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Aula 4 - Atrator de Lorenz

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Para refletir:

Por quê a previsão do tempo é tão incerta? Será que é apenas uma limitação tecnológica? Será que um dia teremos uma previsão segura com pelo menos um mês de antecedência? Se você leu o texto inicial deste mini-curso já tem uma idéia das respostas.

Nesta aula iremos conhecer o famoso atrator que, por coincidência, visto de uma certa perspectiva, tem a mesma forma do inseto da metáfora que o consagrou: uma borboleta.

Teoria:

Num artigo de 1963 intitulado “Fluxo Determinístico Não-periódico” o matemático e meteorologista Edward Norton Lorenz estudou um sistema de equações deduzidas inicialmente por Barry Saltzman a partir das leis da termodinâmica e concluiu que a possibilidade de previsão meteorológica é limitada pela própria natureza do sistema.

O sistema de equações de Lorenz consiste num modelo simplificado do comportamento da atmosfera: simula o comportamento de um fluido em um plano retangular, cuja temperatura do lado inferior é maior que a do superior, gerando correntes de convecção.

Dedução matemática:

Este é o sistema de equações de Lorenz:

dX/dt = s.(Y – X)

dY/dt = r.X – Y – X.Z

dZ/dt = X.Y – b.Z

Trata-se de um sistema tridimensional, como o PAF, onde:

  • "X" representa o fluxo convectivo;
  • "Y" a distribuição de temperaturas horizontal;
  • "Z" a distribuição de temperaturas vertical.

Os três parâmetros que intervém nas equações são:

  • "s"  relação entre a viscosidade e a condutividade térmica, ou número de Prandtl;
  • "r"  proporcional à diferença de temperaturas entre os lados inferior e superior, ou número de Rayleigh reduzido;
  • "b"  relação entre a altura e a largura do retângulo.

A dedução completa deste sistema de equações você encontra aqui.

Além de ser um sistema tridimensional, os produtos X.Z e X.Y o tornam não-linear, condições necessárias para a existência de comportamento caótico.  

Prática:

Visualização o atrator de Lorenz com o programa lorenz.f a partir de dois pontos iniciais próximos.

Figura 7 - Atrator de Lorenz no plano XZ, para os valores iniciais: (a) X0 = 0,0; Y0 = 0,6; Z0 = 0,0;
(b) X0 = 0,0; Y0 = 0,6; Z0 = 1,0.

Conclusão:

Com uma pequena variação dos dados iniciais (Figura 7 (a) e (b)) percebemos que a forma do atrator se mantém, no entanto, a partir de algumas iterações as trajetórias passam a ser completamente diferentes. Por ter sido deduzido a partir de leis físicas que regem o comportamento dos fluidos, esse sistema simplificado pode demonstrar a dificuldade de se fazer previsões para a atividade atmosférica.

Todos os sistemas em regime caótico, com sensibilidade às condições iniciais, torna-se praticamente imprevisível, pois é quase impossível, em condições experimentais, determinar o valor exato das condições iniciais.

Projetado no plano XZ, como na figura 7, o atrator de Lorenz tem uma forma que lembra uma borboleta.

Internet:            

Descrição do sistema de equações de Lorenz:

http://www.dynamics.unam.edu/integra/Exes/Demo.txt

Simula do atrator:

http://bcev.nfrance.com/Lorenz/equations.htm

Visualiza o atrator em três dimensões:

http://www.upscale.utoronto.ca/PVB/Harrison/Flash/Chaos/Lorenz/Lorenz.html

Dedução das equações de Lorenz a partir das equações de Navier-Stokes

../modelodelorenz/

 


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