Os primeiros habitantes
da Península Ibérica eram os tubalinos, descendentes
de Tubal, segundo o historiador clássico Flávio
Josefo, ao mencionar os tubalinos como o povo ao qual os gregos
chamam de íberos. Tubal aparece na genealogia bíblica
como filho de Jafé e neto de Noé. Os primitivos
povos íberos, tal como na formação do povo
grego, receberam diversas levas migratórias. Entre os povos
que compunham essas levas estão os celtas, os fenícios,
os gregos, os romanos, os visigodos e os berberes (muçulmanos
ou mouros).
Embora pareça
se referir à região de Sardes na Ásia Menor,
o Livro do profeta Obadias (em hebraico Ovadiau), escrito aproximadamente
em 589 a.C., menciona a presença judaica em Sefarad: Ob.
1:20 "(...) e os cativos de Jerusalém, que estão
em Sefarad, possuirão as cidades do sul". Vários
autores hebreus, no entanto, identificaram o termo com a Hispania
mesmo, e assim tradicionalmente a palavra Sefarad refere-se à
Península Ibérica. Acredita-se que os primeiros
judeus chegaram durante o reino do rei Salomão (970-931
a.C.), com os comerciantes de Tiro, os sidônios (fenícios),
"donos do mar" naqueles dias.
Relatos do século
I indicam que cerca de cinqüenta mil judeus se estabeleceram
no Sul da Península e também os Concílios
da Igreja Católica Romana em Orléans e em Toledo,
538 d.C. e 633 d.C., respectivamente, mencionam a presença
judaica na Península Ibérica. Era o início
dos olhares da Igreja de Roma sobre a ascendente comunidade judaica
em Sefarad.
As sucessivas invasões a Israel ocasionaram a Diáspora,
ou dispersão do povo hebreu por todo o mundo. Após
a destruição do Segundo Templo de Jerusalém,
a população judaica da Península Ibérica
foi acrescida em grande número, com as novas levas de
exilados. Muitas comunidades foram fundadas, houve um florescimento
cultural, econômico e científico; e assim em Sefarad
formou-se o mais numeroso e principal centro do mundo judaico
na Diáspora.
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