Campo Grande - MS


Vocabulário Pantaneiro
01 | 02 | 03 | 04 | 05 | 06

AGUADA – Qualquer lugar que tenha água.
AGUAPÉ - Plantas aquáticas flutuantes, que unidas filtram e purificam a água corrente.
ALONGADO – (Baguá) – Animal doméstico que foge para o mato e não volta.
ALMOCINHO – Primeira refeição do dia.
APEAR – Descer da montaria.
APURAR – Aprontar-se para sair.
ARATICUM – Fruta parecida com a Ata (Fruta do Conde), típica do Pantanal.
ARRE - Péssimo, reprovação.
ARRIBADOR – Peão de boiadeiro que vai atrás da comitiva arregimentando as reses extraviadas
.
BAGAGEM – Móveis. Conjunto de coisas que o vaqueiro possui. O mesmo que trem ou traia
BAGUÁ (bagual) – Boi, cavalo ou búfalo selvagem. Pessoa indomável, intratável. Anti – social..
BAGUALEAR – Caçar boi selvagem.
BANZEAR – Espreguiçar.
BARBATÃO – Rês criada no mato. Bravia.
BARRA – Foz. Desembocadura de um rio.
BICHO DO CHÃO – Cobra.
BOCAS – Saídas de lagos ou rios.
BOCA DE SAPO – Cobra venenosa comum na região.

Topo

BÓIA – Comida.
BOLA–PÉ – Travessia do animal na água, numa profundidade que por pouco não o obriga a nadar.
BOLICHO – Venda, mercearia.
BOMBA – Usada para puxar a brua-mate do tereré.
BORRACHÕES - Bolsas de couro que levam água nas viagens a cavalo.
BROCOTÓS - Lama seca dos campos pantaneiros, depois de muito pisada pelo gado.
BRUACA – Sacola de couro colocada no lombo do burro para transportar a traia da comitiva
(utilizada pelo cozinheiro da tropa).
BUGRE – Índio.
CABEÇA DE PAINA – Cabelos grisalhos.
CACUNDA - Costas. Parte de trás.
CACHAÇO – porco doméstico que virou selvagem.
CAGÁ-DO-PATO – Primeiras horas do dia.
CAMALOTAL – Seqüência de camalotes que fecham passagens estreitas nos lagos e rios.
CAMALOTE – Porção de planta aquática (aguapé) que flutua no rio.
CAPÃO – Porção de mato isolado no meio do campo.
CARNEAR – Cortar a carne do boi: fazer churrasco.
CARAPÉ - Baixinho, pequeno.
CARIBÉU – Prato de mandioca e carne. Também significa bruxa.

Topo

CARVOTEIRO - Preguiçoso.
CAVALO FOFADOR DE BLUSA - Cavalo corredor.
CHALANA – Barco; pequena canoa de madeira ou grande embarcação com mercearia.
CHAMBÃO – De má qualidade.
CHAPÉU NA SELA – Vaqueiro ruim.
CHICULATERA – Vasilha usada para esquentar a água do mate quente. Dizem que quando a
chiculatera vira aquele dia vai ser de azar para o peão.
COMITIVA – Transporte de gado através da região, a cavalo, por terra e água.
CORIXO – Braço de rio, que muda conforme a cheia ou seca.
CULATEIRO – Peão que vai no fim da comitiva.
CURRUTEIA – Pequeno povoado ; vila; pode significar também casa de prostituição.
DAR NO PADRE – Não suportar, no sentido de agüentar, alguma coisa ou situação.
DECOADA – Descida de água ruim.
DIVULGAR – Enxergar.
FIADOR – Peão que vai à margem da comitiva, para evitar extravio de reses.
FOFAR – Correr de medo, fugir.
GAÚCHO – Bonito, elegante.
GORDO – Tereré; bebida de erva- mate tomada fria.
GUAIACA – Cinto largo com bolsinhos que se prende à cintura.

Topo

GUAMPA – Cuia que se faz com o chifre de boi, usada para tomar tereré.
GUARDA – Calças de lona.
GUARIROBA – Espécie de palmito amargo; palmeira regional
GUATÓ – Nação indígena exímia no manejo da canoa.
GUAVIRA – Fruto nativo da região de excelente sabor.
JARARACA DE RABO BRANCO – Mulher briguenta.
JIRÁU – Mesa tosca de madeira alta; cama.
KADIWÉU – Nação indígena exímia na montaria do cavalo.
MALUDO – Valente.
MARIA-CHICA – Arroz de carreteiro, no Pantanal de Miranda.
MARRUÁ (Baguá) – Boi bravo.
MASSA-BARRO (João de Barro) – Pássaro que fabrica seu ninho como uma casa de barro.
MATULA – Provisão de alimentos para a viagem.
MONTURO – Amontoado de terra; elevação.
MURUNDU – Amontoado de árvores.
NHÁ – Senhora; mulher.
NINHAU – Área onde várias aves fazem seu ninho, na mesma época.
PANTÃNO – Região alagada
PARATUDO – Boi gordo.
PEÃO – O pantaneiro que trabalha na fazenda, no serviço do gado.

Topo

PÉ-DE-PAU – Árvore.
PEDRA- CANGA – Pedra furada encontrada na região.
PICUÁ – Sacola de couro para todos os fins.
PICUMÃ – Sujeira grossa que se junta no teto, nas paredes de cozinhas, provocada pela fumaça do fogão à lenha.
PINCHAR – Jogar fora; descartar.
PORCO MONTEIRO - Porco doméstico, que é capado e solto para ficar selvagem.
PONTEIRO – Peão que vai à frente da comitiva.
PRAIA – Área ao redor da casa- sede da fazenda.
PUITÃ – Pala vermelha tecida em lã.
PURUNGA – Cabaça pequena usada para beber água.
QUEBRA-TORTO – Desjejum; café da manhã reforçado; refeição matinal com carne,arroz-de-carreteiro, café e bolo.
RECOLUTA – Ação de recolher o gado extraviado no campo.
RODAR – Deixar o barco ou algum objeto descer o rio a favor da correnteza.
SALTENHA – Pastel boliviano com recheio de galinha.
SAPICUÁ – Saco para levar matula.
SARÃ – Vegetação emaranhada à beira do rio, cheia de espinhos.
SINUELO – Boi manso que vai à frente da boiada.
SOPA PARAGUAIA – Bolo de fubá de milho, assado, com queijo, cebola, leite e sal.

Topo

TARIMBA – Cama de dornir.
TERENA – A maior nação indígena atualmente no Pantanal. Bastante aculturada, vive em aldeias
próximas à Aquidauana e Miranda.
TERERÉ – Erva-mate tomada com uma bomba numa cuia; bebida fria.
TIRADOR – Saia de couro, para proteção do peão na lida com o gado.
TIRA-TORTO (Quebra-torto) – Desjejum.
TRAIA – Conjunto de equipamentos para pescaria (ou montaria).
VENTRACHA – Costela grande de peixe que se dá na alimentação às crianças para não se engasgar com os espinhos.
VOÇOROCA – Valos produzidos pela erosão.
ZAGAIA – Forquilha de madeira forte que se apoia como lança utilizada para matar onças.
ZAGAIEIRO – O caçador de onças, que usa como arma a zagaia.

  Texto de Carlos F. Akagi

  http://ww.guiapantanal.com

  Fonte :

Topo


[ Carasterísticas ] [ Pantanal ] [ Cidades ] [ Fauna ] [ Flora ]
[ Relevo ] [ Peixes ] [ Pantaneiro ] [ Vocabulário ]
[ Página principal ]
[ Home  page ]


1