D. Afonso
Henriques |
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- Batalha travada em 25 de Julho de 1139, dia
de Sant'Iago, entre as forças do nosso primeiro rei e as de um chefe islâmico denominado
Esmar.
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- A Batalha de Ourique associa-se à história
da aclamação de Afonso Henriques como rei pela nobreza guerreira, em que se descreve o
seu regresso triunfal a Coimbra, com a possível indicação de ter sido a partir desse
momento que o infante passou a intitular-se rei.
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- Associada a esta batalha existe uma lenda
que a descreve como uma batalha travada contra cinco reis mouros e ganha, ou pela força
da protecção divina (versão clerical) ou pela valentia dos cavaleiros (versão
nobiliárquica), num caso e noutro dispensadora de terras e riqueza, de reino e realeza.
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- No entanto sobre a batalha real pouca
informação existe, o que leva a crer que o confronto de Ourique se teria traduzido, na
realidade, numa refrega militar de modestas proporções, quando confrontada com as
grandes batalhas da Reconquista.
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- História da Batalha
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- Reunidas as suas tropas, no burgo de
Coimbra, em Maio de 1139, Afonso Henriques marcha já em fins de Junho sobre Leiria, onde
agrega à sua hoste os cavaleiros-vilões e alguma peonagem dos novos concelhos
fronteiriços. E daí, num impetuoso fossado sobre as terras
sarracenas, interna-se no Gharb, assolando e saqueando lugares, devastando todo o país.
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- Não tinham esmorecido ainda tanto,
apesar de em manifesta decadência, os brios militares dos almóadas, que não
congregassem logo as suas tropas e as dos Mouros espanhóis para marcharem ao encontro da
hoste afonsina, cortar-lhe o passo, desbarata-la.
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- Nos campos de Ourique, feriu-se a 25
de Julho a memorável batalha, a que os Mouros, sob o comando de Esmar, levaram num
esquadrão, de amazonas as suas próprias mulheres, talvez por carência de forças neste
rincão de Aurélia e outras dificuldades mais graves.
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- À exepção desta, afirma
Herculano, as circunstâncias da Batalha de Ourique ignoram-se inteiramente. Sabemos só
que Afonso Henriques desbaratou os sarracenos, cujo chefe, denominado nas crónicas
portuguesas por rei Esmar, a custo salvou a vida com a fuga. O campo ficou alastrado de
mortos, entre os quais se acharam os cadáveres de muitas das mulheres que ali tinham
vindo e haviam perecido combatendo como as antigas amazonas.
( Condensado de
terravista.pt/ancora/1627 - Site que se recomenda por informação sobre Batalhas de
Portugal )
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- Nota - D. Afonso Henriques fez
construir o castelo de Leiria em 1135, para servir de poderosa base defensiva e ofensiva.
Alguns anos mais tarde, atreveu-se mesmo a um ousado, mas de forma alguma inédito
"raid", bem no coração da mourama.
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Atravessou o Tejo e internou-se na
vasta planície quase deserta do Ribatejo e do Alentejo Norte. Uns 110 Km a sul do Tejo
alcançou provavelmente a antiga estrada romana e muçulmana que o levou com facilidade para
o Sul, distante mais de 200 Km da fronteira. Em
Ourique. pequena cidade perto
dessa estrada, encontrou por fim o exército defensivo muçulmano, que
conseguiu derrotar à frente de algumas centenas de homens a cavalo
( 1139 ).
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Era a sua grande vitória mas não a
pode explorar. Tratava-se apenas de uma razia, sem o apoio de qualquer sistema organizado
de abastecimentos e cobertura de reservas. Ourique estava longe de mais para ter algum
significado na conquista cristã. Afonso Henriques regressou ao reino, muito provavelmente
sem ter provocado no Alentejo islâmico qualquer perturbação de monta.
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( História de Portugal - A.H.
Oliveira Marques)
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