Ascendência de Jovino Limeira Dinoá

   

Antônio de Barros Leira (Neto)

       

Filho de Inácio de Barros Leira e Francisca Maria da Conceição

    
Antônio de Barros Leira (Neto)

nascido em abril de 1777, batizado a 15 de junho daquele mesmo ano. Casou com Isabel Joaquina da Conceição (conforme seu testamento; no registro de casamento está Isabel Joaquina do Espírito Santo), filha de Aleixo da Cunha Porto e Cristina Rodrigues da Rocha, esta, filha do Tenente-Coronel Pascácio Ferreira Guimarães e de Isabel Batista Antônia; Isabel Joaquina era neta paterna do Capitão Antônio Ferreira Guimarães e Cristina Rodrigues de Oliveira, esta filha do Capitão Pascácio de Oliveira Ledo e de Isabel Rodrigues; Aleixo da Cunha Porto, por sua vez, era filho adotivo do Capitão Leonardo Domingues Porto e de Rosa Maria da Cunha (Aleixo da Cunha Porto casou a 13 de novembro de 1770; natural da Cidade da Paraíba, apresentou ao Pároco da Freguesia de Nossa Senhora dos Milagres, a 2 de novembro de 1770, para casar, justificativa por aver vindo de menor de onze para doze annos de sua natoralidade para esta freguesia do Cariry onde sempre asistiu). O casamento de Antônio de Barros Leira e Isabel Joaquina da Conceição foi realizado a 29 de julho de 1799, conforme certidão de casamento fornecida pela Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Serra Branca, da Diocese de Campina Grande, assinada pelo seu Pároco, Padre Antônio Apolinário Batista, para documentar o fato. Falecido entre 20 de setembro de 1852 e 16 de outubro de 1853 (datas em que fez doação da propriedade Charneca ao filho Antônio de Barros Leira Júnior e em que foi batizado o filho de uma escrava de sua viúva). Antônio de Barros Leira (Neto) foi homem benquisto na comunidade, tendo desempenhado várias funções públicas em Cabaceiras - em 1830 e 1831, era Juiz de Órfãos, cargo novamente ocupado por ele em 1841; em 1850, era Curador de Órfãos; em 1851, era Capitão-mor, ocupando, também, o cargo de Comandante Superior da Guarda Nacional, da qual tinha a parente de Coronel. Não localizamos seu inventário, nem seu testamento. Mas encontramos estes dois documentos de sua mulher - seu inventário foi iniciado a 20 de junho de 186, tendo ela falecido um mês antes, a 20 de maio de 1864. Abaixo, alguns interessantes trechos do seu testamento:

"Em nome da Santissima Trindade, Padre, Filho e Espirito Santo, tres pessoas Realmente distintas, e hum só Deos Verdadeiro. Eu Izabel Joaquina da Conceição, natural da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, da Frega de Cabaceiras, filha legitima de Aleixo da Cunha Porto e Christina Rois da Rocha, como Christã Catolica, a Postolica Romana, que sou, em a qual Religião nasci, criei-me, e fui educada e em que me tenho felismente concervado, e espero morrer deliberando-na a fazer meu testamento, como faço de ma livre e expontanea vontade, e em meu perfeito juiso, e em saude perfeita faço as minha disposições, de ultima vontade pela maneira e forma, que se Seguem: 1a que meu herdeiro e testamentro, logo que eu falleça e tenha o meu corpo de dar-se sepultura, recomendo, que seja envolvida em mortalha de cor preta, para ser interrada no Cemiterio desta Villa, pa o q. o meu testamenteiro devera mandar edificar uma catacumba, e conduzida em caixão. 2o é minha vontade que haja pa minha morte os signães, ou toques de Signos recomendado pelo Rito da Santa Igreja, em tal circunstancias, e as incomendações q. a mesma ordena com Officio Parochial no dia settimo ou trigessimo de ma morte como melhor pode ser. 3a que tbem é ma vontade que se celebre por minha alma cem Missas em clusivel a de Corpo presente e nos dias Subsequentes, ao meu interro, como tbem destribuirá no dia do meu officio cem mil reis com os pobres Orfãos, e Viuvas, quaes o meu testamenteiro achar dignos e merecedores de esmolas. 4o Declaro que fui casada conforme nossas Leis com o Capm Mor Antonio de Barros Leira, e que tive de nosso Matrimonio Vinte e hum filhos, e que destes existem nove, os quaes são meus herdeiros; porem que sendo livre a terça de minha fazenda; por isso, que os meus testamenteiros cumprirão todas minhas desposições com ella, e o resto da dita terça ficara para os meus dous filhos o Capitão Antonio de Barros Leira e Tene Jose de Barros Leira, os quaes alem do Dirto hereditario que te-em lhes fica pertencendo o resto de ma terça como acima esta declarado. 5o Deixo de ma dita terça vinte e quatro mil reis para os meus testamenteiros mandarem aplicar em Missas as quaes poderei estar devendo, como tbem ordeno que sejão ditas cincoenta Missas por Almas de meus finados marido, Pae e Mai. 6o Declaro, que não devo quantia alguma a quem quer que seja, e que meus possuidos são os seguintes: = cem cabeças pouco ms ou menos de vaccum, e cavallar, deis contos de reis pouco ms ou menos em terras, e casas, como bem se verá do meu formá de partilha, que tenho oito escravos entre os quaes ficará liberta por minha morte a escrava Izabel Angola. 7o Declaro que são meus testamenteiros os meus dous filhos ascima ditos Antonio, e José e Sendo o 1a testamenteiro o dito Antonio, e em 3a lugar é tbem meu testamenteiro o meu genro Manoel Luis Sabino de Farias. 8a Declaro finalme que revogo e tenho como nullo, e dou por nem huns quasquer outro testamento, e codicillos, que antes destes eu tenha feito por palavra, ou por escrito ou em qualqr maneira, para que não valha, Salvo este que agora faço, que quero valha, e seja meu testamento, se assim poder valer, ou P. meu codicillo, ou por havia de Dirta que melhor para valer, p. q. esta é a desposição de minha ultima vontade, tendo assim concluido e accabado este meu testamento e por não saber ler, e nem escrever pedi ao Senhor Florencio Jose da Silva, pessoa de ma inteira confiança esta por mim escrever e a meu rogo assignasse Villa de Cabaceiras 18 de Maio de 1863. Arrogo da testamenteira a Senhora D. Izabel Joaquina da Conceição, escrevi, e assignei o presente testamento e eu Florencio Jose da silva."

