O ROCK EM PORTUGAL 1970-1979

Ao contr�rio dos anos 60, a d�cada de 70 acabou por se revelar prof�cua na constru��o de projectos excepcionalmente v�lidos para o desenvolvimento do rock'n 'roll. Basicamente podemos perspectivar o fen�meno em tr�s intervalos de tempo diferenciados: os primeiros quatro anos at� Abril de 74; o per�odo do p�s-revolu��o que seguiu; a chegada at� n�s do punk-rock no final da d�cada e o germinar das ra�zes da m�sica moderna. Tematicamente, � imposs�vel criar fossos absurdos entre a vaga psicadelista que despontou em 67 e a realidade do nosso rock a partir de 1970. Por isso, teremos de iniciar esta abordagem precisamente com base na an�lise da heran�a deixada por esses conturbados anos 60. Conforme foi referido no resumo da d�cada de 60, o cen�rio portugu�s acabou por actuar como um �pau de dois bicos� para o rock. Se, por um lado, o seu sistema ditatorial servia como motivo de inspira��o perfeito para a contesta��o natural do rock, as suas regras, determinadas segundo modelos severos de vigia, impossibilitavam a sua expans�o ao imagin�rio de todos os jovens portugueses, mantendo-se o fen�meno restrito �s zonas urbanas mais populosas, com Lisboa e o Porto � cabe�a, muito naturalmente.

Apesar disso, o rock imp�s-se fortemente como ve�culo de vida e atitude de muitos portugueses, podendo a sua hist�ria entre n�s, durante a d�cada de 70, ser compreendida a partir do relato de um epis�dio que ilustra bem a sua import�ncia, em todas as suas facetas: musical, social e pol�tica. Tudo se passou em torno de um festival agendado para o Ver�o de 70, em Oeiras. No meio de um cartaz essencialmente rock, despontava o nome de Zeca Afonso, tido pelas autoridades como uma figura perigosa para a na��o. De bra�o dado, o rock e a can��o popular portuguesa, preparavam-se para comemorar juntos algumas horas de m�sica. O p�blico aflu�u em massa e, horas antes do concerto, as ruas de Oeiras encontravam-se apinhadas de jovens que, de um modo ou outro, aguardavam o in�cio do espect�culo. Devido � presen�a de Zeca Afonso, a pol�cia determinou o cancelamento do festival e deu ordens para carregar sobre a popula��o, no sentido de a dispersar com a m�xima brevidade poss�vel. Num instante, surgiram in�meros casse-t�tes e matilhas de c�es treinados, provocando um pandem�nio incr�vel, arrastando consigo cenas de lament�vel viol�ncia.

Contudo, dado que nas ruas de Oeiras se passeavam n�o s� os interessados no concerto, como igualmente transeuntes alheios � sua realiza��o, a carga atingiu tamb�m inocentes circunstanciais. Ora, uma dessas pessoas era, nada mais nada menos, do que uma familiar directa de um alto oficial da PIDE. Para infelicidade dos repressores, essa senhora encontrava-se num estado de gravidez adiantada e, em consequ�ncia das agress�es sofridas por parte de um dos c�es largados pela pol�cia, acabou por sofrer um aborto intencional. O feiti�o virava-se assim contra o feiticeiro, culminando tudo numa repreens�o dur�ssima contra o respons�vel pela ordem de repress�o. Apesar do rock ter sido beneficiado por uma infeliz e lament�vel coincid�ncia exterior, este caso ficou arquivado para a hist�ria como o arranque oficial das suas actividades em Portugal, na d�cada de 70.


A montra de Vilar de Mouros

Desta �poca, extens�vel at� 24 de Abril de 1974 e � sua revolu��o popular, guarda-se o registo da evolu��o de v�rios grupos importantes provenientes da d�cada anterior, a par do surgimento de novos valores. No grupo dos primeiros, incluem-se a Filarm�nica Fraude, os Objectivo, os Pop Five Music lncorporated, os Chinchilas e os Psico, nomes j� abordados durante o cap�tulo reservado � d�cada de 60. O somat�rio das suas aventuras no dom�nio da experimenta��o do rock, com outras texturas sonoras alheias a este, providenciou a nata do que melhor foi feito em Portugal no in�cio dos anos 70.

