente a sul-sudoeste da
cidade de Leiria.
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- Diz a lenda que o nosso primeiro rei
D.
Afonso Henriques doou grande parte das terras da região de Alcobaça a S. Bernardo, para
a construção de um Mosteiro, em cumprimento de promessa feita quando caminhava para para
a conquista de Santarém, ou por gratidão a favores recebidos.
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- Durante a Idade Média, o mosteiro de
Alcobaça rivalizou em dimensões e prosperidade com as grandes Abadias Europeias.
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- A imensa e austera abadia é essencialmente
em Gótico Primitivo ou Românico de transição, mas a sua fachada principal já é de
adição barroca. Grande parte da antiga biblioteca do mosteiro foi
roubada pelas tropas francesas durante as Invasões Napoleónicas, e
o que escapou ao saque, está nas
bibliotecas públicas de Lisboa e Braga.
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- Embora já construída durante o
período do Gótico Europeu, o Mosteiro de Alcobaça é Românico de Transição, pois as
características artisticas e construtivas deste monumento assim o demonstram, e as
inovações típicas da construção gótica aparecem ainda em Alcobaça com o aspecto dum
"ensaio".
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- A construção do Mosteiro de
Alcobaça - talvez uma primeira construção provisória - parece que começou em meados
do século XII, antes da morte de S. Bernardo, que ocorreu em 1153. Com a data de 1152 é
conhecida uma referência ao abade de Alcobaça e a respectiva carta de couto é de 1153.
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- Quando se compara a planta do
Mosteiro de Poblet com a de Alcobaça, reconhece-se imediatamente que o mesmo desenho base
serviu a ambas, o qual por sua vez, era uma repetição do utilizado na segunda igreja de
Claraval ( Abadia de Clairvaux na região Champagne-Ardenne em França, fundada em 1115
por S. Bernard de Claivaux e quási totalmente destruida e transformada em prisão
nos vandalismos reformistas da revolução francesa).
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- A vida dos primeiros monges foi de
intenso labor e não isenta de dificuldades, Estavam longe ainda do período faustoso do
século XVIII, em que a cozinha, como fez notar W. Beckford em 1794, era a dependência
mais importante. Em 1269 abriram a primeira escola pública; deram exemplos de cultivo da
terra e do aproveitamento dos seus produtos; e mais tarde dedicaram-se a estudos
históricos.
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- O Mosteiro era constituído pela Igreja, a
construção de maior vulto, o claustro, a casa do capítulo e todas as demais
dependências anexas necessárias para a vida monacal e para as actividades a que se
dedicavam os monges.
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- A actual fachada é do século XVIII ( 1725
), restando do gótico primitivo o portal de arcos ogivais e o aro da rosácea.
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- A concepção arquitectónica deste
monumento, desprovida de atavios decorativos e sem imagens, como ordenava a ordem de
Cister, apresenta uma grandiosidade e uma beleza funcional indiscutíveis. É a maior
igreja de Portugal, como escreveu Bertaux,« a mais pura e majestosa que os monges
cistercienses ergueram em toda a Europa».
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- A nave central e as laterais,
praticamente da mesma altura, dão uma sensação de vasto espaço, a que o
processo de
iluminar, românico ainda, dá pouca luz e torna maior. As abóbadas das naves assentam em
arcos torais de grossas molduras e ogivas cujas chaves são mais altas do que as dos arcos
torais, dando por isso ao observador situado nos extremos, a impressão de serem de berço
quebrado e uma maior sensação de facilidade construtiva.
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- As naves laterais prolongam-se pelo
deambulatório ou charola, donde irradiam nove capelas que acompanham a ábside circular,
iluminada por altas frestas, o que dá ao altar-mor um realce luminoso. Através dos
tempos, a igreja foi sobrecarregada de construções posteriores, como o cadeiral
manuelino que os franceses queimaram em 1811( talvez com a mesma febre de vandalismo com
que destruíram Claivaux ). No mosteiro de Alcobaça estão os túmulos de D. Pedro I e de
D. Inês, as mais famosas arcas tumulares lavradas que existem em Portugal.
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- Mais pormenores ( Dicionário
de História de Portugal de Joel Serrão )
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