Sua descendência, que consegui listar:

1 - Anacleto da Costa Barros

já viúvo de Joaquina … por ocasião do inventário de sua mãe, em 1864. Seus filhos:

1.1 - Isabel Maria da Conceição

também Isabel Joaquina do Amor Divino - casou, a primeira vez, a 26 de julho de 1851, com Antero da Costa Ramos Pimenteira, filho de Tomás da Costa Ramos Pimenteira e sua primeira esposa, Francisca Maria de Barros. Tendo enviuvado, ela casou a segunda vez, a 7 de fevereiro de 1855, com João Ferreira Guimarães Júnior, filho de Major João Ferreira Guimarães e de Inácia Teresa de Jesus, também Inácia Maria da Conceição; este seu segundo marido era viúvo de Antônia Liberal de Brito Lima, também Antônia Liberal do Amor Divino;

1.2 - Clementina

batizada a 11 de outubro de 1836, com três meses;

2 - Aleixo da Costa Barros

foi casado com Rosa Maria dos Prazeres, também Rosa dos Prazeres, também Rosa Maria de Jesus. Eram moradores em Mata Virgem, então Freguesia de Cabaceiras. Seus filhos:

2.1 - Cosme

batizado a 8 de março de 1841, com sete dias;

2.2 - Damião

gêmeo do irmão acima, e batizado no mesmo dia, juntamente com ele;

2.3 - Isabel

batizada a 23 de outubro de 1843, com cinco meses;

3 - Antônio de Barros Leira Júnior

casado com Antônia Maria da Conceição;

4 - José de Barros Leira

legatário da terça de sua mãe. Era Tenente da Guarda Nacional. Casou a 26 de novembro de 1850, com Joaquina Maria da Conceição, filha de Lourenço Pereira de Castro e Rita Maria da Conceição, neta paterna, portanto, de José Caetano Pereira de Castro e Ana de Faria Castro (a segunda com este nome - não confundir com Ana de Faria Castro, mulher do Capitão-mor Antônio de Barros Leira, avós do titular desta página). Suas filhas:

4.1 - Francisca

batizada a 29 de setembro de 1851, com quatro dias;

4.2 - Luzia

nascida a 16 de setembro de 1852, batizada no dia 9 de outubro seguinte;

4.3 - Isabel

batizada a 16 de abril de 1854, com 22 dias;

5 - Cristina Rodrigues de Barros

também conhecida como Cristina Bezerra de Barros e também como Cristina Bezerra de Melo - casou a primeira vez com Manuel da Costa Ramos, filho de Hilário da Costa Ramos e Antônia Caetana de Sant'Ana, também Antônia Anastácia do Sacramento, também Antônia Caetana dos Santos, também Antônia de Barros. Não sabemos a data do falecimento de seu primeiro marido; mas, em 24 de novembro de 1839, ela já estava batizando filho do seu segundo matrimônio, com José Vicente Pereira da Cunha, também José Vicente da Cunha Porto (conforme o inventário de sua sogra), residente no lugar Facão, Freguesia de Cabaceiras. Do primeiro casamento, ela teve uma filha; do segundo marido, teve dois filhos, pelo menos:

5.1 - Prisciliano

batizado a 24 de novembro de 1839, com cinco meses de idade;

5.2 - Amélia

batizada com três meses, a 20 de janeiro de 1850;

6 - Margarida Limeira de Barros

casada com Bernardino José Limeira;

7 - Maria Americana de Barros

casada, pela primeira vez, muito jovem, a 29 de maio de 1843, com Tomás da Costa Ramos Pimenteira, falecido a 23 de agosto de 1850, filho de Hilário da Costa Romeu e Antônia Caetana de Sant’Ana, viúvo de sua irmã Francisca Maria de Barros; a segunda vez, ela casou a 17 de outubro de 1851, aos 27 anos de idade, com Manuel Luís Sabino de Farias, de idade de trinta anos, filho de Cosme José de Farias. Seus filhos, todos do primeiro matrimônio;

8 - Isabel Brasiliana de Barros

casou a 2 de maio de 1855, aos trinta anos de idade, com Bento Bernardino dos Santos, natural de Campina Grande, filho de João Antônio Pinto dos Santos;

9 - Francisca Maria de Barros

casada com Tomás da Costa Ramos Pimenteira - primeiro casamento dele. Seus filhos nasceram todos de Cabaceiras.

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