C.6
Forma Final das Equações de Lorenz
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Agora
substituímos as formas assumidas para a função de corrente e a função
de desvio de temperatura dentro das Eqs. (C.4-2) e (C.4-5). A medida
que fazemos isto, encontramos que a maioria dos termos se simplifica.
Por exemplo, temos
O
resultado líquido é que algumas das expressões complicadas que surgem
dos termos .grad
v desaparecem, e nós ficamos com
A única forma
em que a equação original pode ser válida para todos os valores
de x e z é pelos coeficientes dos termos do seno satisfazendo
A equação de
desvio da temperatura é um pouco mais complicada. Ela toma a forma
Primeiro
coletamos todos os termos que envolvem senπzcosax.
Notamos que o último destes termos na Eq. (C.6-4) é 2aπψT2senπzcosaxcos2πz.
Usando identidades trigonométricas padrão, este termo pode ser escrito
como a seguinte combinação de senos e co-senos: (-1/2senπz+1/2sen3πz)cosax.
O termo sen3πz tem uma dependência espacial mais rápida
do permitido pelo nosso ansatz; então, eliminamos este termo.
Então devemos equacionar os coeficientes dos termos na Eq. (C.6-4)
que envolvem senπzcosax para obter
Todos
os outros termos na equação de desvio da temperatura são multiplicados
pelos fatores sen2π . De novo, equacionando os coeficientes,
encontramos
Para
chegar à forma padrão das equações de Lorenz, agora fazemos umas
poucas mudanças simples de variáveis. Primeiro, mudamos outra vez
a variável de tempo introduzindo uma nova variável t´´ =
(π2 + a2)t'.
Então fazemos as seguintes substituições:
onde r
é o chamado número de Rayleigh reduzido:
Também introduzimos
um novo parâmetro b definido como
Com todas estas
substituições e com a troca de σ por p para o número
Prandtl, finalmente chegamos à forma padrão das equações de Lorenz:
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Neste
ponto poderíamos fazer uma pausa para notar um importante aspecto
da relação entre o modelo de Lorenz e a realidade do fluxo de fluidos.
A truncagem da expansão seno-coseno significa que o modelo de Lorenz
permite somente um modo espacial na direção de x com “comprimento
de onda” 2π/a. Se o movimento real do fluido enfrenta
uma estrutura espacial mais complexa, como ocorreria se a diferença
de temperatura entre as camadas de cima e de baixo se tornasse muito
grande, então as equações de Lorenz não fornecem mais um modelo
útil da dinâmica.
Observemos também onde a não-linearidade entra
no modelo de Lorenz. Vemos na Eq. (C.6-10) que os termos de produto
XZ e XY são os únicos termos não lineares. Estes
expressam uma ligação entre o movimento do fluido (representado
por X, proporcional à função de corrente) e o desvio de
temperatura (representado por Y e Z, proporcionais
a T1 e T2 , respectivamente). O modelo de
Lorenz não inclui, por causa da escolha das funções do modo espacial,
a não linearidade comum de grad
v da equação de Navier-Stokes.
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