Ascendência de Ângela Leopoldina de Albuquerque Dinoá

      

Paulo de Araújo Soares

  

Português natural de Viana, filho de Clemente da Rocha Pinto e Marinha Pereira de Araújo, Paulo de Araújo Soares era casado com Teresa de Jesus Oliveira, também Teresa Pereira de Jesus, filha do Coronel Agostinho Pereira Pinto e de Adriana de Oliveira Ledo, por esta, neta do Capitão-mor Teodósio de Oliveira Ledo e de sua primeira mulher, Isabel Paes, e bisneta de Custódio de Oliveira Ledo. Tendo juntado grande fortuna, aumentada por seu filho do mesmo nome, Paulo de Araújo Soares deixou vastíssima descendência em Campina Grande e que se espalhou por todo o Cariri da Paraíba. Ele faleceu em 1787, sua viúva, em 1816.

Paulo de Araújo Soares era grande proprietário de terras, entre as quais se incluía a sesmaria abaixo transcrita, da qual foi beneficiário:

"Nº 503 em 13 de Junho de 1759

Paulo de Araujo Soares e Gaspar Pereira de Castro, dizem que descobriram um olho d’agua chamado Jatobá, por ter um pé de Jatobá junto a nascença, e outros chamão olho d’agua do Gaspar, por ser o primeiro descobridor, no qual havim (sic!) terras de que necessitam para crear seos gados, pretendendo tres leguas de comprido fazendo peão no dito olho d’agua com duas leguas para o poente até entestar com os providos do Algodão, riacho de S. Rosa do Cariry com uma legua para o nascente a contestar com datas do Curimataú, e de largura meia legua para o sul a entestar com a serra do Bode e para o norte a entestar com quem de direito for; Outro sim, para a parte do sul tinha o primeiro supplicante terras situadas que ficavam annexas a dita serra do Bode e conforme as ordens de S. M. devia ser preferido. Foi feita a concessão, no governo de José Henrique de Carvalho."

O casal teve nove filhos, que lhe deram larguíssima descendência, incluídos os autores deste trabalho genealógico, como se verá adiante:

1 - Maria José Pereira de Araújo

casada com José Gomes de Farias;

2 - Ana Maria Pereira de Araújo

também conhecida como Ana Maria Oliveira de Araújo e como Ana Maria Pereira de Jesus - casada com seu primo Luís Pereira Pinto (Júnior), filho do Capitão Luís Pereira Pinto e de Maria José Pereira. Seus filhos:

3 - Antônio Pereira de Araújo

casado com Agostinha Pereira de Oliveira;

4 - Manuel Pereira de Araújo

casado com Josefa Pereira de Farias;

5 - Teresa Francisca de Araújo

casada com Sebastião Correia Ledo, falecido em 1804; pais de, pelo menos:

5.1 - Antônio Sebastião de Araújo

casado com Ana Cândida de Araújo, filha de Manuel Pereira Pinto;

5.2 - Maria Joaquina de Araújo

casada com o primo Sebastião José de Araújo, filho de Estêvão José de Araújo;

5.3 - Teresa Joaquina da Conceição

casada com João Ribeiro Moreira;

6 - Paulo de Araújo Soares (Júnior)

casado com Bárbara Maria de Jesus, também Bárbara Maria de Carvalho;

7 - José de Araújo Soares

casado;

8 - Rosa Maria da Conceição

faleceu solteira, antes do inventário de sua mãe;

9 - Marinha Pereira de Araújo

casada com João da Rocha Pinto, falecido em 1828; houve filhos. Abaixo, transcrevo, na ortografia original, o termo de seu batizado:

"Marinha filha de Paullo de Arahujo Soares natural de Lisboa e morador na fasenda de Sancta Roza e de Sua molher Tereza de Jesus natural da freguesia do Cabo Netta Paterna de Clemente da Rocha Pinto e da Sua molher Marinha Perera de Arahujo naturais de Lisboa, e pella Materna de Agostinho Perera Pinto e de Sua molher Adriana de Olyveira Ledo naturais da mesma freguezia do Cabo nasceo aos vinte e nove dias de Abril desta anno de mil Sette Centos e Secenta e Seis e foy Solemnemente baptizada de licensa minha Com os Santos Oleos pello Reverendo Padre Frey Norberto de Jesus Maria Religiozo Franciscano aos dezaseis de Mayo do dito anno forão Padrinhos Luis Perera Pinto e Jozê Gomes de Faria cazados e moradores na fazenda Sancta Roza e não Se continha mais no dito aSento: dia, e era ut Supra.

Antonio Rois Pires

Cura e Vigro da Vara do Carery".

Observação: Elpídio de Almeida, em sua "História de Campina Grande", afirmou, erradamente, que Teresa de Jesus Oliveira, também Teresa Pereira de Jesus, casada com Paulo de Araújo Soares, era neta do Coronel Agostinho Pereira Pinto e de Adriana de Oliveira Ledo, e, portanto, os filhos dela eram bisnetos deste último casal. Este termo de batizado acima transcrito comprova, cabalmente, que Teresa de Jesus Oliveira era filha do casal Agostinho Pereira Pinto e Adriana de Oliveira Ledo, os quais, por conseguinte, eram avós, e não bisavós, dos filhos de Paulo de Araújo Soares e sua esposa já mencionada.

O genealogista Antônio Pereira de Almeida, no seu "Os Oliveira Ledo e a Genealogia de Santa Rosa", seguiu Elpídio de Almeida e, por conseguinte, cometeu o mesmo erro.

Epaminondas Câmara, considerado "o pai da história de Campina Grande", comete um erro ainda mais inintelígível e esdrúxulo, ao afirmar, em seu "Os Alicerces de Campina Grande", que Paulo de Araújo Soares era marido de Adriana de Oliveira Ledo (sic!). Aliás, sobre os Oliveira Ledo, este último autor citado comete enganos tipo "Constantino de Oliveira Ledo - irmão de Custódio e Antônio de Oliveira Ledo (1º). Pai do Capitão-mor Teodósio de Oliveira Ledo" (sic!). 

Ora, Constantino de Oliveira Ledo (Capitão-mor e pai do seu homônimo Constantitno de Oliveira Ledo, que contratou a construção da igreja de Pombal e era proprietário de terras no Jaguaribe), era irmão de Teodósio, e ambos filhos de Custódio de Oliveira Ledo.

 

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