Como uma bomba de efeito retardado, a cultura hippy explode em Portugal com o m�ximo da sua intensidade, apesar do fen�meno ter entrado em decad�ncia nos seus palcos naturais, Inglaterra e Estados Unidos. Segundo o modelo de sucesso alcan�ado em festivais como Woodstock e Monterey, os portugueses organizam a nossa resposta em Vilar de Mouros, a 7 e 8 de Agosto de 71, apresentando um cartaz musical que iria fazer hist�ria durante muitos anos depois. Elton John e os Manfred Mann actuaram como atrac��es internacionais para uma agenda que inclu�a tamb�m a produ��o nacional, representada pelo Quarteto 1111, Objectivo, Pent�gono, Sindikato, Beatnicks, Chinchilas, Pop Five Music lncorporated, Psico, Celos, Contacto, Bridge e Mini-Pop.

Targeta de sensibiliza��o dos automobilistas - Agosto de 1971


Explos�o �hippy� em Portugal

Mas a idade hippy ir-se-ia revelar fundamental enquanto fonte de inspira��o dos m�sicos portugueses. Um dos primeiros grupos a aderir ao advento do flower power foram os Beatnicks, um projecto que nunca chegou a atingir a estabilidade desejada pelos seus mentores, devido � constante onda de mudan�as que foi afectando a sua forma��o. Na pr�tica, podemos dividir a sua exist�ncia em tr�s per�odos. Entre 71 e 72, foram marcados pelo fasc�nio do guitarrista Rui Pipas (um dos m�rtires do nosso rock) pela energia do hard-rock, tendo editado �Christine Goes To Town�, um EP que nunca chegou a ter o esperado impacte l�gico devido ao s�bito abandono de Pipas para formar os Albatroz, um outro projecto totalmente consagrado � f�ria do rock pesado.

Entretanto, e devido a problemas relacionados com a fuga ao servi�o militar, tr�s membros do grupo abandonam Portugal e refugiam-se na B�lgica, de onde s� regressam ap�s a revolu��o de 74. Um ano depois, entra para o grupo um novo elemento que se iria revelar de import�ncia extrema em palco, Lena D' �gua, a filha do futebolista Jos� �guas. Juntamente com T� Leal (tamb�m na voz), eles iriam percorrer o pa�s inteiro em espect�culos sucessivos, transformando os Beatnicks num dos grupos mais populares dos anos 70 em Portugal. Nesta altura, o grupo viajava pelo universo da electr�nica, versionando ao vivo nomes como Brian Eno e os Roxy Music. Mais tarde, em 77, com a sa�da de Lena D' �gua e a entrada de Ant�nio Emiliano para os teclados, os Beatnicks preenchem o seu �ltimo cap�tulo de vida, numa tentativa desesperada de sobreviver �s novas tend�ncias do rock, que apontavam directamente para o punk, ao inv�s do sabor progressivo que o grupo ainda alimentava.

No dom�nio do rock psicad�lico, com fortes insinua��es progressivas, um outro grupo deu nas vistas, atingindo uma popularidade bastante razo�vel, os Petrus Castrus, surgidos a partir da vontade de Pedro Castro em formar uma banda rock, fascinado que estava com o sucedido em Vilar de Mouros. Para tal, convoca J�lio Pereira e Jo�o Seixas, ambos membros dos Play-Boys, outro basti�o do hard-rock portugu�s. Muito rapidamente definem as suas directrizes e avan�am para um projecto imposs�vel de realizar em Portugal, um �lbum conceptual com elevados requisitos t�cnicos. Contudo, e quando j� nada o fazia prever, encontram finalmente uma editora interessada em concretizar o projecto, permitindo aos Petrus Castrus sess�es de grava��o nos Strawberry Studios, situado no Castelo de H�rouville (Fran�a), um local muito frequentado pelos Pink Floyd. Assim nasceu �Mestre�, considerado um dos �lbuns mais importantes da hist�ria do rock em Portugal e, afinal, aquele que imortalizou os Petrus Castrus no seu contexto dos anos 70.


