O Patriarca da Família Dinoá

   

Jovino Limeira Dinoá

    

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Casado com Ângela Leopoldina de Albuquerque Dinoá e filho de Bernardino José Limeira e Margarida Limeira de Barros, foi este Patriarca o primeiro a usar o sobrenome Dinoá, que adotou por volta de 1864, em substituição a seu nome de família Barros.

Antes, ele se assinava Jovino José Limeira de Barros, depois Jovino Limeira de Barros e, finalmente, Jovino Limeira Dinoá. Não se sabe a razão desta mudança de nome. 

Na década dos anos 1860, aliás, esteve mais ou menos em moda a adoção de novos sobrenomes, alguns de caráter nacionalista ou mesmo indicativos de regionalismo e, outros ainda, bastante esdrúxulos e sem qualquer explicação mais plausível. 

Foi nesse tempo que surgiram, além de Dinoá, os sobrenomes Americano, Brasil, Brasileiro, Cariri, Joffily, Trapiá e muitos outros, hoje comuns no País.

Descendia ele, pelo lado materno, do fundador de Cabaceiras, Capitão-mor Domingos de Faria Castro e sua mulher Isabel Rodrigues de Oliveira, esta filha do Capitão Pascácio de Oliveira Ledo e sua mulher Isabel Rodrigues.

Com efeito, sua mãe, Margarida Limeira de Barros, era filha de Isabel Joaquina da Conceição (no registro do seu casamento, aparece como Isabel Joaquina do Espírito Santo) e Antônio de Barros Leira (Neto), este, filho de Francisca Maria da Conceição e Inácio de Barros Leira, que era filho do português Capitão-mor Antônio de Barros Leira e de Ana de Faria Castro, filha do fundador de Cabaceiras acima mencionado. E sua avó materna, Isabel Joaquina da Conceição, também Joaquina do Espírito Santo, era filha de Aleixo da Cunha Porto e Cristina Rodrigues da Rocha, esta, filha de Isabel Batista Antônia e do Tenente-Coronel Pascácio Ferreira Guimarães, filho do Capitão Antônio Ferreira Guimarães e Cristina Rodrigues de Oliveira, a qual era filha do Capitão Pascácio de Oliveira Ledo e de Isabel Rodrigues, também já citados acima. Aqui, uma observação: na página sobre Margarida Limeira de Barros, registro que possivelmente Bernardino José Limeira era descendente do Capitão-mor Domingos de Faria Castro, através de sua filha Maria de Faria Castro, casada  com o Sargento-mor Manuel Tavares de Lira. 

Jovino Limeira Dinoá foi homem de vivência política e administrativa. Advogado provisionado, com fama de conhecedor das leis e dotado de boa oratória, exerceu sua advocacia como patrono, principalmente, na área cível, em muitas demandas em todo o Cariri.

Como integrante da Guarda Nacional, teve a patente de Tenente-Coronel, e exerceu o cargo de Comandante do 12o Batalhão de Infantaria.

Político, seguindo as pegadas do seu pai, Professor Bernardino José Limeira, que foi Deputado Provincial nas legislaturas de 1845/1846, 1846/1847, 1848/1849, 1858/1859 e 1859/1960, ele foi membro atuante do Partido Liberal, tendo exercido mandato de Deputado Provincial, na Paraíba, nos períodos legislativos de 1864/1865, 1866/1867, 1880/1881, 1882/1883; e foi membro da Segunda Assembléia Constituinte Paraibana, de 1892/1895. (No seu primeiro período legislativo, o Deputado Jovino Dinoá apresentou o projeto, transformado na Lei No 134, de 15 de outubro de 1864, que transferiu a sede do Município de Cabaceiras para a rival Sant’Ana do Bodocongó. Ele, foi, também, um dos assinantes do projeto - transformado na Lei No 727, de 8 de outubro de 1881 - criando a Vila de Brejo do Cruz).

Foi Promotor Público em Alagoa Grande e Campina Grande (1878), onde também fora Vereador nas legislaturas de 1873 a 1879, período, aliás, em que se deu a chamada "Revolta do Quebra-Quilo". 

Em 1895, foi nomeado Prefeito Municipal da Cidade de Paraíba (foi o primeiro ocupante do cargo com o título de Prefeito, tendo exercido a chefia daquele poder até 1900).

A partir do primeiro ano século XX, decidiu abandonar as lides políticas. Casados, já, alguns dos filhos, sentindo-se por merecer um repouso, retirou-se para o Ceará, onde estava casada uma filha, como se verá adiante. Em 1910, foi visitar seu filho de nome Jovino de Albuqurque Dinoá, residente em Macapá, então Município pertencente ao Pará. Lá, demorou-se por volta de seis meses e, quando já tencionava voltar para o seu lar, faleceu, a 30 de agosto de 1910, de syncope cardiaca, como consta no registro de seu óbito.

Ele havia nascido a 25 de fevereiro de 1838, conforme se depreende do termo de registro de seu batizado, que a seguir transcrevo, em a sua ortografia original e com as suas abreviaturas:

Aos treze de Mso de 1838 baptizei Solemneme a Juvino com dezoito dias de ide fo lego de Bernardino Je Limeira e Margarida Ma p.p. Anto de Barros Leira casado e Joanna dos Stos viuva.

O Vigro S. Tiago

Sua esposa, Ângela Leopoldina de Albuquerque Dinoá, nascida em 1838, e que faleceria onze anos depois, a 20 de maio de 1921, em Fortaleza, aos 83 anos de idade, do mesmo mal de que havia morrido o marido, era filha de José Jerônimo de Albuquerque Borborema e sua segunda mulher, Maria Amélia Porto Borborema, neta, pelo lado paterno, de Joana Francisca de Albuquerque e Manuel José de Araújo, este, filho de José Gomes de Farias e Maria José Pereira de Araújo, esta, filha de Paulo de Araújo Soares e Teresa de Jesus Oliveira, também Teresa Pereira de Jesus, a qual, por sua vez, era filha do Coronel Agostinho Pereira Pinto e de Adriana de Oliveira Ledo, esta, filha do Capitão-mor Teodósio de Oliveira Ledo e de Isabel Paes, sua primeira mulher. Pelo lado materno, Ângela Leopoldina era neta do Coronel Agostinho Lourenço Porto e de Ana Josefa do Sacramento, esta filha de Manuel Pereira de Araújo e Josefa Pereira de Farias - ele, filho dos mesmos Paulo de Araújo Soares e Teresa de Jesus Oliveira, também Teresa Pereira de Jesus, mencionados logo acima.

Sua longa descendência, que já atingiu a geração de pentaneto, isto é, quinto-neto.

1 - Jó de Albuquerque Dinoá

casado com Crispiniana Bezerra Dinoá;

2 - Maria de Albuquerque Cavalcante Dinoá Clique aqui para ver foto

casada com Antônio de Farias Cavalcante, seu parente - avós do autor deste trabalho genealógico;

3 - Margarida Dinoá Costa Clique aqui para ver sua foto

casada com Felismino Norberto da Costa;

4 - Jovino de Albuquerque Dinoá Clique aqui para ver sua foto

casado com Joana Pantoja Dinoá;

5 - Bernardino Limeira Dinoá

casado com Odete Dutra Dinoá;

6 - Georgina Dinoá de Araújo Clique aqui ver sua foto

casada com José Tomás de Araújo;

7 - Ascendina de Albuquqerque Dinoá

filha caçula, de apelido Yayá - falecida em Alagoa Grande, aos onze anos de idade, de febre tifóide.

 
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