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Equívocos sobre Imunizações

Equívoco n°2
A maioria das pessoas que ficam doentes foram imunizadas.

Este é outro argumento freqüentemente encontrado na literatura anti-vacinas -- a implicação aqui é que isso prova que as vacinas não são eficazes. De fato é verdade que em uma erupção aqueles que foram vacinados freqüentemente superam aqueles que não foram -- mesmo com vacinas como a do sarampo, que sabemos ser cerca de 98% eficaz quando usada como recomendada.

Esse aparente paradoxo é explicado por dois fatores. Primeiro, nenhuma vacina é 100% eficaz. Para tornar as vacinas mais seguras que a doença, a bactéria ou o vírus é morto ou enfraquecido (atenuado). Por razões relacionadas com o indivíduo, nem todas as pessoas desenvolvem imunidade. As vacinas infantis mais comuns são eficazes de 85% a 95% dos receptores. Segundo, em um país como os Estados Unidos [ou o Brasil] as pessoas que foram vacinadas superam enormemente aquelas que não foram. Como estes dois fatores trabalham juntos para resultar em erupções em que a maioria dos casos foram vacinados podem ser mais facilmente compreendido examinado um exemplo hipotético:

Em uma escola de ensino médio com 1000 estudantes, nenhum tinha tido sarampo. Todos com exceção de cinco receberam duas doses da vacina de sarampo, e assim estão plenamente imunizados. Todo o corpo estudantil é exposto ao sarampo, e todo estudante suscetível se infectou. Os 5 estudantes não vacinados serão infectados, é claro. Mas dos 995 que foram vacinados, poderíamos esperar que vários não respondessem a vacina. A taxa de eficácia para duas doses da vacina do sarampo pode ser tão alta quanto 99,5%. Nesses casos, 7 estudantes não responderam, e eles, também, foram infectados. Desse modo 7 de 12, ou cerca de 58%, dos casos ocorrem em estudantes que receberam todas as doses da vacina.

Como você pode ver, isso não prova que a vacina não funciona -- apenas que a maioria das crianças na sala tinham sido vacinadas, assim aquelas que foram vacinadas e não responderam supera aquelas que não foram vacinadas. Olhando isso de outra maneira, 100% das crianças que não foram vacinadas pegaram sarampo, comparadas com menos de 1% daquelas que foram vacinados. A vacina do sarampo protegeu a maioria da sala; se ninguém na sala tivesse sido vacinado, provavelmente haveria 1.000 casos de sarampo.

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Esta informação foi adaptada do material que o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA publicou em 1996 para ajudar os médicos a tranqüilizar seus pacientes.

 

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