A import�ncia da Banda do   Casaco

Fechado que estava o ciclo da Filarm�nica Fraude em 70, Ant�nio Pinho junta esfor�os com Nuno Rodrigues, e  um ex-M�sica Novarum e formam o mais determinante projecto de m�sica moderna-popular portuguesa de sempre. Nunca, antes e depois conseguiu fundir, de forma t�o brilhante, a identidade das ra�zes lusitanas com uma absor��o cuidada dos par�metros do rock. Como uma bomba, a Banda do Casaco fez estrear, em 75, �Dos Benef�cios de Um Bandido No Reino dos Bonif�cios�, um trabalho onde o grupo surge apostado em subverter todas as ordens previamente estabelecidas na m�sica portuguesa at� ent�o. Em termos musicais, exploram a riqueza experimental das nossas tradi��es, ao mesmo tempo que Ant�nio Pinho volta a investir na descoberta das mil e uma possibilidades de trabalhar a fon�tica da nossa l�ngua. Um ano depois, confirmam todas as expectativas com �Coisas do Arco de Velha�, surpreendendo tudo e todos com a presen�a vocal de C�ndida Soares (mais tarde C�ndida Branca Flor) e a introdu��o de Carlos Z�ngaro no violino el�ctrico, algo jamais pensado em termo do nosso rock.

De algum modo, � incorrecto reduzir, a Banda do Casaco ao contexto simples do rock, mas apesar do projecto se ter centralizado sobre um p�tio perfeitamente portugu�s, a sua abordagem formal sempre denotou uma tend�ncia clara para pintar de rock o resultado final da maioria das suas in�meras experi�ncias. Com �Hoje H� Conquilhas, Amanh� N�o Sabemos�, de 77, fecham um tri�ngulo de obras-primas essenciais. Complexo mas inteligente, o �lbum mostrou a face mais radical de Rodrigues e Pinho, indo ao ponto de recorrerem a apuradas orquestra��es para cordas. Novamente voltam a revelar mais uma voz feminina, sendo, desta feita, Gabriela Schaaf. Essa tend�ncia para a descoberta de novos valores terminaria com a inclus�o no grupo de N� Ladeiras, a �ltima voz oficial de um trajecto que ainda lan�ou mais quatro obras, com destaque para �No Jardim da Celeste� (80), onde o grupo contou com a participa��o gratuita de Jerry Marotta, o ent�o baterista de Peter Gabriel. Curiosamente, esse facto acabou por passar despercebido na comunica��o social portuguesa, mais preocupada em elevar at� aos p�ncaros os rebentos do nosso primeiro �boom� rock em massa.


O espect�culo total dos Tantra

Em Portugal, nos anos subsequentes ao p�s-25 de Abril de 74, o rock registou um forte acr�scimo na politiza��o das suas letras, fruto dos tempos revolucion�rios que se viviam. Ao mesmo tempo, a m�sica popular portuguesa assumiu-se como principal centro de atrac��o art�stica, o que criou um certo vazio na nossa produ��o rock. Dois anos depois, Manuel Cardoso, um apaixonado confesso de grupos como Genesis, Pink Floyd ou Yes, fundou os Tantra e abanou por completo o conceito de espect�culo praticado nos nossos palcos. Ao seu lado estavam Armando Gama (piano), Am�rico Luis (baixo) e Raul Rosa (bateria), o n�cleo duro de uma banda hist�rica, mais pelo impacte suscitado pela sua atitude est�tica, do que propriamente pelo patrim�nio musical que deixaram.

