O marido é o chefe da família e detém a autoridade. Não possui, no
entanto, um poder despótico, absoluto, como noutras sociedades baseadas na
pastorícia. Em relação aos filhos, o irmão da sua mulher tem um papel de
muito relevo, o que diminui o poder paterno.
A mulher, apesar de estar incumbida dos trabalhos mais duros, penosos e
rotineiros da existência, não é, de maneira nenhuma, considerada escrava. O
seu estado de subordinação não é muito pronunciado. É muito respeitada,
como sucede geralmente nas sociedades agrícolas, embora seja tida como inferior
ao homem.
Elemento essencial da vida familiar, a sua estima social e o seu prestígio
dependem do valor da sua actividade económica. A assiduidade ao trabalho e os
resultados que dele tiram são a pedra de toque por que se aprecia o mérito de
uma mulher Cuanhama. As sua aptidões para a procriação e para o trabalho
são, de facto, os atributos que os Cuanhamas mais apreciam. E estes predicados
não estão ausentes do seu conceito de beleza.