Origem dos
Hebreus


Chegada à
Península


Sob os reinos
visigodos


A Invasão
Muçulmana

 
Na Reconquista


A Reconquista dos Reinos Cristãos


 Os reis católicos, Dom Fernando, de  Aragão, e Dona Isabel, de Castela. Retrato  a  óleo do Museu Naval de Madri.



       Mesmo com as lutas cristãs contra os mouros, a importância das comunidades judaicas nas áreas conquistadas permaneceu, especialmente na organização da vida citadina, na administração e no comércio.

       Os israelitas passaram a ocupar importantes cargos públicos em Aragão, Castela e Catalunha, bem como a fazer parte da corte, pelo seu conhecimento de diversos idiomas (hebraico, árabe, castelhano, latim), o que lhes capacitava à realização de serviços diplomáticos, e também por serem conhecedores de medicina, matemática, astronomia, economia e finanças, entre outras ciências. A preferência dada aos judeus na ocupação de cargos oficiais, por seu maior preparo intelectual e acadêmico, não raramente deu ocasião a intrigas e à inveja da parte dos cristãos. Assim o ódio popular foi crescendo contra os judeus, e para obter a proteção Real, constantemente os israelitas tiveram que desembolsar grandiosas ofertas à sua realeza.
       Em 1125, em Toledo, onde havia uma judiaria que chegava a ocupar dois bairros inteiros, foi criada a Escola de Tradutores de Toledo, fundada pelo arcebispo Dom Raimundo de Toledo, e que atraiu vários sábios e estudiosos de toda a Europa. Cristãos e judeus se dedicavam à tradução de obras poéticas, livros de cálculo e álgebra, livros religiosos e tratados filosóficos. Foi inclusive através da Escola de Tradutores de Toledo que o mundo cristão conheceu a obra do filósofo clássico Aristóteles.
       Em cada cidade, a população judaica vivia nas judiarias, que eram espécies de guetos aos quais os judeus estavam confinados. Nos períodos de tolerância, as judiarias gozaram de uma certa independência: contavam com as suas sinagogas, seus banhos rituais, seus cemitérios, autonomia administrativa, seus pleitos eram resolvidos segundo as leis internas e tinham seus próprios juízes.
       Entretanto, o clima de tolerância não foi constante. Por várias vezes hordas populares enfurecidas, instigadas por clérigos fanáticos, atacaram as judiarias, queimando sinagogas e assassinando judeus.

Página por Yacov DaCosta.- e-mail
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Revisado em: 31-Oct-2001
No ar desde 16 de agosto de 2001.









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