Um aspecto importante dos Tantra residia na forte componente espiritual do grupo, em especial do pr�prio Manuel Cardoso, um seguidor do guru Maharaj Ji. um mestre incontestado para muitos dos nossos rockers desse per�odo. No sentido de esquecer um passado atribulado, marcado pelo envolvimento com estupefacientes, Cardoso dedica-se de alma e cora��o aos Tantra. Adoptando a m�scara pontiaguda de uma figura retirada da Trilogia "O Senhor dos An�is", de Tolkien, resolve montar o espect�culo total, numa planifica��o multim�dia inovadora at� � �poca em Portugal, cruzando a m�sica com encena��es teatrais bizarras, numa montra fort�ssima de luzes e fumos. Na sua obra discogr�fica destacamos trabalhos como �Mist�rios e Maravilhas�, �Holocausto� e �Humanoid Flesh�, numa obra que se iria prolongar mais tarde com o projecto Frodo, um novo alter-ego de Manuel Cardoso.

Durante a segunda metade da d�cada, um outro grupo despontou com uma forte apet�ncia para agitar o panorama nacional, os Perspectiva, nascidos no Barreiro, com um vincado pendor l�rico prolet�rio. Na sua forma��o despontava o nome de T� Pinheiro da Silva, um m�sico que se iria revelar vital para a m�sica dos nossos anos 80. Multi-instrumentista e qu�mico de profiss�o, T� Pinheiro da Silva trouxe ao nosso rock a sua primeira identidade urbana, fruto dessa viv�ncia industrial na cintura metropolitana de Lisboa, deixando trabalhos como: os singles �L� Fora a Cidade� e �Rei Posto Rei Morto�, e o �lbum �A Quinta Parte do Mundo�, cujo pressuposto inicial consistia na edi��o de um trabalho conceptual, s� abandonado devido ao elevado custo da produ��o implicada para o efeito. De qualquer modo, trata-se de um grupo que marcou a actividade rock do �outro lado da margem� com resultados vis�veis nas gera��es que se seguiram.


O Punk chega at� n�s

Com o surgimento entre n�s dos primeiros projectos punk, pode falar-se, pela primeira vez, nas ra�zes reais da m�sica moderna portuguesa. Dois grupos destacaram-se nessa batalha travada num aut�ntico deserto de aten��es p�blicas: os Fa�scas e os Aqui D 'EI Rock.

Tratava-se de dois projectos germinados a partir da ades�o dos seus membros ao movimento punk entretanto deflagrado no Reino Unido que, de repente, via as suas cidades industriais invadidas por camadas crescentes de jovens descontentes com a grave crise social que afectava a pol�tica brit�nica. Para a hist�ria, guardaram-se nomes como Sex Pistols, The Clash, Generation X ou X-Ray Spex. As suas estruturas musicais assentavam em melodias simples, constitu�das por tr�s acordes e vocaliza��es agressivas. A sua est�tica constituiu igualmente um factor pol�mico, feita � base de gangas rasgadas, blus�es de cabedal, botas militares, adere�os como alfinetes de beb� espetados no corpo e cortes de cabelo multi-colores, com feitios extremamente bizarros.

A claustrofobia social das grandes cidades brit�nicas acabava de criar, assim, uma das gera��es mais emblem�ticas na luta do rock contra todos os sistemas por excel�ncia. Isto �, mais do que uma causa musical, o punk apresentou-se como uma bofetada pol�tica, arrastando consigo todos os rebeldes e descontentes, sem excep��o. Em Portugal, e especificamente em Lisboa, os seus ecos foram sentidos nos j� referidos grupos, apesar de, esteticamente, nunca terem atingido os extremos tocados pelos Sex Pistols ou X-Ray Spex. No entanto, o seu aparecimento no circuito musical nacional n�o � espont�neo, tendo um homem sido o respons�vel pelo seu apadrinhamento: Ant�nio S�rgio e o seu programa "Rota��o", da R�dio Renascen�a. Inclusive, Ant�nio S�rgio foi mais longe e lan�ou o primeiro ��lbum pirata� de edi��o portuguesa pela Pirate Dream Records, uma editora igualmente ilegal. Nessa complica��o - �Punk Rock 77� - encontram-se bandas como os Motorhead, Sex Pistols, The Jam, Generation X ou London.

