Localizado no interior da América do Sul, o Pantanal Matogrossense, ou simplesmente Pantanal, é uma densa planície aluvial, situada a sudoeste do Estado de Mato Grosso e noroeste do Estado de Mato Grosso do Sul, entre os meridianos 550 e 580 de longitude oeste e os paralelos de 160 e 220 de latitude sul. Com mais de 200 mil quilômetros quadrados, estende-se fora do Brasil, pela Bolívia e Paraguai, formando nestes países a região do Chaco, palavra que em linguagem indígena quechua significa "terra de caça". Em território brasileiro, o Pantanal tem uma extensão de cerca de 140 mil km2, com 600 km no sentido Norte-Sul e em certos lugares 250 km de largura, área maior que muitos países, como por exemplo, Portugal e Suíça, juntos. A Unesco reconheceu o Pantanal como uma das mais exuberantes e diversificadas reservas naturais do Planeta, integrando-o ao acervo dos Patrimônios Naturais da Humanidade. Esta vasta depressão geológica limitada a oeste pelo Planalto Central Brasileiro e a leste pela Cordilheira dos Andes, tem como calha central de escoamento o rio Paraguai e seus afluentes. A denominação Pantanal sugere uma zona permanentemente alagada e inabitável - um pântano. Entretanto, trata-se de uma planície inundada periodicamente em conseqüência das chuvas de verão que provocam o transbordamento dos rios, devido à pequena declividade do rio Paraguai. Este rio apresenta somente em território brasileiro 1600 km de extensão e nos 600 km do seu curso no Pantanal, que vai de Cáceres ao norte até Porto Murtinho no sul, desce apenas 28 metros, ou seja menos de 5 cm por quilômetro. No Pantanal, seus principais afluentes brasileiros, correndo de leste para oeste, são: no norte, os rios Cuiabá e São Lourenço; no sul, os rios Taquari, Negro e Miranda. Quando do período das cheias justifica a lenda sobre sua origem, que seria um imenso mar interior - o mar dos Xaraiés, nome dado por uma expedição espanhola em homenagem à primeira tribo indígen ali referida. O Pantanal entretanto não é um só. Na região,
foram identificados áreas com características diferentes de solo, vegetação e
drenagem. Existem dez tipos de Pantanal: Nabileque, com área de 9,4 % de todo o Pantanal;
Miranda - 4,6%; Aquidauana - 4,9 %; Abobral - 1,6 %; Nhecolândia - 17,8 %; Paiaguás -
18,3 %; Paraguai - 5,3 %; Barão de Melgaço - 13,3 %; Poconé - 12,9 %; Cáceres - 11,9
%. Pecuária : O Pantanal apresenta as melhores condições de pastagens e onde a criação é feita de modo racional. é a principal área de criação da Região Centro- Oeste. A mais importante área criatória encontra-se no município de Corumbá. Atualmente, o gado " pantaneiro" vem sendo substituído pelo gado zebu e pelo búfalo, de melhores qualidades. A criação continua sendo feita extensivamente, favorecida pela pastagem natural de campos, fertilizados, periodicamente, pelas enchentes do rio Paraguai e seus afluentes.Destinado ao corte, o gado é vendido para as regiões de invernada artificial e frigoríficos paulistas. População : As menores densidades ocorrem no Pantanal e na floresta equatorial, com menos de 1 hab/Km2. Transportes : A navegação fluvial é importante no Pantanal, onde as cheias da bacia do Paraguai dificultam a construção de vias terrestres. Nesse caso, o rio Paraguai torna-se importante via de transporte nessa área, onde dois portos fluviais se destacam : Corumbá e Porto Murtinho. O transporte aéreo ganha certa importância na região, devido ás grandes distâncias e pelas dificuldades que apresentam as poucas e precárias vias terrestres A ferrovia - Estrada de Ferro Noroeste do Brasil parte de Bauru e atravessa todo o sul de Mato Grosso do Sul até Corumbá. Extrátivismo : Extrativismo vegetal - O Quebrachoé o produto vegetal explorado no Pantanal. Extrativismo Mineral - Os principais minerais explorados são o manganês e o ferro, que são extraídos no maciço de Urucum, no Pantanal, nas proximidades de Corumbá, onde se encontra a Usina siderúrgica de Sobrás.
Carlos Ravazzani Email: [email protected]
Pecuária do Pantanal A pecuária no Pantanal acompanhou a
colonização realizada após a exploração do ouro na Baixada Cuiabana, com a gradual
ocupação das pastagens nativas da planície. Com o término do ciclo do ouro a pecuária
expandiu-se pela região do Pantanal, sendo suas práticas de manejo adaptada para as
peculiariedades regionais. O bovino ibérico, trazido pelos colonizadores,
gradativamente se adaptou ao ambiente, dando origem ao Pantaneiro ou Tucura.
Charque e couro eram os principais produtos, exportados através do rio Paraguai. Referências Bibliográficas: CORREIA FILHO, V. Fazendas de gado no Pantanal
Mato-grossense. Rio de Janeiro: MA-Serviço de Informação Agrícola, 1955. 62p. il. (SAI
Documentário da Vida Rural, 10) |
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