C.2
As Equações de Navier-Stokes
English version
Por
causa da geometria assumida, o fluxo do fluido pode ser considerado
bi-dimensional. Então, precisamos considerar somente os componentes
x (horizontal) e z (vertical) da velocidade do fluido.
As equações de Navier-Stokes (ver Capítulo 11) para os componentes
x e z da velocidade do fluido são
Na equação (C.2-1), ρ é a densidade da massa do fluido; g
é a aceleração devida à gravidade; p é a pressão do fluido,
e μ é a viscosidade do fluido. Note-se que a aceleração devida
à gravidade somente afeta a equação do componente z.
A temperatura T do fluido é descrita pela equação da difusão
térmica (ver Capítulo 11), que toma a forma
onde, como antes, DT
é o coeficiente de difusão térmica.
No estado não-convectivo estável (quando o fluido está sem movimento)
a temperatura varia linearmente de baixo para cima:
Para os propósitos
de nosso cálculo, concentraremos nossa atenção numa função τ(x,
z, t) que nos diz como a temperatura se desvia
deste comportamento linear:
Se usamos a Eq. (C.2-4) na Eq. (C.2-2), encontramos
que τ satisfaz
Agora precisamos levar em consideração a variação
da densidade do fluido com a temperatura. (É esta diminuição de
densidade com a temperatura que leva a uma força de empuxo, que
inicia a convecção do fluido.) Fazemos isto escrevendo a densidade
do fluido em termos de uma expansão da série:
onde ρo é a densidade
do fluido avaliada em Tw.
Introduzindo o coeficiente de expansão térmica α, que é definido
como
e usando T - Tw da Eq. (C.2-4),
podemos escrever a variação de temperatura da densidade como
A densidade do fluido ρ
aparece em vários termos nas equações de Navier-Stokes. A aproximação
de Boussinesq, amplamente usada na dinâmica de fluidos,
diz que podemos ignorar a variação da densidade em todos os termos
exceto o que envolve a força devida à gravidade. Esta aproximação
reduz a equação vz na Eq. (C.2-1) para
Então reconhecemos que quando o fluido não está
se movimentando, os três primeiros termos no lado direito da equação
anterior devem aumentar para 0. Então, introduzimos um gradiente
efetivo de pressão, que tem a propriedade de ser igual a 0 quando
não existe movimento de fluido:
Finalmente, usamos este gradiente efetivo de
pressão nas equações de Navier-Stokes e o dividimos por ρo
para obter
onde ν
= μ/ρo é a chamada viscosidade cinemática.
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