Quanto aos Fa�scas e Aqui D 'El Rock, a sua origem deve-se a raz�es algo distintas, n�o obstante a mesma paix�o nutrida pelo estilo musical em quest�o. Os Aqui D 'E I Rock - �scar (voz), Alfredo (guitarra), Femando (baixo) e Serra (bateria) - chamavam-se inicial mente Os�ris (um grupo certinho com um visual limpo), mas a sua proveni�ncia de classes sociais baixas muito cedo os conduziu a uma linguagem musical mais contest�ria, em especial atrav�s das suas letras, apologistas da viol�ncia f�sica declarada. Instrumentalmente, atingiram um n�vel razo�vel e, atrav�s dessa habilidade, conseguiram a edi��o, em 78, de dois singles pela Metro-Som, �H� Que Violentar o Sistema� e �Eu N�o Sei�. Algum tempo mais tarde e depois da explos�o do ska, uma deriva��o europeia do reggae com contornos punk, o grupo inflecte para esta nova onda, acabando por mudar o seu nome para Mau Mau, sigla com a qual ainda lan�am um single, �Xangai�.


Abram-se as portas, chegou a M�sica Moderna

Um outro percurso seguiram os Fa�scas. A sua ascend�ncia social razo�vel foi encarada como raz�o justificadora pelo facto do grupo nunca ter atingido um ponto de rebeldia l�rica radical, preferindo dedicar-se � explora��o intr�nseca das regras musicais do punk. Em primeiro lugar, cantavam em ingl�s e, depois, apostavam mais na est�tica do que na mensagem propriamente dita. Sem nunca terem chegado a gravar nenhum disco, o grupo dissolveu-se, dando origem aos Corpo Diplom�tico, uma das refer�ncias mais essenciais do rock praticado em Portugal. Da sua forma��o faziam parte m�sicos como Pedro Paulo Gon�alves (guitarra). Pedro Ayres Magalh�es (baixo), Carlos Maria Trindade (teclas) ou Emanuel Ramalho (bateria). Influenciados directamente pelo cruzamento entre o punk brit�nico e a new wave americana (Devo, Blondie, Television ou Ramones), Os Corpo Diplom�tico editam, em 79, �M�sica Moderna�, considerado o primeiro registo oficial da terceira idade do rock em Portugal, que se estende at� aos dias de hoje.

Apesar do �lbum ter apresentado not�rias falhas t�cnicas, em especial no cap�tulo vocal, tratou-se de um passo em frente no quebrar do receio dos nossos rockers em avan�ar para al�m do rock sinf�nico ou progressivo. Contudo, Lu�s Filipe de Barros, respons�vel pelo programa "Rock Em Stock", da R�dio Comercial, argumentou que o disco era tecnicamente sofr�vel e colocou-o na prateleira, evitando assim que atingisse um outro impacte, garantido � partida caso o apoiasse, dado que o seu programa gozava de uma audi�ncia de culto e, como tal, directamente suscept�vel �s suas opini�es e crit�rios.

No entanto, o fecho final da d�cada de 70, pertenceu a um rec�m-formado grupo de Almada, os UHF, composto por Ant�nio Manuel Ribeiro (voz), Renato Gomes (guitarra), Am�rico Manuel (baixo) e Carlos Peres (bateria). O single �Jorge Morreu�, dedicado � morte tr�gica de um amigo da banda, abria novos caminhos editoriais para o nosso rock, culminando na explos�o maci�a que iria varrer os primeiros anos da d�cada de 80. Depois dos Sheiks e dos primeiros trabalhos do Quarteto 1111 nos anos 60. Portugal voltava a abrir os bra�os ao rock, promovendo-o a linguagem favorita dos seus adolescentes, indiferentemente da idade, estrato social ou consci�ncia pol�tica.


Cr�dito: Enciclop�dia do Rock citado por ANM - A Nossa M�sica
Leia tamb�m: O rock em Portugal 1960-1969

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